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80 horas

Atualização em Exame
Físico
Com certificado
Denise Santana Silva dos Santos
online

Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Exame Físico” do EAD
(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial
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80 horas

Físico
Com certificado
online
Denise Santana Silva dos Santos
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ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29).
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...............................................................................................................5
1.1 OBJETIVOS................................................................................................................ 6
1.2 PREMISSAS................................................................................................................ 6
EXAME CLÍNICO GERAL............................................................................................... 7
AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL E A ENTREVISTA.............................................9
3.1 ENTREVISTA............................................................................................................. 9
3.1.1 Durante a entrevista o enfermeiro deve ter algumas habilidades tais como....... 10
3.1.2 Dificuldade e barreiras que interferem na comunicação.....................................10
3.1.3 Sugestões para a entrevista..................................................................................10
3.2 OBJETIVOS DAS ENTREVISTAS..........................................................................11
3.2.1 Durante a entrevista o enfermeiro deve atentar para...........................................11
3.2.2 Paciente deve falar sobre.....................................................................................12
3.3. FATORES QUE INTERFEREM NA ENTREVISTA............................................. 12
3.3.1 Durante a entrevista o enfermeiro deve evitar.................................................... 12
3.3.2 Durante a entrevista o enfermeiro deve favorecer.............................................. 12
3.3.3 Durante a comunicação não verbal o enfermeiro deve atentar........................... 13
3.4 FATORES QUE INTERFEREM NA ENTREVISTA: AMBIENTE INTERNO:....13
3.4.1 Enfermeira/entrevistadora................................................................................... 13
3.4.2 Entrevistado.........................................................................................................13
3.5 FATORES QUE INTERFEREM NA ENTREVISTA: AMBIENTE EXTERNO....14
3.5.1 Atentar para......................................................................................................... 14
O EXAME FÍSICO GERAL E SEUS OBJETIVOS...................................................... 15
4.1 OBJETIVOS DO EXAME FÍSICO...........................................................................17
4.2 CUIDADOS NA REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO.......................................... 18
MATERIAIS PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO.....................................19
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS......................................................................................23
6.1 INSPEÇÃO................................................................................................................ 23
6.2 PALPAÇÃO...............................................................................................................23
6.3 PERCUSSÃO.............................................................................................................24
6.4 AUSCULTA.............................................................................................................. 24
INSPEÇÃO......................................................................................................................... 25
7.1 SEMIOTÉCNICA...................................................................................................... 26
PALPAÇÃO........................................................................................................................27
8.1 CUIDADOS NA PALPAÇÃO.................................................................................. 28
8.2 MÉTODOS PARA A PALPAÇÃO...........................................................................28
PERCUSSÃO......................................................................................................................30
9.1 MÉTODOS DE PERCUSSÃO.................................................................................. 31
9.2 TIPOS DE SONS....................................................................................................... 31
AUSCULTA........................................................................................................................33
10.1 PULMÕES: MURMÚRIOS VESICULARES........................................................ 33
10.2 CORAÇÃO: BULHAS CARDÍACAS.................................................................... 34
10.3 INTESTINO: RUÍDOS HIDROAÉREOS...............................................................35
10.4 SEMIOTÉCNICA.................................................................................................... 35
ATITUDE............................................................................................................................36
11.1 ATITUDE ATÍPICA................................................................................................36
11.2 ATITUDE TÍPICA...................................................................................................36
11.3 ATITUDE ANTÁLGICA........................................................................................ 37
11.4 ATITUDE ORTOPNÉICA...................................................................................... 37
11.5 ATITUDE GENUPEITORAL................................................................................. 38
11.6 ATITUDE CONTRATUAL.................................................................................... 38
SEQUÊNCIA DO EXAME FÍSICO................................................................................ 40
12.1 CABEÇA..................................................................................................................40
12.2 PESCOÇO................................................................................................................41
12.3 MMSS...................................................................................................................... 42
12.4 AXILAS................................................................................................................... 43
12.5 TÓRAX.................................................................................................................... 43
12.6 ABDOME................................................................................................................ 47
12.7 REGIÃO INGUINAL.............................................................................................. 51
12.8 MMII........................................................................................................................ 51
12.9 APARELHO GENITAL (MASCULINO E FEMININO).......................................52
REALIZAÇÃO DEGLICEMIA CAPILAR....................................................................55
13.1 DEFINIÇÃO............................................................................................................ 55
13.2 POR QUE MONITORAR A GLICEMIA?............................................................. 55
13.3 VALORES DE REFERÊNCIA............................................................................... 56
13.4 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES /
MINISTÉRIO DA SAÚDE: AUTOMONITORAMENTO.............................................57
CONSIDERAÇÕES ÉTICAS NA REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO.................. 58
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 60
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 64
Unidade 1 – Apresentação

01
APRESENTAÇÃO

As enfermeiras contribuem de forma significativa para o tratamento de pacientes com


problemas clínicos, mediante a obtenção da anamnese e a realização do exame físico do
cliente.

A coleta de dados da anamnese deve anteceder o exame físico, pois ajuda a


identificar a queixa principal durante o processo de entrevista.

O exame físico é definido como a análise global do doente, também chamado


ectoscopia, ou visão que se dá por fora. Faz parte do histórico de enfermagem, geralmente
vindo depois da entrevista.

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Atualização em Exame Físico

1.1 OBJETIVOS

Atualizar o profissional de enfermagem e os graduandos em enfermagem acerca do exame


físico do adulto.

Descrever os métodos propedêuticos para a realização do exame físico.

Esclarecer dúvidas acerca da assistência de enfermagem ao adulto.

1.2 PREMISSAS

A avaliação do estado geral é importante para dar ideia do grau de comprometimento


determinado pela doença.

Para que o exame físico seja bem realizado, é importante que a enfermeira realize
as técnicas propedêuticas, tais como: inspeção, palpação, percussão e ausculta.

Para isso, é necessário treinamento exaustivo a fim de desenvolver as habilidades


necessárias para detectar as anormalidades possíveis.

O processo de enfermagem é utilizado como método para sistematizar o cuidado


propiciando condições para individualizar e administrar a assistência e possibilitando,
assim, maior integração do enfermeiro com o paciente, com a família, com a comunidade e
com a própria equipe, gerando resultados positivos para a melhoria da prestação dessa
assistência.

A realização do exame físico inclui também a mensuração de sinais vitais,


perímetros, estatura e peso, além de dados coletados por meio da inspeção, palpação,
percussão e a ausculta, a fim de identificar sinais normais e anormais nos diversos sistemas
biológicos, refletindo claramente a utilização do modelo biomédico.

Portanto o conjunto dos vários sinais e sintomas apresentados pelo paciente durante
o exame físico geral irá suscitar a necessidade de um exame mais detalhado e algum
segmento.

O enfermeiro experiente utiliza o exame geral como um recurso para estabelecer


uma relação profissional de confiança com o paciente e, então, procederá ao exame
específico minucioso dos sistemas que são necessários.

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Unidade 2 – Exame Clínico Geral

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EXAME CLÍNICO GERAL

 Observações sobre o aspecto geral, fácies e atitude do paciente.

 Nível de consciência, atenção, orientação, memória.

 Peso.

 Altura.

 Cálculo do IMC.

 Circunferências

 Frequência respiratória

 Padrão respiratório.

 Pulso.

 Frequência cardíaca.

 Pressão arterial.

 Temperatura.

 Presença de palidez de mucosas.

 Presença de icterícia.

 Presença de cianose.

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 Estado de hidratação.

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Unidade 3 – Avaliação do Estado Geral e a Entrevista

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AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL E A
ENTREVISTA

 Bom estado geral (BEG)

 Paciente com postura ativa e fácies típica, sem sinais de doenças graves

 Regular estado geral (REG)

 Apresenta alguma alteração à observação. Não parece “normal”.

 Mau estado geral (MEG)

 Paciente debilitado, com repercussões da doença, visíveis à observação clínica.

3.1 ENTREVISTA

 A entrevista é compreendida como um instrumento de investigação bem como uma


forma de estabelecer um relacionamento com o paciente.

 Entrevista Compreensiva: propicia a compreensão de como é a pessoa, de como


esta encara o processo saúde doença, de quais são suas perspectivas em relação ao
cuidado e de como participar do plano de cuidados que será estabelecido pelo
enfermeiro.

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Atualização em Exame Físico

3.1.1 Durante a entrevista o enfermeiro deve ter algumas


habilidades tais como

 Saber ouvir – entender o paciente.

 Saber explorar os dados que o paciente traz acerca da sua vida e do seu processo de
doença.

 Demonstrar interesse e conhecimento durante a entrevista.

 Ser receptivo com o paciente.

 Estabelecer comunicação.

Entrevista:

 Instrumento para coleta de dados

 Fase inicial do contato

 Permite a leitura imediata das informações obtidas pela comunicação verbal e não
verbal.

3.1.2 Dificuldade e barreiras que interferem na comunicação

 Defesa

 Valores pessoais

 É preciso ouvir antes de julgar

 Juízo de valores

 Impor autoridade

3.1.3 Sugestões para a entrevista

 Seja verdadeiro

 Seja autêntico

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Unidade 3 – Avaliação do Estado Geral e a Entrevista

 Falar apenas o necessário

 Ouvir atentamente

 Evite interrompê-lo durante suas colocações

 Dê respostas claras

3.2 OBJETIVOS DAS ENTREVISTAS

 Saber como o cliente está.

 Situar como o cliente é.

 Conhecer como o paciente percebe o processo saúde-doença: crenças e valores.

 Identificar as demandas de cuidado.

 Identificar sinais e sintomas de alterações fisiológica, emocionais, espirituais e


sociais.

3.2.1 Durante a entrevista o enfermeiro deve atentar para

 Apresentar-se ao paciente

 Chamá-lo pelo primeiro nome

 Explicar que necessita entrevistá-lo

 Encorajar e estimular o paciente a expressar a percepção que possui de sua história


de saúde.

 Explicar ao paciente que a entrevista está terminando.

 Dar oportunidade para expor algo que não tenha sido abordado.

 Breve resumo dos aspectos significativos dos dados colhidos.

 Esclarecer dúvidas.

 Não utilizar apelidos.

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3.2.2 Paciente deve falar sobre

 Funcionamento do corpo

 Queixas

 Sentimentos

 Sofrimentos

3.3. FATORES QUE INTERFEREM NA ENTREVISTA

 Habilidade técnica

 Habilidades interpessoais (comunicação verbal, não-verbal e ambiente interno)

 Conhecimento

 Crenças e valores dos enfermeiros

 Referencial teórico-filosófico adotado

 Elaboração das questões:

 Questões abertas – estimulam a descrição/relato sobre o tema/longas e foco/início

 Questões fechadas: são mais especificas.

 Podem ser utilizadas questões complementares.

3.3.1 Durante a entrevista o enfermeiro deve evitar

 Perguntas tendenciosas

 Caráter de julgamento

3.3.2 Durante a entrevista o enfermeiro deve favorecer

 A expressão verbal

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Unidade 3 – Avaliação do Estado Geral e a Entrevista

 Estimular o paciente a dar mais informações

3.3.3 Durante a comunicação não verbal o enfermeiro deve


atentar

 Gestos

 Postura

 Tom de voz

 Olhar

 Manifestação do comportamento

 Postura

 Toque

3.4 FATORES QUE INTERFEREM NA ENTREVISTA:


AMBIENTE INTERNO:

3.4.1 Enfermeira/entrevistadora

 Ansiosa

 Apressada

 Preocupada

3.4.2 Entrevistado

 Dor

 Cansado

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 Nervoso/Ansioso

3.5 FATORES QUE INTERFEREM NA ENTREVISTA:


AMBIENTE EXTERNO

 Entrevista

 Observação

 Documentação

 Local que favoreça privacidade

 Reserve o tempo para entrevista/sem interrupção

 Temperatura da sala

 A iluminação

 Acomode o paciente confortavelmente no leito ou em um assento.

 Evite ficar de pé

3.5.1 Atentar para

 Barulhos

 Odores

 Situações de distração: TV, jogo, entrada e saída de pessoas.

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Unidade 4 – O Exame Físico Geral e seus Objetivos

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O EXAME FÍSICO GERAL E SEUS
OBJETIVOS

Compreende-se como exame físico o levantamento das condições gerais globais do


paciente, tanto físicas, como psicológicas, no sentido de buscar informações significativas
para a enfermagem capaz de subsidiar a assistência prestada ao paciente.

Em conjunto com a entrevista, compõe a coleta de dados, parte fundamental para a


sistematização da assistência de enfermagem.

A execução do exame físico em geral representa o primeiro contato físico com o


paciente.

Para que seja feita de maneira sistemática, o exame físico deve ser desenvolvido em
dois momentos: o exame físico geral e exame específico dos sistemas.

O exame físico geral constitui-se o exame externo do paciente, incluindo as


condições gerais, como estado geral, estado mental, tipo morfológico, dados
antropométricos, postura, locomoção, expressão facial, sinais vitais, pele, mucosas e
anexos.

Existe uma grande variação desses aspectos entre a população em geral, que pode
ser determinada tanto pelas condições socioeconômicas e nutricionais como pelas
características genéticas e pela presença de patologias existentes nessa população.

Por exemplo, podemos citar o aumento da estatura da população mais jovem em


relação aos seus antepassados, relacionadas à alteração genética evolutiva.

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Atualização em Exame Físico

A primeira avaliação do paciente é seu estado geral, uma avaliação subjetiva,


baseada no conjunto de dados exibidos pelo doente e interpretados acorda com a
experiência de cada um.

É realizada por meio da inspeção geral, na qual deve ser avaliada a repercussão da
resposta do indivíduo à doença, verificando-se a existência de perda de força muscular,
perda de peso e estado psíquico do paciente.

A avaliação do estado mental tem como finalidade o fornecimento de dados acerca


do estado cognitivo do paciente, de modo que seja identificada qualquer alteração. Como
essas alterações podem estar associadas a distúrbios do sistema nervoso central, utiliza-se
uma variedade de questionamentos, com o intuito de identificar uma área específica de
disfunção.

Dessa forma, o exame de estado mental deve avaliar, principalmente, a consciência,


a orientação, a memória, a habilidade em cumprir tarefas e a linguagem do paciente, para
tanto podem ser utilizadas as seguintes questões:

Consciência: o paciente está acordado e alerta? Parece compreender e responder ao


que se pergunta?

Orientação: qual a data, o dia da semana, o nome da instituição, o número de


telefone.

Memória: qual é sua idade, data de nascimento, nome de solteira da mãe?

Cálculo: contar de trás para frente, de 3 em 3, começando do número 30.

Para a avaliação da linguagem, devemos observar a qualidade, o volume e a


velocidade da fala. As alterações da fala encontradas com mais frequência são:

 Disfonia ou afonia: dificuldade na emissão vocal que impede a produção natural da


voz.

 Dislalia: dificuldade em articular as palavras.

 Disartria: dificuldade na Expressão verbal causada por uma alteração no controle


muscular dos mecanismos da fala.

 Disfasia: alteração da coordenação da fala e incapacidade de dispor as palavras de


modo compreensível.

 Em seguida, deve ser observado o tipo morfológico, pois muitas patologias estão
associadas ao biótipo do paciente. Classifica-se o indivíduo como brevilíneo,
normalíneo e longilíneo, colocando-o preferencialmente em pé, para que se faça a
relação de proporcionalidade entre o pescoço, os braços, os ossos frontais, as mãos
e os dedos.

 O paciente brevilíneo apresenta o pescoço curto e grosso, com membros curtos em


relação ao tórax, este é alargado e volumoso, a musculatura é bem desenvolvida e a
estatura é baixa (característica de nanismo).
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Unidade 4 – O Exame Físico Geral e seus Objetivos

 Os indivíduos normalíneos se caracterizam por apresentar o desenvolvimento


harmônico da musculatura e a proporção equilibrada entre o tronco e os membros.

 Os longilíneos apresentam pescoço longo e delgado, membros alongados e


desproporcionais em relação ao tronco, tórax afilado e chato, musculatura pouco
desenvolvida e estatura, elevada.

 Devem ser avaliados os dados antropométricos, por meio da verificação


principalmente do peso e da altura.

 Em relação à avaliação da postura e da capacidade de locomoção é importante


observar o posicionamento preferencialmente adotado pelo paciente no leito, bem
como o ritmo, a amplitude e a natureza dos movimentos.

 A atitude do paciente caracteriza seu comportamento, que pode ser classificado


como ativo ou passivo.

 O decúbito assumido pelo paciente pode ser ventral, lateral, dorsal ou supino, sendo
de caráter obrigatório ou opcional.

 A avaliação da expressão facial é o conjunto de aspectos exibidos na face do


paciente, sendo de fundamental importância, pois o formato do rosto e a fisionomia
expressa pelo paciente podem ser sinais indicativos de algumas patologias ou do
uso de algumas medicações.

 A face deve ser observada em vários momentos no decorrer do exame físico, seja
com o paciente em reforço, durante a conversação sobre assuntos específicos ou na
interação com outras pessoas.

4.1 OBJETIVOS DO EXAME FÍSICO

Comprovar os dados obtidos na entrevista e, eventualmente, acrescentar outras


informações.

Buscar informações do paciente que possam ser úteis à identificação de problemas


que necessitam de intervenção de Enfermagem.

Favorecer o diagnóstico de Enfermagem.

Encontrar caminhos que direcionem a prescrição dos cuidados de Enfermagem.

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Atualização em Exame Físico

4.2 CUIDADOS NA REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO

 Esclarecer o paciente sobre o exame

 Solicitar o consentimento

 Respeitar a privacidade

 Cuidar para que a iluminação seja homogênea.

 Cuidar para que as mãos do examinador estejam aquecidas, limpas e com unhas
curtas.

 Realizar o exame no sentido céfalo-caudal (iniciando pela cabeça em direção aos


pés).

 O paciente deve colaborar e estar confortável.

 Em órgãos pares deve-se iniciar pelo lado não afetado.

 Ficar atento a manifestações verbais e não-verbais de dor e desconforto.

 Evitar interrupções do exame.

 Preparar e levar para a unidade todo o material necessário.

 Evitar comentário ou expressão verbal ou não-verbal sobre alterações encontradas.

 Em órgãos simétricos, como os pulmões, fazer percussão comparada.

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Unidade 5 – Materiais para a Realização do Exame Físico

05
MATERIAIS PARA A REALIZAÇÃO DO
EXAME FÍSICO

Luvas de procedimento

Termômetro de mercúrio

Termômetro Digital

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Atualização em Exame Físico

Estetoscópio

Esfignomanômetro

Espátula

Lanterna de bolso

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Unidade 5 – Materiais para a Realização do Exame Físico

Agulhas para estímulos dolorosos

Balança antropométrica

Fita métrica

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Unidade 6 – Métodos Propedêuticos

06
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS

6.1 INSPEÇÃO

Método propedêutico de avaliação do exame físico que utiliza a observação para obtenção
dos dados do paciente.

6.2 PALPAÇÃO

É um método de avaliação do exame físico que utiliza o tato e a pressão. A inspeção e a


palpação são procedimentos que cursam juntos, um complementa o outro.

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Atualização em Exame Físico

6.3 PERCUSSÃO

É um método propedêutico que além das vibrações obtêm-se também as impressões acerca
da resistência que a região golpeada oferece quando do procedimento.

6.4 AUSCULTA

É um método propedêutico que utiliza o estetoscópio para avaliação dos ruídos


considerados normais ou patológicos produzidos pelo organismo humano.

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Unidade 7 – Inspeção

07
INSPEÇÃO

A inspeção é definida como um processo de observação, no qual olhos e nariz são


utilizados na obtenção de dados do paciente.

Ela deve ser tanto panorâmica quanto localizada, investigando-se as partes mais
acessíveis das cavidades em contato com o exterior.

É a exploração feito usando-se do sentido da visão.

Investiga-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em


contato com o exterior.

Avalia-se o aspecto, cor, tamanho, movimentos das mais diversas áreas corporais,
forma, postura, expressão facial (expressões não-verbais), lesões cutâneas, existência de
cateteres e outros equipamentos instalados (monitor e oxímetro).

A inspeção deve ser panorâmica e também localizada a fim de se observar


cuidadosamente. Pode ser:

 Estática: paciente em repouso

 Dinâmica: observação de movimentos corporais e as possíveis alterações desses


movimentos.

Apesar da inspeção ser uma habilidade visual o examinador deve incluir a olfação.

O sentido do olfato pode, algumas vezes, detectar anormalidades que podem não
ser reconhecidas por outros meios.

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Atualização em Exame Físico

O enfermeiro deve inspecionar, nos segmentos corporais, a presença do dismorfias,


distúrbios no desenvolvimento, lesões cutâneas, secreções e presença de cateteres e tubos
ou outros dispositivos.

Na inspeção é importante verificar o modo de andar, a postura, o contato visual e a


forma de comunicação verbal e corporal.

A inspeção é contínua. Durante a palpação, a percussão e a ausculta deve-se


continuar inspecionando o paciente.

7.1 SEMIOTÉCNICA

 A inspeção pode ser estática ou dinâmica.

 Deve-se providenciar iluminação adequada de preferência luz natural.

 Se a luz for artificial, a luz mais recomendada é a de cor branca e com intensidade
suficiente.

 Para inspeção de cavidade utiliza-se uma pequena lanterna.

 É fundamental respeitar o paciente, desnudando-o apenas no segmento a ser


inspecionado.

 Todo o paciente deve ser inspecionado, atendo-se a região mais próxima da queixa.

 Existem duas formas de realizar a inspeção:

 Inspeção Frontal: nome dado a técnica de olhar de frente a região a ser


examinada.

 Inspeção Tangencial: nessa técnica observa-se a região tangencialmente.


Muito utilizada para avaliar superfície corporal.

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Unidade 8 – Palpação

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PALPAÇÃO

A palpação é uma técnica que permite a obtenção de dados a partir do tato e da pressão.

O sentido do tato leva à obtenção das impressões táteis das partes superficiais do
corpo, enquanto a pressão permite a obtenção das impressões de regiões mais profundas.

O sentido do tato é o principal instrumento.

O objetivo é explorar a superfície corporal.

Obtêm-se dados como alteração da textura, tamanho, forma, consistência,


sensibilidade, elasticidade, temperatura, posição e características de cada órgão.

A palpação e a inspeção são procedimentos que cursam juntos.

Palpação Superficial:

Palpação Profunda

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Atualização em Exame Físico

8.1 CUIDADOS NA PALPAÇÃO

Podem ser utilizadas diferentes partes da mão.

 O paciente deve estar relaxado (respirando lenta e profundamente) para evitar


tensão muscular.

 Áreas mais sensíveis devem ser palpadas por último.

 Observar sinais de desconforto.

 Unhas curtas e mãos aquecidas.

 Fazer a palpação superficial antes da profunda.

8.2 MÉTODOS PARA A PALPAÇÃO

As técnicas de palpação dependem da área a ser examinada:

Leve: Os dedos tocam levemente a pele (compressão em torno de 1cm).

Profunda: Avaliar o estado de órgãos e massas (compressão de cerca de 2,5cm).

Bimanual: Duas mãos usadas na palpação profunda. A mão sensitiva fica relaxada
e a ativa aplica pressão sobre a mão sensitiva.

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Unidade 8 – Palpação

Semiotécnica:O examinador deve preocupar-se em:

1. Lavar as mãos com água e sabão antes de cada exame.

2. A aquecer as mãos, esfregando-as uma contra a outra.

3. Ter unhas cortadas e tratadas, em um tamanho que não machuque o paciente.

Dados importantes na palpação:

 Palpação com a mão espalmada usa-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos.

 Pode-se utilizar na palpação uma das mãos sobrepondo-se a outra.

 Pode-se utilizar a palpação com a mão espalmada, usando apenas as polpas digitais
e a parte ventral dos dedos.

 Pode-se utilizar a palpação utilizando o polegar e o indicador formando uma pinça.

 Utiliza-se a palpação com o dorso dos dedos e das mãos para avaliar temperatura.

 Digitopressão: realizada com a polpa do polegar ou do indicador, consiste na


compreensão de uma área, com o objetivo de pesquisar dor, detectar edema e/ ou
avaliar circulação cutânea.

 Puntipressão: utiliza-se um objeto pontiagudo, não cortante, em um ponto do corpo,


para avaliar sensibilidade dolorosa.

 Fricção com algodão: com uma mecha, roçar de leve pele, procurando verificar a
sensibilidade tátil.

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Atualização em Exame Físico

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PERCUSSÃO

O princípio da percussão baseia-se nas vibrações originadas de pequenos golpes realizados


em determinada superfície dos organismos.

Avaliação dos sons gerados por meio de golpeamento (batidas leves) realizado em
determinada superfície do corpo.

Utilizam-se os sentidos do tato e da audição.

Tem como finalidade delimitar órgãos, detectar presença de líquido ou ar e


perceber formações fibrosas dos tecidos.

As vibrações obtidas têm características próprias quanto à intensidade, tonalidade e


timbre, de acordo com a estrutura anatômica percutida.

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Unidade 9 – Percussão

9.1 MÉTODOS DE PERCUSSÃO

Método direto: bate-se na superfície do corpo com um ou dois dedos.

Método indireto: a mão não-dominante deve estar espalmada e apoiada na


superfície da pele. A ponta do dedo médio da mão dominante bate na base da articulação
distal da mão não-dominante.

Percussão dígito-digital: é realizada golpeando-se com um dedo borda ungueal ou a


superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou indicador da outra mão, que se
encontra espalmada e apoiada na região de interesse.

Punho-percussão, percussão com a borda da mão e percussão por piparote: O punho


percussão e a percussão com a borda da mão são utilizados com o objetivo de verificar
sensação dolorosa nos rins. Os golpes são dados na área de projeção desse órgão, nas
regiões lombares. No punho percussão a mão deve ser mantida fechada, golpeia-se a área
com a borda cubital. A percussão por piparote é utilizada para pesquisar ascite: com uma
das mãos, o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra mão,
espalmada na região contralateral, capta ondas líquidas que se chocam com as paredes
abdominais.

9.2 TIPOS DE SONS

 Maciço: sensação de dureza e resistência. Regiões onde não há ar (p. ex. músculo,
fígado, coração, rins).

 Submaciço: pequena quantidade de ar.

 Timpânico: existe ar, além da membrana flexível, que dá a sensação de elasticidade,


como um tambor (estômago).

 Claro pulmonar: percussão na região dos pulmões. Depende da presença de ar


dentro dos alvéolos e das outras estruturas pulmonares.

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Atualização em Exame Físico

Semiotécnica:

Dentre as várias técnicas de percussão destacam-se as de maior interesse para a


prática da enfermagem as:

 Percussão direta

 Percussão dígito-digital

 Punho percussão, percussão com a borda da mão e percussão por piparote.

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Unidade 10 – Ausculta

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AUSCULTA

Define-se ausculta como um procedimento que emprega um instrumento denominado


estetoscópio, a partir do qual se obtêm ruídos considerados normais ou patológicos.

Utiliza-se essa técnica no exame de vários órgãos, como pulmões, coração, artérias
e intestino.

A ausculta significa, portanto, ouvir os sons produzidos pelo corpo não audíveis
sem o uso de instrumentos.

Identificação de ruídos normais e anormais produzidos pelo organismo.

Os sons são caracterizados quanto à duração, intensidade, altura, ritmo e timbre.

Utiliza-se o sentido da audição e o estetoscópio.

Cada órgão produz diferentes sons:

10.1 PULMÕES: MURMÚRIOS VESICULARES

A ausculta é a habilidade de ouvir os sons produzidos dentro do corpo, criados pelo


movimento do ar ou líquido. Isto inclui os sons respiratórios.

Na ausculta pulmonar o som fisiológico encontrado é o murmúrio vesicular, este


som está presente em toda extensão do pulmão do ápice até a base de um indivíduo normal,
sem patologias respiratórias.

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Atualização em Exame Físico

10.2 CORAÇÃO: BULHAS CARDÍACAS

Na identificação dos sons produzidos pelo organismo. Na área cardíaca, pode ser
auscultado sons fisiológicos denominados bulhas cardíacas, que estão relacionado com o
enchimento e esvaziamento das câmaras cardíacas durante a sístole e diástole.

Esses sons produzidos pelo coração podem ser detectados pelo estetoscópio, que
funciona como uma extensão do ouvido humano e canaliza o som.

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Unidade 10 – Ausculta

10.3 INTESTINO: RUÍDOS HIDROAÉREOS

Outro som produzido pelo organismo que pode ser auscultado na região abdominal é o
ruído hidroaéreo, som fisiológico da passagem do ar nas alças intestinais.

O som produzido pelo organismo, como qualquer outro som, caracteriza-se por
intensidade, frequência e qualidade.

10.4 SEMIOTÉCNICA

Nos pulmões, observam-se os sons que indicam anormalidade na passagem do ar, como
roncos, sibilos ou outros ruídos adventícios.

No exame do coração, auscultam-se as bulhas consideradas normais e suas


alterações, é necessário que o enfermeiro consiga perceber os sopros ou outros ruídos
anormais.

No abdome pesquisa-se a presença de sopros decorrentes de anormalidades da


artéria aorta e ou os ruídos normais dos intestinos denominados ruídos hidroaéreo.

A ausculta deverá ser realizada em um ambiente sem ruídos externos e sossegada.

O estetoscópio deve ser colocado sobre a pele nua, pois os tecidos obscurecem os
sons.

Além dos sons devem ser observadas suas características (intensidade, tom, duração
e qualidade).
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Atualização em Exame Físico

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ATITUDE

Posição adotada pelo doente seja do ponto de vista estático (deitado, sentado, em pé) ou
dinâmico.

Atitude Estática: Postura

Atitude Dinâmica: Marcha

Atitude Estática: atípica e típicas

11.1 ATITUDE ATÍPICA

Paciente pode causar qualquer posição sem que lhe cause qualquer desconforto.

11.2 ATITUDE TÍPICA

Atitude que o paciente procura adotar com finalidade de aliviar seus sofrimentos ou se
adaptar a novas situações.

Principais:

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Unidade 11 – Atitude

 Atitudes Antálgicas

 Atitude Ortopnéica

 Atitude Genupeitoral

 Atitudes Contraturais

11.3 ATITUDE ANTÁLGICA

Diversas Variações.

Colocação das mãos no local onde dói. Exemplos: Cefaleias, Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM).

Decúbito dorsal com perna(s) fletida(s). Ex: Pelviperitonite e Apendicite.

11.4 ATITUDE ORTOPNÉICA

Pacientes permanecem reclinados, sentados no leito ou cadeiras.

Surgem nas doenças com grave Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e do


aparelho respiratório – grandes derrames pleurais, intensos broncoespasmos.

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Atualização em Exame Físico

11.5 ATITUDE GENUPEITORAL

Características das pericardites com grande derrame pericárdico.

Atitude genupeitoral também pode ser encontrada em alguns casos de Abdome


Agudo.

11.6 ATITUDE CONTRATUAL

 Opistótono:

Atitude assumida nos pacientes com Tétano, após estímulo.

Alto grau de contratura, com o corpo assemelhando-se a um arco.

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Unidade 11 – Atitude

Posição de gatilho: Atitude assumida nos doentes com irritação meníngea.

Cabeça voltada para trás (contratura dos músculos da nuca), tronco ligeiramente
arqueado e pernas fletidas.

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Atualização em Exame Físico

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SEQUÊNCIA DO EXAME FÍSICO

Compreende o exame dos diferentes sistemas e aparelhos: cabeça e couro cabeludo, face,
pescoço, tórax, mamas, sistemas respiratório, cardiovascular, gastrintestinal, geniturinário,
neuromuscular, além de dados de interesse para a enfermagem.

1. Cabeça

2. Pescoço

3. MMSS

4. Axilas

5. Tórax Antero - Posterior

6. Abdome

7. Região Inguinal

8. MMII

9. Aparelho Genital

12.1 CABEÇA

 Crânio: normocefalia, macrocefalia, ou microcefalia. Observar anomalias, tais


como: anencefalia, hidrocefalia.
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Unidade 12 – Sequência do Exame Físico

 Couro cabeludo: integridade, seborreia, sujidade.

 Cabelo: tamanho, cor, brilho, distribuição, quantidade.

 Face: simetria, alterações da pele.

 Olhos: simetria, alterações visual.

 Supercílios – diminuição (queda);

 Fenda palpebral e Globo ocular - exoftalmia.

 Pálpebras - edema (uni ou bilateral), blefarite (inflamação das pálpebras).

 Conjuntivas palpebrais - normo, hipo, hipercrômicas, conjuntivites;

 Escleróticas – ictéricas ou anictéricas.

 Pupilas - fotorreação, isocória, anisocoria, miose, midríase.

 Nariz: simetria, desvio do septo nasal, permeabilidade ao fluxo aéreo, integridade,


presença de secreções, epistaxe.

 Boca

 Lábios - coloração, simetria, desvio de comissura labial, hidratação, lábio


leporino, solução de continuidade;

 Mucosa - coloração, integridade, halitose;

 Orofaringe – inflamação, exsudado.

 Língua- umidade, coloração e estado higiênico;

 Dentes - ausência, cáries, coloração, presença de tártaro, prótese total ou


parcial.

 Orelhas e Pavilhão auditivo: tamanho, cianose, manchas, simetria, sensibilidade,


higiene, acuidade auditiva.

12.2 PESCOÇO

Integridade, forma, tamanho, posição (rigidez, flacidez), mobilidade, (ativo, passivo),


batimentos arteriais, gânglios (regiões inframandibulares).

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Atualização em Exame Físico

12.3 MMSS

Simetria, integridade, unhas (forma, brilho, espessura, se quebradiços, micoses, onicofagia,


tamanho e higiene), extremidades (temperatura, umidade, cor, rubor, palidez, cianose e
icterícia).

Simetria: é a avaliação quanto ao tamanho, à forma e coloração dos membros


avaliados no exame físico.

Cianose: é a coloração azulada dos membros relacionada à redução da


concentração do oxigênio nos tecidos avaliados no exame físico.

Unha quebradiça: durante o exame físico das unhas, pode ser percebido o aspecto
quebradiço que está relacionado com o ressecamento dessa unha e com alterações
sistêmicas presentes no indivíduo.

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Unidade 12 – Sequência do Exame Físico

Mancha branca na unha: outra alteração visualizada no exame físico da unha é a


presença de uma mancha branca no centro da unha.

12.4 AXILAS

Gânglios linfáticos, nódulos, pigmentação incomum, sinais de infecção ou alergia.

12.5 TÓRAX

Antero-Posterior: integridade, manchas, simetria, forma (enfisematoso), defeito congênito,


chato (congênito ou doença caquetizante), em sino (Ascite, ou hepatoesplenomegalia),
escoliótico ou cifoescoliótico (congênito ou adquirido), expansibilidade torácica,
velocidade e ritmo dos movimentos respiratórios, tipos de respiração (taquipneia, bradei-a,
eupneia e dispneia).

A enfermeira na ausculta deverá observar à intensidade, o timbre, a duração, a


localização e qualquer alteração após a tosse e a mudança na posição do paciente.
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Atualização em Exame Físico

Sons pulmonares: sons respiratórios normais ou ruídos adventícios (roncos, sibilos,


creptos, atrito pleural).

Sons respiratórios normais: resultam da transmissão de vibrações produzidas pela


movimentação do ar nas vias respiratórias.

 Som Traqueal

 Som Brônquico

 Murmúrio Vesicular

 Som Broncovesicular

Os ruídos adventícios: são sons anormais que se superpõem aos sons respiratórios
normais.

São denominados de:

 Crepitantes

 Subcrepitantes

 Roncos

 Sibilos

 Atrito Pleural

 Estridor/ Cornagem

Sons cardíacos: ritmo regular, (arritmia) ou irregular (arritmia cardíaca),


frequência (normal, bradicardia, ou taquicardia), sopro, atrito pericárdico, bulhas cardíacas.

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Unidade 12 – Sequência do Exame Físico

Mamas: volume, simetria, ginecomastia, (masculino), presença de nódulos, cor,


integridade, mamilos e aréolas (tamanho, pigmentação, simetria, drenagem de secreções),
estrias, flacidez.

 Mamilo Plano: os mamilos variam quanto ao seu tamanho e forma e por isso são
classificados em plano, protuso ou invertido.

 Mamilo Protuso: os mamilos protusos também são denominados salientes. Esta é a


forma mais adequada e favorece a amamentação e uma pega correta, favorecendo
assim o vínculo mãe-filho.

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Atualização em Exame Físico

 Mamilo Invertido: algumas gestantes evoluem com um tipo de mamilo invertido.


Nestes os casos se faz necessário estímulos para formação do bico do seio,
favorecendo assim a amamentação.

 Mastite: é a denominação utilizada para o processo infamatório da glândula


mamária.

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Unidade 12 – Sequência do Exame Físico

Coluna vertebral: será avaliada a presença de escoliose, cifose e lordose.

12.6 ABDOME

Alterações de forma e volume, (plano, globoso, semigloboso, ascítico, flácido), alterações


da pele (cicatrizes, estrias, manchas), ausculta abdominal e ruídos hidroaéreos (audíveis,
inaudíveis, normais, diminuídos ou aumentados. Percussão abdominal (sons timpânicos,
maciço, submaciço, dor (localização, intensidade, duração, irradiação), vísceras palpáveis
(baço, fígado, intestinos e rins).

Pesquisa de ruídos hidroaéreos (RHA): descreve a frequência e intensidade


(diarreia aumenta os sons).

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Atualização em Exame Físico

Pesquisa de sopros / atritos

Palpação profunda do abdome:

Instrua o paciente para relaxar os músculos abdominais.

Use a superfície palmar dos dedos de uma das mãos e explore sistematicamente os
quatro quadrantes (Poderá ser necessário usar uma mão sobre a outra para palpar o abdome
de um indivíduo obeso ou de um paciente cujos músculos estão retesados).

Identifique qualquer massa e anote qualquer hipersensibilidade, observando a


expressão facial do paciente enquanto apalpa.

Identifique aumento de vísceras, consistência e bordos.

Palpação do Fígado: Comece colocando a mão esquerda debaixo das costas do


paciente ao nível da 11ª – 12ª costela. Coloque a mão direita, com os dedos angulados e
dirigidos para a margem costal, logo abaixo da borda inferior do fígado já percutida.

Durante a palpação, com a outra mão direita, exerça pressão com os dedos da mão
esquerda, para deslocar o fígado anteriormente (para facilitar a palpação).

Faça o paciente inspirar, e, durante a expiração, exerça pressão com os dedos da


mão direito para dentro. Durante a inspiração profunda realizada pelo paciente mão mude a
posição da mão direita; perceba a borda hepática se movendo sobre os dedos. Se nada for
percebido durante a inspiração, palpe mais profundamente, e em cada inspiração
subsequente desloque o dedo para cima, em direção ao rebordo costal.

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Unidade 12 – Sequência do Exame Físico

Anotar tamanho do fígado (6 a 12 cm normal; Maior que 12 cm o paciente pode


estar com hepatomegalia).

 Consistência (macia ou endurecida).

 Borda (fina ou romba).

 Superfície (lisa ou nodular).

 Sensibilidade (doloroso ou indolor)

Palpação do baço: Incline-se sobre o paciente e coloque a mão esquerda atrás da


caixa costal esquerda. Coloque a superfície palmar da mão direita de forma que as pontas
digitais estejam dirigidas para a margem costal esquerda no QSE. A mão direita deve ficar
suficientemente afastada da reborda costal para não deixar passar despercebido em fígado
aumentado e para permitir a mobilidade da mão direita.

Peça ao paciente para realizar uma expiração profunda e tente perceber a borda do
baço.

Esse procedimento pode ser repetido com o paciente deitado do lado direito, pois a
gravidade pode trazer o baço para diante, até uma posição palpável.

Palpação do rim: A seguir palpe os rins: esquerdo e direito.

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Atualização em Exame Físico

Coloque a mão esquerda debaixo das costas do paciente, entre a caixa torácica e a
crista ilíaca.

Apoie o paciente enquanto palpa o abdome com a superfície palmar direita dos
dedos dirigidos para o lado esquerdo do corpo.

Palpe tentando aproximar o máximo possível a mão direita da esquerda,


ligeiramente abaixo do nível do umbigo, à direita e à esquerda.

Quando perceber o rim descreva seu tamanho, formato e qualquer


hipersensibilidade.

Anotações importantes:

 A seguir, palpe a aorta com o polegar e o dedo indicador.

 Comprima profundamente na região epigástrica (praticamente na linha média) e


tente perceber com os dedos as pulsações, assim como o contorno da aorta.

 O cólon sigmoide pode ser palpado no QIE.

 As áreas, inguinal e femoral devem ser palpadas lateralmente, em busca de gânglios


linfáticos.

 As eliminações fecais devem ser observadas quanto ao tipo/cor (normal, endurecida,


líquida, diarreica).

 O ânus deve ser avaliado quanto à fissura, secreções, varizes, hemorroidas,


ulcerações, etc.
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Unidade 12 – Sequência do Exame Físico

 Inspecionar pulsação na região umbilical (em cima da cicatriz umbilical= artéria


aorta; laterais à cicatriz umbilical= artérias renais).

12.7 REGIÃO INGUINAL

Hérnia, gânglios linfáticos infartados.

12.8 MMII

Simetria, integridade da pele, ressecamento, descamação, varizes, extremidades


(temperatura, umidade, cor, rubor, palidez, cianose, icterícia), rachadura nos pés, unhas
(tamanho, forma, higiene, micoses).

Edema: presença de líquido no espaço intercelular.

Assimetria: diferença entre os membros.

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Atualização em Exame Físico

12.9 APARELHO GENITAL (MASCULINO E FEMININO)

Pênis: avaliar o tamanho, fimose, lesões decorrentes de DST, úlceras ou tumores,


secreções esmegma e higiene.

Vulva: avaliar a presença de tumoração, secreção, cor, ulcerações, nódulos, edema,


prolapso uterino ou bexiga lesões decorrentes de DST e fístulas perineais.

Testículos: criptorquidismo (retenção testicular), edema, ulcerações, tumorações,


varicocele (dilatação varicosa das veias do cordão espermático), micoses, hidrocele.

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Unidade 12 – Sequência do Exame Físico

Criptorquia unilateral: Ausência do testículo unilateralmente.

Criptorquia bilateral: Ausência do testículo bilateralmente.

Hidrocele: Presença de líquido no saco escrotal.

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Atualização em Exame Físico

Ânus: lesões, botões hemorroidários, fístulas, fissuras.

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Unidade 13 – Realização de Glicemia Capilar

13
REALIZAÇÃO DEGLICEMIA CAPILAR

13.1 DEFINIÇÃO

É a coleta de sangue de capilares sanguíneo geralmente do dedo, através da perfuração


cutânea por uma lanceta ou agulha e a dosagem da glicose é verificada em aparelhos
específicos.

13.2 POR QUE MONITORAR A GLICEMIA?

O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em


momentos que interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar, da
medicação oral e principalmente na administração da insulina.

 Materiais

 Luvas;

 Algodão;

 Álcool 70%;

 Fita teste;

 Lanceta ou agulha de 10 mm x 30 mm;

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Atualização em Exame Físico

 Glicosímetro

 Descrição da técnica

 Reunir o material;

 Lavar as mãos;

 Orientar o paciente e/ou acompanhante sobre o procedimento;

 Colocar a fita teste no aparelho para aferição;

 Calçar as luvas;

 Abrir o invólucro da lanceta;

 Escolher um dos quirodáctilos que esteja com boa perfusão periférica;

 Segurar o dedo com a mão não dominante, fazendo uma leve pressão para
“acúmulo sanguíneo” no local;

 Fazer a antissepsia com o algodão + álcool 70%;

 Com a mão dominante realizar a picada superficial;

 Ao sair sangue do dedo, coletar uma gota na fita teste;

 Aguardar a leitura realizada pelo aparelho e anotar o valor;

 Retirar a lanceta do equipamento (ou pegar a agulha) e a fita e desprezar no


recipiente de material perfurocortante;

 Remover as luvas;

 Lavar as mãos.

13.3 VALORES DE REFERÊNCIA

 O valor da glicemia normal é de 90 a 110 mg/dl em jejum oral de 8 horas;

 É aceitável a glicemia antes do almoço ou jantar entre 70 e 110 mg/dl e uma hora
após as refeições entre 90 e 160 mg/dl;

 Os valores intermediários entre 110-126mg/dl devem ser mais bem investigados


com outros testes para afastar o diagnóstico de diabetes.

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Unidade 13 – Realização de Glicemia Capilar

13.4 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE


DIABETES / MINISTÉRIO DA SAÚDE:
AUTOMONITORAMENTO

Para atingir o bom controle glicêmico é necessário que os pacientes realizem avaliações
periódicas dos seus níveis glicêmicos. O automonitoramento do controle glicêmico é uma
parte fundamental do tratamento.

A medida da glicose no sangue capilar é o teste de referência. No entanto, algumas


vezes, razões de ordem psicológica, econômica ou social dificultam ou impedem a
realização desta técnica. Nestes casos, a medida da glicosúria, especialmente no período
pós-prandial, pode representar um método alternativo de monitoramento domiciliar para
pacientes com DM tipo 2 (40).

Convém lembrar que os testes de glicose urinária são métodos indiretos de


avaliação do controle glicêmico e que o teste negativo não permite a distinção entre uma
hipoglicemia, euglicemia ou uma hiperglicemia leve a moderada. Os resultados dos testes
de glicemia (ou glicosúria) devem ser revisados periodicamente com a equipe
multidisciplinar e os pacientes devem ser orientados sobre os objetivos do tratamento e as
providências a serem tomadas quando os níveis de controle metabólico forem
constantemente insatisfatórios.

A frequência do monitoramento depende do grau de controle, dos medicamentos


anti-hiperglicêmicos utilizados e de situações específicas. Assim, pacientes em uso apenas
de insulina, ou durante a gestação ou intercorrências clínicas devem realizar medidas
frequentes da glicose capilar, pelo menos quatro vezes por dia (antes das refeições e ao
deitar).

A medida da glicose capilar deve ser realizada sempre que houver suspeita clínica
de hipoglicemia. Muitos pacientes atribuem alguns sintomas inespecíficos como fome, mal
estar, nervosismo a presença de hipoglicemia e ingerem alimentos doces e calóricos. Por
isso, todo sintoma sugestivo de hipoglicemia deve ser cuidadosamente avaliado.

Em pacientes usuários de dose noturna de insulina e agentes orais durante o dia, ou


apenas medicamentos orais, medidas de glicemia capilar antes do café e antes do jantar são
suficiente. A medida que os níveis glicêmicos permanecem estáveis, avaliações da glicose
capilar podem ser realizadas apenas uma vez por dia, em diferentes horários, inclusive
após as refeições. A medida da glicose capilar após as refeições é particularmente útil em
casos em que os níveis de glico-hemoglobina forem discrepantes das medidas da glicose
capilar.

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Atualização em Exame Físico

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CONSIDERAÇÕES ÉTICAS NA
REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO

A enfermagem é por definição, arte e ciência. A profissão tem se desenvolvido no processo


de cuidar, acreditando que é a arte e a ciência de cuidar.

Portanto cuidar é muito mais que um ato, é também uma atitude de ocupação, de
preocupação, de responsabilidade, de envolvimento com o outro, exigindo, assim,
compromisso e ética dos profissionais de enfermagem que cuida do indivíduo em uma
situação diferenciada de sua vida.

A Moral é compreendida como um sistema de valores que determina um


comportamento que varia culturalmente em dado momento histórico

A ética é definida através dos questionamentos filosófico do julgamento moral.

A Ética profissional: Analisa, identifica e resolve os conflitos éticos que surgem no


cuidado com o paciente.

A ética é, portanto, um conjunto de princípios e regras que regem


transculturalmente seja de fato humano.

Um indivíduo é ético quando tem uma personalidade integrada, quando há uma


maturidade emocional que lhe permita lidar com emoções conflitantes.

Requer uma força de caráter, um equilíbrio interior e um grau de adaptação à


realidade do mundo.

Compreende-se a ética do cuidado como um consenso mínimo a partir do qual


possamos nos amparar e elaborar uma atitude cuidadora e protetora para com o outro.
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Unidade 14 – Considerações Éticas na Realização do Exame Físico

Inúmeros são os aspectos éticos envolvidos no cuidar do paciente, mas,


essencialmente, todo procedimento de enfermagem deve ser Conduzido de acordo com a
justiça e com os princípios básicos como o respeito pela pessoa.

Portanto, antes da realização do exame físico do paciente ou de executar qualquer


procedimento, o enfermeiro deverá informá-lo adequadamente sobre o que será feito e
aguardar o seu consentimento, e só então realizá-lo.

A informação deverá ser feita em linguagem e terminologia acessível, atentando


para o nível de escolaridade e cultura do paciente.

Enfim o cuidado humano permeia todo o processo de viver e ser saudável,


permitindo que este indivíduo tenha no seu processo de cuidado princípios ético e morais.

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Atualização em Exame Físico

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual
ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. Com relação à ausculta do tórax, é definido que os sons respiratórios normais resultam
da transmissão de vibrações produzidas pela movimentação do ar nas vias respiratórias.
Marque abaixo o som que não representa um som respiratório normal:

a. Som Traqueal

b. Som Brônquico

c. Sibilos

d. Murmúrio Vesicular

2. O ruído adventício denominado de estridor também pode ser chamado de:

a. Cornagem

b. Roncos

c. Estertores

d. Sibilos

3. Na realização do exame físico são utilizados os seguintes métodos propedêuticos,


exceto:

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Avaliação

a. Inspeção

b. Palpação

c. Acústica

d. Ausculta

4. O Método propedêutico da inspeção pode ser de dois tipos, assinale a alternativa


verdadeira:

a. Parado e Dinâmico

b. Estático e Dinâmico

c. Em movimento e parado

d. Sentado e em pé

5. Em relação aos cuidados na palpação, marque a alternativa incorreta:

a. Podem ser utilizadas diferentes partes da mão.

b. O paciente deve estar relaxado (respirando lenta e profundamente) para evitar


tensão muscular.

c. Áreas mais sensíveis devem ser palpadas por último.

d. Unhas compridas e mãos frias.

6. Sobre os tipos de som, marque a alternativa verdadeira:

a. Timpânico: sensação de dureza e resistência. Regiões onde não há ar (p. ex.


músculo, fígado, coração, rins).

b. Maciço: pequena quantidade de ar.

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Atualização em Exame Físico

c. Timpânico: existe ar, além da membrana flexível, que dá a sensação de


elasticidade, como um tambor (estômago).

d. Submaciço: percussão na região dos pulmões.

7. No exame físico do abdome deve ser observado as seguintes alterações descritas abaixo,
exceto:

a. A forma e volume do abdome (plano, globoso, semigloboso, ascítico, flácido).

b. Ausculta abdominal do som claro pulmonar.

c. Alterações da pele (cicatrizes, estrias, manchas).

d. Ausculta abdominal e ruídos hidroaéreos (audíveis, inaudíveis, normais,


diminuídos ou aumentados).

8. Com relação aos materiais utilizados na realização do exame físico, marque a


alternativa verdadeira:

a. Estetoscópio

b. Capinógrafo

c. Raio X

d. Aparelho de ECG

9. Em relação ao exame físico do mamilo eles podem ser denominados, exceto:

a. Mamilo profundo

b. Mamilo protuso

c. Mamilo invertido

d. Mamilo plano

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Avaliação

10. No método propedêutico da inspeção deve ser avaliado alguns aspectos, marque a
alternativa incorreta:

a. Avalia-se o aspecto, cor, tamanho, das mais diversas áreas corporais,

b. Avalia a forma, postura, expressão facial (expressões não-verbais),

c. Avalia os sons timpânicos e claro pulmonar

d. Avalia as lesões cutâneas, existência de cateteres e outros equipamentos


instalados (monitor, oxímetro, etc.).

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63
Atualização em Exame Físico

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

BARROS, Alba Lúcia Leite de. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de
enfermagem no adulto. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

BEVILACQUA. Fernando. Manual do exame clínico. 13 ed. Rio de Janeiro: Cultura


Médica, 2006.

BRUNNER/SUDDARTH. Tratado Médico-Cirúrgico. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2012.

CARMAGNANI, MIS; FAKIH, FT; CANTERAS, LMS, et al. Procedimentos de


Enfermagem - Guia Prático. 1 ed. Guanabara Koogan, 2009.

CIANCIARULLO, Tamara Iwanow (Org.). Instrumentos básicos para o cuidar: um


desafio para a qualidade de assistência. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções


humanas. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

MURTA, G. F. Saberes e Práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem. São


Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2006.

PORTO, CelmoCeleno. Exame Clínico: bases para a prática médica. 6 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.

POSSO, Maria Belém Salazar. Semiologia e Semiotécnica. SP. Atheneu, 2010.

POTTER, Patrícia A. Semiologia em Enfermagem. Rio de Janeiro: Reichmann& Afonso


Ed., 2010.

SEIDEL, Henry M et al. MOSBY: guia de exame físico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

SOBEST. Associação Brasileira de Estomoterapia. SOBENDE. Associação Brasileira de


Enfermagem em Dermatologia. Publicação oficial da Classificação das lesões por
Pressão. Consenso NPUAP 2016.

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Referência

VIANA, D. L.; PETENUSSO, M. Manual para realização do exame físico. São Paulo:
Yendis, 2007.

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