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100 horas Atualização em Triagem

em Serviços de Urgência e
Emergência
Com certificado
online
Nice Dias Gonçalves
Este material é parte integrante do curso online "Triagem em Serviços de Urgência e
Emergência" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É
proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem
autorização prévia expressa do autor (Artigo 29).
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Atualização em Triagem
em Serviços de Urgência e
Emergência
Com certificado
online Nice Dias Gonçalves
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
DEFINIÇÃO DE TRIAGEM EM SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .. 9
MISSÕES DO ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ................... 11
PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO ............................................................................... 17
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO .............................................................................. 19
5.1 AVALIAÇÃO DO PACIENTE ................................................................................ 20
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ........................................................................................ 21
6.1 PRIORIDADE ZERO ............................................................................................... 21
6.2 PRIORIDADE UM ................................................................................................... 21
6.3 PRIORIDADE DOIS................................................................................................. 22
AVALIAÇÃO INICIAL ................................................................................................... 23
7.1 COMPENSADO........................................................................................................ 23
7.2 DESCOMPENSADO ................................................................................................ 23
7.3. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA IMINENTE ................................................ 24
SINAIS DE ALERTA EM CASO DE TRAUMA .......................................................... 25
ENTENDA A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PELA COR .......................................... 27
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ..................................................................................... 28
CONCLUSÃO.................................................................................................................... 29
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 30
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 34
Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

01
INTRODUÇÃO

Mundialmente, a procura pelos serviços de urgência tem aumentado durante as últimas


décadas, levando à necessidade de modificação da organização da assistência. (JIMÉNES,
2003). No Brasil, a transição demográfica, social e epidemiológica faz com que a procura e
a oferta de serviços de saúde sejam fenômenos que se alteram constantemente, acarretando
grande aumento na demanda dos serviços de atendimento às urgências e emergências que,
por sua vez, exigem grande incremento de tecnologias criadas em diferentes áreas e formas.

Os sistemas de saúde sofrem com condições insuficientes para tratar o elevado


número de requisições, acarretando em filas cada vez mais extensas. O problema chega a se
tornar uma mazela social, evidenciado pela baixa renda da maioria dos usuários, tornando o
sistema público de saúde um serviço precário e por muitas vezes incapaz.

O aumento crescente de pacientes que procuram os Serviços de Emergência (SE) nas


últimas décadas e a consequente superlotação destes serviços é uma realidade mundial. Nos
países em desenvolvimento, como o Brasil, este problema torna-se ainda mais grave, pois
estes serviços se configuram muitas vezes como a principal porta de entrada ao sistema de
saúde (DURAN, 2011; ANNEVELD et al., 2013). Estudos relacionam a superlotação a
aumento dos custos, decréscimo na eficiência e na qualidade da assistência, aumento na
incidência de efeitos adversos e na mortalidade, traduzindo em baixo desempenho do sistema
de saúde (FOVERO, MCCARTHY, HILLMAN; 2011; MAHMOODIAN, EQTESADI,
GHAREGHANI, 2014).

No cenário que se encontram os sistemas de saúde atualmente, não existe mais


possibilidade de trabalhar com atenção de urgências sem um sistema de triagem ou
classificação de risco.

Assim, foram elaborados sistemas de triagem para identificação da prioridade clínica


de cada paciente que aguarda atendimento, visando facilitar a igualdade de acesso
(JIMÉNES, 2003).

Como forma de priorizar o atendimento aos o pacientes mais graves os hospitais vêm
instituindo nas últimas décadas processo dinâmico sistemas de triagem com objetivo
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Unidade 1 – Introdução

principal de identificar os pacientes com condições mais urgentes e maior risco de morte,
assegurando atendimento rápido, com tempo mínimo de espera (DURAN et al; 2011; VAN
DER LINDEN et al, 2012; STORM-VERSLOOT, 2011).

O primeiro atendimento realizado pela equipe multiprofissional aos usuários de


saúde é a triagem que tem como objetivo classificar os pacientes de acordo com a decisão
de prioridades e intervenções terapêuticas individualizadas. A triagem vem para contribuir
no atendimento favorecendo na redução de aglomerações nas unidades de urgência e
emergência. (MORISHITA; SILVA; SOUZA, 2009).

A triagem é caracterizada por três categorias “emergente (doença ou lesão de risco


de vida ou com risco potencial que exige o atendimento imediato), imediato (lesão ou doença
não-aguda sem risco de vida) e urgente (doença ou lesão secundária que necessita de
tratamento em nível de primeiros socorros)” (MORISHITA; SILVA; SOUZA, 2009).

Observa-se que a maior parte dos casos que procuram o serviço de urgência e
emergência não são graves causando a superlotação do setor. A falta de conhecimento dos
usuários da saúde com relação à finalidade do setor de urgência e emergência, bem como a
demora e a limitação dos agendamentos na rede pública de saúde, faz com que os usuários
procurem este serviço por se tratar de um setor que irão encontrar médicos e enfermeiros
durante todo o período e as pessoas buscam o atendimento de suas necessidades em curto
espaço de tempo (MORISHITA; SILVA; SOUZA, 2009).

O acolhimento nos serviços de saúde vem crescendo e ganhando importância, pois é


um método que desenvolve os processos de trabalho em saúde a fim de atender os usuários
que procuram os serviços de saúde, ouvindo os seus pedidos e assumindo uma postura capaz
de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos usuários (MORISHITA; SILVA;
SOUZA, 2009).

Constituem-se as seguintes fases para o atendimento na triagem: primeiro momento


“A chamada do paciente”, trata-se do momento onde o enfermeiro pessoalmente o chama na
recepção podendo observar o fluxo da sala e detectar situações de conflito ou urgência; no
segundo momento “A apresentação” é realizada a apresentação do nome do profissional e
sua função explicando esta fase do atendimento ao paciente assim como seu objetivo;
terceiro momento “Coleta de dados” é o questionamento realizado ao paciente sobre a queixa
atual e duração, antecedentes de real importância, alergias e medicamentos em uso; quarto
momento “Verificação dos sinais vitais” neste momento é aferido a pressão arterial, a
frequência cardíaca, a saturação de oxigênio e a temperatura; e no quinto momento
“Solicitação de exames” de acordo com a avaliação, o enfermeiro pode solicitar a dosagem
da glicemia capilar ou realização de eletrocardiograma, previamente à consulta médica.
(GATTI, 2008).

Os sistemas de triagem têm o objetivo de organizar a demanda de pacientes que


chegam à procura de atendimentos em serviços de urgências da atenção hospitalar e pré-
hospitalar, identificando os que necessitam de atendimento imediato e reconhecendo aqueles
que podem aguardar em segurança o atendimento, antes que haja a avaliação diagnóstica e
terapêutica completa (JIMÉNES, 2003).

A triagem estruturada faz referência a um protocolo de classificação válido,


reproduzível e que permite a classificação dos pacientes, baseado nos diferentes níveis de

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

urgência e de priorização da assistência somado à estrutura física e organização profissional


e tecnológica adequada (JIMÉNES, 2003; DIOGO, 2007).

Os sistemas de triagem podem se distinguir em relação ao profissional que executa a


atividade, quanto à existência de algoritmos de triagem (árvores decisionais), à existência de
protocolos de atuação associados, ao número de categorias de urgência, ao ambiente e
contexto onde se aplicam e os recursos, equipamentos e meios que envolvem essa atividade
(DIOGO, 2007). Atualmente, os quatro sistemas de triagem estruturada mais utilizados são:
National Triage Scale (NTS) da Austrália, Canadian Emergency Department Triage and
Acuity Scale (CTAS) do Canadá, Manchester Triage System (MTS) do Reino Unido e
Emergency Severity Index (ESI) dos Estados Unidos (DIOGO, 2007; DURO, LIMA, 2010).

No Brasil, a triagem organizada assume a denominação de avaliação e classificação


de risco, que ligada ao acolhimento tem por objetivo identificar os pacientes que precisam
de tratamento rápido, de acordo com a situação de perigo, a partir de um atendimento usuário
centrado, impedindo dessa forma práticas de exclusão (ACOSTA, DURO, LIMA, 2012). O
acolhimento, como diretriz operacional da Política Nacional de Humanização (PNH) do
Ministério da Saúde, associado à classificação de risco, tem por finalidade garantir a
humanização da assistência nos serviços de saúde, ampliar o acesso e oferecer atendimento
acolhedor e resolutivo (BRASIL, 2004).

A avaliação da classificação de risco é geralmente realizada pelos enfermeiros.


Autores afirmam que os enfermeiros reúnem as condições necessárias, as quais incluem
linguagem clínica orientada para os sinais e sintomas, para a realização das escalas de
avaliação e classificação de risco (JIMÉNES, 2003).

Para organizar e normatizar os Serviços de Urgência e Emergência, diante da alta


demanda de usuários, entrou em vigor no Brasil, em 2002, a Portaria do Ministério da Saúde
nº 2.048 objetivando avaliar e determinar o grau de emergência e urgência e a prioridade
nesse tipo de atendimento. Função está realizada por profissionais da área da saúde
graduados e devidamente treinados para atuarem no processo de avaliação. (LAURA, 2016).

Nas instituições hospitalares, as Unidades de Emergência são consideradas setores


complexos; cotidianamente superlotados, habituadas à alta demanda, podendo haver, em
decorrência, desordem e, consequentemente, influência negativa nos atendimentos prestados
aos usuários. O Ministério da Saúde, baseando-se nesses fatos lançou a cartilha da
Emergência e classifica-las pelo nível de gravidade e “Política Nacional de Humanização -
Humaniza SUS”, para acolher os usuários nas Unidades de grau de prioridade do
atendimento.

Conceitualmente, na área da saúde, usa-se o termo acolhimento para definir a atitude


de disponibilidade interna para o encontro com o outro e que permite e promove diálogo e
compreensão mútua. Nesses termos conceituais, o acolhimento estaria presente nas
interações de profissionais e pacientes desde o momento em que pacientes e familiares
chegassem ao serviço de saúde até sua saída, passando necessariamente por todos os
processos do cuidar. Também se refere às interações entre profissionais e equipe em todos
os níveis de gestão. (LAURA, 2016).

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Unidade 1 – Introdução

O acolhimento, a partir da análise dos processos de trabalho, favorece a construção


de relação de confiança e compromisso entre as equipes e promove avanço na aliança entre
usuários, profissionais da saúde e gestores da saúde.

Para contemplar a humanização nos Serviços de Urgência/Emergência foi


implantada a Portaria nº 2.395 de 2011, que prioriza o Acolhimento com Classificação de
Risco, visando diminuir o tempo de espera, acolher a população e atender prioritariamente
pacientes com maior grau de risco, independente da ordem de chegada. Assim, organiza a
atenção às urgências, de modo atender a demanda espontânea e/ou referenciada.

A Resolução 423/2012 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEM confere


exigência legal ao enfermeiro na competência de execução da Classificação de Risco e
Priorização da Assistência em Serviço de Urgência, ação a ser desenvolvida com
conhecimento e habilidade técnico-cientifica. Dessa forma, atende às determinações da
Resolução COFEN 358/20019d e os princípios da Política Nacional de Humanização
(LAURA, 2016).

A enfermagem tem respaldo para “realizar o acolhimento e a classificação de risco


dos pacientes em qualquer unidade de saúde, seja em caráter hospitalar, pré-hospitalar na
urgência ou da atenção básica”. (COFEN, 2015, p. 9). Essa função só é permitida à
profissionais de nível superior, sendo assim, cabe somente ao enfermeiro a realização deste
serviço na equipe de enfermagem.

Classificação de Risco é um processo dinâmico embasado em conceitos e escalas


internacionais que normalmente estratificam os riscos em cinco níveis, apresentando, desta
forma, melhor confiabilidade na avaliação. Dentre os modelos de escalas destacam-se: a
escala australiana – Australasian Triage Scale (ATS); o protocolo canadense Canadian
Triage Acuity Scale (CTAS©); a escala norte-americana - Emergency Severity Index (ESI),
e o protocolo inglês – Manchester Triage System – protocolo de Manchester (LAURA,
2016).

Destes, o Sistema de Triagem de Manchester é o mais utilizado e sua estratégia de


classificação de risco define-se em cinco categorias diferenciadas em cores. Criado na
Inglaterra em 1994 determina a prioridade de atendimento e estipula um tempo máximo de
espera para que o cliente possa ser atendido. A categoria designada pela cor Vermelha
classifica os casos emergenciais no atendimento imediato (risco de morte), sendo o tempo
do atendimento de zero minuto; Laranja, para casos muito urgentes, atendimento também
rápido, mas o tempo de espera para o atendimento é de no máximo dez minutos; Amarelo,
para casos de urgência, estipulando o tempo de espera pelo atendimento em até 60 minutos;
Verde, usado para casos de pouca urgência, com determinação de tempo de espera máxima
de 120 minutos; e pôr fim a cor Azul, adotada em casos não urgentes, onde o tempo máximo
que o cliente pode esperar para ser atendido é de 240 minutos. (LAURA, 2016).

O protocolo é uma metodologia de trabalho implementada em Manchester,


Inglaterra, em 1997, e tem como objetivo estabelecer um tempo de espera pela atenção
médica e não de estabelecer diagnóstico. O método consiste identificar a queixa inicial,
seguir o fluxograma de decisão e, por fim, estabelecer o tempo de espera, que varia de acordo
com a gravidade do paciente.

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

Apesar da triagem ser uma estratégia para que pacientes graves tenham prioridade no
atendimento nos SE, impactando na qualidade do atendimento prestado ao usuário, poucos
estudos associaram a gravidade estabelecida por esta classificação aos desfechos como alta,
internação e óbito (DALLAIRE et al, 2012; VAN DER WULP, SCHRIJVERS, STEL,
2009).

A associação entre as categorias de triagem e os desfechos é importante para avaliar


se o protocolo utilizado garante a segurança dos pacientes em relação ao tempo de espera
pelo atendimento médico, como também permite a adequada alocação dos recursos e
cuidados posteriores visando à redução dos custos hospitalares.

Na triagem é realizada uma consulta de enfermagem direcionada à queixa, onde o


enfermeiro está inserido nesse contexto como o primeiro contato da equipe multidisciplinar
com o paciente, pois ele coleta dados sobre a sintomatologia, início do quadro, antecedentes
pessoais, medicações em uso, alergias, sinais vitais são aferidos, e detecta possíveis déficits
de conhecimento nesses aspectos, ou ainda relativos às questões de fluxo e especificidade
de atendimento do setor. Quando da realização do registro, da entrevista e do exame físico,
realizados com ênfase na observação do comportamento, expressão verbal e não verbal de
dor, postura e sinais clínicos, determina-se a classificação da prioridade do atendimento.

A consulta de enfermagem, por sua vez, tem como objetivo agilizar o atendimento,
através da diminuição do tempo da consulta médica, cuidando a equipe de enfermagem de
levantar as primeiras informações sobre o paciente, anotando seus dados antropomórficos,
tomando sua temperatura e aferindo sua pressão arterial.

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Unidade 2 – Definição de Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

02
DEFINIÇÃO DE TRIAGEM EM SERVIÇOS
DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Triagem é o primeiro atendimento prestado pelo profissional aos usuários dos serviços de
saúde. Tem por finalidade a avaliação inicial, seleção e encaminhamento dos clientes às
unidades/especialidades adequadas à sua assistência.

Nos departamentos de emergência, a triagem é desenhada para identificar os casos


mais urgentes para o atendimento ou potencialmente mais sérios assegurando que estes
receberão tratamento prioritário seguindo-se os casos menos urgentes. Por norma, os
recursos são suficientes para tratar todos os pacientes, contudo, os que se encontram em
estado menos urgentes poderão aguardar.

O processo de triagem configura-se como elemento intuitivo da prática clínica de


enfermeiros que atuam em serviços de urgência e emergência. Atribuir um grau de risco ao
paciente é um complexo processo de tomada de decisão. Segundo a Teoria do Cotinuum
Cognitivo, para tomar decisões, os enfermeiros utilizam-se do raciocínio clínico que envolve
um pensamento ordenado e intencional, fundamentado nos conhecimentos teóricos e
práticos e na experiência pessoal e profissional. Na triagem, a tomada de decisão é
influenciada por sistemas de apoio ao julgamento clínico, pelo julgamento intuitivo e
reflexivo e pela avaliação por pares envolvendo enfermeiro e paciente.

Os sistemas de apoio ao julgamento referem-se ao uso das escalas ou sistemas de


triagem que norteiam o enfermeiro na avaliação da queixa apresentada pelo paciente. Em
um contexto de demanda por serviços maior que a oferta e com recursos limitados de
atendimento, a triagem dos pacientes deve acontecer de forma acurada para garantir o
cuidado de acordo com a real necessidade do paciente. Assim, a tomada de decisão do
enfermeiro na classificação de risco deve ser guiada por um sistema de apoio confiável,
capaz de mensurar com precisão o grau de prioridade do paciente.

Entende-se que em qualquer lugar de uma instituição de saúde onde ocorre um


contato entre trabalhador e usuário, existe a produção de um processo de trabalho em saúde
por meio das relações de acolhimento, de vínculo, com forte conteúdo de intervenção

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

terapêutica. O acolhimento é um modo de desenvolver os processos de trabalho em saúde de


forma a atender os usuários que procuram os serviços de saúde, ouvindo os seus pedidos e
assumindo uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos
usuários. Esse processo inclui um atendimento com resolutividade e responsabilização,
fazendo também as orientações para o paciente e sua família em relação ao atendimento e
funcionamento dos demais serviços de saúde, estabelecendo meios para garantir o sucesso
desse encaminhamento.

A Portaria 2048 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades de


atendimento de urgências o acolhimento e a “triagem classificatória de risco”. De acordo
com esta Portaria, este processo “deve ser realizado por profissional de saúde, de nível
superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem
por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem
de prioridade para o atendimento” (BRASIL, 2002).

O Acolhimento com Classificação de Risco – ACCR - se mostra como um


instrumento reorganizador dos processos de trabalho na tentativa de melhorar e consolidar o
Sistema Único de Saúde. Vai estabelecer mudanças na forma e no resultado do atendimento
do usuário do SUS. Será um instrumento de humanização. A estratégia de implantação da
sistemática do Acolhimento com Classificação de Risco possibilita abrir processos de
reflexão e aprendizado institucional de modo a reestruturar as práticas assistenciais e
construir novos sentidos e valores, avançando em ações humanizadas e compartilhadas, pois
necessariamente é um trabalho coletivo e cooperativo. Possibilita a ampliação da
resolutividade ao incorporar critérios de avaliação de riscos, que levam em conta toda a
complexidade dos fenômenos saúde/ doença, o grau de sofrimento dos usuários e seus
familiares, a priorização da atenção no tempo, diminuindo o número de mortes evitáveis,
sequelas e internações. A Classificação de Risco deve ser um instrumento para melhor
organizar o fluxo de pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência,
gerando um atendimento resolutivo e humanizado.

O Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco não é entendido como um


processo de triagem, pois segundo o Ministério da Saúde, produz direcionamento à
classificação de risco e não conduta. O protocolo é entendido como uma classificação e não
pressupõe a exclusão. Todos os pacientes devem ser atendidos, respeitando a situação de
gravidade e complexidade apresentada pelo usuário que procurou o serviço de saúde
(BELLAGUARDA, 2009).

A importância desse serviço está principalmente em prevenir complicações e


identificar quadros agudos que implicam riscos de vida. Para o funcionamento adequado do
Serviço de Triagem, é necessária a integração deste com outros serviços de saúde existentes
no sistema, estabelecendo vínculos com os mesmos, de modo a permitir o adequado
encaminhamento dos pacientes.

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Unidade 3 – Missões do Acolhimento com Classificação de Risco

03
MISSÕES DO ACOLHIMENTO COM
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Os objetivos do acolhimento com classificação de risco são "avaliar o paciente logo na sua
chegada ao pronto-socorro, humanizando o atendimento; desbloquear o fluxo do pronto-
socorro; diminuir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja visto
prematuramente de acordo com a sua gravidade; determinar a área de atendimento primário,
devendo o paciente ser encaminhado diretamente às especialidades, conforme protocolo".

O acolhimento como postura e prática nas ações de atenção e gestão nas unidades de
saúde, a partir da análise dos processos de trabalho, favorece a construção de relação de
confiança e compromisso entre as equipes e os serviços. Possibilita também avanços na
aliança entre usuários, trabalhadores e gestores da saúde em defesa do SUS como uma
política pública essencial para a população brasileira.

Apesar de o acolhimento ser constituinte de todas as práticas de atenção e gestão,


elegemos os serviços de urgência como foco para este texto, por apresentarem alguns
desafios a serem superados no atendimento em saúde: superlotação, processo de trabalho
fragmentado, conflitos e assimetrias de poder, exclusão dos usuários na porta de entrada,
desrespeito aos direitos desses usuários, pouca articulação com o restante da rede de
serviços, entre outros. É preciso, portanto, repensar e criar novas formas de agir em saúde
que levem a uma atenção resolutiva, humanizada e acolhedora a partir da compreensão da
inserção dos serviços de urgência na rede local.

Dessa forma o desafio dessa temática se ancora em:

1. Ser instrumento capaz de acolher o cidadão e garantir um melhor acesso aos serviços
de urgência/emergência;

2. Humanizar o atendimento;

3. Garantir um atendimento rápido e efetivo

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

A palavra “acolher”, em seus vários sentidos, expressa “dar acolhida, admitir, aceitar,
dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir” (FERREIRA, 1975). O
acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa uma ação de aproximação, um “estar
com” e “perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão, de estar em relação com algo ou alguém.
É exatamente no sentido da ação de “estar com” ou “próximo de” que queremos afirmar o
acolhimento como uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Política
Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS.

Política porque implica o compromisso coletivo de envolver-se neste “estar com”,


potencializando protagonismos e vida nos diferentes encontros. Ética no que se refere ao
compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças,
dores, alegrias, modos de viver, sentir e estar na vida.

Essa política de acolhimento veio para reativar nossa capacidade de cuidar e de estar
atentos para acolher, tendo como princípios norteadores o coletivo como plano de produção
da vida, o cotidiano como plano ao mesmo tempo de reprodução, de experimentação e de
invenção de modos de vida e a indissociabilidade entre o modo de nos produzirmos como
sujeitos e os modos de estarmos nos “verbos da vida” (trabalhar, viver, amar, sentir, produzir
saúde, etc).

É preciso restabelecer no cotidiano o princípio da universalidade/equidade para o


acesso e a responsabilização das instâncias públicas pela saúde dos cidadãos.

Quando falamos em acesso, é preciso entende-lo em suas várias dimensões, quais


sejam: acesso às unidades e serviços (garantia do cuidado); acesso à qualidade da/na
assistência (escuta/vínculo/ responsabilização/resolutividade); acesso à continuidade do
cuidado; acesso à participação nos projetos terapêuticos e de produção de saúde (autonomia
e protagonismo do cidadão – usuário e sua rede social); acesso à saúde como bem com “valor
de uso” e não como mercadoria (formas dignas/potentes de viver a vida com autonomia).

O acolhimento no campo da saúde deve ser entendido, ao mesmo tempo, como


diretriz ético/estético/política constitutiva dos modos de se produzir saúde e como
ferramenta tecnológica relacional de intervenção na escuta, na construção de vínculo, na
garantia do acesso com responsabilização e na resolutividade dos serviços.

Colocar em ação o acolhimento requer uma atitude de mudança que implica na


análise e revisão cotidiana das práticas de atenção e gestão implementadas nas unidades do
SUS, com:

 Reconhecimento do protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção


de saúde;

 Valorização e abertura para o encontro entre profissional de saúde, usuário e sua rede
social como liga fundamental no processo de produção de saúde;

 Reorganização do serviço de saúde a partir da problematização dos processos de


trabalho, de modo a possibilitar a intervenção de toda a equipe multiprofissional
encarregada da escuta e resolução do problema do usuário;

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Unidade 3 – Missões do Acolhimento com Classificação de Risco

 Elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo com horizontalização por


linhas de cuidado;

 Mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde, ampliando os espaços


democráticos de discussão, de escuta, de trocas e de decisões coletivas. A equipe,
neste processo, pode também garantir acolhimento para seus profissionais e para as
dificuldades de seus componentes na acolhida à demanda da população;

 Postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas


pelo usuário, que inclua sua cultura, saberes e capacidade de avaliar riscos;

 Construção coletiva de propostas com a equipe local e com a rede de serviços e


gerências de todos os níveis do sistema. O funcionamento do acolhimento se
multiplica em inúmeras outras ações, e traz a possibilidade de analisar:

 A adequação da área física, o dimensionamento das equipes e a compatibilização


entre a oferta e a demanda por ações de saúde;

 As formas de organização dos serviços e os processos de trabalho;

 A governabilidade das equipes locais;

 A humanização das relações em serviço;

 Os modelos de gestão vigentes na unidade de saúde;

 O ato da escuta e a produção de vínculo como ação terapêutica;

 A multi/interdisciplinaridade nas práticas.

Acolher com a intenção de resolver os problemas de saúde das pessoas que procuram
uma unidade de urgência pressupõe que todos serão acolhidos por um profissional da equipe
de saúde. Este profissional vai escutar a queixa, os medos e as expectativas, identificar risco
e vulnerabilidade, e acolher também a avaliação do próprio usuário; vai se responsabilizar
pela resposta ao usuário, a para isso vai necessariamente colocar em ação uma rede
multidisciplinar de compromisso coletivo com essa resolução.

Assim, o acolhimento deixa de ser um ato isolado para ser um dispositivo de


acionamento de redes internas, externas, multidisciplinares, comprometidas com as
respostas às necessidades dos cidadãos.

Muitos serviços de atendimento às urgências convivem com grandes filas onde as


pessoas disputam o atendimento sem critério algum a não ser a hora da chegada. A não-
distinção de riscos ou graus de sofrimento faz com que alguns casos se agravem na fila,
ocorrendo às vezes até a morte de pessoas pelo não-atendimento no tempo adequado.

O acolhimento como dispositivo tecno-assistencial permite refletir e mudar os modos


de operar a assistência, pois questiona a clínica no trabalho em saúde, os modelos de atenção
e gestão e o acesso aos serviços. A avaliação de risco e vulnerabilidade não pode ser
considerada prerrogativa exclusiva dos profissionais de saúde: o usuário e sua rede social

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13
Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

devem também ser considerados neste processo. Avaliar riscos e vulnerabilidade implica
estar atento tanto ao grau de sofrimento físico quanto psíquico, pois muitas vezes o usuário
que chega andando, sem sinais visíveis de problemas físicos, mas muito angustiado, pode
estar mais necessitado de atendimento e com maior grau de risco e vulnerabilidade.

Sendo assim, os processos de acolhimento e triagem nos serviços de urgência


objetivam:

 A melhoria do acesso dos usuários, mudando a forma tradicional de entrada por filas
e ordem de chegada;

 A mudança das relações entre profissionais de saúde e usuários no que se refere à


forma de escutar este usuário em seus problemas e demandas;

 O aperfeiçoamento do trabalho em equipe com a integração e complementaridade


das atividades exercidas pelas categorias profissionais;

 O aumento da responsabilização dos profissionais de saúde em relação aos usuários


e a elevação dos graus de vínculo e confiança entre eles;

 A abordagem do usuário para além da doença e suas queixas;

 A pactuação com o usuário da resposta possível à sua demanda, de acordo com a


capacidade do serviço.

É importante acentuar que todos os profissionais de saúde fazem acolhimento;


entretanto, nas “portas de entrada”, os serviços de saúde podem demandar a necessidade de
um grupo de profissionais de saúde preparado para promover o primeiro contato com o
usuário, identificando sua demanda, orientando-o quanto aos fluxos internos do serviço e
quanto ao funcionamento da rede de saúde local.

A classificação de risco é uma ferramenta que, além de organizar a fila de espera e


propor outra ordem de atendimento que não a ordem de chegada, tem também outros
objetivos importantes, como: garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco
elevado; informar o paciente que não corre risco imediato, assim como a seus familiares,
sobre o tempo provável de espera; promover o trabalho em equipe por meio da avaliação
contínua do processo; dar melhores condições de trabalho para os profissionais pela
discussão da ambiência e implantação do cuidado horizontalizado; aumentar a satisfação dos
usuários e, principalmente, possibilitar e instigar a pactuação e a construção de redes internas
e externas de atendimento.

É importante ressaltar que a realização da classificação de risco isoladamente não


garante uma melhoria na qualidade da assistência. É necessário construir pactuações internas
e externas para a viabilização do processo, com a construção de fluxos claros por grau de
risco, e a tradução destes na rede de atenção.

E nesse sentido, quando se tem o Acolhimento com Classificação de Risco como


guia orientador para a atenção e gestão na urgência, outros modos de estar, ocupar e trabalhar
se expressarão e solicitarão arranjos espaciais singulares, com fluxos adequados que
favoreçam os processos de trabalho.
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Unidade 3 – Missões do Acolhimento com Classificação de Risco

Para a organização dos espaços e seus usos e para a clareza no entendimento, a


composição espacial aqui sugerida é composta por eixos e áreas que evidenciam os níveis
de risco dos pacientes. A proposta de desenho se desenvolve pelo menos em dois eixos: o
do paciente grave, com risco de morte, que chamaremos de eixo vermelho, e o do paciente
aparentemente não-grave, mas que necessita ou procura o atendimento de urgência, que
chamaremos de eixo azul.

Cada um desses eixos possui diferentes áreas, de acordo com a clínica do paciente e
os processos de trabalho que nele se estabelecem, sendo que essa identificação também
define a composição espacial por dois acessos diferentes.

EIXO VERMELHO: Este eixo está relacionado à clínica do paciente grave, com
risco de morte, sendo composto por um agrupamento de três áreas principais: a área
vermelha, a área amarela e a área verde.

a. Área Vermelha: é nesta área que está a sala de emergência, para atendimento
imediato dos pacientes com risco de morte, e a sala de procedimentos especiais
invasivos;

b. Área Amarela: composta por uma sala de retaguarda para pacientes já estabilizados,
porém que ainda requerem cuidados especiais (pacientes críticos ou semicríticos).
Hoje, na maioria das vezes, esses pacientes permanecem na sala vermelha, criando
dificuldades para o atendimento dos pacientes que chegam com risco de morte, assim
como situações muito desagradáveis para os pacientes já estabilizados;

c. Área Verde: composta pelas salas de observação, que devem ser divididas por sexo
(feminino e masculino) e idade (crianças e adultos), a depender da demanda.

Nas salas amarela e verde, além da adequação dos espaços e dos mobiliários a uma
funcionalidade que facilite o processo de trabalho, é importante que se considere questões
relativas a som, cheiro, cor, iluminação, etc., uma vez que o tempo de permanência do
paciente nestas áreas é mais prolongado que na área vermelha.

Na sala vermelha, mesmo o paciente não permanecendo por um período prolongado,


também é importante observar os elementos acima apontados, modificadores e
qualificadores do espaço, de modo a propiciar um ambiente confortável e agradável para os
trabalhadores, além da funcionalidade necessária à realização do trabalho.

É indispensável que o posto de enfermagem nestas salas possa propiciar uma visão
ampla de todos os leitos e que áreas de apoio para os profissionais (conforto, copa, etc.)
sejam planejadas na proximidade das áreas de trabalho.

Questões relativas à privacidade e individualidade também devem ser observadas,


pois repercutem positivamente no processo terapêutico do paciente. A privacidade diz
respeito à proteção da intimidade do paciente e, muitas vezes, pode ser garantida com o uso
de divisórias, cortinas ou outros elementos móveis que permitam tanto a integração e a
facilidade de monitoramento pela equipe como momentos de privacidade dos pacientes e
seus acompanhantes.

EIXO AZUL: é o eixo dos pacientes aparentemente não graves. O arranjo do espaço
deve favorecer o acolhimento do cidadão e a classificação do grau de risco. Esse eixo é
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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

composto por ao menos três planos de atendimento, sendo importante que tenha fluxos
claros, informação e sinalização.

a. Plano 1: espaços para acolhimento, espera, recepção, classificação do risco e


atendimento administrativo. A diretriz principal, neste plano, é acolher, o que
pressupõe a criação de espaços de encontros entre os sujeitos. Espaços de escuta e de
recepção que proporcionem a interação entre usuários e trabalhadores, entre
trabalhadores e trabalhadores – equipes – e entre os próprios usuários, que sejam
acolhedores também no sentido de conforto, que pode ser produzido pelo uso de
vegetação, iluminação e ventilação naturais, cores, artes, entre outros exemplos
possíveis.

b. Plano 2: área de atendimento médico, lugar onde os consultórios devem ser


planejados de modo a possibilitar a presença do acompanhante e a individualidade
do paciente.

c. Plano 3: áreas de procedimentos médicos e de enfermagem (curativo, sutura,


medicação, nebulização). É importante que as áreas de procedimentos estejam
localizadas próximas aos consultórios, ao serviço de imagem e que favoreçam o
trabalho em equipe.

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Unidade 4 – Processo de Classificação

04
PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO

O protocolo de classificação de risco é uma ferramenta útil e necessária, porém não


suficiente, uma vez que não pretende capturar os aspectos subjetivos, afetivos, sociais,
culturais, cuja compreensão é fundamental para uma efetiva avaliação do risco e da
vulnerabilidade de cada pessoa que procura o serviço de urgência. O protocolo não substitui
a interação, o diálogo, a escuta, o respeito, enfim, o acolhimento do cidadão e de sua queixa
para a avaliação do seu potencial de agravamento.

É a identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de cuidados


de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento,
usando um processo de escuta qualificada e tomada de decisão baseada em protocolo e aliada
à capacidade de julgamento crítico e experiência do enfermeiro.

Para a análise e construção do protocolo de classificação de risco, deve-se levar em


conta os seguintes fatores:

 Capacidade instalada de acordo com o número de atendimentos diários a serem


prestados nestas unidades;

 Horários de pico de atendimentos;

 Fluxos internos, movimentação dos usuários, locais de espera, de consulta, de


procedimentos, de reavaliação e “caminhos” entre eles;

 Análise da rede e do acesso aos diferentes níveis de complexidade;

 Tipo de demanda, necessidades dos usuários, perfil epidemiológico local;

 Pactuação interna e externa de consensos entre as equipes médicas, de enfermagem


e outros profissionais;

 Capacitação técnica dos profissionais.

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

Sendo assim, a finalidade da classificação de risco é a definição da ordem do


atendimento em função do potencial de gravidade ou de agravamento da queixa apresentada.
O protocolo se configura como uma ferramenta para auxiliar a avaliação da gravidade e do
risco de agravamento.

A classificação de risco é atividade realizada por profissional de enfermagem de nível


superior, preferencialmente com experiência em serviço de urgência, e após capacitação
específica para a atividade proposta. Contudo o protocolo deve ser apropriado por toda a
equipe que atua na urgência: enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, psicólogos,
assistentes sociais, funcionários administrativos;

Recomenda-se que o protocolo tenha no mínimo quatro níveis de classificação de


risco, realizando, preferencialmente, o sistema de cores, e não de números, para essa
classificação de risco (exemplo no caso de quatro níveis de classificação, do mais grave ao
menos grave: vermelho, amarelo, verde, azul).

A identificação da classificação pode ser feita na ficha de atendimento, e não


diretamente no usuário (pulseira, por exemplo), uma vez que a classificação não é
permanente e pode mudar em função de alterações do estado clínico e de reavaliações
sistemáticas.

A classificação de risco é dinâmica, sendo necessário que, periodicamente, se


reavalie o risco daqueles que ainda não foram atendidos ou mesmo daqueles cujo tempo de
espera após a classificação é maior do que aquele que foi estabelecido no protocolo. É muito
importante que a organização do atendimento na urgência por meio do acolhimento com
classificação de risco seja divulgada com clareza para os usuários.

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Unidade 5 – Critérios de Classificação

05
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

Os critérios para a classificação de riscos estão relacionados com:

 Apresentação usual da doença;

 Sinais de alerta (choque, palidez cutânea, febre alta, desmaio ou perda da


consciência, desorientação, tipo de dor, etc.);

 Situação – queixa principal;

 Pontos importantes na avaliação inicial:

 Sinais vitais

 Saturação de oxigênio

 Escala de dor

 Escala de Glasgow

 Doenças preexistentes

 Idade

 Dificuldade de comunicação (droga, álcool, retardo mental, etc.);

 Reavaliar constantemente poderá mudar a classificação.

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

5.1 AVALIAÇÃO DO PACIENTE


(Dados coletados em ficha de atendimento)

 Queixa principal

 Início (evolução e tempo de doença)

 Estado físico do paciente

 Escala de dor e de Glasgow

 Classificação de gravidade

 Medicações em uso, doenças preexistentes, alergias e vícios

 Dados vitais: pressão arterial, temperatura, saturação de O2

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Unidade 6 – Classificação de Risco

06
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Segundo Nascimento et al, (2011), as dificuldades encontradas no setor de classificação de


risco é a falta de conhecimento da sociedade, alta demanda, precariedade do setor público,
recursos e número de profissionais insuficientes, falta de estrutura física, instalações e
equipamentos hospitalares, e falhas na gestão do serviço.

6.1 PRIORIDADE ZERO


Prioridade zero (vermelha), deve-se:

 Encaminhar diretamente para a sala de ressuscitação e avisar a equipe médica,


acionamento de sinal sonoro.

 Não perder tempo com classificação

 Atendimento de imediato

 Situação de morte iminente (exemplo: parada cardiorrespiratória, infarto, politrauma,


choque hipovolêmico, etc.)

6.2 PRIORIDADE UM
Prioridade I (amarela), deve-se:

 Encaminhar para consulta médica imediata;

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

 Situação de urgência, avaliação em, no máximo, 30 minutos.

 Elevado risco de morte (exemplo: trauma moderado ou leve, TCE sem perda da
consciência, queimaduras menores, dispnéia leve a moderada, dor abdominal,
convulsão, cefaléias, idosos e grávidas sintomáticos, etc.)

6.3 PRIORIDADE DOIS


Prioridade II (verde), deve-se:

 Encaminhar para consulta médica;

 Situação com urgência menor;

 Avaliação em, no máximo, 1 hora;

 Reavaliar periodicamente.

 Sem risco de morte (exemplo: ferimento craniano menor, dor abdominal difusa,
cefaléia menor, doença psiquiátrica, diarréias, idosos e grávidas assintomáticos, etc.)

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Unidade 7 – Avaliação Inicial

07
AVALIAÇÃO INICIAL

Essa Avaliação requer uma postura rápida e dinâmica, ancorada no A, B, C, D, onde o A diz
respeito a avaliação das VIAS AÉREAS; no B objetiva-se a visualização da RESPIRAÇÃO;
o C determina os fatores que integram a CIRCULAÇÃO e o D direciona a avaliação
NEUROLÓGICA do indivíduo.

Diante dessa avaliação o paciente pode encontrar-se:

7.1 COMPENSADO
A. CONVERSA

B. TAQUIPNÉIA LEVE FR: 20-30 IRPM

C. TAQUICARDIA LEVE FC: 100-120 BPM, PULSO RADIAL NORMAL.

D. NORMAL, CONFUSO, RESPONDE AO COMANDO VERBAL.

7.2 DESCOMPENSADO
A. ANSIOSO, CONVERSA POUCO.

B. TAQUIPNÉIA LEVE FR: 30-35 IRPM, ESFORÇO RESPIRATÓRIO, CIANOSE.

C. TAQUICARDIA LEVE, FC: 120-140 BPM, PULSO RADIAL FINO, PULSO


CAROTÍDEO NORMAL.
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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

D. NORMAL, CONFUSO, AGITADO, RESPONDE À DOR.

7.3. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA IMINENTE


A. RESPIRAÇÃO COM RUÍDOS

B. TAQUIPNÉIA OU BRADIPNÉIA, FR MAIOR 35 IRPM OU MENOR QUE 10


IRPM, GRANDE ESFORÇO RESPIRATÓRIO, CIANOSE.

C. TAQUICARDIA OU BRADICARDIA, FC MAIOR 140 BPM OU MENOR QUE


60 BPM, PULSO RADIAL NÃO PALPÁVEL, PULSO CAROTIDEO FINO.

D. LETÁRGICO, EM COMA, NÃO RESPONDE A ESTÍMULOS.

Nos casos relacionados a parada cardiorrespiratória deve-se iniciar prontamente as


manobras de reanimação cardiopulmonar conforme protocolo especifico da unidade, não
podendo perder tempo diante de tal situação.

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Unidade 8 – Sinais de Alerta de em Caso de Trauma

08
SINAIS DE ALERTA EM CASO DE
TRAUMA

Em todos os casos, deve se manter alerta diante das possíveis alterações dos quadros de
saúde do paciente, podendo haver piora no prognostico dos mesmos, principalmente, nas
situações relacionadas a seguir:

 Acidentes com veículos motorizados acima de 35 km/h

 Forças de desaceleração, tais como quedas ou explosões

 Perdas de consciência, mesmo que momentâneas após acidentes

 Acidentes com ejeção do veículo

 Negação violenta das óbvias injúrias graves, pensamentos de fuga e alteração do


discurso, respostas inapropriadas

 Fraturas de 1ª e 2ª costelas

 Fraturas da 9ª, 10ª e 11ª costela ou mais de 3 costelas

 Possível aspiração

 Possível contusão pulmonar

 Acidentes com óbito no local

 Atropelamento de pedestre ou ciclista

 Acidente com motociclista

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

Estudos têm mostrado que o STM tem boa confiabilidade e validade para a triagem
de pacientes em serviços de urgência e emergência, embora ainda existam episódios de
subtriagem ou supertriagem (PARENTI, 2014; AZEREDO, 2015).

Pesquisas realizadas no Brasil revelaram o STM como bom preditor para os


desfechos clínicos de pacientes admitidos em serviços de urgência e emergência, uma vez
que os pacientes evoluem com níveis de gravidade diferentes entre os grupos de cores de
classificação (GUEDES, 2016; PINTO, 2012). Quando comparado com um protocolo
institucional brasileiro, estudo mostrou que o STM aumentou o nível de prioridade dos
pacientes, sendo esse sistema considerado mais inclusivo (SOUZA, 2011).

Entretanto, mesmo com resultados satisfatórios em termos de validade e


confiabilidade, o STM, por si só, parece não ser capaz de garantir qualidade e eficiência no
serviço de urgência e emergência.11 A literatura constatou que o tempo de espera foi mais
bem distribuído entre os níveis de urgência após a implantação do STM, porém sem redução
no tempo para atendimento (STORM-VERSLOOT, 2014).

Pesquisas demonstrando a performance do STM em relação ao tempo de espera por


atendimento são escassas, principalmente abordando a realidade dos serviços de saúde
brasileiros.

Na explicação para o Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR), o Ministério


da Saúde determina que esse instrumento constitui em uma diretriz operacional que uni as
ações de acolhimento com as de classificação de risco do usuário. Isso significa que, no
ACCR, o usuário que entra no Serviço Hospitalar de Emergência (SHE) é acolhido, ouvido,
guiado à consulta de enfermagem, classificado de acordo com o grau de risco de seu agravo
e atendido pelo médico segundo a urgência do caso (BELLUCCI JR, MATSUDA 2012).

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Unidade 9 – Entenda a Classificação de Risco pela Cor

09
ENTENDA A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
PELA COR

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

10
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

A atuação do enfermeiro no acolhimento “ultrapassados conhecimentos técnicos científicos


à capacidade de liderança, ao mesmo tempo em que desenvolve o senso crítico para avaliar,
ordenar e cuidar”. (ALBINO, GROSSEMAN, RIGGENBACH, 2010, p.72).

No Brasil, o papel do enfermeiro no acolhimento com classificação de risco está


previsto nas portarias do Ministério da Saúde que regulamentam os serviços de urgência e
emergência (CAVALCANTE, RATES & SILVA, 2012)

Segundo Mackaway-Jones (2010), o enfermeiro tem outras atividades previstas no


STM, como a prestação dos primeiros atendimentos em casos de reanimação, administração
de alguns medicamentos, conforme o protocolo individual de cada hospital, prestar
informações sobre encaminhamentos do serviço, o direcionamento para especialidades
conforme as conexões do serviço de emergência e a administração da sala de espera.

Segundo Souza (2010), a função do enfermeiro vem se destacando das demais por
sua autonomia nas tomadas de decisões, na capacidade de avaliar, ordenar e cuidar, tendo
como meta o acolhimento e a satisfação do usuário, garantindo a assistência resolutiva e o
comprometimento do bem-estar da equipe e do usuário.

Oliveira et al(2013), afirmam que a carga de trabalho aumentada para os profissionais


do serviço de emergência, em decorrência do número elevado de usuários não urgentes,
também contribui para a má qualidade do atendimento oferecido. Esforços para triar usuários
com pequenos agravos podem consumir o mesmo tempo gasto no seu tratamento, como
também se ressalta que esta grande demanda na emergência pode expor a equipe a acidentes
ocupacionais.

Observa-se que o profissional enfermeiro mesmo sendo capacitado para o trabalho,


encontra adversidades embutidas no cenário, dentre eles a dificuldade de adaptação dos
usuários e profissionais médicos ao novo protocolo, quadro de profissionais diminuídos,
falta de recursos, alta demanda, jornada de trabalho excessiva gerando estresse, desconforto
e por vezes desentendimentos por parte dos usuários

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28
Unidade 11 – Conclusão

11
CONCLUSÃO

Um serviço de triagem pode resgatar os princípios e diretrizes do SUS e também garantir o


direito à cidadania, na medida em que realiza o acolhimento, orienta e encaminha o usuário
para o serviço adequado, atende necessidades do indivíduo e da instituição, ou seja, triagem
é muito mais que classificar doentes

Prestar atendimento digno, por meio de política de saúde descentralizadora,


estabelecendo as condições necessárias para melhorar o acesso, a qualidade da assistência,
a participação e a equidade nos campos da saúde, deve ser visto como pressuposto básico
para fazer valer os princípios do SUS.

Promover assim a tão sonhada humanização e respeito ao usuário do serviço público


de saúde faz parte de todo o processo de saúde como direito de todos. A satisfação do usuário
quanto ao atendimento está relacionada com as características facilitadoras do atendimento
e pela qualidade dos serviços prestados. A responsabilidade, vínculo e abordagem dos
indivíduos como sujeitos participantes de todo o processo de recuperação, resolução e
integração ao sistema de saúde são dimensões assistenciais que devem ser desenvolvidas no
serviço com intuito de buscar a melhoria da qualidade de vida e resgatar a saúde como direito
de todos.

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


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superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. O acolhimento com classificação de risco vem sendo cada vez mais realizada nos
serviços de saúde que prestam atendimentos de urgência e que organizam o atendimento
com base nos níveis de prioridade. O modelo proposto pelo Ministério da Saúde divide o
serviço em eixos e áreas, identificados por cores que irão determinar o tipo de atendimento
prestado. Com base nesse modelo assinale a alternativa que corresponde às características
da área amarela.

a. Área na qual está a sala de emergência para atendimento imediato dos pacientes com
risco de morte e a sala de procedimentos especiais invasivos.

b. Área das salas de observação, que devem ser divididas por sexo (feminino e
masculino) e idade (crianças e adultos), a depender da demanda.

c. Área de consultas, procedimentos médicos e de enfermagem (curativo, sutura,


medicação e nebulização).

d. Área composta por uma sala de retaguarda para pacientes já estabilizados, mas que
ainda requerem cuidados especiais (pacientes críticos ou semicríticos).

2. Analise as afirmativas relacionadas aos objetivos da classificação de risco:

I. Avaliar o paciente logo na sua chegada ao pronto socorro humanizando o


atendimento.

II. Determinar a área de atendimento primário, devendo o paciente ser encaminhado


diretamente às especialidades.

III. Informar o tempo de espera.

IV. Retornar informações a familiares.


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Avaliação

São verdadeiras:

a. I e II

b. I, III e IV

c. SOMENTE III

d. Todas As Alternativas

3. São pacientes que recebem classificação verde segundo o protocolo humaniza SUS
do Sistema Único de Saúde, exceto:

a. Retorno inferior a 24 horas devido a não melhora do quadro

b. Deficientes físicos

c. Cefaleia intensa de início súbito

d. Pacientes escoltados

4. A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que


necessitam de tratamento imediato, de acordo como potencial de risco, agravos à saúde ou
grau de sofrimento. Dessa maneira assinale a alternativa que justifique a utilização da
Classificação de Risco:

a. Ampliar o acesso sem sobrecarregar as equipes, sem prejudicar a qualidade das


ações, e sem transformar o serviço de saúde em excelente produtor de procedimentos.

b. Superar a prática tradicional, centrada na exclusividade da dimensão biológica, de


modo que amplie a escuta e que recoloque a perspectiva humana na interação entre
profissionais de saúde e usuários.

c. Reconfigurar o trabalho médico no sentido de superar o papel central que ele vem
ocupando e integrá-lo no trabalho da equipe.

d. Deve ser um instrumento para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram
as portas de entrada de urgência/emergência, gerando um atendimento resolutivo e
humanizado.

5. Há muitas condições, que se deve manter alerta casos que deverão ser levados em
consideração, pois podem representar condições em que o paciente poderá piorar
repentinamente. Assinale abaixo a alternativa que não caracteriza essas situações:

a. Acidentes com veículos motorizados acima de 35 km/h.

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31
Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

b. Forças de desaceleração tais como quedas ou em explosões.

c. Fraturas fechadas de MMSS e MMII.

d. Perda de consciência, mesmo que momentânea, após acidente.

6. O acolhimento tem como objetivo, exceto:

a. Priorizar o atendimento aos pacientes mais graves.

b. Classificar os pacientes de acordo com a decisão de prioridades e intervenções


terapêuticas individualizadas

c. Garantia dos direitos dos usuários.

d. Avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de


prioridade para o atendimento.

7. Assinale a alternativa incorreta relacionada aos níveis de classificação de risco.

a. Vermelho: prioridade zero constitui-se emergência.

b. Amarelo: prioridade 1, o atendimento deve ser o mais rápido possível devido a


prioridade zero.

c. Amarelo: prioridade 1, o atendimento deve ser imediato dos pacientes mais graves.

d. Verde: prioridade 2, atendimento com prioridade não urgente.

8. Pacientes que são classificados como Amarelo, necessita de assistência rápida. São
situações que caracterizam a classificação amarela, exceto:

a. Politraumatizado com Glasgow entre 13 e 15; sem alterações de sinais vitais.

b. Dor abdominal intensa com náuseas e vômitos, sudorese, com alteração de sinais
vitais (taquicardia ou bradicardia, hipertensão ou hipotensão, febre).

c. Diabético apresentando sudorese, alteração do estado mental, visão turva, febre,


vômitos, taquipnéia, taquicardia.

d. Problemas de coordenação motora.

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32
Avaliação

9. De acordo com a política de humanização com classificação de risco, são pré-


requisitos necessários à implantação da Central de Acolhimento e Classificação de Risco,
EXCETO:

a. Realizar a abordagem do usuário somente para saber da doença e suas queixas;

b. Construir de relação de confiança e compromisso entre as equipes e promove avanço


na aliança entre usuários, profissionais da saúde e gestores da saúde.

c. Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco;

d. Implementar processos de acompanhamento e avaliação

10. A Classificação de Risco com uso do Protocolo de Manchester tem sido utilizada
para otimizar a priorização do atendimento nas portas de entrada de urgências. De acordo
com as orientações do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, são verdadeiras as
afirmativas, EXCETO:

a. Disponibilizar, no mínimo, um ponto para a classificação de risco. Na hipótese de


haver mais de dez pacientes aguardando pela classificação, deve ser disponibilizado
mais um ponto para realização da classificação de risco.

b. Assegurar que os tempos alvos preconizados pelo Protocolo de Manchester para a


primeira avaliação médica estejam sendo cumpridos de acordo com a gravidade
clínica do doente.

c. Assegurar que o tempo entre a chegada do paciente ao serviço até a classificação de


risco não seja maior que trinta minutos.

d. Assegurar que apenas médicos e enfermeiros que possuam formação e registro nos
órgãos próprios (CRM e COREN, respectivamente) e com curso e treinamento no
Sistema Manchester de Classificação, atuem na Classificação de Risco com
Protocolo de Manchester.

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Triagem em Serviços de Urgência e Emergência

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

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paradigma estético no fazer saúde [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2004
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dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/impressos/folheto/05_0050_FL.pdf.
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Referência

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