Você está na página 1de 8

FACULDADE DE MEDICINA

BRENDA URUGUAY DE ALMEIDA CARLOS

HUGO HIDEO TERRA OKAMOTO

IARA CRISTINA GAUER BARCELOS

JOÃO GUILHERME DOS SANTOS MARTINS

JOAO VITOR DE MEDEIROS LECH

MARCO ANTÔNIO OLIVEIRA SANTOS JÚNIOR

PROGRAMA DE
INTERAÇÃO
COMUNITÁRIA

Relatório de Práticas
VÁRZEA GRANDE – MT
2021

BRENDA URUGUAY DE ALMEIDA CARLOS

HUGO HIDEO TERRA OKAMOTO

IARA CRISTINA GAUER BARCELOS

JOÃO GUILHERME DOS SANTOS MARTINS

JOÃO VITOR DE MEDEIROS LECH

MARCO ANTÔNIO OLIVEIRA SANTOS JÚNIOR


PROGRAMA DE
INTERAÇÃO
COMUNITÁRIA

Relatório de Prática apresentado ao


Programa de Interação Comunitária – PIC
como componente da avaliação formativa
da Etapa 03.

Preceptora: Angélica Fátima Bonatti

VÁRZEA GRANDE – MT
12/07/2021

Introdução
As atividades presenciais do Programa de Interação Comunitária (PIC) são uma
oportunidade de testar na prática todo o conhecimento adquirido no início do semestre
através das Discussões Teóricas (DTs). Na etapa 03, os conteúdos abordados são entorno
das políticas públicas voltadas à saúde da criança, adolescente e idoso, relacionando-as
com os programas implantados pelo Ministério da Saúde. A unidade de saúde onde
realizou-se todas as atividades práticas desse grupo da etapa 03 foi a USF Manaíra
Margarida Pereira Tavares, localizada na R. Gov. Pondé Arruda, 176-262 - Jardim Manaira,
Várzea Grande - MT, 78158-720.

Recentemente, a USF foi reformada e conta com uma excelente estrutura fisíca para
atender a comunidade, sendo composta por: recepção (com cadeiras confortáveis e
televisão onde os usuários possam aguardar o atendimento), sala de reuniões e educação
em saúde, almoxarifado, consultórios, sala de curativo, sala de triagem, sala de vacina,
fármacia, copa, sanitário para usuários, além das inúmeras salas onde são realizadas as
consultas. Todos os ambientes apresentados têm uma infraestrutura completa (de acordo
com sua utilidade), com ar-condicionado, cadeiras, mesas, macas para exame físico,
equipamentos para realizar a triagem e geladeiras para armazenamento de remédios e
vacinas.

A USF em questão cobre a população de 12 micro áreas , contando com o apoio de 2


equipe de saúde da família e 11 agentes comunitários de saúde. Uma das equipes é
composta pelo Dr. Flávio Basili, pela enfermeira Iveth e 5 ACS, cobrindo um total de 6
microáreas, sendo que uma delas esta descoberta; e a outra equipe é formada pela Drª
Kamila, a enfermeira Marilza e 6 ACS, responsáveis pelas micro áreas restantes.

As práticas do PIC iniciaram no dia 10/05/2021 e finalizaram no dia 05/07/2021, com a


execussão do Projeto de Intervenção. As atividades ocorream alternadamente entre os
subgrupos A e B, compostos respectivamente pelos discente Iara Cristina Gauer Barcelos,
João Vitor de Medeiros Lech e Marco Antônio Oliveira Santos Júnior (subgrupo A) e Brenda
Uruguay de Almeida Carlos, Hugo Hideo Terra Okamoto e João Guilherme Dos Santos
Martins (subgrupo B). Essa divisão foi necessária como uma medida de prevenção
decorrente da pandemia. O horário de início das práticas era às 13h30 e, normalmente,
encerrava por volta de 16h30/17h.

Durante as práticas, além de aplicar o conhecimento, ter a oportunidade de contato com a


população adscrita da USF Manaíra foi fundamental para a formação como futuro
profissional da saúde. Vivenciar a diversidade dos grupos populacionais que a compõem,
como a variedade de classe, raça/etinia e cultura, permitiu adquirir a habilidade para lidar
com as diferenças e a desenvolver um acolhimento dos usuários de forma mais
humanizada. Além disso, propicia a praticar cada vez mais o princípio da “universalidade”
proposto pelo Sistema Único de Saúde, realizando um atendimento único de acordo com a
situação de cada paciente.

Descrição das Atividades Práticas


Para a realização das atividades, nosso grupo foi subdividido em A e B, sendo que o
subgrupo A foi formado pelos alunos Iara Gauer, João Lech e Marco Antônio Júnior,
enquanto que o subgrupo B foi composto por Brenda Almeida, Hugo Hideo e João Martins.
Dessa forma, as atividades práticas foram realizadas de maneira alternada. Infelizmente, a
preceptora Angélica Fátima Bonatti precisou se ausentar das atividades práticas por
motivos pessoais, exceto no terceiro dia de atividades do subgrupo A, quando ela
conseguiu comparecer e contribuiu conosco, juntamente com a preceptora Lilian Pommer, a
qual também nos conduziu em todos os dias das atividades práticas.

No segundo dia de prática, fizemos visita domiciliar e promovemos melhor qualidade de


vida aos pacientes acamados ao efetuar a troca de curativos e levarmos até eles as fraldas
que haviam chegado na unidade de saúde. Primeiramente, fomos até a casa de um
paciente jovem acamado e com problemas mentais, e lá trocamos o curativo da
gastrostomia endoscópica percutânea e auxiliamos a mãe do paciente para uma futura
troca de curativo. Em seguida, efetuamos a troca de curativos de dois idosos com síndrome
da imobilidade, isto é, lesões dermatológicas profundas e consideráveis.

No terceiro encontro, iniciamos fazendo a triagem de um idoso e, após isso, preparamos os


materiais para promover busca ativa, vacinação contra Influenza em idosos e educação em
saúde, ou seja, separamos uma caixa térmica com gelo e com as doses da vacina,
mantendo-a em uma temperatura entre 2° e 8° C, além de levarmos panfletos informativos
acerca da vacina influenza. Com a presença das agentes comunitárias de saúde,
promovemos a vacinação de 14 idosos e a educação em saúde em suas respectivas
residências, sobretudo abordando a importância da vacinação, bem como a abrangência da
vacina contra a Influenza e o esclarecimento de que esta não causa efeitos adversos por
ser uma vacina de vírus inativado. Desse modo, de maneira alternada e rodiziada, enquanto
um aluno efetuava a vacinação, outro ficava responsável por promover a educação em
saúde.

No primeiro dia de prática, o preceptor Flávio nos apresentou a unidade, mostrando sua
estrutura física, bem como a equipe multiprofissional que fazia parte. Logo de início ele nos
informou que quase todos os atendimentos se tratavam de crianças de todas as faixas
etárias. Em seguida, ele nos apresentou a sala onde iriamos atender e as salas que
poderiamos utilizar caso quisessemos nos subdividir quando houvessem muitos pacientes.

Durante essas consultas revezávamos entre nós a função de cada um, sempre realizando
anamnese; exame físico; e as anotações na caderneta da criança, juntamente com as
orientações, de forma que participassemos ativamente do atendimento aos pacientes. No
final de cada consulta, chamávamos o preceptor Flávio para passarmos os casos para ele,
e juntamente com o preceptor elaborávamos as hiptóses diagnósticas e as condutas
propedêuticas e terapéuticas de cada paciente atendimento.

Além disso, no final do dia, nosso grupo do PIC juntamente com o preceptor, nos reuniamos
em uma das salas de atendimento pra comentarmos rapidamente sobre os casos
atendidos, bem como tirar dúvidas sobre eles. Por último, antes de irmos embora, o
preceptor Flávio nos fazia escolher algum tema de estudo de acordo com os casos que
atendemos no dia, para que assim conseguíssemos conciliar melhor o que aprendemos na
prática e na teoria.

Diante desse nosso esquema de práticas, todos do grupo tiveram a oportunidade de


atender durante o semestre, realizando o acolhimento do paciente, anamnese detalhada,
exame físico e as condutas terapêuticas e propedêuticas. Atendemos, no geral, cerca de 3
a 4 crianças por prática. O atendimento destes pacientes foi de extrema importância para
conseguirmos colocar em prática todo conhecimento que adquirimos durante a pandemia,
além disso, foi muito interessante ver tantas patologias pediatricas como escabiose, larva
migrans cutânea, IVAS, dermatites, entre outras.

Atendemos nesse semestre também o paciente A.M.M de 7 anos, que tinha como suspeita
o diagnótico de dermatite atópica um dos conteúdos teóricos que foi abordado no PIC nesse
semestre, dessa forma, no momento da consulta, foi muito mais fácil identicar as
manifestações clínicas da doença, quais exames deveriamos solicitar e qual tratamento
deveria ser realizado para essa paciente.

Outro tema que foi abordado na teoria esse semestre e que foi visto em prática, foi um
caso de larva migrans cutânea, com os conhecimentos adquiridos pelas aulas, durante a
consulta, queixas como intenso prurido, pápulas e eritema no local da penetração, seguida
de um trajeto sinuosonos fez chegar no diagnóstico de forma mais rápida.

Ademais, foram atendidos casos de IVAS, puericultura, lesões elementares da pele,


disordem nutricional, entre outros. Nas atividades práticas, também conseguimos
aperfeiçoar o manejo com o paciente pediatrico, como também o aprendizado a respeito do
aleitamento materno, calendário vacinal, crescimento e desenvolvimento infantil, sendo
esses assuntos amplamente difundidos nos ensinamentos teóricos.

Por fim, no dia 29/06/2021 houve a realização da apresentação do Projeto de Intervenção.


O Projeto de Intervenção ocorreu na própria ESF Margarida Pereira Tavares e tinha como
tema principal “Prevenção de IST e gravidez na adolescência”. Dessa forma, nesse dia,
realizamos uma atividade educativa com os pacientes que se encontravam na unidade, com
o objetivo de conscientizar a população adscrita sobre a importância da prevenção,
diagnóstico e as complicações das ISTs. Para isso, foram entregues panfletos que continha
informações cruciais, como as formas de transmissão da doença, como prevenir, quando
suspeitar da infeção e onde procurar ajuda.

Além disso, ao mesmo tempo em que distribuíamos os panfletos, também orientamos a


população sobre a importância de se fazer o diagnóstico precoce e os possíveis fatores de
risco pro desenvolvimento da doença. Por último, também elencamos para os pacientes
sobre os serviços ofertados na ESF, como a distribuição de preservativos e os Testes
Rápidos.
Conclusão

Ao longo desse semestre, atendemos uma boa quantidade de pacientes, cada um com
suas particularidades e patologias específicas, que agregaram muito em nossos
conhecimentos e experiências profissionais. Além disso como esse semestre foi voltado
para consultas pediátricas, podemos colocar em prática os conhecimentos adquiridos nas
habilidades de pediatria na clinica do UNIVAG contribuindo para a nossa formação de
maneira significativa.

Ademais, essas práticas no consultório da Atenção Básica, nos permitiu desenvolver nosso
raciocinio clinico frente a diferentes moléstias que afetam nossos pacientes. Isso faz com
que os conteúdos teóricos ensinados durante todos os semestres anteriores sejam
novamente discutidos e fixados tornando assim o aprendizado mais dinâmico.

Por fim, agradecemos pela oportunidade de auxiliar nosso preceptor, Flavio Basili, nas
consultas na UBS. Esperamos que todo o conhecimento e experiências adquiridas sejam
utilizadas para aprimorar nossos futuros atendimentos , não somente na Atenção Básica
mais em qualquer serviço referente a saúde.

Você também pode gostar