SALVAMENTO

VERTICAL

ESTABILIZAÇÃO DE VÍTIMA EM MACA DE RESGATE

INTRODUÇÃO
• Esta aula tem por objetivo, tratar da sequência operacional da estabilização de
vítima nas macas de resgate existentes no CB/PMPR a ser realizado pelas
guarnições operacionais;

• Objetiva ainda evitar lesões secundárias na vítima e/ou minimizar o

agravamento dessas lesões, facilitando na mobilização e no transporte do
paciente até o atendimento hospitalar com segurança.

Aplicação:

• Nas operações de salvamento vertical, seja em treinamento e/ou em

ocorrência.
MACAS DE RESGATE
Maca MAMUTE®RÍGIDA e;
Maca MAMUTE®DESMONTÁVEL:

• O CB/PMPR possui, em mais de 90% de seus

quarteis, a Maca MAMUTE®RÍGIDA e, em alguns
quarteis, a Maca MAMUTE®DESMONTÁVEL;

• Essas macas são especificadas, pelo seu

fabricante, para salvamento vertical.
MACAS DE RESGATE
Macas MAMUTE®RÍGIDA e MAMUTE®DESMONTÁVEL:

• As macas Mamute são fabricadas e distribuídas pela empresa Bonier

Equipamentos™;

• Para obtenção de informações sobre especificações técnicas das macas, quanto

a sua estrutura, suas fivelas e contra fivelas e os cintos de fixação da vítima, o
bombeiro deve consultar o manual de instruções fornecido pela fabricante
juntamente com o produto;

• O manual de instruções das macas estão disponíveis também no site da

fabricante: https://www.bonier.com.br/.
MACA MAMUTE
• As macas Mamute são do tipo cesto e
projetadas para:

 Resgate em Altura;
 Resgate em Espaço Confinado;
 Resgate em Montanha;
 Resgate Aéreo;
 Transporte e Içamento nas posições
Horizontal, Vertical e Tirolesa.
FITAS DE FIXAÇÃO DA VÍTIMA
• A fabricante comercializa as macas com fitas
em poliéster de 45 mm com costura em
poliamida e suas fivelas e contra fivelas são
em aço inox:
 02 fitas na cor laranja e/ou vermelha para
fixação torácica;
 01 fita na cor amarela para fixação pélvica;
 01 fita na cor preta para fixação dos
membros inferiores;

• As fitas são projetadas para suportar cargas de

até 930 Kgf.
EPI DE SALVAMENTO VERTICAL
Capacete para Lanterna Acoplada ao
• Quando a ocorrência Salvamento Vertical Capacete
envolver risco de queda,
todos os bombeiros Óculos de
Proteção Cinto de Segurança
envolvidos na operação
devem estar utilizando
EPI para Salvamento Luvas de Salvamento Auto Segurança de
Vertical. Vertical Resgate
EPI PARA A VÍTIMA
• Recomenda-se proteger a vítima com
capacete, luvas tipo vaqueta, óculos de
proteção e/ou protetor facial (Face Shield);

• Durante o transporte é comum a maca

bater em paredes e cair ciscos no rosto e
nos olhos da vítima;

• Não é raro a vítima segurar na estrutura da

maca, as luvas oferecem proteção
mecânica.
EPI PARA A VÍTIMA
MATERIAIS PARA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA
• Maca MAMUTE®RÍGIDA e/ou
MAMUTE®DESMONTÁVEL com as
fitas de fixação da vítima fornecidos
pelo fabricante;

• 01 Isolante Térmico.
MATERIAIS PARA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA
• Manta Térmica, (recomenda-se
pelo menos duas mantas por
maca);

• 03 Fitas Tubulares de 25 mm
com resistência mínima de 12
kN;

 01 fita com 04 metros;

 01 fita com 06 metros;
 01 fita com 08 metros.
PROCEDIMENTOS DE
ESTABILIZAÇÃO DA VÍTIMA
Primeiros Socorros:

• Antes da estabilização na maca de resgate a vítima deve receber atendimento

pré-hospitalar conforme protocolos estabelecidos pelo SIATE;

• As características individuais de cada caso determinarão qual a melhor maneira

de passar as fitas.
ESTABILIZAÇÃO RÁPIDA
• Recomenda-se uma passagem rápida das fitas nas seguintes situações:

 Quando a permanência da vítima na maca for por curto período de

tempo, ou seja, em transportes rápidos;

 Situações que comprometam a segurança de todos e/ou possam agravar

o quadro da vítima (situações climáticas extremas, riscos de explosão,
incêndio, choque elétrico e desabamento), se fazendo necessário,
extração rápida da vítima.
ESTABILIZAÇÃO RÁPIDA
 Quando a angulação do salvamento, de
uma vítima, não for maior que 15º;

 Quando a angulação do salvamento, de

múltiplas vítimas, não for maior que 45º.

• Nesses casos, não há necessidade de

imobilização completa e/ou não é prioridade.
ESTABILIZAÇÃO COMPLETA
• Compreende em prender a vítima na estrutura da maca com as fitas de fixação;

• Essa amarração garante que a vítima não escorregue e nem caia da maca
durante seu transporte;

• Quando o transporte for longo e/ou envolver angulações igual ou maior que
15º, a vítima deve ser estabilizada por completo na maca.
ESTABILIZAÇÃO COMPLETA
Peitoral tipo “X”:

• Passar as fitas laranja ou vermelha, de forma

cruzada no peitoral.
ESTABILIZAÇÃO COMPLETA
Peitoral tipo “mochila”:

• Caso a vítima apresente lesões na

região do tórax, o mais indicado é
realizar a passagem das fitas tipo
mochila.
ESTABILIZAÇÃO COMPLETA
Região pélvica:

• Passar a fita amarela do quadril da

vítima, formando uma espécie de
cadeirinha que envolve a região
pélvica.
ESTABILIZAÇÃO COMPLETA
Membros inferiores:

• Passar a fita preta sobre as pernas da

vítima;

• Essa passagem é simples e objetiva

não permitir que as pernas da vítima
saiam para fora da maca.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR
• Situações em que as fitas de fixação da vítima sejam
inutilizáveis durante a ocorrência, por perda ou
dano;

• Utilizar a fita de 04 metros para estabilizar os

membros inferiores;

• Utilizar a fita de 06 metros para estabilizar a região

pélvica e o tronco;

• Essa estabilização deve ser realizada de modo que a

vítima fique amarrada a estrutura posterior da maca.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Passar a fita na estrutura inferior

da maca posicionada abaixo da
virilha da vítima.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Passar a fita pelas virilhas da

vítima, em seguida, na
estrutura inferior da maca
posicionada nas laterais do
tronco.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Puxar a fita, cruzar no tórax e passar

nas estruturas inferiores da maca
posicionadas acima do ombro da
vítima.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Passar a fita nas estruturas inferiores

da maca posicionadas ao lado da
cabeça da vítima.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Ajustar a fita, tencionando-a pelas

pontas, sem deixar folgas, mas
cuidar para não apertar muito.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR
• Passar as pontas da fita nas barras
verticais da estrutura lateral superior
da maca posicionadas acima da
cabeça da vítima e confeccionar o
nó, Meia Volta do Fiel;

• Arrematar o nó Meia Volta do Fiel

com outro nó Meia Volta do Fiel.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Utilizar a fita tubular de 04 metros

para estabilizar os pés;

• Passar o meio da fita nas solas dos

pés da vítima e cruzar por cima das
pernas.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Passar a fita na estrutura inferior ao

lado dos membros inferiores da
vítima.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Em uma das pontas da fita,

confeccionar o nó Azelha e
passar a outra ponta por
dentro da alça do nó Azelha.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR

• Ajustar, sem apertar demais e

arrematar com um nó Meia
Volta do Fiel.
ESTABILIZAÇÃO COM
FITA TUBULAR
• As fitas devem estar bem justas
no corpo da vítima;

• Porém, não devem estar

apertadas demais para não
prejudicar a circulação
sanguínea.
ISOLAMENTO TÉRMICO
DA VÍTIMA
• Recomenda-se a utilização de isolante térmico no
fundo da maca;

• O isolante deve estar na maca antes da operação

de salvamento vertical (treinamento e/ou
ocorrência);

• O isolante deve ainda, possuir o mesmo molde da

placa de polipropileno da maca, de modo a
permitir a passagem das fitas de fixação da vítima
ou das fitas tubulares.
ISOLAMENTO TÉRMICO
DA VÍTIMA

• Com a vítima já estabilizada, envolvê-

la com uma manta térmica
aluminizada.
BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA
• A equipe de salvamento deve precaver uma redundância na estabilização da
vítima, isto é, possuir um sistema de backup para casos de nó mal feito e/ou
falha no equipamento de fixação;

• Essa redundância deve ser executada com a manta térmica já mantendo a

temperatura corporal da vítima;

• Uma fita tubular de 08 metros deve ser passada em toda estrutura da maca
envolvendo a vítima em forma de “X”, desde os pés até a cabeça.
BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA

• Iniciar o backup com o nó Focinho de

Porco na estrutura inferior da maca.
BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA

• Passar a fita na lateral dos pés;

• Formar um “X” por cima das pernas.

BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA

• Passar nas estruturas laterais

da maca, de baixo para cima.
BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA

• Estrangular a estrutura lateral da

maca com um “cote” e passar a fita
por cima da vítima formando outro
“X”.
BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA
• Repetir o processo de estrangular a
estrutura lateral da maca com o
“cote”;

• Repetir o processo de vai e vem

formando vários “X”, até chegar na
altura do peitoral.
BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA

• Quando as pontas da fita

atingir a altura do peito da
vítima, confeccionar o nó
Azelha em uma das
pontas.
BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA

• Passar a outra ponta da

fita dentro da alça do nó
Azelha e arrematar com
um nó Meia Volta do Fiel.
BACKUP DA ESTABILIZAÇÃO
DA VÍTIMA

• Neste processo, a fita deve estar

bem tencionada.
TÁBUA DE IMOBILIZAÇÃO DORSAL
EM MACA DE RESGATE
• As macas MAMUTE®RÍGIDA e
MAMUTE®DESMONTAVEL são
projetadas e construídas para
imobilização em traumatismo
raquimedular;

• Esses equipamentos são construídos

com dois perfis estruturais em aço
na parte posterior da maca.

Perfis Estruturais
TÁBUA DE IMOBILIZAÇÃO DORSAL
EM MACA DE RESGATE
• Os perfis oferecem rigidez para o fundo em polipropileno;

• Por tanto, esses perfis, juntamente com o fundo de polipropileno dispensam o

uso da tábua de imobilização dorsal;

• A combinação de tábua e maca deve ser desconsiderada para resgates

prolongados;

• O uso de tábua de imobilização como transporte em resgate não é aplicável.

PRONTA PARA USO

• As fitas de fixação da vítima devem estar

prontas na maca para uso;

• Dessa forma, o operador só desafivela as

fitas e as afivela de imediato na vítima,
diminuindo a possibilidade de erro nas
passagens das fitas na maca e na vítima.
PRONTA PARA USO
• As fitas tubulares e a manta térmica
devem estar acondicionadas em bolsa
própria, enroladas e presas com elástico;

• Se a maca estiver na viatura operacional

deve ficar protegida com capa própria ou
em bolsa impermeável;

• No almoxarifado, a maca deve ficar

afixada na parede com suporte
parafusado a uma altura de 1,90 m do
chão.
MANUTENÇÃO
Conferência Diária:

• Verificar se a maca de resgate não está em contato com materiais corrosivos ou

agressivos;

• Conferir se a(s) maca(s) de resgate está(ão) seca(s) e sem resíduos;

• Checar o estado geral da(s) maca(s) de resgate;

• Checar se as condições das fitas de fixação da vítima estão completas e em

condições de uso.
MANUTENÇÃO
Conferência Diária:

• Verificar se a(s) maca(s) de resgate está(ão) afastada(s) do calor e da umidade;

• Checar se a(s) maca(s) de resgate está(ão) acondicionada(s) na sombra ou

protegida da luz solar;

• Conferir a metragem correta das fitas tubulares de 25 mm e se estão em

condições de uso.
MANUTENÇÃO
Após o Uso:

• Limpar a maca de resgate com pano umedecido em água limpa;

• Lavar a maca de resgate com água corrente e sabão neutro;

• Utilizar esponja macia para a retirada de resíduos;

• Secar com pano seco.

REFERÊNCIAS
• BONIER EQUIPAMENTOS. Maca Mamute Rígida. Manual de Instruções Macas
Mamute. Disponível em: <https://www.bonier.com.br/downloads/manual-
mamute-rigida.pdf>. Acesso em: 26 jun 2020.

• BONIER EQUIPAMENTOS. Maca Mamute Desmontável. Manual de Instruções

Macas Mamute. Disponível em:
<https://www.bonier.com.br/downloads/manual-mamute-desmontavel.pdf>.
Acesso em: 26 jun 2020.

• INSTRUÇÃO DE NIVELAMENTO E CONHECIMENTO DE SALVAMENTO EM

ALTURA, 1, maio. 2019. Grupo de Operações de Socorro Tático. Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Paraná. 2019.
COLABORADORES
• Sd. QPM 2-0 ALTIERI FLORENTINO ALVES;

• Sd. QPM 2-0 EDUARDO MORAES ANDRIOLI;

• Sd. QPM 2-0 LUIZ GUSTAVO MARTINEZ CEZARIO;

• Sd. QPM 2-0 MAYKEL SANDRI DE ANDRADE;

• Sd. QPM 2-0 RODRIGO PEREIRA ARAUJO.

SALVAMENTO VERTICAL
ESTABILIZAÇÃO DE VÍTIMA EM MACA DE RESGATE

ELABORAÇÃO
1º Sgt. QPM 2-0 Vagner Rogério Dos Santos

REVISÃO
Câmara Técnica de Salvamento Vertical