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Centro Educacional de Ensino Superior De Patos

Faculdades Integradas de Patos


Programa de Pós-Graduação Latu Sensu
Curso de Especialização em Urgência Emergência e UTI

A PESQUISA E A PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIA

RANNAH MARQUES CAVALCANTE

MACEIÓ-AL
2022
INTRODUÇÃO

De início, é necessário compreender que os serviços de Urgência e


Emergência (UE), são a porta de entrada para a alta complexidade dos serviços
de saúde no Brasil, isso com base no Sistema Único de Saúde (SUS), diante das
evidências, os serviços de urgência e emergência, no Brasil, possui relevância e
importância, considerando, que, maioria da população buscas as UE’s, na busca
de resolver questões problemática, que média e grande complexidade, o que
gera, muitas vezes lotação além da capacidade (BRASIL, 2010; BRASIL,
2003a; COUTINHO, 2016
Nesse processo, o enfermeiro, tem como atividade privativa, na UE’s, a
responsabilidade de identificação dos pacientes, em condições de urgência e/ou
emergência, proporcionando a satisfação do usuário do serviço e por
consequência diminui um fluxo desordenado, tornando-o organizado.
Importante salientar que, o enfermeiro responsável pelo acolhimento e triagem,
devem serem cientes do processo humanístico e holístico de cada situação e/ou
caso (ANDRADE et al., 2018; COSTA; CAMBIRIBA, 2018; DURO; LIMA,
2018).
Dadas as considerações traça-se como questão norteadora: Quais os
Desafios e Possibilidades do Enfermeiro/a no Acolhimento e Classificação de
Risco em Unidades de Urgência e Emergência?
Hipoteticamente, acredita-se que, o acolhimento e o Protocolo de
classificação é um instrumento de apoio que visa à identificação rápida e
científica do doente de acordo com critérios clínicos para determinar em que
ordem o paciente será atendido. Trata-se de um modelo em que diferentes
enfermeiros obtêm os mesmos resultados na análise do paciente, aumentando a
agilidade e a segurança nos serviços de urgência. Tem como principal objetivo
analisar os Desafios e Possibilidades do Enfermeiro/a no Acolhimento e
Classificação de Risco em Unidades de Urgência e Emergência.
Foi utilizado o método de revisão integrativa que determina o
conhecimento atual sobre uma temática específica, conduzida a identificar,
analisar e sintetizar resultados de estudos.
1 REFERENCIAL TEÓRICO

Como abordado nos artigos Acosta; Duro; Lima (2018) e Rossaneis e


colaboradores (2019) evidencia-se que o atendimento nos serviços de Urgência e
Emergência segue um fluxograma, que visa atender os anseios dos clientes dos
serviços, dando ênfase para a problemática relacionado as filas de espera que é
encarado com um grande déficit nos serviços de saúde. Sendo de grande
importância que os órgãos que coordenam e preconizam serviços de saúde,
estejam sempre atentos para deliberar ações que atendam os anseios e
necessidade de saúde da população.
Frente a isso, o Ministério da Saúde, em 2004, passou a organizar e
humanizar o atendimento dos serviços de saúde, inclusive no que se refere os de
urgência e emergência. Desde então, a classificação de risco é considerado como
um método de organizar e padronizar o atendimento nos serviços de emergência,
essa classificação de risco, não considera a ordem de chega, mas sim, a condição
clínica como a pessoa chega no serviço, a depender então da potência de risco;
possibilidades de danos à saúde para risco eminente ou não de morte
(BELLUCCI JÚNIOR ; MATSUDA, 2019; BELLUCCI JÚNIOR; MATSUDA,
2015).
A classificação de risco pelas cores, indicam a gravidade do quando
clínico do paciente, bem como o tempo de espera máximo para o atendimento.
Na figura a seguir sintetiza-se o que Bellucci Júnior ;
A assistência de enfermagem na setorização de acolher de forma humana e
na classificação de risco, é considerado o profissional mais indicado e habilitado
para desempenhar a função de acolher e classificar, conforme o fluxo que
demanda os serviços de Urgência e Emergência, considerando a assistência
prioritária dos usuários do serviço. O/a enfermeiro/a disponde de uma formação
acadêmica adequada, pautado em conhecimento teórico e científico que é
atrelado a execução da prática assistencial eficaz, atuante, que contribui para o
processo da assistência à saúde e tomada de decisão (OLIVEIRA et al., 2016;
BECER, 2015). De acordo com Bellucci Júnior; Matsuda (2019) o Ministério da
Saúde, dá destaque que o profissional de enfermagem de nível superior, no
serviço de urgência e emergência, por meio da consulta de enfermagem, faz a
classificação de risco, o que trará como resultado a organização do atendimento,
que como abordado no subtópico anterior, deverá ter um visão holística, pois
deve considerar o nível e prioridade de cada paciente, evidenciado pela
sintomatologia e quadro clínico.
Frente a isso, o enfermeiro enfrenta diversos desafios, nesse processo de
acolher e classificar, pois toma sob si a responsabilidade e competência para
atuar no campo de acolhimento e classificação de risco. São ações de
desafiadoras que o enfermeiro de nível superior deve executar de forma
estratégica que possibilite sempre a qualidade do serviço, evidentemente que
para isso se faz necessário que o profissional tem afinidade e conhecimento em
serviço de urgência e emergência, porém sempre necessário a formação
continuada (BECKER, 2015; SILVA; INVENÇÃO, 2016).
É desafiador para o enfermeiro a organização do fluxo do atendimento,
pois é necessário ter muito discernimento para avaliar conforme a complexidade
e estabilidade a partir da queixa principal do usuário. Assim, o enfermeiro é tido
como o protagonista do serviço de urgência e emergência, tendo sempre consigo
o desafio de líder, promovendo sempre uma assistência humanizada e
acolhedora (SILVA, INVENÇÃO, 2016).
É importante salientar que visão do enfermeiro, na classificação de risco,
quando está acolhendo o paciente ou quem o acompanha, deve ouvir de forma
qualificada suas queixas, deixar claras as explicações dadas e perguntas feitas.
Desta forma, se coloca em evidência a empatia, que se faz de grande
importância para o contato com o usuário, sendo um desafio, porém as
possibilidades de acolher de forma humana, empática promove a redução da
ansiedade, impaciência que pode ocorrer no momento de espera ou até mesmo
na assistência (ACOSTA, DURO, LIMA, 2018; ROSANEIS et al., 2019)
Partindo do entendimento que é o/a enfermeiro/a tem capacidade para líder de
forma proativa e responsável, é consensual que a prática de acolher e classificar
de acordo com a necessidade do usuário seja feita por esse profissional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a conclusão dos estudos foi evidenciar que o processo de


humanização e acolhimento no serviços de saúde se deu em 2004 quando o
Ministério Saúde aderiu e adaptou o protocolo de Manchester como instrumento
facilitador e instrumentalizado para a classificação de risco e como abordado
nesse trabalho, é de grande importância para a organização do fluxo do trabalho
nos serviços de Urgência e Emergência do Brasil, considerando a complexidade
dos casos de cada usuário.
Além disso, foi possível evidenciar que são grandes os desafios para o
profissional de enfermagem na busca por atendimento humano e qualificado,
para que se tire o estigma que a sociedade tem de quer o atendimento em saúde
acontece for filas enormes. Nesta vertente, os protocolos e diretrizes são
acrescidos como possibilidades de qualificar a assistência à saúde.
Essa assistência à saúde, perpassada por um necessidade de oferecer um
serviço de saúde pública de qualidade é pautada pelo papel do enfermeiro, sendo
apresentado de acordo com os resultado e discussão do trabalho, como o
profissional de saúde com mais competência e capacidade para conduzir as
ações estratégicas que melhorem o serviço de acolhimento e classificação de
risco nos serviços de urgência e emergência.
Considerando que os serviços de saúde não trabalham mais com esquemas
de pirâmides, mas em forma de Rede que são as RAS, torna-se relevante sugerir
que, se tenha implementação de métodos de avaliação, que aprimoram os
processos dediagnósticos situacional e da sistemática avaliação dos resultados.
Percebe-se, portanto, a necessidade de realização de estudos nesta área,
mesmo o profissional de enfermagem sendo o primaz no desafio de implantação
de novos métodos do cuidar, deve-se sempre buscar o multiprofissionalíssimo.
REFERÊNCIAS

ACOSTA, A.M; DURO, C.L.M; LIMA, M.A.D.S. Atividade do enfermeiro nos sistemas de
triagem/classificação de risco nos serviços de urgência: revisão integrativa. Rev Gaúcha
Enferm, v. 33, n. 4 p. 181-190, 2018. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/307674171_Atividades_do_enfermeiro_nos_sistem
as_de_triagemclassificacao_de_risco_nos_servicos_de_urgencia_revisao_integrativa. Acesso
em 16 set. 2020.

ANDRADE, T. et. al., Triagem de Manchester na idade pediátrica – Estudo


Inter- hospitalar. Nascer e Crescer, v. 17, n. 1, p. 16- 20 2018. Disponível em:
http://repositorio.chporto.pt/bitstream/10400.16/1134/1/TriagemDeManchester_
NeC_17-1_WEB.pdf. Acesso em 12 set. 2020. BECKER, J. B et al., Triagem no
Serviço de Emergência: associação entre as suas categorias e os desfechos do
paciente. Rev. esc. enferm. USP [online], v.49, n.5, p, 783-789, 2015.
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S008062342015000500783&lng=en&tlng=en. Acesso
21 set. 2020.

BELLUCCI JÚNIOR, J.A; MATSUDA, L.M. Implantação do acolhimento com


classificação de risco em serviço hospitalar de emergência: atuação do
enfermeiro. Ciênc Cuid Saúde, v.11, n.2, p. 386-401, 2019. Disponível em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/14922.
Acesso em 16 set. 2020

BELLUCCI JÚNIOR, J.A; MATSUDA, L.M. Implantação do sistema


acolhimento com classificação de risco e uso do fluxograma analisador. Texto
Contexto Enferm, v. 21, n.1 p. 217-225, 2017. Disponível em:
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=71422299025. Acesso em 15 set. 2020.

BELLUCCI JÚNIOR, J.A; MATSUDA, L.M. Construção e validação de


instrumento para avaliação do acolhimento com classificação de risco. Brasília:
Revista Eletrônica de Enfermagem,, v 65, n. 5, p. 751-757, 2016. Disponível
em: https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S010411692016000100442&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.
Acesso em 16 set. 2020.
BELLUCCI JÚNIOR, J.A; MATSUDA, L.M. Análise do fluxo de atendimento
de serviço hospitalar de emergência: estudo de caso. Revista Eletrônica de
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https://revistas.ufg.br/fen/article/view/23823. Acesso em 12 set. 2020.

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