Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Formandos: Formadora
Formandos: Formadora
Objectivo geral:
Objectivo específico:
Metodologia:
3
Riscos existentes na sala de espera
A sala de espera é um conjunto de vocábulos que possui vários significados, pois refere-se a um
ambiente físico onde o atendimento multidisciplinar é aguardado, podendo ser ele um corredor,
um hall ou uma área ao ar livre. Nesse espaço, existe uma comunicação efectiva entre os
usuários de forma que ocorrem interacções emocionais, culturais, singulares e colectivas, logo,
um espaço propício para actividades educativas, além das actividades do acolhimento
(CAMARA et al., 2015).
Portanto, trata-se de uma forma produtiva de ocupar o tempo de espera nas unidades de saúde,
tornando esse momento propício para desenvolvimento de actividades educativas e troca de
experiências entre os usuários, possibilitando a interacção do conhecimento popular com os
saberes dos profissionais de saúde (ROSSI da SILVA et al, 2019).
Dessa forma, a sala de espera torna-se uma estratégia que favorece uma atenção humanizada,
uma vez que efectiva a aproximação da comunidade com os profissionais e com os serviços
ofertados na unidade de saúde, além de ensejar a integração de estudantes de graduação das áreas
da saúde a uma estratégia de carácter multiprofissional e de cunho informativo e preventivo aos
usuários do sistema de saúde (FERREIRA et al.,2016).
Com a dificuldade de boa parte da população ter acesso aos serviços de saúde, acarretou um
aumento na demanda dos serviços de emergência, pois grande parte da população não tem acesso
a um sistema regular de saúde, o que contribui para uma desorganização dos mesmos. Em
virtude desse crescente número de atendimentos nos sectores de emergência, houve preocupação
por parte dos serviços de emergência no mundo, quanto ao uso de alguma metodologia que
consiga identificar melhor os atendimentos prestados nesses sistemas. Por causa de toda essa
problemática apresentada, o Ministério da Saúde busca por medidas que visem amenizar esses
factores, buscando soluções para os mesmos e, para isso, tem criado alguns dispositivos de
trabalho, entre eles o acolhimento com classificação de risco (FERREIRA et al.,2016).
4
Os serviços de saúde, especialmente os serviços de emergência dos hospitais públicos e privados
do nosso país, funcionam como porta de entrada para pessoas que buscam atendimento para
diferentes tipos de problemas de saúde. Isso tem provocado o aumento da demanda que busca
atendimento desses serviços (CAMARA et al.,2015).
O processo de RAC deve ser dinâmico, contínuo e deve incluir actividades que tranquilizam o
usuário e seus familiares, trazendo-lhes apoio emocional e segurança.
As informações claras sobre tempo de espera e zona de destino de cada paciente e a orientação
do fluxo, onde o mais grave é priorizado em relação ao menos grave, geram confiança no
sistema. O processo de RAC também traz informações úteis e dados estatísticos que possibilitam
políticas dirigidas sobre recursos a serem investidos.
Níveis de Risco
O serviço de classificação de risco como o primeiro acolhimento tido pelos pacientes nos
serviços de saúde, tem o intuito de reduzir a superlotação e os índices de mortalidade nos
5
serviços de urgência e emergência, por meio da redução do tempo de espera, da integração da
rede de atenção em saúde e encaminhamento dos casos não urgentes às unidades básicas. Para
realização do acolhimento com classificação de risco foi introduzido nos serviços de emergência
o processo de triagem, com o propósito de reduzir as superlotações, adequando o atendimento
conforme o grau de gravidade, identificando os pacientes que precisam ser vistos primeiro e
aqueles que possam esperar com segurança, sem que haja qualquer risco para o mesmo
(FERREIRA et al.,2016).
O Protocolo é uma metodologia que confere classificação de risco para pacientes que procuram
atendimento na rede de urgência e emergência. É estruturado por fluxogramas que representam
os sinais e sintomas relacionados à queixa principal apresentada pelo paciente, que é classificado
em níveis diferentes de prioridade com tempo alvo de atendimento médico estabelecido e
reavaliação pelo profissional que realizou a classificação, pois o quadro clínico pode agravar ou
melhora (NUNES et al.,2017).
6
prioridade clínica durante a espera do paciente pelo atendimento médico (COUTINHO et al.,
2012).
7
Pacientes classificados como IV e V – sala de espera, colocando os boletins de
atendimento e fichas de RAC em distribuidores separados.
8
sinais vitais Intoxicação exógena, Dor abdominal (não crónica) Queimaduras agudas,
Corpo estranho (ouvido, nariz, faringe, olho).
Otalgia, Odontalgia, Odinofagia, Cefaléia, Cervicalgia, Conjuntivite, Fraqueza com sinais vitais
normais Dor torácica inespecífica, Tosse, Dor, Abcessos, Ferimentos infectados, Celulite,
Disúria/polaciúria, Ansiedade/depressão, Epistaxe sem sangramento activo, Nível V – Azul – até
240 minutos, Busca por atestados de saúde ou doença, Busca por especialistas (referenciados ou
não), Busca por métodos diagnósticos (exames), Busca por receitas de drogas controladas, Busca
por renovação de receitas Dor crónica com sinais vitais normais
O Enfermeiro tem sido o profissional indicado para avaliar e classificar a gravidade dos que
procuram os serviços de emergência, pois, atribui um grau de risco ao paciente consistindo em
um complexo processo de tomada de decisão, possibilitando a priorização do atendimento
(NUNES et al.,2017).
Com a inclusão da classificação de risco aos serviços de saúde o enfermeiro tem sido o
profissional indicado para avaliar e classificar o risco dos usuários que procuram atendimento
médico. Com essa inovação nos serviços foram criados também para auxiliar e orientar o serviço
um protocolo direccionador. Em o enfermeiro que atua na classificação de risco deve possuir
habilidades para promover escuta qualificada, avaliar, registar correta e detalhadamente a queixa,
o trabalho em equipa, o raciocínio clínico, a agilidade mental para a tomada de decisões, assim
9
como terá capacidade para fazer os devidos encaminhamentos na rede assistencial para que se
efective a continuidade do cuidado (SILVA; et sl.,2012).
Para a aplicação desses protocolos o enfermeiro dentre os profissionais de enfermagem tem sido
mencionado para realizar a avaliação e classificar a necessidade daqueles que buscam as
unidades de emergência, adquirindo papel de grande importância na hora de fazer a
regulação e decidir a prioridade na assistência dos usuários (CRUZ et al.,2016).
O primeiro contacto feito entre o enfermeiro e o paciente tem como finalidade verificar
prioridades de assistência à saúde, por meio de um conjunto de observação do mesmo, através de
uma visão holística, ou seja, saber ouvir as queixas que o levaram a procurar esse serviço seja
elas físicas, psíquicas ou sociais. Neste sentido, é preciso que o enfermeiro tenha tranquilidade,
agilidade, capacidade para tomar decisões rápidas, seguras, contínuas e livres de riscos
adicionais, de forma a se adaptar, de imediato, a cada situação que se apresente. Para tanto, é
necessário estar preparado para a actuação diante das intercorrências, fundamentado de
conhecimento técnico e científico (FERREIRA et al.,2016).
Por meio do conhecimento, o enfermeiro transforma sua prática, aprimora a capacitação dos
membros de sua equipe, melhora a organização do serviço onde atua e garante uma assistência
de qualidade para o cliente. É imprescindível que o gerente de enfermagem utilize sua formação
profissional e os valores e princípios adquiridos com o exercício da profissão para que possa
proporcionar ao cliente uma assistência de enfermagem individualizada e integral (CRUZ et
al.,2016).
É o enfermeiro quem decide qual informação precisará ser obtida no que diz respeito ao estado
de saúde de um cliente, avaliando tanto dados objectivos quanto subjectivos. O protocolo deverá
ser a directriz base de orientação, trazendo experiências concretas e embasadas cientificamente
(FARIAS; BRASILEIRO, 2018).
10
Factores que influenciam os tempos de espera
Existem outros factores não legítimos, como o rendimento ou o nível de educação, que não
deveriam ter qualquer impacto no tempo de espera, por não serem factores de necessidade.
Contudo, pela análise de bibliografia existente, constata-se que, em alguns países com sistemas
de saúde essencialmente públicos, se verifica influência destes factores no tempo de espera, o
que gera iniquidade no acesso aos cuidados. Alguns estudos demonstram que o tempo de espera
varia tendo em conta o rendimento e o nível de educação (Siciliani e Verzulli, 2009), outros
apresentam, para além do rendimento, diferenças no tempo de espera entre homens e mulheres
(Carlsen and Kaarboe, 2010) e outros referem ainda estas diferenças tendo em conta a região de
residência (Johar et al., 2011), a qual poderá ter importância na acessibilidade aos cuidados
médicos, dada a existência de locais com maior e melhor oferta de serviços médicos.
Como alguns estudos apontam para a existência de iniquidade no acesso aos cuidados de saúde,
com tempos de espera favorecendo indivíduos com diferentes condições socioeconómicas, torna-
se imperativa a análise do efeito destes factores não legítimos nos tempos de espera para acesso a
consultas médicas, no território português, para se perceber a realidade nacional face aos outros
países com semelhantes sistemas de saúde.
11
No espaço da sala de espera é possível realizar o acolhimento dos usuários pelos profissionais,
neste contexto pode ser promovido um conjunto de acções educativas em saúde, “melhorando a
inter-relação usuário/sistema/trabalhador de saúde, além de constituir-se em uma forma de
humanizar muitas vezes os burocratizados serviços prestados” (RODRIGUES et al, 2009, p.
103).
Participantes (usuários presentes no local) mais mediador (profissional de saúde) formam o que a
literatura na área chama de Grupo de Sala de Espera. Este, de maneira geral, não apresenta muita
estruturação, pois é aberto e sua composição é temporal e situacional porque se forma de maneira
espontânea. Assim, alguém presente no grupo pode abandoná-lo abruptamente em função de ser
chamado para o atendimento pelo qual esperava, alterando sua configuração. Novos participantes
podem interagir com participantes de encontros anteriores. É comum ainda uma composição
heterogénea com relação à idade, sexo e nível de envolvimento dos participantes nas actividades.
Estas actividades são neste artigo tratadas como procedimentos de Sala de Espera. A
operacionalização dos procedimentos de Sala de Espera, segundo Nora; Mânica; Germâni (2009)
possibilita a amenizarão do desgaste físico e psíquico muitas vezes inerente ao tempo de espera
pelo atendimento em saúde. Torna-se possível neste espaço explorar temas difíceis de uma forma
menos invasiva, bem como trabalhar com os aspectos emocionais envolvidos. Pode-se ainda
propiciar conforto, relaxamento e segurança, optimizando uma troca de saberes entre os
participantes que contribui para a prevenção de doenças e a promoção de saúde. O espaço
proporcionado pelo procedimento de Sala de Espera é essencialmente público, nele as pessoas
emocionam-se, observam-se e empreendem conversações como meio de intercambiar relatos e
experiências.
Rodrigues et al (2009) acrescentam que por meio do procedimento de Sala de Espera é possível
se detectar situações de prejuízo e sofrimento em saúde por meio de expressões faciais e outras
dimensões físicas e psicossociais. Torna-se possível ainda avaliar, interagir e desmistificar
crenças e tabus, operando um entendimento integral do indivíduo. A aplicabilidade do
procedimento de Sala de Espera não se limita a um tipo específico de população, local ou
temática.
12
Moreira Júnior e Japur (2003), em estudo no qual descrevem o processo de produção de sentidos
sobre o tema envelhecimento no contexto de sala de espera, concluíram que o intercâmbio das
experiências sobre essa temática neste espaço proporcionou uma reconstrução das vivências de
cada um pela interlocução com outras pessoas. Entendemos que a especificidade desse conversar
dos participantes mediados por um psicólogo/profissional de saúde, numa sala de espera de uma
instituição de saúde é exactamente favorecer que, em coerência ao contexto em que a conversa
ocorre, o sentido do conversar seja também construído em relação a uma acção concreta de
promoção de saúde. (MOREIRA JÚNIOR; JAPUR, 2003, p. 95).
Geralmente, o trabalho de parto e o parto ocorrem sem qualquer problema. Problemas graves
são relativamente raros e a maior parte pode ser prevista e tratada com eficiência. No entanto,
às vezes os problemas surgem de forma repentina e inesperada. Consultas regulares ao médico
ou parteira certificada durante a gravidez ajudam a prever possíveis problemas e a aumentar as
chances de ter um bebê saudável e um parto seguro.
Os problemas podem incluir:
O momento em que ocorre o trabalho de parto, ou seja, se ele ocorre antes ou depois da
época normal
Problemas com o feto ou o recém-nascido
A maioria dos problemas fica evidente antes de o trabalho de parto ter início. Esses problemas
incluem
Ruptura prematura das membranas (a bolsa d’água da mãe se rompe cedo demais)
A gravidez pós-termo e pós-maturidade (a gravidez continua por mais tempo que o
normal, o que às vezes causa problemas para o bebê)
13
Posição e apresentação anormais do feto (o feto está em uma posição que não é a mais
segura para o parto)
Nascimentos múltiplos (por exemplo, gêmeos ou trigêmeos)
Alguns problemas (complicações) que se desenvolvem durante a gravidez podem causar
problemas durante o trabalho de parto ou o parto. Por exemplo, a pré-eclâmpsia (pressão
arterial elevada com proteína na urina) pode levar ao descolamento prematuro da placenta do
útero (ruptura prematura da placenta) e problemas no recém-nascido.
Alguns problemas se desenvolvem ou se tornam evidentes durante o trabalho de parto ou o
parto. Esses problemas incluem
A embolia por líquido amniótico (o líquido que envolve o feto no útero entra na corrente
sanguínea da mulher, o que às vezes causa uma reação com risco de morte na mulher)
Distócia de ombro (o ombro do feto fica encaixado no osso púbico da mãe e o bebê fica
preso no canal vaginal)
O trabalho de parto começa muito cedo (trabalho de parto prematuro).
Trabalho de parto que progride muito lentamente
Prolapso do cordão umbilical (o cordão umbilical sai do canal vaginal antes do bebê)
Cordão nucal (cordão umbilical enrolado em torno do pescoço do bebê)
Quando o feto é muito grande para passar através do canal vaginal (pelve e vagina) – a
chamada desproporção feto-pélvica
14
Um útero que está virado do avesso (útero invertido)
Menos de 10% das mulheres dão à luz no dia indicado (geralmente estimado como em torno da
40ª semana de gravidez). Aproximadamente 50% das mulheres dão à luz dentro de uma
semana (antes ou depois) e perto de 90% dão à luz em até duas semanas da data prevista.
O trabalho de parto pode começar com antecedência ou estar atrasado, porque a mulher ou o
feto tem um problema médico ou o feto está em uma posição anormal.
Pode ser difícil determinar a duração da gravidez, pois muitas vezes não é possível determinar
a data exata da concepção. No início da gravidez, um exame por ultrassom, que é seguro e
indolor, pode ajudar a determinar o tempo de gravidez. A partir do meio da gravidez até o
final, os exames feitos por ultrassom são menos confiáveis para determinar o tempo de
gravidez.
15
Conclusão
As acções de acolhimento podem ser realizadas por qualquer profissional de saúde, desde que
capacitado. Entretanto, cabe ao enfermeiro reunir as condições necessárias, as quais incluem
linguagem clínica orientada para os sinais e sintomas, para a realização das escalas de avaliação
e classificação de risco do usuário de acordo com o grau de urgência de seu agravo, com base em
um sistema predefinido: emergência, urgência, menor urgência e baixa complexidade.
Não é mais admissível que mantenhamos o atendimento nesses serviços por ordem de chegada
dos pacientes, colocando em risco de morte indivíduos em real situação de urgência, enquanto
prestamos assistência a outros que deveriam estar no posto de assistência básica.
16
Bibliografias
FERREIRA, Edinete Bezerra; et al. (2016). Acolhimento com classificação de risco em serviços
de urgência e emergência hospitalar.
HERMIDA, Patrícia Madalena Vieira; et al. (2018). Acolhimento com classificação de risco em
unidade de pronto atendimento: estudo avaliativo. Rev Esc Enferm USP.
NUNES, Bruna Xavier; et al. (2017) Atuação do enfermeiro no acolhimento com classificação
de risco: caracterização do atendimento mediante protocolos: uma revisão da literatura. Revista
Científica FacMais, Volume. X, Número 3.
17
TEIXEIRA, E. R.; VELOSO, R. C. (2006). O grupo em sala de espera: território de práticas
e representações em saúde. Texto Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 15, n. 2, p.
320-325.
SILVA; Paloma Morais; et al. (2012). Acolhimento com classificação de risco na atenção
primária: percepção dos profissionais de enfermagem. REME – Rev. Min. Enferm.;16(2):
225-231.
18