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- CFAP - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

CBMBA INSTRUTORA: CB BM NADJA

CFSD

Estudante,
Bem-vindos à disciplina APH, que tem o objetivo de criar
condições para que o profissional BM possa ampliar
conhecimentos para discutir sobre as melores condições de
atendimento as vitimas, bem como ter condições de
identificar a aplicabilidade dos protocolos na atividade
diária.
APOSTILA Esperamos que até o final da disciplina você possa
O objetivo deste material é desenvolver e exercitar habilidades para analisar os
facilitar seu aprendizado,
aproveite ao máximo! princípios, normas que tenham repercussão nas atividades
de Bombeiro Militar, além de fortalecer atitudes para
reconhecer que o conhecimento téorico possibilita uma
melhor condução de sua ação, tornando uma ferramenta no
exercício da profissão.

Bons estudos!

nadja_ssilva@yahoo.com.br 73- 99193-5999


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Conteúdo programático da disciplina APH
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1. IMOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMA

Contamos atualmente com uma ampla e variada gama de técnicas de imobilização e


transporte, mas nos ateremos às clássicas e de maior utilidade em nosso meio. As vítimas de trauma
deverão ser manipuladas com o máximo de cautela para que as lesões existentes não sejam agravadas.
Esse deve ser nosso principal objetivo sempre!

Sempre que houver a possibilidade


de nos depararmos com uma vítima de Imobilização:
trauma, devemos atentar a preservação cervical, cabeça, tronco, pernas, braços
anatomica, minimizando as
movimentações excessivas.

Sempre que houver a possibilidade de nos depararmos com uma “coluna instável”, deveremos tomar as
providências cabíveis e necessárias:
1. Trazer a cabeça para uma posição apropriada, em linha neutra (a menos que contraindicado). Manter
este apoio e imobilização manual até que seja completada a imobilização definitiva com o COLAR.
2. Avaliar o paciente, utilizando o método A B C D E e proceder a todas intervenções necessárias.
3. Examinar o pescoço e aplicar o colar cervical, apropriado.
4. Checar a habilidade motora, resposta sensitiva e circulatória dos quatro membros.
5. Posicionar o dispositivo de imobilização no paciente e imobilizar o tronco para que este não possa
mover-se para cima ou para baixo, esquerda ou direita.
6. Avaliar e alcochoar a região occipital ou interescapular quando necessário. (pouco usado, seria uma
espécie de almofada para nivelamento).
7. Imobilizar a cabeça com o dispositivo, mantendo-a em linha neutra. (Head Block ou protetor lateral)
8. Uma vez na prancha longa, imobilize as pernas para que elas não se movam anteriormente ou
lateralmente.
9. Prenda os braços na prancha. Usamos preferencialmente o tirante aranha preso a pranha.
10. Reavalie novamente, utilizando o método A B C D E e reavalie a motricidade, resposta sensorial e
circulação de todos os membros. (Lembre que a avaliação é contínua até chegar a unidade hospitalar).

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1.1 - IMOBILIZAÇÃO CERVICAL

O colar cervical é um excelente dispositivo auxiliar na imobilização, porém não limita completamente os
movimentos laterais e de flexão-extensão, devendo, portanto ser utilizado em conjunto com o imobilizador de
cabeça e o dispositivo de fixação do tronco. Um colar efetivo deve estar em contato com o peito e a região dorsal
superior, na sua porção inferior e em contato com o occipício e a região infra-mentoniana, na sua porção
superior. O mesmo deve ter o tamanho apropriado ao paciente, minimizando ao máximo os movimentos e ao
mesmo tempo permitindo a abertura parcial expontânea da boca pelo paciente ou pelo socorrista, em caso de
vômitos, minimizando a possibilidade de broncoaspiração.

FIQUE ATENTO!

O colar somente poderá ser retirado depois de afastadas as possíveis lesões.


O fato de o paciente poder deambular não afasta a possibilidade de lesão cervical.

1.2 - IMOBILIZAÇÃO DO TRONCO

O dispositivo mais utilizado em nosso meio é a prancha longa, onde as


cintas ajustáveis poderão estar dispostas perpendicularmente ao eixo principal do
paciente e para minimizar a possibilidade de deslocamento e movimentação. Não se
apegue as cores, pois cada marca de tirante pode se apresentar de uma forma.

Lembrete: Imobilizar não é apertar ou causar desconforto!

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1.3 - IMOBILIZAÇÃO DO TRONCO

Portanto, para que estes movimentos não ocorram, deve ser colocado o imobilizador de cabeça
(peça com dois blocos de espuma semi-rigida que são posicionados nas laterais da cabeça ) e
ajustado por meio de fitas, as quais deverão estar posicionadas uma passando sobre a região frontal
(testa) e a outra sobre os blocos de fixação na sua porção inferior ( passando por cima do colar
cervical, porém sem contato com o mesmo).
As fitas devem permanecer ajustadas o suficiente para que não permita movimentos, e
normalmente isso promove certa compressão nos blocos de espuma.

Outro material como cobertor enrolado, poderá ser utilizado na


fixação da cabeça, mas este tipo de fixação deve ser executado com
maior critério e na ausência do fixador clássico, como por exemplo,
nos atendimentos a múltiplas vítimas onde os recursos podem
ficar escassos.

1.4 - IMOBILIZAÇÃO DAS PERNAS E BRAÇOS


A rotação externa das pernas pode resultar em movimento anterior da pélvis e da coluna inferior.
Para eliminar esta possibilidade devemos colocar um coxim entre as pernas (podendo este ser
com talas ou cobertor enrolado) e ajustar as cintas no terço médio das coxas, abaixo dos joelhos e
acima dos pés. Maior quantidade de cintas poderão ser utilizadas dependendo da necessidade.
Nos casos em que há fraturas, ela deve ser imobilizada primeiro.

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IMOBILIZAÇÃO DE PACIENTE QUE SE ENCONTRA SENTADO E COM SUSPEITA DE COLUNA


INSTÁVEL

O KED - kendrick strication device é um dispositivo utilizado em conjunto com o colar cervical que
permite a imobilização da cabeça, coluna cervical, dorsal e lombar em uma posição anatômica,
permitindo que a vítima seja imobilizada, estricada, transportada em posição sentada, prevenindo
lesões adicionais durante as manobras de extrincação. O Material do tipo colete é confeccionado
em nylon lavável, com acabamento em vinil, permitindo a imobilização da cabeça, pescoço e
tronco da vítima.

A imobilização com o KED requer um tempo maior para a


sua aplicação e a vítima não deve estar com risco iminente
de vida.

1 Uma vez a imobilização manual em linha tenha sido iniciada e um colar cervical aplicado, o KED será
colocado entre as costas da vítima e o acento.
2- Solte as cintas das virilhas (normalmente pretas mais longas e dispostas na parte inferior do KED). Abra
as cintas laterais e ponha-as ao redor do tronco, sob os braços do paciente.
3- Posicione corretamente as cintas do tronco, ajustando primeiro a inferior seguida da média e depois a
superior, que não deverá estar apertada (somente apoiando o tronco superior).
4. Posicione as cintas das virilhas e ajuste-as de forma que não deixe folga.
5. Alcochoe atrás da cabeça se necessário.
6. Fixe as faixas da cabeça, superiormente a da fronte e inferiormente na porção mentoniana do colar
cervical (não impedindo a abertura da boca).
Depois de seguida esta sequencia o socorrista que está segurando a cabeça poderá então soltá-la. A seguir o
paciente será rodado de forma a ser deslizado sobre a prancha longa, colocada sobre o assento do veículo e
com as pernas elevadas. Quando o paciente estiver posicionado na prancha, as pernas cuidadosamente
serão abaixadas e o paciente, que já está imobilizado, fixado à prancha longa. (nesta hora os cintos da
virulha serão abertos, para esticar os MMII).
Se o paciente for obeso ou musculoso as cintas da virilha poderão ser afrouxadas.

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Leitura importante!

SALVAMENTO RÁPIDO - (Estricação rápida)

O salvamento rápido deve ser feito somente quando o tempo for fator fundamental. No
caso de paciente instável.
Colocar o colar cerical, e com a participação de pelo menos 3 socorristas, onde um manterá a
estabilização da cabeça, os demais apoiarão a prancha ao banco e irão girar o paciente
rotacionando até colocá-lo na prancha rigída.
Ao comando do que mantém a cabeça, o paciente será deslizado para cima até que esteja
todo sobre a prancha. Para isto o socorrista que está nas pernas deverá se deslocar dentro do
veículo e todos os movimentos serão executados de forma sincronizada e nunca de uma só vez.
Sempre movendo o paciente como um bloco único.

REMOÇÃO EMERGENCIAL – CHAVE DE RAUTECK

Técnica empregada para remover rapidamente vítimas em estado crítico do interior de


um veículo, ou quando o local do acidente oferece perigo imediato para a vítima, para o
socorrista e outros.
A Chave de Rauteck é empregada para retirada de vítimas de acidentes automobilísticos
que se encontram em situação de risco iminente (incêndio com risco de explosão, veículo a
beira de um penhasco, ambiente tomado por fumaça, etc.), promovendo o mínimo de
estabilização da coluna cervical.
Esta técnica é realizada por apenas um socorrista, durante sua execução há riscos de
agravar as lesões do paciente, no entanto, sua utilização é realizada para evitar uma mal maior.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
- Posicione-se do lado de fora do veículo, imobilize a cabeça do paciente posicionando os dedos
médios de ambas as mãos na região do osso zigomático, polegares na nuca e os dedos mínimos
e anulares apoiarão a mandíbula do paciente durante a estabilizaçã.;

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- Após a estabilização, posicione o paciente de forma que fique ereto no acento do veículo.
Posicionando sua face de encontro com a face do paciente.
- Posicione uma das mãos por baixo da axila do paciente apoiando sua mandíbula.
- Com a outra mão segure firmemente o punho do paciente estabilizando-o de encontro ao seu
corpo.

Só usar para casos extremos!

RETIRADA DO CAPACETE

O primeiro socorrista ajoelha-se e com as palmas de sua mão posicionadas nas


laterais do capacete e com seus dedos longos firma a mandíbula, trazendo a cabeça para a
linha neutra.
O segundo socorrista solta ou corta a correia e coloca uma de suas mãos na região
infra-mentoniana com o polegar firma o ângulo da mandíbula do paciente e com os
dedos longos firma o outro ângulo da mandíbula. Com a outra mão, firma a nuca do
paciente. Esta manobra transfere a responsabilidade de imobilização e alinhamento para o
segundo socorrista.
O socorrista 1 retira o capacete pelo topo da cabeça. Três fatores devem ser
lembrados: O capacete tem forma oval e deve ser expandido lateralmente para liberar as
orelhas, se houver cacos-de-vidros estes devem ser retirados e se o capacete der cobertura
facial completa o mesmo ao ser retirado deve ser rodado para trás, para superar o obstáculo
oferecido pelo nariz.

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Após o capacete ser retirado, o socorrista 2 recoloca suas mãos, uma de cada lado da
cabeça do paciente, para refazer a imobilização e liberar o socorrista 1 para que este possa
proceder a colocação do colar cervical.

TRANSPORTE EM GERAL

Todo transporte deve respeitar a legislação de trânsito. Nenhuma situação


justifica colocar em risco a equipe de socorro ou outras pessoas.
A sirene não abre caminho e sim “pede” passagem. Não é a alta velocidade do
veículo de transporte quem salva o paciente e sim a agilidade e capacidade de
atendimento da equipe socorrista.
O transporte deve ser realizado com segurança e o máximo de conforto que
o caso permitir.
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O número de transportados por veículo não pode desrrespeitar o conceito de


segurança e todos os ocupantes do veículo deverão estar utilizando os cintos de
segurança.
Pacientes com rebaixamento do nível de consciência devem ser
transportados sob a vigilância de um socorrista, pelo risco de broncoaspiração.
O deslocamento do paciente em cadeira de rodas deve ser executado com
cuidado e se possível com cinto atrelado, trazendo a cadeira para trás (ré) e
inclinada discretamente, para que não ocorra queda do paciente para frente.
Verifique sempre que a maca travou, nas suas articulações e no trilho da
ambulância.
Nos casos de empalamento (objeto penetrante ou transfixante no corpo da
vítima), este somente deverá ser removido em ambiente hospitalar e para o
transporte o objeto deverá ser fixado por meio de compressas e faixas para impedir
a sua mobilização.

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2. IMOBILIZAÇÔES

IMOBILIZAÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

2.1. Fraturas da Cintura Escapular, de MMSS e MMII

Atenção! A imobilização deve ser feita com o mínimo de tração sem


forçar, (se a mesma não provocar dor local muito intensa e
não houver resistência) já que a flexão associada ao edema
que habitualmente se instala podem comprimir os vasos
que passam a nível do cotovelo impedindo o fluxo normal
de sangue.

Deve optar por deixar as amarrações de maneira que seja


possível visualizar as lesões.

Nunca esquecer que fratura do fémur pode implicar a perda de


1 a 2 litros de sangue sendo importante a vigilância dos sinais
vitais.

Não existe apenas uma forma de amarração, portanto, conecer


as possibilidades de uso ajuda na escolha no momento da
ocorrência.

Material usado: Atadura, bandagem e ou pedaços de tecidos

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Imobilização de MMSS

Imobilização de dedo com paleta e atadura

Talas moldavéis facilitam e promovem conforto

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2.1 Uso da prancha e tipos de rolamento: Rolamento 90º; Rolamento 180º; Manobra
cavaleira

Rolamento de 180º
Técnica empregada para posicionar o paciente na prancha, quando este encontrar-se em decúbito
ventral.

Técnicas para sua execução:

1. O socorrista n.º 1 deverá posicionar-se atrás da cabeça do paciente, com, pelo menos, um
dos joelhos apoiados no chão no mesmo alinhamento da coluna vertebral do paciente para melhor
estabilidade, segurando firmemente as laterais de sua cabeça, indicando o lado apropriado para o
rolamento (para onde a nuca estiver apontando ou lado menos lesionado), mantendo o alinhamento
da coluna vertebral.
2. O socorrista n.º 2 deverá posicionar a prancha do mesmo lado do rolamento, próxima ao
paciente, enquanto o chefe posiciona o braço do paciente, do lado em que for efetuado o rolamento,
acima da cabeça do paciente, e o outro ao longo do corpo. (METADE DO MOVIMENTO)
3. O comandante e o socorrista n.º 2 posicionam-se na altura do tórax e cintura pélvica,
respectivamente, apoiando suas mãos ao longo do corpo do paciente do lado oposto ao que estão
posicionados. O chefe posiciona uma mão no ombro e a outra próxima à coxa do paciente. O
socorrista n.º 2 coloca uma mão na lateral da cintura pélvica e a outra logo abaixo do joelho. O
movimento é sempre feito em bloco, só depois coloca o colar na vítima. (COMPLETANDO O
MOVIMENTO que corresponde a técnica de 90º)

Elevação a cavaleiro
Técnica empregada para posicionar o paciente sobre a prancha, quando houver impossibilidade de
executar o rolamento. Observação: durante a sua execução, o socorrista deverá agir cautelosamente
para não produzir novas lesões ou agravar as já existentes.

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Técnica para sua execução


1. O Comandante e os Socorristas n.º 1 e 2 posicionam-se ao longo do corpo do paciente, de forma
que ele fique entre suas pernas (posição a cavaleiro).
2. O Comandante ficará na altura da cintura escapular e posicionará as mãos de ambos os lados do
ombro do paciente, mantendo os polegares apoiados na região occipital e os demais dedos na altura
do músculo trapézio.
3. O socorrista n.º 1 ficará na altura da cintura pélvica do paciente e posicionará as mãos de ambos os
lados segurando firmemente a pelve do paciente.
4. O socorrista n.º 2 ficará na altura das pernas do paciente, abaixo dos joelhos, e posicionará as mãos
nas panturrilhas, segurando firmemente.
5. O socorrista n.º 3 posicionará a prancha próxima ao paciente, preferencialmente na altura da
cabeça da vítima.
6. O comandante pergunta aos demais se estão prontos, após receber o sinal de positivo (OK), efetua
a contagem para execução da elevação, devendo movimentar o paciente em monobloco.
7. O socorrista n.º 3, uma vez elevado o paciente, deverá posicionar adequadamente a prancha rente
ao solo no sentido crânio-caudal.
8. O comandante, após posicionada a prancha corretamente, efetuará nova contagem para posicionar
o paciente em monobloco/bloco sobre ela.
Lembre-se: O comando deve contar em voz alta “no 3, 1,2,3!”
A manobra de 180º é usada em vítima em decúbito ventral!
A manobra de 90º a vítima está em decúbito dorsal, apenas necessitando ser colocado sobre
a prancha.
A manobra de cavaleira deve ser usada quando há impossibilidade de usar as técnicas de
rolamento.

Manobra 90º Cavaleira (bloco)


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3. TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE VÍTIMAS

Sempre que for possível, você não deverá remover uma vítima. Os socorristas devem
cuidar da vítima no local de emergência, tentar mantêla estável e esperar pela chegada da
equipe de resgate. Mas existem situações em que você deve transportar uma vítima, chamadas
de transportes de emergência.

Transporte apoiado
Transporte cadeirinha
Transporte por arrastamento
Arrasto pelo pescoço
Transporte pendurado
Arrasto tipo Bombeiro
Transporte por cadeira
O salvamento de vítimas em perigo, constitui um dos principais objetivos da ação de
Transporte nos braços
bombeiros e da brigada de incêndio, devendo ser visto como uma ação prioritária em caso de
Levantamento pelos
sinistros. A busca de vítimas no interior da edificação, deve ser prioritária e poderá envolver
membros/extremidades
ações de transporte e movimentação de vítimas como manobras de salvamento.

Transporte apoiado: A vítima deve estar consciente. As vítimas capazes de andar


podem ser apoiadas pelo socorrista. Passar o braço da vítima sobre os ombros do socorrista
por trás de seu pescoço. Segurar firmemente o braço da vítima. Com o outro braço, o
socorrista envolve por trás a cintura da vítima.

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Transporte cadeirinha: A vítima deve estar consciente. Os socorristas se posicionam


de pé, ficando de frente um para o outro. Seguram firmemente o seu próprio punho direito
com a mão esquerda. Com a mão direita seguram o punho esquerdo do companheiro.

Transporte por cadeira: Na manobra, destinada quer as vítimas conscientes, quer


vítimas inconscientes, deve utilizar-se uma cadeira resistente que não seja de abrir e fechar.

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Transporte por arrastamento: O transporte por arrastamento requer somente a execução por um
brigadista, em casos que a vítima esteja inconsciente, sendo por uma escada ou plano inclinado.

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Transporte por arrastamento: Dois socorristas transportam a vítima, segurando-a


pelos braços e pernas. Uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra, segura pelas
pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente.

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Transporte nos braços: A manobra de levantamento e transporte nos braços é executada por
um bombeiro, sendo eficaz principalmente quando utilizado quando vítimas forem de estrutura
física pequena.

Arrasto pelo pescoço - Amarre as mãos do acidentado uma à outra e passe-as atrás do seu
pescoço. Isto lhe permitirá arrastar o acidentado consigo. A vantagem deste método é que você e
o acidentado podem permanecer abaixados; assim, você estará protegido e ambientes com
fumaça. Nunca tente arrastar um acidentado com fratura de coluna ou de pescoço.

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Arrasto tipo Bombeiro: Em situações de extrema emergência, quando na existência de fogo ou


ameaça de explosão, o levantamento do bombeiro é uma técnica valiosa. Deve ser utilizada esta
técnica em situações em que a vítima esteja inconsciente ou em estado de consciência alterada.

Transporte pendurado: Poderá ser facilmente usado em pessoas conscientes e até mesmo
inconscientes. Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu pescoço, incline-a para
frente e levante-a.

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4. ACIDENTE COM MULTIPLAS VÍTIMAS – AMV

De uma maneira simplificada, o APH – Atendimento Pré-Hospitalar é aquele ofertado a


pessoas em situação de urgências e emergências, sendo realizado antes da chegada do paciente ao
hospital, ou seja, no local do ocorrido e na ambulância.
Dessa forma, o pré-hospitalar apresenta particularidades que interferem na assistência
prestada, como falta de iluminação, chuva, calor extremo e até mesmo possibilidade de novos
incidentes.
Por isso, a ação da equipe de profissionais capacitados deve ser rápida, porém pautada por
condutas adequadas e fundamentadas cientificamente. Visto que as intervenções podem definir a vida
ou a morte, a sequela temporária ou definitiva e até mesmo uma vida dependente ou produtiva, elas
devem ser realizadas de modo ágil e tranquilo, garantindo a segurança da equipe e da (s) vítima(s).
Além disso, o atendimento pré-hospitalar prestado a uma única vítima possui princípios bem
diferentes da atuação prestada em Incidentes com Múltiplas Vítimas:
• Acidentes com uma única vítima – todo recurso deve ser disponibilizado na tentativa de
salvar a vida ou evitar sequelas no indivíduo;
• Acidentes com Múltiplas Vítimas (AMV) – exige a tentativa de salvar o maior número de
vítimas possíveis. Surge então a necessidade de definir prioridades por meio da triagem.
De acordo com os Protocolos de Suporte Básico de Vida, do Ministério da Saúde, é recomendada a
realização de triagem em casos de eventos com mais de cinco vítimas.

TRIAGEM
Processo utilizado em situações em que o número de vítimas ultrapassa a capacidade de resposta
da equipe de socorro. Utilizado para alocar recursos e hierarquizar vítimas de acordo com um sistema
de prioridades, de forma a possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível
de vítimas.

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Método START (simple triage and rapid treatment) Triagem simples e tratamento rápido.
Vantagens - Sistema de triagem simples que permite triar uma vítima em menos de 1 minuto. - O
método utiliza diferentes cores para determinar a prioridade de atendimento e transporte.

Significado das cores:


Vermelha - Significa primeira prioridade. Essas vítimas estão em estado grave e necessitam
tratamento e transporte imediato.
Amarela - Significa segunda prioridade. Essas vítimas necessitam tratamento mas podem aguardar.
Verde - Significa terceira prioridade. Essas vítimas não requerem atenção imediata.
Preta/Cinza - Significa sem prioridade. Essas vítimas possuem lesões obviamente mortais.

Critérios utilizados no Método START


Esse método utiliza fitas coloridas e baseia-se em três diferentes critérios para classificar as vítimas
em diferentes prioridades, a saber:
Respiração
• NÃO - se não respira, mesmo após abrir as vias aéreas, é considerada vítima semprioridade (cor
preta).
• SIM - se, após abertura de vias aéreas, voltar a respirar é considerada vítima de primeira
prioridade (cor vermelha). Se a respiração apresentase de forma espontânea e igual ou
superior a 30 vpm é também considerada vítima de primeira prioridade (cor vermelha). Menor
que 30 vpm, avalie a perfusão.

Perfusão
A perfusão é avaliada por meio do enchimento capilar. Se for superior a 2 segundos, significa uma
perfusão inadequada (em caso de iluminação reduzida, o socorrista deverá avaliar o pulso radial. Um
pulso radial ausente indica uma PA sistólica abaixo de 80mmHg). Controle hemorragias se houver e
considere a vítima em primeira prioridade (cor vermelha). Se o enchimento capilar for de até 2
segundos, avalie o status neurológico. Alguns sistemas de emergência médica adotam a observação do
pulso carotídeo, classificando-o em forte (avaliar status neurológico) ou fraco (cor vermelha), em
substituição à perfusão.

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Status neurológico
Avalie se a vítima é capaz de cumprir ordens verbais simples.
• NÃO - não cumpre ordens simples, considere vítima de primeira prioridade (cor vermelha).
• SIM - cumpre ordens simples, considere como vítima de segunda prioridade (cor amarela).

A deambulação é um critério importante!


Dimensione e assuma a situação de emergência, solicite recurso adicional e inicie a triagem, método
START, das vítimas. Determine a um socorrista de sua equipe que dirija todas as vítimas que possam
caminhar para uma área de concentração previamente delimitada (poderá ser utilizado um megafone
para isso). Essas vítimas receberão uma identificação verde de forma individual.

Desse modo, os protocolos norteiam o


atendimento, lembrando que as adaptações são
cabíveis, desde que aplicadas de forma coerente

O AMV é um evento caótico e os socorristas precisam decidir quem são os primeiros a serem
socorridos, quem são os mais graves e quem são os ignorados em primeira instância. Destaco que
essas são decisões muito difíceis de serem realizadas.

Pense nisto!
É muito complicado deixar uma criança de 5 anos em parada
cardiorrespiratória (PCR) sem assistência porque existem dezenas de
vítimas precisando do seu trabalho. Que bom seria se cada vítima
possuísse sua equipe exclusiva, mas, infelizmente, isso é sinônimo de
utopia.

Sendo assim, vale ressaltar a importância de respeitar as categorias definidas pelo método
START e atendê-las conforme preconizado.

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Conforme o exemplo acima, uma criança em PCR é classificada como código cinza e deve ser
expectante até que tenha recurso suficiente para atender a todos. Provavelmente essa criança
aumentará o número de óbitos do incidente, mas a sua conduta enquanto socorrista fará com que
tantas outras vítimas sobrevivam.
Então precisamos ser frios? Negativo! Precisamos estar preparados tecnicamente. Basta
respeitar o princípio básico do IMV: salvar o maior número de vítimas possível.

5 AVALIAÇÃO DE UMA CENA

AS CINCO FASES DA AVALIAÇÃO


1. O Dimensionamento da cenacom verificação das condições de segurança:
2. A adoção de medidas de proteção pessoal precauções universais;
3. A observação do mecanismo de trauma ou natureza da doença;
4. A verificação do número total de vítimas;
5. A necessidade de recursos adicionais.

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Medidas de sinalização do local


Isolamento da cena
Estabilização de veículos
Controle de tráfego
Desligamento de motores automotivos
Desativação de cabos elétricos energizados (risco de explosão)
Remoção de vítimas em situação de risco eminente
Atender as vítimas usando os protocolos que mais sejam caívei a situação.

As principais preocupações para a avaliação e o manejo do paciente traumatizado são:


1. controle de hemorragia maior;
2. vias aéreas;
3. oxigenação;
4. ventilação;
5. infusão e
6. estado neurológico.

Há três prioridades imediatas quando você chega a uma cena:


1. Avaliação da cena e a segurança do local.
2. Uso de equipamento de proteção individual adequado (EPI) e seguir as precauções padrão (para
tratamento de sangue e fluidos corporais).
3. Os respondentes devem reconhecer incidentes com vários pacientes e vítimas em massa (IMMs).

Avaliação Primária Mnemônico XABCDE

Revisão primaria (Avaliação Primária)


No paciente com trauma multisistêmico crítico, a prioridade do cuidado é a identificação e o
manejo rápido das condições de risco de vida. Check-up primário, estabilização e transporte. A
esmagadora maioria dos pacientes traumatizados tem lesões que envolvem apenas um sistema (por
exemplo, uma fratura isolada de membros). Para estes pacientes há tempo para analise secundaria.

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AVALIAÇÂO PRIMÀRIA
X) HEMORRAGIAS EXSANGUINANTES
A) PERVEABILIDADE DAS VAS
B) RESPIRAÇÃO
C) CIRCULAÇÃO
D) DESABILITY (INCAPACIDADE - SENSORIAL E FUNCIONAL)
E) EXPOSIÇÃO E CONTROLE DE HIPOTERMIA

EM QUE SITUAÇÃO SE APLICA O XABCDE DA VIDA? Em vitimas de TRAUMA

X - Hemorragia exsanguinante (controle de hemorragia externa grave)


•Na revisão primária de um paciente traumatizado, a hemorragia externa com risco de vida deve
ser identificada e administrada imediatamente.
•Se ocorrer hemorragia externa exsanguinante, deve ser verificado antes mesmo de avaliar as vias
aéreas (ou simultaneamente, se a ajuda adequada estiver presente no local) ou realizar outras
intervenções, como restrição da mobilidade vertebral cervical.

Leitura Complementar!

QUANTO AO TIPO DE VASO SANGUÍNEO


1. ARTERIAL – SAI EM JATO. É MAIS GRAVE QUE O VENOSO. RICO
EM 02 E NUTRIENTES
2. VENOSO – SANGUE ESCURO E CONTÍNUO, RICO EM CO2 E
MATERIAL METABOLIZADO PELAS CELULAS
3. CAPILAR – SANGRAMENTO CONTÍNUO, DISCRETO E
COMPOSTO POR SANGUE ARTERIAL E VENOSO

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HEMORRAGIA INTERNA - Sinais e Sintomas


1.Dor e Pulso rápido e fraco (filiforme)
2.Palidez, Pele fria e úmida (pegajosa)
3.Pupilas dilatadas e pouca reatividade a luz
4.Queda de pressão arterial
5.Paciente ansioso, inquieto e com sede
6.Náusea e vomito
7.Respiração rápida e profunda
8.Perda de consciência, PCR e choque

EXTERNA - Sinais e Sintomas


1.Dor e Pulso rápido e fraco (filiforme)
2.Pele fria e úmida (pegajosa)
3.Pupilas dilatadas e pouca reatividade a luz
4.Queda de pressão arterial
5.Paciente ansioso, inquieto e com sede
6.Náusea e vomito
7.Respiração rápida e profunda
8.Perda de consciência, PCR e choque
9.SANGRAMENTO EXTERNO

HEMORRAGIA EXTERNA - Procedimentos


PRESSÃO LOCAL
Consiste em pressionar o ferimento diretamente com as mãos, para que ocorram as primeiras
providencias orgânicas no intuito da hemostasia.
Obs. Atentar para Biosegurança.

CURATIVO COMPRESSIVO
Consiste em pressionar o ferimento com curativo composto por compressa, ataduras, campo
cirúrgico, gaze, pano, ou outros meios, para que ocorram as providencias orgânicas, aliadas ao
tecido do curativo, no intuito de gerar maior eficácia a hemostasia.

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Preenchimento de ferida
Consiste em preencher a cavidade de um ferimento, com material tipo compressa, ataduras, campo
cirúrgico, gaze, pano, ou outros meios, para que ocorram as providencias orgânicas, aliadas ao
tecido do curativo, no intuito de gerar maior eficácia a hemostasia, tamponando os vasos
sanguíneos.

Agentes hemostáticos
Consiste em preencher a cavidade de um ferimento, com material quimicamente desenvolvido, para
agir na cascata de coagulação, impedindo assim a hemorragia.

Torniquete
são dispositivos de contenção de hemorragias que são aplicados nos membros (inferiores e
superiores), com indicação para conter lesões de extremidades exsanguinantes e deverá ser
aplicado a cerca de 5cm acima da lesão. Deverá ser liberado no hospital sob supervisão
médica.

ABCDE DA VIDA

A – Gerenciamento de Vias Aéreas e Mobilidade da Região Vertebral Cervical


As vias aéreas do paciente são rapidamente verificadas para garantir que ela seja permeável
(aberta e limpa) e que não haja perigo de obstrução. Se as vias aéreas forem comprometidas,
ela terá que ser limpa, inicialmente, usando métodos manuais (levantamento do queixo ou
subluxação mandibular – jaw thrust), e limpar sangue, substâncias corporais e corpos
estranhos, se necessário.

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Restrição de Movimento Vertebral


Todos os pacientes traumatizados com um mecanismo de contusão significante, são suspeitos
de lesão espinhal até que a lesão seja descartada conclusivamente.
É particularmente importante manter uma alta taxa de suspeita de lesão vertebral em idosos
ou cronicamente enfraquecidas, mesmo com mecanismos de lesão leve. Durante as ventilações ,
mantenha a estabilização manual.

Essa necessidade de restrição não significa que os


procedimentos necessários para manter as vias aéreas não
possam ser aplicados.

B — Ventilação (ventilação e oxigenação)

A ventilação funciona para efetivamente fornecer oxigênio aos pulmões do paciente e ajudar a
manter o processo metabólico aeróbico.
A hipóxia pode resultar da ventilação inadequada dos pulmões e levar à falta de oxigenação
dos tecidos do paciente. Uma vez aberta a via aérea do paciente, a qualidade e a quantidade da
ventilação do paciente podem ser excluídas da seguinte forma:
• Verifique se o paciente ventila observando o movimento do peito e percebendo o movimento do
ar pela boca ou nariz. (pode se ouvir os dois lados do peito – Ausculta)
• Se o paciente não ventilar (ou seja, apneico), comece imediatamente a auxiliar as ventilações (Com
o auxilio de mascara ou BVM)
• Certifique-se de que as vias aéreas do paciente são permeáveis e limpas

C - Circulação e Sangramento (infusão e hemorragia interna)

É importante verificar o comprometimento ou o fracasso do sistema circulatório em paciente


de trauma, pois, eritrócitos oxigenados incapazes de fornecer oxigênio às células não beneficiam o
paciente. Logo, entende-se que o coração não está bombeando os nutrientes necessários ao corpo.

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D — Deficiência (Déficit Neurológico)


A Escala de Coma de Glasgow (ECG), publicada pela primeira vez em 1974, até hoje é usada
como medida clínica objetiva da gravidade da lesão cerebral em pacientes, incluindo os
politraumatizados. Na nova versão, a escala varia de 1 a 15 pontos, devido a avaliação de
Reatividade Pupilar.

E - Exposição/Ambiente
Um dos primeiros passos no processo de titulação é remover a roupa do paciente, pois a
exposição do paciente traumatizado é crucial para encontrar todas as lesões.
O ditado "a parte do corpo que não for exposta será a parte mais gravemente ferida", pode
nem sempre ser verdade, mas é frequente o suficiente para garantir um exame total do corpo. Além
disso, o sangue pode se acumular, ser absorvido pelas roupas e passar despercebido.

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Embora seja importante expor o corpo do paciente traumatizado para completar uma
avaliação eficaz, a hipotermia é um problema sério na gestão de um paciente traumatizado.

Apenas o necessário deve ser exposto ao ambiente ao ar livre.

Revisão Secundária (Análise Secundária)

A revisão secundária é uma abordagem "ver, ouvir e sentir" para avaliar o paciente. O
provedor identifica lesões e correlaciona os achados físicos região por região, começando pela
cabeça e avançando pelo pescoço, peito e abdômen até as extremidades, para concluir com um
exame neurológico detalhado. O sentido da inspeção deve ser sempre no sentido da cabeça aos pés,
As seguintes frases capturam a essência de todo o processo de avaliação:
1. Veja, não apenas olhar;
2. Ouça, não basta ouvir;
3. Sinta, não apenas toque.
Obs. Conhecimento sobre anatomia é crucial para este momento

PRINCIPIOS DE OURO PHTLS RINCIPIOS DE OURO PHTLS


1. Garantir a segurança dos prestadores de cuidados pré-hospitalares e de pacientes;
2. Avalie a situação do local para determinar a necessidade de recursos adicionais;
3. Reconheça a física do trauma causado pelas lesões;
4. Use a abordagem de revisão primária para identificar condições de risco de vida;
Providencie o manuseio adequado das vias aéreas, mantendo a estabilização da coluna cervical
conforme indicado;
6. Apoie ventilação e fornecer oxigênio para manter um SpO maior ou igual a 94%;
7. Controle qualquer hemorragia externa significativa;
8. Fornecer terapia de choque básica, incluindo a imobilização adequada de lesões
musculoesqueléticas e restauração e manutenção da temperatura corporal normal;

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9. Mantenha a estabilização manual da coluna vertebral até que o paciente fique imobilizado ou
livre de que a imobilização espinhal não é necessária;
10. Para pacientes com lesões traumáticas graves, inicie o transporte para a instalação apropriada
mais próxima o mais rápido possível, após o SEM;
11. Inicie a substituição intravenosa de fluido quente a caminho da instalação receptora;
12. Verifique o histórico médico do paciente e realize uma revisão secundária quando os problemas
de risco de vida tiverem sido gerenciados ou descartados com sucesso;
13. Proporcionar um alívio adequado da dor;
14. Fornecer a facilidade de recebimento com comunicação abrangente e precisa sobre o paciente e
as circunstâncias da lesão.

6 SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

O Suporte Básico de Vida (SBV) é um protocolo de atendimento no qual se estabelecem o


reconhecimento e a realização das manobras de ressuscitação.
O Suporte Avançado de Vida (SAV) é a segunda etapa do conjunto de habilidades e
conhecimentos envolvidos no tratamento do paciente com parada cardiorrespiratória (PCR).

Chame a vítima, se ela estiver inconsciente, peça ajuda!

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Nos casos de parada cardiorrespiratória, aplicamos o CAB

C -VERIFIQUE OS SINAIS DE CIRCULAÇÃO:

É importante realizar as imediantamente as compressões. São 30x2 ouseja, 30 compressões por 2


ventilações (durante 2 minutos). O PTLS também traz a possiilidade de se aplicar de 100 a 120
COMPRESSÕES POR MINUTOS, por 2 minutos. Com os braços esticados, inclina-se sobre a pessoa e
coloca ambas as mãos, uma sobre a outra, imediatamente acima (cerca de dois dedos) da parte
inferior do esterno (chamado de processo xifoide). Nunca flexione os braços!

A - ABERTURA DAS VIAS AÉREAS:

Manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo e tração da mandíbula sem inclinação da cabeça


quando suspeitar de uma lesão da coluna cervical.

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B – VENTILAÇÃO:
CHECAR PULSO BRAQUIAL NO LACTENTE
CHECAR PULSO CAROTIDEO EM CRIANÇAS E ADULTOS

A ventilação deve ser realizada co auxilio da bolsa valvula máscara, também chamado de
ressuscitador manual, ou ambú. As insuflações devem durar cerca de 1 segundo.

O desfibrilador é um instrumento importante na


RCP, deve ser realizado com cuidado e cautela.

O desfibrilador é o aparelho usado para, no caso de uma parada cardiorrespiratória,


restabelecer o ritmo cardíaco do paciente. Esse aparelho tem o objetivo de emitir uma carga elétrica
moderada no coração que está sofrendo algum tipo de arritmia. O coque deve ser realizado pelo
socorrista quando a leitura no DEA indicar o choque, é importante se lembrar de não tocar no
paciente, secá-lo se estiver molhado e fazer a tricotomia do peito caso necessário.
Mesmo que realizado o choque, não descole as pás, pos dutante o deslocamento pode ser
necessário realizar novos disparos.

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7 PARTO DE EMERÊNCIA

Bombeiros são acionados para auxiliar parto de emergência quase que diáriamente, por
isso que devemos como Militares estármos preparados para todo tipo de situação. Nesse contexto,
saber as fases do parto, os termos técnicos e suas complicações são de extrema importancia.
São termos importantes ao atender uma ocorrência de parto de emergência:

Gestação ou gravidez: período compreendido entre a fecundação do óvulo


pelo espermatozoide até o nascimento do bebê, em geral perfazendo o total
de 40 semanas.
Pré-natal: período de acompanhamento da gestante por profissionais da
saúde especializados, com o objetivo de detectar possíveis doenças ou
problemas do bebê em formação, bem como preparar e orientar a gestante
para o momento do parto e futura maternidade.
Gestante: mulher que esta vivenciando a gravidez, que em condições
normais não é considerada doente, por tratar-se a gestação de processo
fisiológico.
Parturiente: mulher que ao término da gestação apresenta sinais evidentes
de trabalho de parto (exemplo: contrações uterinas dentro do padrão de
parto).
Puérpera: mulher que vivenciou a gestação e parição, e que encontra-se no
período do pós-parto.

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Puerpério: período geralmente de 6 a 8 semanas após o parto.


Pré-eclampsia e eclampsia: complicações graves relacionadas à
hipertensão arterial que podem surgir geralmente após a 20ª semana de
gestação (convulsões e inconsciência) risco a vida da gestante e do bebê em
desenvolvimento.
Sofrimento fetal: conhecido por hipóxia neonatal, ccondição resultante da
diminuição ou ausência da oferta de oxigênio ao bebê.

Pode ocorrer por diversos motivos:


- anemia persistente da gestante;
- problemas respiratórios ou cardíacos;
- descolamento da placenta;
- diabetes gestacional e outros;
- liberação o mecônio (primeira eliminação do bebê, que habitualmente ocorre após o
nascimento), que se mistura ao líquido amniótico e por ele é aspirado, resultando em grave
complicação;
- odor putrefato e coloração esverdeada do líquido amniótico, que são forte indicativos de que
o feto tenha passado por sofrimento fetal.

Líquido amniótico: líquido presente dentro do saco amniótico, mantém a


temperatura do feto e o protege de impactos. Participa da formação da bolsa
e lubrifica o canal do parto após a ruptura das membranas. Cor normal é clara
em casos de anóxia e sofrimento fetal torna-se esverdeado.
Saco ou bolsa amniótica: estrutura tipo bolsa que se forma no interior do
útero é constituído por uma membrana cheia de líquido que envolve e
protege o feto.

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Fases do Trabalho de parto

• Primeira fase (dilatação):


Inicia com as contrações e termina no momento em que o feto entra no canal de parto (dilatação
completa do colo do útero até que atinja 10 cm).
LEMBRE: Não cabe ao socorrista realizar toque vaginal para constatar essa dilatação.

Fase I

• Segunda fase (expulsão):


Vai do momento em que o feto está no canal de parto até seu completo nascimento:
• É a fase ativa do trabalho de parto;
• exige do socorrista o máximo acompanhamento e atenção;
• Compreende o momento em que o feto está no canal de parto até seu nascimento;
• comum a parturiente relatar fortes dores no baixo ventre, na região lombar e
sobretudo sentir vontade ou sensação de estar defecando.
• Uma vez dilatado o colo do útero, na maioria das vezes é possível visualizar o
coroamento do bebê;
• Durante as contrações o bombeiro socorrista deve estimular a parturiente a fazer
força, entretanto, no intervalo das contrações, ela deve respirar de maneira lenta e
profunda, inspirando como se estivesse cheirando uma flor e expirando como se
assoprasse uma vela.

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FASE II

- Fase que vai do nascimento até a completa expulsão da placenta;


- Normalmente ocorre nos 30 minutos a 01 hora seguintes.
- A placenta deve ser preservada em recipiente adequado (saco plástico do kit parto);
- Posterior análise pela equipe de saúde, em que geralmente são observados
aspectos quanto à integridade, odor, coloração etc.
- Mãe, bebê e placenta devem ser conduzidos ao hospital ou maternidade.

Manobra de Jacobs-Dubins ( Rotação da placenta e membranas)

A manobra de Jacobs, deve ser evitada, sabemos que a expulsão natural da placenta é mais
saudável para a mãe, podendo esperar a chegada ao ambiente hospitalar.

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SINAIS DE PARTO IMINENTE, FIQUE ATENTO!


Presença de contrações uterinas de forte intensidade e frequentes:
5 contrações no intervalo de 10 minutos com duração acima de 40 minutos cada contração;
Sensação intensa de evacuar;
Visualização da cabeça do bebê no canal do nascimento (coroamento).

IMPORTANTE
Não permita que a parturiente vá ao sanitário.
Não impeça, retarde ou acelere o processo de nascimento.
O trabalho de parto é um processo lento que pode durar horas, não se restringindo apenas ao
nascimento.

PARAMENTAÇÃO E PREPARAÇÃO DO AMBIENTE


A viatura deve ser estacionada em local seguro, sem necessidade de sinalização sonora;
Verifique a necessidade de suporte avançado no local, solicitando este recurso;
Sempre que possível, mantenha um familiar junto da parturiente durante todo o atendimento;
Os socorristas devem lavar as mãos (utilizar a técnica de fricção das mãos com álcool gel);
Fazer uso dos EPI necessários ao procedimento (luvas, máscaras, óculos e jaleco descartável);
O kit parto da viatura deve ser aberto e utilizado pelos socorristas.

Uso do EPI é obrigatório quando disponível

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KIT PARTO DE EMERGÊNCIA

• Compressas de gaze (estéril);


• Compressa cirúrgica (estéril);
• Absorvente higiênico;
• Jaleco descartável;
• Pulseira de identificação (nas cores azul e rosa);
• Clamps;
• Luvas cirúrgicas (estéril);
• Bisturi cirúrgico (estéril);
• Cobertor térmico aluminizado;
• Saco plástico para coleta da placenta;
• Saco plástico para coleta de resíduos de saúde (lixo hospitalar); e
• Bulbo aspirador manual para RN.

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Condutas para o parto de emergência

• Posicione a parturiente para o parto de emergência, deite em posição ginecológica (joelhos


flexionados e bem separados e os pés apoiados sobre a superfície que está deitada);
• Assegure a privacidade da parturiente, escolha um local apropriado;
• Solicite a parturiente que remova parte da roupa que possa dificultar o parto;
• Mantenha a cabeça e o tórax da parturiente ligeiramente elevados em relação ao restante do
corpo;
• Explique a mãe o que fará e como irá fazê-lo;
• Procure tranquilizar recordando que o que está acontecendo é normal;
• Oriente a parturiente para que durante as contrações faça força, contudo sem bloquear a
respiração, e nos intervalos respire de maneira lenta e profunda ( o socorrista poderá fornecer
oxigênio à parturiente);
• Lave a área genital externa com solução fisiológica, enxugando-a em seguida. Essa conduta deve
ser realizada com luvas de procedimento.
• Prepare o kit obstétrico e seu EPI (luvas estéreis, óculos, máscara e avental) mantenha todo
material necessário á mão;
• Os socorristas devem desprezar em local adequado as luvas de procedimento utilizadas na etapa
anterior e calçar as luvas cirúrgicas estéreis do kit parto;
• Disponha adequadamente os campos, lençóis ou toalhas limpas abaixo das nádegas, logo abaixo
da abertura vaginal, sobre o abdômen e sobre ambos os joelhos;
• Sinta as contrações colocando a palma da mão sobre o abdômen da gestante, acima do umbigo;
• Tente visualizar a parte superior da cabeça do bebe (coroamento);
• Apoie a cabeça do rn, colocando a mão logo abaixo da mesma com os dedos bem separados.
Apenas sustente o seguimento cefálico ajudando com a outra mão, não tente puxá-lo;
• Se o cordão umbilical estiver envolvendo o pescoço do bebê (circular de cordão), o socorrista deve
liberá-lo com cuidado;
• caso não seja possível e esteja dificultando o parto, os clamps deverão ser posicionados e o cordão
umbilical seccionado, tomando-se ainda cuidado para não lesionar o recém-nascido.
• Geralmente a cebeça do rn apresenta-se com a face voltada para baixo e logo gira para a esquerda

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ou para direita.
• Guie cuidadosamente a cabeça para baixo, sem força-la facilitando assim a liberação do ombro e
posteriormente todo o corpo;
• Quando do nascimento, o bebê apresenta-se escorregadio em razão do vérnix caseoso (substância
gordurosa que cobre e protege a pele do bebê), por esse motivo o socorrista deve estar atento e
segurar firmemente o recém-nascido prevenindo possíveis quedas.
• Deite o RN lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa, permite que o sangue, o líquido
amniótico e o muco que estão na boca e nariz possam escorrer para o exterior;

Tratamento pré hospitalar ao RN

• Após o nascimento: espera-se naturalmente o choro do bebê, que é um ótimo indicativo de


vitalidade;
• Caso não chore: posicione o bebê lateralmente/realizar estímulos friccionando suas costas com a
mão ou realizando cócegas na sola dos seus pés. Se após essa conduta o RN não apresenta sinais
vitais, inicie imediatamente protocolo de reanimação cardiopulmonar para recém-nascidos;
• Limpe somente a face (com gaze estéril) e aspire as secreções das vias aéreas do RN, não sendo
necessário remover o muco (vérnix caseoso) que recobre o corpo do bebê;
• Identifique com as pulseiras do kit parto mãe e RN (de praxe, o nome completo da mãe é grafado
nas duas pulseiras, que possuem a mesma numeração) e anote no relatório de ocorrências o
horário exato do nascimento;
• Realize rápida inspeção visual no RN e registre no relatório de ocorrências possíveis
anormalidades (malformação congênita, fraturas, luxações etc.);
• Envolva o RN com o cobertor térmico aluminizado para prevenir a hipotermia e entregue aos
cuidados da mãe para a amamentação.
• Não existe a necessidade de corte imediato do cordão umbilical;
• Estudos recentes sugerem que o corte precoce do cordão umbilical pode estar associado com
alguns tipos de anemias neonatais;
• Em geral corta-se o cordão umbilical quando cessa sua pulsação e/ou quando o transporte até a
maternidade mais próxima for demorar mais do que 30 minutos.

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Corte do Cordão Umbilical

Caso haja a necessidade do corte do cordão umbilical:


O socorrista deve a partir do abdome do bebê medir 4 dedos (aproximadamente 8 cm) e
posicionar o primeiro clamp; em seguida medir 2 dedos (aproximadamente 4 cm) e posicionar o
segundo clamp, realizando a secção do cordão com o uso do bisturi estéril do kit parto entre os
dois pontos clampeados. O clamp deve ser mantido no coto umbilical do RN até a chegada na
maternidade, onde receberá cuidados mais específicos.

TRATAMENTO PRÉ HOSPITALAR DA MÃE (GESTANTE)

• Inclui os cuidados com a expulsão da placenta (dequitação)


• Controle do sangramento vaginal;
• Maior conforto possível a mãe;
• Expulsão da placenta:
- A expulsão ocorrerá em até 01 (uma) hora;
- Guarde-a em um saco plástico apropriado para posterior avaliação médica juntamente
com o clamp;
-O cordão desce progressivamente e espontaneamente (não tracione)

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REFERÊNCIAS

American Heart Association - Suporte Básico de Vida - Rio de Janeiro - RJ, 2002.

DSM-IV-TRTM - AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION -4º Edição editora Artmed

PHTLS Atendimento Pré-hospitalizado ao Traumatizado. 9ª ed. Jones & Bartlett


Learning, 2020.

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