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Shirley Alves Alcântara

Enfª Educação Continuada

C ompartilhar par a cr escer


Boas Pr áticas em A tenção
Domiciliar
Boas Práticas na Obtenção e
Manutenção do Acesso Venoso
Periférico.
Boas Práticas na Obtenção e
Manutenção do Acesso Venoso
Periférico.
Anatomia do Sistema
Circulatório
Anatomia do Sistema
Circulatório
Punção Venosa Periférica: Consiste na introdução de um
cateter venoso na luz de uma veia superficial. Destina-se
à coleta de materiais para exames ou para infusão de
soluções intermitentes ou contínuas.

A punção de AVP deve ser compreendida como um


processo e não como uma técnica.
O Acesso Venoso Periférico constitui-se em uma
alternativa rápida e segura, indispensável nas situações de
urgências. Através de dispositivos endovenosos, permite à
equipe uma via de acesso capaz de prover a infusão de
grandes volumes ao paciente, sendo também utilizada para
a infusão de drogas de efeitos diversos e de rápida
resposta.
Deve-se considerar:

• Estudo da rede venosa;


• Doenças de base;
• Condições de hidratação;
• Características das soluções;
• Dispositivos e insumos disponíveis.
Deve-se considerar
Técnica para Punção de AVP

A técnica para realização do acesso venoso periférico pode


ser realizada, principalmente, com a utilização de dois
tipos de dispositivos endovenosos:

- Scalp ou borboleta ou“butterfly”

- Jelco
Escolha do Dispositivo

SCALP JELCO

- Calibre de 19 (maior) a 27 - Calibre de 14 (maior) a 24


(menor); (menor);
- Administração de medicação - Maior tempo de permanência;
imediata; - Permite infusão de grande
- Sem necessidade de manter volume de forma rápida;
acesso; - Dispositivo maleável, menor
- Maior risco de transfixar a veia; risco de transfixar a veia;
- Maior risco de infiltração; - Permite mobilidade do membro;
- Menor custo. - Maior custo.
Indicações para AVP

O acesso venoso periférico é indicado:


• em situações que se necessita de um acesso direto ao
sistema circulatório para administração de fluidos e
drogas
• pacientes com intolerância ou contraindicações a
medicações orais
• casos onde a ação imediata das drogas se faz
necessária.
Vantagens do Infusão Venosa

As vantagens da infusão intravenosa sobre os acessos


orais, intramusculares e subcutâneos:
• ação instantânea da droga ou fluidos em situações de
emergência
• suspensão imediata da administração da droga frente a
reações adversas
• controle sobre a velocidade e a diluição em que outras
drogas são administradas.
Técnica para punção venosa

1. Seleção do cateter e sítio de inserção


- Selecionar o CIVP com base no objetivo pretendido, na duração da
terapia, na viscosidade componentes do fluido e nas condições de
acesso venoso.
- Selecionar o cateter para atender à necessidade da terapia
intravenosa.
- Selecionar local de inserção do CIVP
- Remover o excesso de pelos do local de inserção, se necessário.
- Não puncionar os vasos de membros com presença de fístula
arteriovenosa (FAV) funcionante.
Qual calibre do cateter devo escolher?

Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem


ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento
de cânula.
Cateteres com menor calibre causam menos flebite
mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor
obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso.
Técnica para punção venosa

2. Antissepsia da pele
- Realizar fricção da pele com solução a base de álcool.
- A antissepsia com gaze e álcool a 70% deve ser realizada em
movimento espiral centrífugo, por três vezes.
- Aguardar a secagem espontânea do antisséptico.
- Evitar tocar no local da punção após a antissepsia.
- No caso de sujidade visível no local selecionado para punção,
removê-la com água e sabão ou com clorexidina degermante a 2%
antes da aplicação do antisséptico a base de álcool.
Técnica para punção venosa

3. Estabilização
- Não utilizar de dispositivos de imobilização.
- Empregar técnica asséptica para estabilização.
- Não utilizar suturas para estabilizar CIVP.
- Não utilizar fitas adesivas não estéreis (esparadrapo comum e fitas
do tipo microporosa não estéreis, como micropore) para
estabilização ou coberturas de cateteres.
Quantas tentativas para
realizar uma punção venosa?!?
ANVISA:
Flushing e manutenção do
cateter periférico
- Realizar flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue
antes de cada infusão. (entre medicações)
- Promover a desinfecção na conexão de duas vias tipo y, injetor
lateral e oclusores com álcool a 70% ou clorexidina solução
alcoólica a 0,5%, antes de administrar o medicamento por meio do
cateter.
- Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos
CIVPs.
- Atentar ao volume do flushing.
- Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do CIVP utilizando
seringas de 10 ml.
Cuidados com o sítio de
inserção
- Avaliar o sítio de inserção do CIVP e áreas
adjacentes
- A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção
é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do
paciente.
- Pacientes em terapia intensiva, sedados ou com
déficit cognitivo avaliar a cada 1 – 2 horas.
- Pacientes em unidades de internação: avaliar uma
vez por turno.
Remoção do cateter
- Avaliar diariamente a necessidade de permanência do cateter.
- Remover o CIVP tão logo não haja medicamentos intravenosos
prescritos e caso o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24
horas.
- Trocar o CIVP instalado em situação de emergência (com
comprometimento da técnica asséptica.
- Remover o CIVP na suspeita de contaminação, complicações ou mau
funcionamento.
- O CIVP não deve ser trocado em um período inferior a 96 h.
- Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o CIVP
rotineiramente
Materiais e equipamentos
necessários
- Luva de procedimento
- Álcool 70%
- Gaze
- Algodão
- Garrote
- Cateter periférico
- Esparadrapo/Micropore antialérgico estéril.
- Dispositivo de duas vias ou extensor
- Soro fisiológico 0,9%. 
- Seringa 10ml.
- Cuba rim.
- Filme transparente
Referências
- 1. Brasil. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, 2
abr 2013.
- 2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da
Diretoria Colegiada - RDC n° 36 de 25 de julho de 2013 que institui
ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras
providências. Diário Oficial da União 2013;26 jul
- 3. Araújo LM, Rocha FC, Araújo GSMM, Medeiros WR, Pennafort VPS,
Mendonça AEO. Avaliação e melhoria da qualidade na prevenção de
flebite em pacientes com cateter intravenoso periférico.2021[cited
2022 Jul 17]; 10(1):24-33. Available from: NOTA TÉCNICA
GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022 Práticas seguras para a prevenção
de incidentes envolvendo cateter intravenoso periférico em serviços
de saúde – 26 de julho de 2022 22
https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view
/3495/4005
Referências
- 4. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04 /2022. Práticas
seguras para a prevenção de incidentes envolvendo cateter
intravenoso periférico em serviços de saúde. 26 de julho de
2022.
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