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60 horas Atualização em Infecção

Hospitalar
Denise Santana Silva dos
Com certificado
online
Santos
Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Infecção Hospitalar" do
EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a
reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização
prévia expressa do autor (Artigo 29).
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Hospitalar
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Com certificado
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 5
OBJETIVOS ........................................................................................................................ 6
PREMISSAS ........................................................................................................................ 7
CONCEITOS IMPORTANTES ........................................................................................ 9
INFECÇÃO HOSPITALAR ............................................................................................ 10
COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR................................. 12
LAVAGEM DAS MÃOS .................................................................................................. 14
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES..................................................... 16
INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETERES VENOSOS CENTRAIS DE CURTA
PERMANÊNCIA ............................................................................................................... 18
9.1 INSTALAÇÃO DOS CATETERES VENOSOS CENTRAIS ................................. 19
9.2 MANUTENÇÃO ....................................................................................................... 19
9.3 TROCA DAS LINHAS DE INFUSÃO (EQUIPO, BURETA, EXTENSOR E
TORNEIRINHA) ............................................................................................................ 20
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO ............................................................................ 21
10.1 ORIENTAÇÕES NO PREPARO DO PACIENTE PARA PREVENIR
INFECÇÕES NO SÍTIO CIRÚRGICO .......................................................................... 22
PREPARAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS DA EQUIPE CIRÚRGICA ........... 24
MANUSEIO DE PESSOAL CONTAMINADO OU INFECTADO ............................. 25
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO NO INTRA-OPERATÓRIOS ................................... 26
13.1 AMBIENTE DA SALA CIRÚRGICA ................................................................... 26
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES ....................................................... 28
ESTERILIZAÇÃO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO ......................................... 29
ROUPAS E VESTIMENTAS CIRÚRGICAS ................................................................ 30
ASSEPSIA E TÉCNICA CIRÚRGICA .......................................................................... 31
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS DA INCISÃO ....................................................... 32
PROFILAXIA ANTIMICROBIANA PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE
SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) ............................................................................................... 34
19.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PROFILAXIA .......................................................... 34
19.2 INÍCIO DA PROFILAXIA ..................................................................................... 34
19.3 PROFILAXIA NA FASE INTRAOPERATÓRIA ................................................. 35
19.4 DURAÇÃO DA PROFILAXIA .............................................................................. 35
CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO DA PROFILAXIA ...................................................... 37
MELHORANDO A PRÁTICA DA PROFILAXIA CIRÚRGICA NOS HOSPITAIS
............................................................................................................................................. 38
PREVENÇÃO DAS PNEUMONIAS HOSPITALARES .............................................. 39
22.1 ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE PNEUMONIAS HOSPITALARES. 39
PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO ....................................... 41
23.1 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES DO TRATO
URINÁRIO...................................................................................................................... 42
ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES E PARENTES NO CONTROLE DA
INFECÇÃO HOSPITALAR ............................................................................................ 43
24.1 DICAS PARA PREVENÇÃO ................................................................................ 44
SEGURANÇA DO PACIENTE E A LAVAGEM DAS MÃOS .................................... 45
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 50
Unidade 1 – Apresentação

01
APRESENTAÇÃO

As infecções hospitalares são as mais frequentes e importantes complicações ocorridas em


pacientes hospitalizados. No Brasil, estima-se que 5% a 15% dos pacientes internados
contraem alguma infecção hospitalar. Uma infecção hospitalar acresce, em média, 5 a 10
dias ao período de internação. Além disso, os gastos relacionados a procedimentos
diagnósticos e terapêuticos da infecção hospitalar fazem com que o custo seja elevado.

A epidemiologia e a prática do controle das infecções hospitalares são disciplinas


dinâmicas que estão sofrendo evolução constante.

O conhecimento dos mecanismos de transmissão, aliados a ampliação dos recursos


diagnósticos laboratoriais, delineou medidas objetivas para o controle. Entre os principais
meios de prevenção incluem-se a lavagem de mãos, isolamento de doenças transmissíveis
e medidas específicas para cada sítio de infecção.

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Atualização em Infecção Hospitalar

02
OBJETIVOS

Atualizar os graduandos e profissionais de enfermagem acerca do controle das infecções


hospitalares.

Esclarecer dúvidas acerca dos procedimentos utilizados para o controle da infecção


hospitalar.

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Unidade 3 – Premissas

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PREMISSAS

Ignaz Philipp Semmelweis, médico obstetra é considerado o pai do controle de infecções


hospitalares.

Em meados de 1840, este médico observou diferença de número de casos de


infecções puerperais (infecções pós-parto) em duas clínicas do hospital de Viena. Na
primeira clínica, as gestantes eram examinadas por estudantes de medicina que circulavam
livremente entre a sala de autópsia nesta enfermaria. Na segunda clínica, os atendimentos
eram realizados por parteiras e o número de infecções puerperais era muito menor.

É importante lembrar que nesta época ainda não se conheciam os estudos de


Pasteur a respeito da origem das infecções, então a existência de microrganismos não era
conhecida.

Certa vez, durante a realização de uma necropsia, um dos amigos de Semmelweis,


foi ferido acidentalmente por um bisturi. Este profissional adquiriu uma infecção similar à
das puérperas, levando Semmelweis a concluir que o mesmo havia sido contaminado pela
“matéria cadavérica” que foi introduzida no sistema sanguíneo. Tal qual o bisturi da
dissecção que introduziu material cadavérico na corrente sanguínea do patologista, as mãos
contaminadas dos médicos estudantes carregavam material cadavérico da sala de autópsia
para a mulher durante o exame de toque vaginal e o parto.

Em maio de 1847 Semmelweis tornou compulsório para todos os médicos,


estudantes de medicina e pessoal da enfermagem a lavagem das mãos com uma solução
clorada, reduzindo drasticamente a mortalidade por infecção puerperal.

A queda dos índices de infecção puerperal foi importante: de 12,24% para 1,89%.

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Atualização em Infecção Hospitalar

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Unidade 4 – Conceitos Importantes

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CONCEITOS IMPORTANTES

Flora residente: permanente (os microorganismos vivem e se multiplicam).

Flora transitória: passageira (os microorganismos sobrevivem apenas por curto


período).

Colonização: presença de flora bacteriana na pele ou mucosa.

Infecção é uma doença que envolve microrganismos (bactérias, fungos, vírus e


protozoários). Inicialmente ocorre a penetração do agente infeccioso (microrganismos) no
corpo do hospedeiro (ser humano) e há proliferação (multiplicação dos microrganismos),
com consequente apresentação de sinais e sintomas.

Estes sinais e sintomas podem ser, entre outros: febre, dor no local afetado,
alteração de exames laboratoriais, debilidade, etc.

As infecções podem acometer diversas localizações topográficas de um indivíduo


(partes do corpo), ou disseminar-se pela corrente sanguínea.

Alguns agentes têm “preferência” por determinadas localizações topográficas,


assim a localização da infecção depende do tipo de microrganismo.

Método de Transmissão: Contato direto, Contato indireto, Fluidos contaminados e


vias aéreas.
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Atualização em Infecção Hospitalar

05
INFECÇÃO HOSPITALAR

Infecção hospitalar ou infecção nosocomial é qualquer tipo de infecção adquirida após a


entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa infecção estiver
diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, como, por exemplo,
uma cirurgia.

Há mais de vinte anos, a infecção hospitalar era um fantasma que pairava nos
quartos e corredores dos hospitais, assombrando apenas os médicos e enfermeiros. Termos
como septicemia, diverticulite, infecção generalizada se popularizam.

Desde então, a infecção hospitalar não mudou, apenas tornou-se mais conhecida,
permanecendo como um dos flagelos mundiais na área de saúde, pois nenhum país tem o
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Unidade 5 – Infecção Hospitalar

controle absoluto da infecção hospitalar, apenas existem países que possuem números mais
baixos de contaminação.

O atendimento em unidades de saúde apresenta atualmente grande evolução


tecnológica. Pacientes que no passado iriam evoluir a óbito, atualmente não só sobrevivem,
como têm boa expectativa de vida, muitas vezes, sem sequelas.

Situações como as de acidentes automobilísticos graves, recém-nascidos


prematuros ou de baixo peso e indivíduos que necessitam de transplante de órgãos, são
uma demonstração de como o atendimento hospitalar evoluiu.

Em contrapartida, esta melhoria no atendimento e avanço tecnológico aumentou o


número de procedimentos possíveis de serem realizados num hospital. Procedimentos que,
ao mesmo tempo em que prolongam a vida, trazem consigo um risco aumentado de
infecção.

Muitos destes procedimentos são invasivos, isto é, penetram as barreiras de


proteção do corpo humano. A primeira barreira de proteção do corpo é a pele, entretanto, a
que mais frequentemente é rompida por procedimentos hospitalares (ex.: punção de veia
para instalação de soro ou coleta de sangue). Ou seja, a melhoria no atendimento
possibilita maior sobrevida, mas têm o ônus de elevar o risco de infecção.

Estas técnicas invasivas favorecem a penetração de microrganismos que não


pertencem ao corpo do hospedeiro. Para evitar que esta penetração ocorra, os
procedimentos precisam ser padronizados de modo a serem desenvolvidos de maneira
asséptica (sem a penetração de microrganismos).

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Atualização em Infecção Hospitalar

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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR

Uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) possui profissionais que


deverão executar as seguintes tarefas:

 Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos


previamente estabelecidos.

 Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no serviço e definir se a


ocorrência destes episódios de infecção está dentro de parâmetros aceitáveis. Isto
significa conhecer a literatura mundial sobre o assunto e saber reconhecer as taxas
aceitáveis de infecção hospitalar para cada tipo de serviço.

 Elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados na


instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de microrganismos),
diminuindo o risco de o paciente adquirir infecção.
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Unidade 6 – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

 Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à


prevenção e controle das infecções hospitalares.

 Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos sejam


utilizados de maneira descontrolada no hospital.

 Recomendar as medidas de isolamento de doenças transmissíveis, quando se trata


de pacientes hospitalizados.

 Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de


materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física das
unidades de saúde.

É necessário que os profissionais que participam de uma CCIH possuam


treinamento para a atuação nesta área. Há exigência legal para manutenção de pelo menos
um médico e uma enfermeira na CCIH de cada hospital. Isto está regulamentado em
portaria do Ministério da Saúde.

Outros profissionais do hospital também devem participar da CCIH. Eles


contribuem para a padronização correta dos procedimentos a serem executados. Estes
profissionais devem possuir formação de nível superior e são: farmacêuticos,
microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos da área cirúrgica, clínica e
obstétrica. Representantes da administração do hospital devem atuar também na CCIH para
colaborar na implantação das recomendações.

Segundo a portaria do Ministério da Saúde nº 2616, de 1998, todos os hospitais


devem possuir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

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Atualização em Infecção Hospitalar

07
LAVAGEM DAS MÃOS

A lavagem de mãos é a arma mais importante e econômica na prevenção das infecções


hospitalares. Ela impede que microrganismos presentes nas mãos dos profissionais de
saúde sejam transferidos para o paciente.

A infecção de um paciente pode ser transmitida de um paciente para outro (infecção


cruzada), caso a lavagem de mãos não seja praticada.

Cada hospital possui uma clientela diferente e variados níveis de atendimento.


Dentro de um mesmo hospital o risco de adquirir infecção hospitalar também varia, de
acordo com os diversos serviços e procedimentos realizados. Só um profissional
qualificado pode reconhecer as circunstâncias que permitem a comparação entre serviços.
Caso contrário, as taxas de infecção hospitalar tornam-se um número sem sentido, podendo
parecer muito ou pouco, conforme o entendimento pessoal, porém sem base científica.

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Unidade 7 – Lavagem das Mãos

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Atualização em Infecção Hospitalar

08
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
HOSPITALARES

A prevenção das infecções hospitalares deve constituir o objetivo de todos os profissionais


de saúde. As mãos devem ser lavadas imediatamente antes de cada contato direto com o
paciente e após qualquer atividade ou contato que potencialmente resulte em nova
contaminação.

As mãos devem ser lavadas com sabão líquido e água.

A utilização sabão com antimicrobianos (clorexidina, iodo entre outros) para


lavagem rotineira das mãos reduz transitoriamente a microbiota da pele e é recomendada
em unidades de terapia intensiva, unidades de imunodeprimidos e surtos.

O uso do álcool-gel está indicado em locais e procedimentos em que ocorra


dificuldade para a lavagem das mãos.

As mãos devem ser lavadas com técnica adequada que envolve a aplicação de água
antes do sabão. O sabão líquido deve ser aplicado com as mãos úmidas e ocupar toda a
superfície das mãos. Estas devem ser friccionadas vigorosamente, no mínimo por 10 a 15
segundos, com particular atenção para a região entre os dedos e as unhas.

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Unidade 8 – Prevenção de Infecções Hospitalares

Luvas estéreis e não estéreis (procedimentos) devem ser disponíveis em todas as


áreas clínicas. As luvas não estéreis devem ser utilizadas como proteção do profissional
como para coleta de sangue ou para potenciais contatos com sangue e secreções, e quando
indicadas para procedimentos não estéreis em pacientes em isolamento de contato.

Máscara, óculos de proteção e avental devem ser usados em procedimentos com


risco de contato com sangue ou secreção no rosto e nos olhos (cirurgias, entubação,
drenagem, entre outros). O risco de transmissão de patógenos através de um único acidente
ocupacional perfurocortante com sangue contaminado é de 33,3% para o vírus da hepatite
B, 3,3% para o vírus da hepatite C e 0,31% para o vírus da imunodeficiência humana.

Todo profissional de saúde que sofrer uma exposição com material contaminado
com sangue ou secreção deve procurar imediatamente o serviço de saúde ocupacional ou a
comissão de controle de infecção hospitalar para orientação sobre vacinação e
quimioprofilaxia, se necessário.

Agulhas não devem ser reencapadas. Agulhas e outros materiais perfurocortantes


devem ser descartados em recipientes próprios com paredes rígidas e impermeáveis. Nunca
descartar material perfurocortante em sacos de lixo.

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Atualização em Infecção Hospitalar

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INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETERES
VENOSOS CENTRAIS DE CURTA
PERMANÊNCIA

A utilização de cateteres intravasculares, com objetivo de administrar medicamentos,


fluidos, derivados sanguíneos, suporte nutricional e monitorização hemodinâmica,
constitui-se num dos importantes avanços conquistados pela medicina.

Em virtude de todos os benefícios que podem permitir, há também risco inerente ao


seu uso, especialmente os eventos infecciosos que além de elevarem os custos da
assistência, quando mais graves, como as bacteremias primárias, têm alta taxa de
mortalidade, superando 20%.

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Unidade 9 – Infecções Associadas a Cateteres Venosos Centrais de Curta Permanência

9.1 INSTALAÇÃO DOS CATETERES VENOSOS CENTRAIS

As mãos devem ser lavadas com antiséptico (PVP-I degermante ou clorexidina a 2%) e a
seguir: usar paramentação completa (gorro, máscara, avental longo, luvas estéreis); fazer a
anti-sepsia com povidine-iodo a 10% ou clorexidina alcoólica em campo ampliado
(remover o excesso, se necessário, com gaze estéril); usar campos estéreis (padrão para
passagem de cateter - não usar apenas o campo fenestrado).

Após a instalação do cateter, manter curativo oclusivo com gaze seca ou curativo
transparente semipermeável.

9.2 MANUTENÇÃO
Realizar a troca sempre que este se apresentar úmido (de sangue, secreções, suor), sujo ou
solto. Curativos de gaze e esparadrapo devem ser trocados a cada 24-48 horas se o curativo
se mantiver seco.

Realizar antisepsia com clorexidina alcoólica em cada troca de curativo, após


inspeção do local de inserção.

Não utilizar antibiótico tópico no local.

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Atualização em Infecção Hospitalar

9.3 TROCA DAS LINHAS DE INFUSÃO (EQUIPO, BURETA,


EXTENSOR E TORNEIRINHA)

Trocar a cada 72 horas.

Utilizar um equipo próprio e único para NPT, hemoderivados ou lipídios, que deve
ser utilizado somente para esse fim e trocado a cada 24 horas.

Não há indicação de troca rotineira de cateteres venosos centrais, exceto para


cateter de Swan-Ganz, que não deve permanecer por mais de 4 dias, devendo ser trocado
se for necessária permanência superior a esse período.

O cateter venoso central deve ser trocado sempre que houver suspeita de infecção
no local de inserção, infecção sistêmica relacionada ao cateter ou mau funcionamento do
mesmo.

Sempre que houver suspeita de infecção relacionada a cateter de natureza sistêmica


(não restrita ao local), colher imediatamente após a retirada do cateter 2 frascos de
hemocultura de veia periférica, de locais diferentes e encaminhar a ponta do cateter para
cultura.

Evitar colher hemoculturas do cateter (valor diagnóstico e interpretação duvidosa).

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Unidade 10 – Infecções de Sítio Cirúrgico

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INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

As infecções de sítio cirúrgico elevam os custos e o tempo de internação. Ressalta-se que


a maioria das infecções é de origem endógena; é de importância relevante o ambiente do
centro cirúrgico; todavia a contaminação da ferida ocorre, na maioria das vezes, no período
intraoperatório; é difícil se determinar, em casos individuais, a exata fonte da infecção.

Vigilância epidemiológica, com cálculo de taxas, é necessária para se determinar a


qualidade assistencial da instituição; as taxas de infecção de sítio cirúrgico estão sujeitas às
variações do tipo de paciente e procedimentos realizados na instituição; a maior parte dos
casos de infecção de sítio cirúrgico se manifesta após a alta hospitalar.

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Atualização em Infecção Hospitalar

10.1 ORIENTAÇÕES NO PREPARO DO PACIENTE PARA


PREVENIR INFECÇÕES NO SÍTIO CIRÚRGICO

 Internar o paciente o menor tempo possível antes da operação, preferencialmente


no dia anterior.

 Exames pré-operatórios devem ser realizados em regime ambulatorial, e o


agendamento das cirurgias deve ser criterioso e organizado.

 Identificar e tratar infecções comunitárias antes do procedimento cirúrgico, e se


possível postergar o procedimento até a cura do processo infeccioso.

 Limitar a tricotomia à área a ser operada quando se anteveja que os cabelos ou


pelos possam interferir com o procedimento.

 Se realizar tricotomia, fazê-lo imediatamente antes da cirurgia e, preferencialmente,


com aparelho elétrico.

 Tricotomia realizada na noite anterior à operação pode elevar significativamente o


risco de infecção. Preferencialmente, esta deve ser realizada por profissional
treinado, dentro do ambiente do centro cirúrgico.

 Controlar a glicemia em todos os pacientes diabéticos, evitando, particularmente,


hiperglicemia pré-operatória.

 Encorajar a suspensão do tabagismo. No mínimo instruir os pacientes a suspender


por no mínimo 30 dias antes da cirurgia eletiva o fumo de cigarros, charutos,
cachimbo, ou qualquer consumo de tabaco.

 Banho pré-operatório deve ser realizado na noite anterior à operação. O banho deve
ser feito com água e detergente (sabão). O uso de antissépticos não é consensual, e
deve ser reservado para cirurgias de grande porte, implante de próteses, ou em
situações específicas como surtos.

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Unidade 10 – Infecções de Sítio Cirúrgico

 Orientar a limpar a região da incisão cirúrgica antes de se realizar a preparação


antisséptica da pele, com o intuito de remover a contaminação grosseira. Para esta
finalidade, é suficiente o uso de soluções degermantes.

 Usar um agente antisséptico apropriado para a anti-sepsia da pele. A antissepsia


pode ser realizada com soluções alcoólica de PVP-I ou clorexidina. Não é
recomendado uso de álcool, éter ou outra solução após a antissepsia.

 Realizar a antissepsia do campo operatório em sentido centrífugo, circular e grande


o suficiente para abranger possíveis extensões da incisão, novas incisões e/ou
instalação de drenos.

 A proteção do campo operatório pode ser feita com campos de tecido, estéreis.
Filmes porosos de poliuretano não reduzem risco de infecção, e não dispensam a
antissepsia da pele, podendo ser utilizados em situações particulares.

 Em algumas situações específicas, portadores nasais de S. aureus foram


identificados como fontes de infecção do sítio cirúrgico. No entanto, não há
nenhuma recomendação ao uso pré-operatório de mupirocina tópica na mucosa
nasal para prevenir infecção do sítio cirúrgico, uma vez que é rápido o
desenvolvimento de resistência.

 Em situações de surtos, ou outras situações controladas, este uso pode ser benéfico.

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Atualização em Infecção Hospitalar

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PREPARAÇÃO DAS MÃOS E
ANTEBRAÇOS DA EQUIPE CIRÚRGICA

 Manter unhas curtas e não usar unhas artificiais.

 Realizar escovação de mãos e antebraços por pelo menos 3-5 minutos, utilizando
um antisséptico. Devem ser utilizadas soluções degermantes de PVP-I ou
clorexidina. Não é recomendado uso de “luva química” ou qualquer outra solução
após a antissepsia.

 É vetado uso de solventes como álcool ou éter após a antissepsia, tanto por fricção,
como imersão em bacia, uma vez que há perda de eficácia do antisséptico com este
procedimento.

 Após a escovação, manter os braços em flexão com as mãos para cima para que a
água escorra dos dedos e mãos para os cotovelos.

 Enxugar com compressas estéreis e vestir capotes e luvas estéreis.

 Limpar abaixo das unhas antes de iniciar a escovação.

 Não usar joias nas mãos ou braços.

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Unidade 12 – Manuseio de Pessoal Contaminado ou Infectado

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MANUSEIO DE PESSOAL CONTAMINADO
OU INFECTADO

 Educar e encorajar pessoal da equipe cirúrgica que apresenta sinais ou sintomas de


doenças infecciosas transmissíveis em se reportar ao supervisor imediato e ao
pessoal de saúde ocupacional.

 Desenvolver políticas de atendimento ao paciente quando o pessoal do atendimento


apresenta doenças infecciosas transmissíveis.

 Estas políticas devem abranger e estabelecer:

 Responsabilidades em usar serviços de saúde e comunicar doenças;

 Restrições de trabalho;

 Afastamento do trabalho quando acometido por doença que acarretou restrições de


trabalho.

 Afastar do trabalho e colher culturas apropriadas do pessoal que participa da


cirurgia que apresente lesões cutâneas, até que o quadro infeccioso esteja
adequadamente tratado.

 Não excluir do trabalho o pessoal da equipe cirúrgica que esteja colonizado por
organismos como S.aureus (nariz, mãos, outras partes do corpo) ou Streptococcus
do grupo A, a não ser que estas pessoas estejam relacionadas à disseminação desses
organismos nas áreas de cuidados médicos.

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25
Atualização em Infecção Hospitalar

13
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO NO INTRA-
OPERATÓRIOS

13.1 AMBIENTE DA SALA CIRÚRGICA

 A sala operatória deverá estar limpa, com as portas fechadas, e a circulação de


pessoal deverá ser a menor possível.

 O controle da ventilação é desejável. O uso de ar condicionado de parede ou


ventiladores não é apropriado.

 O sistema de ar condicionado central é recomendável, e deverá seguir as seguintes


normas:

 Manter ventilação com pressão positiva na sala operatória, com respeito ao


corredor e áreas adjacentes;

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Unidade 13 – Prevenção de Infecção no Intra-Operatórios

 Manter um mínimo de 15 trocas de ar por hora, nas quais 3 devem ser com ar
fresco;

 Filtrar todo o ar, o circulante e o fresco, através de filtros apropriados;

 Introduzir o ar pelo teto e retirá-lo perto do chão.

 Não utilizar raios ultravioleta com o objetivo de prevenir infecção do sítio


cirúrgico.

 Manter as portas da sala operatória fechadas, exceto para a passagem de


equipamentos, pessoal ou paciente.

 Considerar em realizar cirurgias para próteses ortopédicas em salas com ar


ultralimpo, fluxo laminar - Questão ainda não resolvida.

 Limitar ao mínimo o número de pessoas na sala cirúrgica.

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27
Atualização em Infecção Hospitalar

14
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE
SUPERFÍCIES

Quando a presença de contaminação visível por sangue ou fluidos corpóreos em


superfícies ou equipamentos, utilizar um desinfetante aprovado pelo hospital e atendendo
normas técnicas do Ministério da Saúde, para áreas limpas afetadas, antes da próxima
cirurgia.

Não realizar limpeza especial ou fechamento de salas cirúrgicas após a realização


de cirurgias contaminadas ou infectadas.

Não é necessário o estabelecimento de salas exclusivas para cirurgias


contaminadas, ou limitação de horários para realização destas. A realização de uma
cirurgia contaminada antes de uma limpa não leva a riscos, uma vez que as infecções são
de origem principalmente endógena.

Não utilizar tapetes porosos (pegajosos) na entrada de salas cirúrgicas para controle
de infecção.

Realizar aspiração úmida no chão das salas cirúrgicas após a última operação do
dia, com desinfetante padronizado.

Nenhuma recomendação em desinfetar superfícies ou equipamentos entre cirurgias,


na ausência de contaminação visível.

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Unidade 15 – Esterilização do Instrumental Cirúrgico

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ESTERILIZAÇÃO DO INSTRUMENTAL
CIRÚRGICO

Esterilizar todo o material cirúrgico de acordo com as normas vigentes na instituição.

Em caso de suspeita ou evidência do material não estar estéril, cabe ao cirurgião e


demais profissionais envolvidos rejeitar o material, notificar e enviar este para análise.

Realizar esterilização rápida apenas para itens que serão utilizados de maneira
imediata (reesterilizar um instrumento que foi inadvertidamente contaminado).

Não realizar esterilizações rápidas por razões de mera conveniência, como uma
alternativa para a falta de materiais de reserva, ou para economizar tempo.

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29
Atualização em Infecção Hospitalar

16
ROUPAS E VESTIMENTAS CIRÚRGICAS

Usar máscara que cubra por total a boca e o nariz quando da entrada na sala cirúrgica se a
cirurgia estiver por começar, em andamento ou se houver material cirúrgico exposto.

Utilizar a máscara durante a cirurgia.

Usar gorros que cubram por completo cabelos da cabeça e face quando da entrada
na sala cirúrgica.

Não utilizar propés com o intuito de prevenir infecção do sítio cirúrgico. Caso
recomendado proteção para os calçados para prevenção de contaminação com sangue e
secreções;

Utilizar luvas estéreis após a escovação das mãos e antebraços.

Colocar as luvas após estar vestido com o capote estéril.

Utilizar capotes e vestimentas cirúrgicas que seja barreira efetiva caso sejam
molhadas ou contaminadas (material que resista a penetração de líquidos).

Trocar vestimentas que apresentarem-se visivelmente sujas, contaminada por


sangue ou material potencialmente contaminante.

Nenhuma recomendação de como ou onde lavar roupas cirúrgicas, em restringir a


utilização de vestimentas cirúrgicas ao centro cirúrgico, ou cobrir as roupas cirúrgicas
quando fora do centro cirúrgico.

Na maioria das instituições, a restrição de uso de roupas tem como intuito a


limitação de circulação de pessoas e o estabelecimento de disciplinas de trabalho. Caso
seja esta a opção da instituição, cabe a todos os profissionais de saúde o rigoroso
cumprimento da norma estabelecida.

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Unidade 17 – Assepsia e Técnica Cirúrgica

17
ASSEPSIA E TÉCNICA CIRÚRGICA

Utilizar técnicas assépticas quando da colocação de cateteres intravasculares (veia central),


espinhais ou epidurais, ou quando da administração de drogas intravenosas.

Abrir equipamentos ou soluções estéreis imediatamente antes do uso.

Manusear tecidos delicadamente, realizar hemostasia eficiente, minimizar a


desvitalização dos tecidos e corpos estranhos, e erradicar espaços mortos no sítio cirúrgico.

Utilizar fechamento primário retardado ou deixar a incisão aberta se o cirurgião


considerar que o sítio cirúrgico está grosseiramente contaminado.

Se uma drenagem se fizer necessária, utilizar drenos fechados a vácuo. Colocar o


dreno por uma incisão separada e distante da incisão cirúrgica. Retire o dreno o mais
precoce possível.

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Atualização em Infecção Hospitalar

18
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS DA
INCISÃO

Proteger a ferida com curativo estéril por 24 - 48 horas de pós-operatório nas


incisões que houverem sido fechadas primariamente.

Lavar as mãos antes e depois da troca de curativos e de qualquer contato com o


sítio cirúrgico.

Quando necessário a troca do curativo, o fazer de maneira asséptica.

Educar e orientar os pacientes e familiares quanto aos cuidados com a incisão


cirúrgica, observação dos sintomas de infecção do sítio cirúrgico, e a necessidade de
comunicar a seu médico estes sintomas.

Nenhuma recomendação específica quanto manter o curativo oclusivo por mais de


48 horas quando do fechamento primário, nem do tempo de se banhar ou molhar a ferida
sem a cobertura do curativo.

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Unidade 18 – Cuidados Pós-Operatórios da Incisão

Não há consenso quanto ao tipo de curativo a ser empregado, podendo ser utilizado
curativo simples com gaze seca.

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Atualização em Infecção Hospitalar

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PROFILAXIA ANTIMICROBIANA PARA
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO
CIRÚRGICO (ISC)

 A profilaxia antimicrobiana em cirurgia é um instrumento importante na prevenção


da infecção da ferida operatória, no entanto sua ação é limitada, razão pela qual não
substitui as demais medidas de prevenção.

 A profilaxia cirúrgica está diretamente ligada ao desenvolvimento de flora


resistente, razão pela qual seu uso deve ser racional e justificado tecnicamente.

19.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PROFILAXIA


A eficácia da profilaxia depende diretamente do modo de sua administração: o momento
de início, a repetição intraoperatória e a sua duração.

19.2 INÍCIO DA PROFILAXIA


Um dos mais importantes princípios da prescrição de profilaxia antimicrobiana é o
momento em que a primeira dose é iniciada.

Antimicrobiano iniciado incorretamente pode comprometer a sua eficácia,


independente da dose ou duração do esquema. A contaminação da ferida operatória ocorre
quando há exposição de órgãos e tecidos internos. Portanto, é importante ressaltar que o
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Unidade 19 – Profilaxia Antimicrobiana para Prevenção de Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC)

antimicrobiano deve estar presente nos tecidos manipulados no momento em que há


exposição aos microorganismos.

Recomenda-se o início da profilaxia no momento da indução anestésica, o que


garante o pico da concentração do antimicrobiano no momento em que há exposição dos
tecidos. Profilaxia iniciada três ou mais horas após o início da intervenção é ineficaz,
independente da duração do uso.

Em obstetrícia, recomendações anteriores preconizavam o uso de antimicrobianos


no momento do clampeamento do cordão, para se evitar a transferência do antimicrobiano
para a criança. No entanto, existem dados para se afirmar que o risco desta transferência é
mínimo e que o antimicrobiano pode ser administrado da maneira convencional.

A dose do antimicrobiano a ser utilizada é a habitual. Não há evidência em


literatura de que a primeira dose do antimicrobiano deva ser superior às doses
convencionais, exceto em pacientes com peso superior a 80 kg.

19.3 PROFILAXIA NA FASE INTRAOPERATÓRIA


Um parâmetro importante é a concentração tecidual do antimicrobiano, que vai decaindo
mais rapidamente que no soro, devido a diversos fatores como as diversas alterações
hemodinâmicas locais no sítio operatório.

Recomendações baseadas em estudos com animais e também estudos clínicos


sugerem a administração de uma nova dose do antimicrobiano em períodos fixos ou em
caso de perda maciça de sangue.

19.4 DURAÇÃO DA PROFILAXIA


Pós o encerramento da operação, a contaminação do sítio operatório é rara, embora não
impossível.

Portanto, em teoria, doses adicionais de antimicrobianos não seriam indicadas. Há


literatura que respalda a prática da dose única de antimicrobianos.

Sistematicamente, estudos vêm mostrando a ausência de justificativa para o uso


prolongado de antimicrobianos profiláticos.

Mesmo que haja eficácia, o potencial benefício da administração prolongada será


certamente obscurecido pelo desenvolvimento de efeitos adversos e colonização por
microbiota resistente.

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35
Atualização em Infecção Hospitalar

Os resultados dos estudos são suficientes para concluirmos que para a maior parte
dos procedimentos em que a profilaxia é indicada, doses de antimicrobianos no pós-
operatório são desnecessárias e indesejadas. Algumas exceções são dignas de nota. Em
primeiro lugar, operações onde baixos inóculos bacterianos são suficientes para o
desenvolvimento de ISC merecem administração de antimicrobianos por um período total
de 48 horas.

O caso do implante de próteses de grande porte. Outro caso onde prolongamento de


profilaxia por 24 horas pode estar indicado é o de operações onde estudos clínicos ainda
não respaldam a administração por tempo curto. Podem ser citadas a cirurgia cardíaca e a
cirurgia de cólon. Também para cirurgias arteriais de membros inferiores, a literatura ainda
não mostra segurança quanto à profilaxia restrita ao intraoperatório.

Duração prolongada não é recomendada quando o paciente persiste com drenos,


sonda vesical, cateter venoso ou cânula orotraqueal, uma vez que a profilaxia não é eficaz
nesta situação.

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Unidade 20 – Critérios de Indicação da Profilaxia

20
CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO DA
PROFILAXIA

No momento da indicação da profilaxia, normas genéricas podem ser utilizadas.

No momento da confecção de rotinas para um serviço ou instituição, revisão


bibliográfica cuidadosa deve ser realizada.

Anteriormente, a indicação da profilaxia dependeria da classificação da operação.


No entanto, hoje esta indicação foi refinada, levando-se em consideração também as
condições do paciente.

De um modo genérico, consideramos que a profilaxia pode ser indicada nas


seguintes condições:

O risco de desenvolvimento de ISC é alto, como nas cirurgias de cólon;

O risco de desenvolvimento de ISC é baixo, mas se a infecção ocorre, suas


consequências são potencialmente desastrosas.

É o caso de implante de próteses e cirurgia cardíaca; embora o risco de ISC seja


baixo, o paciente tem uma grande propensão à infecção.

Os critérios para se determinar a propensão não estão bem definidos, embora


possam ser citados o diabetes descompensado, a desnutrição ou a obesidade mórbida.

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Atualização em Infecção Hospitalar

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MELHORANDO A PRÁTICA DA
PROFILAXIA CIRÚRGICA NOS HOSPITAIS

É papel das comissões de controle e infecção hospitalar elaborarem estratégia de


racionalização da profilaxia cirúrgica. Este trabalho deve ser realizado em conjunto com as
equipes cirúrgicas envolvidas. O programa deve contemplar os seguintes tópicos:

Desenvolver guias de profilaxia abrangentes e consensuais (diretrizes), abordando


as situações mais frequentemente encontradas, e respeitando-se os parâmetros técnicos
recomendados.

É necessária ampla divulgação e monitorização da aplicação do guia;

Devem ser elaboradas estratégias de restrição de antimicrobianos baseadas nas


diretrizes, de modo a se evitar uso prolongado de antimicrobianos.

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Unidade 22 – Prevenção das Pneumonias Hospitalares

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PREVENÇÃO DAS PNEUMONIAS
HOSPITALARES

As infecções respiratórias representam uma grande parte das infecções adquiridas dentro
de hospitais e estão associadas à grande morbidade e mortalidade.

Os pacientes mais predispostos são aqueles com extremos de idade, doenças graves,
imunodepressão, imobilização por trauma ou doença, depressão do sensório, doença
cardiopulmonar, aqueles submetidos a cirurgias torácicas ou abdominais, aqueles que
necessitam de terapia respiratória, desde nebulizações, oxigenoterapia, até presença de
tubo endotraqueal e ventilação mecânica e, finalmente, aqueles submetidos a
procedimentos que envolvam manipulação respiratória.

22.1 ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE PNEUMONIAS


HOSPITALARES
Usar fluidos estéreis nos reservatórios de umidificadores e nebulizadores, que deverão ser
colocados imediatamente antes do uso;

Evitar que a água coletada nos circuitos dos respiradores retorne ao umidificador ou
alcance o paciente;

Não trocar os circuitos dos ventiladores com intervalos inferiores há 48 horas.


Trabalhos recentes demonstram que a troca dos circuitos uma vez por semana ou mesmo a
não troca não aumenta a incidência de pneumonia;

Os circuitos dos ventiladores devem ser previamente esterilizados ou submetidos à


desinfecção de alto nível (glutaraldeído a 2%, pasteurização);

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39
Atualização em Infecção Hospitalar

A aspiração da traqueostomia ou da cânula orotraqueal deve ser feita com técnica


asséptica, evitando contaminação cruzada;

Não reprocessar equipamento que seja de uso único;

Fisioterapia respiratória deve ser empregada quando indicada;

Lavar as mãos antes da aspiração dos pacientes;

Utilizar uma sonda de aspiração para cada vez que o paciente tenha que ser
aspirado;

O maquinário interno dos ventiladores não deve ser rotineiramente desinfetado ou


esterilizado;

Os ambus devem sofrer esterilização ou desinfecção após a utilização;

Usar cânulas orotraqueais estéreis (preferencialmente descartáveis) para intubação;

Não contaminar as cânulas orotraqueais (colocando-as em cima da cama ou do


paciente) durante o procedimento de intubação. Os guias também devem ser desinfetados
ou esterilizados antes de sua utilização;

Verificar a posição da sonda enteral rotineiramente;

Se não houver contraindicação, elevar para 30-450 a cabeceira da cama do paciente


submetido à ventilação mecânica, para evitar aspiração;

Antes de esvaziar o balonete (cuff) da cânula endotraqueal para a sua remoção,


certificar-se de limpar as secreções acima da região glótica;

Não administrar antibióticos rotineiramente com objetivo de prevenção de


pneumonia;

Não coletar secreção traqueal como rotina.

A cultura qualitativa da secreção traqueal tem baixa especificidade para o


diagnóstico etiológico de pneumonia hospitalar;

A aspiração de secreção traqueal através de sistema fechado permite maior


comodidade da equipe assistencial e pode diminuir a transmissão cruzada de
microorganismos, porém faltam estudos que demonstrem a diminuição da incidência de
pneumonia hospitalar;

A utilização de filtros bactericidas nos circuitos respiratórios não reduz a incidência


de infecção pulmonar;

Vacinar pacientes com alto risco para infecção pneumocócica (maiores de 65 anos,
adultos com doença crônica cardiovascular e pulmonar, diabetes, alcoolismo, cirrose e
imunodeprimidos).

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Unidade 23 – Prevenção das Infecções do Trato Urinário

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PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES DO TRATO
URINÁRIO

A infecção do trato urinário (ITU) hospitalar é responsável por aproximadamente 40% de


todas as infecções hospitalares, sendo também uma das fontes importante de sepse
hospitalar.

Cerca de 80% dos casos de ITU hospitalar são relacionados com o cateter vesical.
As outras causas geralmente são associadas com cistoscopias e outros procedimentos
urológicos.

As ITU relacionadas ao cateter vesical geralmente ocorrem de forma endêmica em


ambiente hospitalar, usualmente são assintomáticas, na maioria das vezes, a remoção do
cateter é curativa.

Nos sistemas de sondagens vesicais abertos, a maioria dos pacientes apresentará


ITU no quarto dia. Contudo, utilizando - se os sistemas fechados de sondagem vesical, a
ITU se desenvolverá ao redor de 30 dias.

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41
Atualização em Infecção Hospitalar

23.1 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES DO


TRATO URINÁRIO
 Lavar as mãos antes da sondagem;

 Evitar cateter vesical;

 Utilizar dispositivo externo para coleta de urina (Uripen) quando possível;

 A cateterizaçãosuprapúbica é descrita como sendo um método seguro e parece


reduzir as infecções relacionadas à cateterização vesical;

 Utilizar técnica e equipamento estéreis para colocação de sonda vesical;

 Evitar tração ou mobilização exagerada da sonda vesical;

 Utilizar sonda de menor calibre possível;

 Utilizar coletores de urina de circuito fechado com válvula antirreflexo;

 Manter drenagem contínua, sem bloqueio do fluxo por dobras do cateter ou do


coletor;

 Não desconectar o circuito em nenhuma hipótese.

 Coleta de urina deve ser feita através de punção do coletor em lugar próprio;

 Trocar o sistema caso o circuito fechado tenha sido violado;

 Evitar o contato do coletor fechado com o chão ou frasco de coleta;

 Remover a sonda vesical o mais breve possível;

 Não há indicação da troca pré-estabelecida (rotineira) do sistema fechado ou da


sonda vesical.

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Unidade 24 – Orientações aos Pacientes e Parentes no Controle da Infecção Hospitalar

24
ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES E
PARENTES NO CONTROLE DA INFECÇÃO
HOSPITALAR

Os órgãos governamentais que lançaram campanhas de alerta ao Dia Nacional de Controle


das Infecções Hospitalares, têm dado um enfoque diferente infecções hospitalares.

As orientações dos especialistas, além de alertar aos profissionais que trabalham


nos hospitais e clínicas da importância do controle da infecção, foram direcionadas para os
parentes, amigos e os próprios pacientes.

Portanto, a participação do usuário é fundamental no controle. Se a pessoa tem


conhecimentos na área, pode identificar os procedimentos e cobrar dos profissionais. Isso
colabora para aumentar o controle da infecção hospitalar.

Para combater a infecção hospitalar, no primeiro momento institui-se a Comissão


de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) nos hospitais. Médicos e enfermeiros, que
lidam diretamente com os pacientes, até então, eram os únicos alvos das campanhas

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43
Atualização em Infecção Hospitalar

educativas. Porém atualmente, as campanhas de controle de infecção têm destinado suas


orientações às pacientes e parentes quem vem visitá-los.

O cidadão tem que ajudar no controle da infecção hospitalar porque ele é o


principal agente. Os pacientes e seus familiares devem ser informados sobre o
comportamento que devem ter dentro das unidades de saúde. Simples ações prioritárias
como, por exemplo, lavar as mãos é uma das formas de evitar que esta infecção se alastre.

O paciente, ao perceber problemas nestes estabelecimentos, também deve cobrar


medidas das autoridades sanitárias para solucionar esta questão.

24.1 DICAS PARA PREVENÇÃO


 Não assente na cama do paciente.

 Não traga alimentos nem se alimente das refeições do paciente

 Não traga flores para os pacientes internados (elas podem transportar bactérias e
outros microorganismos)

 Evite levar crianças ao hospital para visitar pacientes

 Quando for indicado para cirurgia ou estiver se preparando para o parto, nunca
raspe os pelos em casa. Deixe que o profissional do hospital o faça.

 Não visite paciente internado quando estiver com doença infectocontagiosa, como
por exemplo: resfriado, gripe, diarreia, machucado com pus, sarampo, catapora.

 Lave as mãos com frequência e peça aos profissionais que façam o mesmo quando
forem cuidar de você

 Nunca tome remédio, principalmente antibiótico, sem receita médica

 Ao iniciar um tratamento com antibiótico nunca o interrompa sem as orientações de


seu médico

 Não fume nas dependências do hospital.

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Unidade 25 – Segurança do Paciente e a Lavagem das Mãos

25
SEGURANÇA DO PACIENTE E A
LAVAGEM DAS MÃOS

1. A Aliança Mundial para a Segurança do paciente, desde a sua criação em 2004, tem
elaborado programas e diretrizes que visam sensibilizar os profissionais de saúde e
a população para as questões referentes a segurança do paciente.

2. Dentre os 10 passos para a segurança do paciente elaborados pelo Conselho


Regional de Enfermagem de São Paulo – COREN/SP destaca-se a Higienização
das mãos.

3. Esse passo apresenta que higienizar as mãos é remover a sugidade, suor,


oleosidade, pelos e células descamativas da microbiota da pele, com a finalidade de
prevenir e reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde.

4. Quando devo proceder a lavagem das mãos:

 Antes e após o contato com o paciente.

 Antes e após a realização de procedimentos assépticos.

 Após contato com material biológico.

 Após contato com mobiliário e equipamento próximo ao paciente.

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45
Atualização em Infecção Hospitalar

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual
ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. A infecção hospitalar é um dos temas importantes no curso de enfermagem, com


relação aos conceitos referentes à infecção marque a alternativa falsa:

a. Flora residente: permanente (os microorganismos vivem e se multiplicam).

b. Flora transitória: passageira (os microorganismos sobrevivem apenas por curto


período).

c. Colonização: ausência de flora bacteriana na pele ou mucosa.

d. Infecção é uma doença que envolve microrganismos (bactérias, fungos, vírus e


protozoários).

2. No processo de infecção inicialmente ocorre à penetração do agente infeccioso


(microrganismos) no corpo do hospedeiro (ser humano) e há proliferação
(multiplicação dos microrganismos), com consequente apresentação de sinais e
sintomas. Com relação aos sinais e sintomas marque a alternativa incorreta:

a. Febre

b. Exames laboratoriais normais

c. Dor no local afetado

d. Debilidade

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expressa do autor (Artigo 29).
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Avaliação

3. Infecção hospitalar ou infecção nosocomial é qualquer tipo de infecção adquirida


relacionada a questões hospitalares, exceto:

a. Infecção relacionado após a entrada do paciente em um hospital.

b. Infecção após a sua alta quando essa infecção estiver diretamente relacionada com
a internação.

c. Infecção após a sua alta quando essa infecção estiver diretamente relacionada com
o procedimento hospitalar.

d. Infecção relacionada à comunidade.

4. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) possui profissionais que


deverão executar diversas tarefas, exceto:

a. Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos


previamente estabelecidos.

b. Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no serviço e definir se a


ocorrência destes episódios de infecção está dentro de parâmetros aceitáveis.

c. Impedir a elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados


na instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de microrganismos),
diminuindo o risco do paciente adquirir infecção.

d. Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à


prevenção e controle das infecções hospitalares.

5. São métodos de transmissão de infecção, exceto:

a. Viasnosocomiais

b. Contato direto

c. Contato indireto

d. Fluidos contaminados

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expressa do autor (Artigo 29).
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Atualização em Infecção Hospitalar

6. Com relação ao preparo das mãos e do antebraço para prevenção das infecções
hospitalares, marque a alternativa incorreta:

a. Manter unhas curtas e não usar unhas artificiais.

b. Realizar escovação de mãos e antebraços por pelo menos 3-5 minutos, utilizando
um antisséptico.

c. Após a escovação, manter os braços em flexão com as mãos para baixo para que a
água escorra.

d. Enxugar com compressas estéreis e vestir capotes e luvas estéreis.

7. Com relação aos equipamentos de proteção individual utilizado para prevenção da


contaminação, marque a alternativa falsa.

a. Luva de procedimento

b. Óculos

c. Gorro

d. Pacote de gazes cirúrgicas

8. São recomendações para prevenção de infecção urinária em pacientes em uso de sonda


vesical de demora (Sonda de Foley) com dispositivo urinário, exceto:

a. Desconectar o circuito.

b. Evitar tração ou mobilização exagerada da sonda vesical.

c. Utilizar sonda de menor calibre possível.

d. Utilizar coletores de urina de circuito fechado com válvula antirreflexo.

9. Com relação às precauções para prevenção das pneumonias hospitalares, marque a


alternativa incorreta:

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Avaliação

a. Usar fluidos estéreis nos reservatórios de umidificadores e nebulizadores, que


deverão ser colocados imediatamente antes do uso;

b. Permitir que a água coletada nos circuitos dos respiradores retorne ao umidificador
ou alcance o paciente;

c. Os circuitos dos ventiladores devem ser previamente esterilizados ou submetidos à


desinfecção de alto nível (glutaraldeído a 2%, pasteurização);

d. A aspiração da traqueostomia ou da cânula orotraqueal deve ser feita com técnica


asséptica, evitando contaminação cruzada;

10. Com relação à esterilização do instrumental cirúrgico, marque a alternativa incorreta:

a. Esterilizar todo o material cirúrgico de acordo com as normas vigentes na


instituição.

b. Em caso de suspeita ou evidência do material não estar estéril, cabe ao cirurgião e


demais profissionais envolvidos rejeitar o material, notificar e enviar este para
análise.

c. Realizar esterilização rápida apenas para itens que serão utilizados de maneira
imediata (reesterilizar um instrumento que foi inadvertidamente contaminado).

d. Realizar esterilizações rápidas por razões de mera conveniência, como uma


alternativa para a falta de materiais de reserva, ou para economizar tempo.

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Atualização em Infecção Hospitalar

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

ARAÚJO, Claúdia Lúcia Caetano de; CABRAL, Ivone Evangelista. Cuidados de


Enfermagem ao paciente cirúrgico. Trad: Alexander´s care of the patiente in surgery. 11
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

Brasil. Bahia. Associação Baiana de Controle de Infecção Hospitalar e colaboradores


assessoramento gerencial do Programa de Controle de Infecção hospitalar. Bahia,
2010.

BRASIL. Bahia. Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Superintendência de Regulação


Atenção e Promoção de Saúde/ Diretoria de Assistência à Saúde/ Coordenação de Gestão
da Qualidade e Avaliação de Tecnologia. Qualidade e Controle de Infecção Hospitalar.
Bahia, 2011.

BRUNNER/SUDDARTH. Tratado Médico-Cirúrgico. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2010.

COREN/SP. 10 Passos para a Segurança do Paciente. Conselho Regional de


Enfermagem do Estado de São Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do
Paciente - REBRAENSP- São Paulo, 2010.

FERNANDES, A. T. (Org.); FERNANDES, M. O. V. (Org.); RIBEIRO FILHO, N. (Org.).


Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde. São Paulo: Atheneu, 2008.

KAWAMOTO, E. E. Enfermagem em Clínica Cirúrgica. EPU, São Paulo, 2006.

Manual Internacional de padrões certificação hospitalar. Consórcio Brasileiro de


Acreditação de Sistemas de Saúde – CBA. Rio de Janeiro, 3º Ed, 2008.

MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. Curitiba: Manual Real, 9ª


Ed, 2007.

OLIVEIRA, Adriana Cristina (Org.). Infecção Hospitalar, epidemiologia, prevenção e


controle.1 ed. Rio Janeiro: MEDSI/Guanabara Koogan, 2005.

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