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A ENFERMAGEM
AULA 2
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Devemos sempre buscar as posições que se aproximam da posição
anatômica básica, pois elas mantêm a boa postura corporal, o que é sem dúvida
desejável. As articulações devem ser mantidas em discreta flexão, pois a
extensão prolongada acarreta uma tensão muscular desnecessária.
A posição do paciente deve ser alterada frequentemente, pelo menos a
cada 2 horas para pacientes que têm sua integridade da pele preservada. Em
pacientes que já apresentam lesões na pele, independente do grau, a mudança
de decúbito deve ser a cada hora. Uma pressão mantida sobre determinada área
da pele pode causar lesão na área, resultando nas chamadas lesões por pressão
(que antigamente eram chamadas de úlceras de decúbito).
Os pacientes apresentam individualmente um grau diferente de
aceitabilidade da pressão sobre a pele e essa característica não é conhecida
previamente, sendo um desafio manter a integridade da pele de pacientes de
mobilidade reduzida. Todos os pacientes necessitam de exercícios diários, a
menos que estejam contraindicados por motivos médicos. Quando um paciente
muda de posição, suas articulações devem ser movimentadas em todo o ângulo
de ação, a menos que isso também esteja contraindicado por motivos médicos.
Quando posicionamos pacientes no leito, os princípios que regem a
posição anatômica devem ser mantidos, tais como: bom alinhamento de todas
as partes do corpo; distribuição homogênea do peso sobre todas as partes do
corpo; maior espaço possível para que os órgãos internos se localizem nas
cavidades corporais; articulações em posição funcional (para andar, apanhar
objetos etc.).
Pode ser melhor para determinados pacientes permanecer em certas
posições que não obedecem à posição anatômica terapêutica, entretanto os
princípios básicos devem ser lembrados e aplicados sempre que possível.
As medidas de conforto que a enfermagem pode proporcionar aos
pacientes sob seus cuidados devem ser exploradas e aplicadas em nossa rotina
de trabalho.
Um dos principais exemplos que podemos trazer a vocês sobre
posicionamentos no leito é a questão dos ninhos que atualmente encontramos
em todas as Unidades de Terapia Intensiva Neonatais.
Há cerca de 20 anos iniciaram-se estudos sobre o melhor posicionamento
dos bebês prematuros nas incubadoras, uma vez que antigamente os bebês
eram dispostos em posição supina simples, ou ainda, mesmo que colocados
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lateralmente, os prematuros extremos não possuem a flexão anatômica que os
bebês a termo apresentam (devido à imaturidade das estruturas articulares).
Iniciou-se então um movimento de busca para que esses pequenos
indivíduos pudessem receber um pouco de conforto em meio aos tantos
cuidados agressores que necessitam.
Assim surgiu a utilização dos ninhos nas incubadoras, feitos com
pequenos lençóis enrolados de maneira a criar uma moldura oval, onde os bebês
são dispostos dentro, mas sentem as suas extremidades fletidas e até mesmo
suavemente contidas pelos ninhos.
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8. Ginecológica – decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas,
usada para exames dos órgãos genitais internos e externos, cirurgias,
cateterização, partos e outros;
9. Litotômica – decúbito dorsal, com pernas afastadas e suspensas sobre
perneiras, usadas para exames dos órgãos genitais internos e externos;
10. Tredelenburg – decúbito dorsal com o corpo inclinado para trás, pernas
e pés pensos fora da mesa. Essa posição também pode variar com pernas
e pés mais elevados que o corpo, e é muito usada em casos de
hemorragia, edema e outros;
11. Genupeitoral – decúbito ventral, com tórax e coxas flexionadas,
levantando o assento, apoiando-se nos joelhos e cotovelos. Essa posição
é usada para exames do reto e outros.
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Pontos importantes
Quando pensamos em movimentação e posicionamento do paciente,
Pianucci (2019), descreve os principais pontos que devemos atentar:
Avaliar se o número de pessoas é suficiente para realizar a movimentação,
visando à ergonomia da equipe e segurança do cliente.
Prever a melhor forma de realizar a movimentação, possibilitando a todos a
segurança no procedimento.
Em caso de paciente politraumatizados, fazer a movimentação evitando dor
intensa, agravamento das lesões, principalmente na coluna vertebral, e danos
ao aparelho gessado e talas. Colar ou colete não devem ser removidos sem
indicação prévia. Sempre manter o cliente em posição anatômica. A
movimentação deverá ocorrer em bloco.
Pacientes agitados ou agressivos podem estar contidos mecanicamente.
Nesse caso, devemos tomar cuidado para não liberar a contenção, a fim de
evitar a agressão ou queda.
Gestantes em sua maioria precisam ser auxiliadas em função das mudanças
que seu corpo sofreu; com o deslocamento do seu centro de equilíbrio devido
ao crescimento do abdome, o que provoca desequilíbrio e dificuldade na
movimentação. (Pianucci, 2019, p. 62)
1. Lavar as mãos;
2. Seguir escala de mudança de decúbito de acordo com a prescrição de
enfermagem;
3. Orientar o paciente sobre o procedimento;
4. Solicitar colaboração do paciente, se possível;
5. Adaptar travesseiros e coxins, se necessário;
6.Certificar-se de que o paciente está em posição confortável;
7. Lavar as mãos;
8. Realizar anotações de enfermagem.
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3. Colocar uma das mãos no ombro do paciente que está encostado no
colchão e a outra na região lombar do mesmo lado e, com firmeza e
rapidez, virar o paciente para o lado desejado;
4. Colocar um coxim entre as pernas, um na região dorsal e outro na região
ventral, na altura do hipograstro (no total de 3 apoios). Para recostar o
braço que se encontra do lado de cima, podemos utilizar de diversos
coxins, dependendo da altura desse braço ao colchão, sempre
proporcionando conforto ao paciente.
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2.5 Levar o paciente para a cabeceira do leito
1º método
Explicar ao paciente o que será realizado, o modo e solicitar seu auxílio,
de maneira a permanecer em decúbito dorsal, flexionando os joelhos e firmando
os pés no colchão;
Posicionar o braço dominante abaixo do ombro do paciente, de maneira
que atravesse seu tórax e sua mão firme na axila do lado oposto;
Posicionar o outro braço na região sacral do paciente, atravessando o
pompleto.
Pedir ao paciente que, ao mesmo tempo em que ele dá impulso para cima,
levante-o e arraste-o em direção à cabeceira do leito.
2º método
Pedir ao paciente que flexione os joelhos, firme os pés no colchão e
segure a cabeceira do leito com as mãos;
Ajudar o paciente a se deslocar para a cabeceira do leito.
Método:
A 1ª pessoa coloca um braço no ombro e o outro na região glútea;
A 2ª pessoa coloca um braço na região lombar e outro na altura dos
joelhos;
Num movimento ritmado, as duas levam o paciente para a cabeceira.
Observação: para abaixar o paciente no leito, usam-se os mesmos
métodos.
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2.6.1 Passar o paciente do leito para a maca e vice-versa com auxílio do
lençol móvel (travessa)
1. Preparar a maca;
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito;
3. Deixar em leque a colcha e o sobre lençol que está cobrindo o paciente;
4. Soltar o lençol móvel (travessa) e enrolar as pontas bem próximo do
paciente;
5. Colocar a maca paralela e encostada no leito;
6. As pessoas devem colocar-se, duas ao lado da cama, e duas ao lado da
maca, segurando o lençol móvel (travessa);
7. Apoiar a cabeça com travesseiro se o paciente estiver inconsciente ou
impossibilitado de colaborar;
8. Posicionar os braços do paciente sobre o tórax ou estendê-los ao lado do
corpo;
9. Ao segurar o lençol, dobrar suas laterais até o ponto mais próximo ao
corpo do paciente, proporcionando firmeza ao segurá-lo;
10. Ritmadamente, as 4 pessoas, num só movimento, passam o paciente
para a maca ou a cama;
11. Dar atenção para o transporte de sondas, cateteres ou drenos que
estejam instalados no paciente; estes devem todos ser clampeados no
momento da mobilização e abertos e checados logo a seguir;
12. Proceder com as anotações de enfermagem.
Observação
• 1ª pessoa – posiciona-se na cabeceira da cama apoiando cabeça e
tronco;
• 2ª pessoa – posiciona-se nos pés da cama apoiando membros inferiores;
• 3ª pessoa – posiciona-se em uma das laterais da cama, apoiando tronco
e quadril;
• 4ª pessoa – posiciona-se na outra lateral da cama, apoiando tronco e
quadril.
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2.6.2 Passar o paciente do leito para a maca e vice-versa a braços
1. Preparar a maca;
2. Explicar ao paciente o que será feito;
3. Colocar um lençol sob o paciente;
4. Abaixar a colcha e o sobre lençol que o cobre;
5. Envolver o paciente com o lençol;
6. Colocar a maca em ângulo reto com a cama (cabeceira da maca e os pés
da cama);
7. As pessoas se colocam ao lado do paciente, por ordem de altura;
8. A mais alta, na cabeceira, coloca um braço no ombro ou na cabeça, e o
outro na região lombar (cintura do paciente);
9. A média, no meio, coloca um braço na região lombar, cruzando-o com o
da cabeceira e o outro no terço inferior da coxa;
10. A mais baixa, nos pés, coloca um braço na região lombar, cruzando-o
com a do meio, e o outro segura o dorso dos pés;
11. Inspirar profundamente e, num movimento simultâneo, colocar o
paciente na beira da cama;
12. Levantá-lo, colocando-o sobre o peito;
13. Soltar o lençol que o envolve e cobri-lo.
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5. Em casos que o paciente não esteja apto a colaborar, utilizar a travessa
abaixo dele para movê-lo em direção à cadeira;
6. Posicionar os pés do paciente na escadinha, de modo que ele possa
apoiá-los;
7. Utilizando a travessa, desloca-lo para a cadeira de rodas;
8. Posicionar adequadamente seus pés na cadeira, abaixando o descanso
dos pés da cadeira de rodas;
9. Se necessário, cobrir o paciente com um lençol;
10. Posicioná-lo confortavelmente;
11. Realizar anotações de enfermagem.
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Após a restrição dos ombros e abdome do paciente, devemos restringir
os movimentos dos membros inferiores, passando entre os joelhos do paciente,
de modo alternado (formando uma espécie de 8), e torcendo e amarrando as
pontas juntas no estado da cama.
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A criação de coxins, colchões de água, tipo casca de ovo, rolos e suportes
de espuma, bolsas de água quente e muitos outros equipamentos.
Vale lembrar-se sempre a higiene de todos esses materiais e
equipamentos, a fim de promover um ambiente saudável.
A higiene é uma ferramenta de proporcionar conforto aos pacientes, e
sempre que estes não estiverem em condições de realizar o autocuidado, a
enfermagem deve suprir essa falta.
Objetivando a reabilitação dos pacientes, devemos, sempre que possível,
utilizar-nos desses momentos como oportunidade de educação em saúde.
5.1.1 Deslizamento
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5.1.2 Amassamento
5.1.3 Fricção
5.1.4 Percussão
5.1.5 Vibração
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Observações
NA PRÁTICA
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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