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40 horas Cálculo de Medicação em

Enfermagem
Denise Santana Silva dos
Com certificado
online
Santos
Este material é parte integrante do curso online "Cálculo de Medicação em
Enfermagem" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98.
É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem
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Cálculo de Medicação em
40 horas

Enfermagem
Denise Santana Silva dos
Santos
Com certificado
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...............................................................................................................5
OBJETIVOS.........................................................................................................................6
PREMISSAS.........................................................................................................................7
MEDICAÇÕES ESSENCIAIS........................................................................................... 9
PRINCÍPIOS VÁLIDOS NO CÁLCULO PARA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS............................................................................................................10
5.1 DESSA PREOCUPAÇÃO CONSTANTE EVIDENCIARAM ALGUNS
PRINCÍPIOS BÁSICOS TAIS COMO........................................................................... 10
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO EM PEDIATRIA..........................................................12
6.1 A INTERAÇÃO DAS DROGAS E OS SISTEMAS RENAL E HEPÁTICO DA
CRIANÇA........................................................................................................................13
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO (GTS/ MIN).............................................................15
7.1 A FÓRMULA LEVA EM CONTA...........................................................................15
7.2 EXEMPLOS DE CÁLCULO DE GOTEJAMENTO................................................16
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO (MGTS/MIN)..........................................................18
CÁLCULO DE DOSAGEM DE MEDICAÇÃO: REGRA DE TRÊS..........................20
9.1 O ENFERMEIRO DEVE ATENTAR NA DILUIÇÃO DAS MEDICAÇÕES EM
UNIDADES PEDIÁTRICAS, POIS................................................................................21
TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÕES...........................................................................23
TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÃO GLICOSADA E FISIOLÓGICA EM
GLICOFISIOLÓGICA..................................................................................................... 26
CÁLCULO DE DILUIÇÃO DE MEDICAMENTO...................................................... 28
CÁLCULO COM A INSULINA.......................................................................................31
13.1 OBSERVAÇÃO DA QUESTÃO............................................................................ 32
CÁLCULO DA PENICILINA CRISTALINA................................................................33
CÁLCULO DO SORO...................................................................................................... 35
15.1 O SORO TEM COMO FINALIDADES................................................................. 35
15.2 DEFINE-SE DA SEGUINTE FORMA................................................................... 35
15.3 SOROS MAIS UTILIZADOS................................................................................. 36
15.4 CARACTERÍSTICAS DOS SOROS...................................................................... 36
15.5 CONCENTRAÇÃO DOS SOROS.......................................................................... 36
15.6 SORO PRESCRITO.................................................................................................37
15.7 SOLUÇÃO DISPONÍVEL NA UNIDADE............................................................ 38
APRAZAMENTO DAS MEDICAÇÕES PRESCRITAS.............................................. 41
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O REGISTRO/ ANOTAÇÃO DAS MEDICAÇÕES
PRESCRITAS E ADMINISTRADAS..............................................................................43
CUIDADOS NO PREPARO, DILUIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DAS
MEDICAÇÕES.................................................................................................................. 45
O USO DAS BOMBAS DE INFUSÃO CONTÍNUA NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAÇÃO.................................................................................................................... 47
19.1 AS BOMBAS DE INFUSÃO UTILIZADAS EM UNIDADES HOSPITALARES
DEVEM............................................................................................................................48
19.1 OS EQUIPOS DE BOMBAS DE INFUSÃO DEVEM...........................................48
19.2 REGISTRO NO HORÁRIO DE INFUSÃO............................................................49
ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO.................................................... 50
20.1 ESTRATÉGIAS PARA A REDUÇÃO DO ERRO DE MEDICAÇÃO NAS
UNIDADES HOSPITALARES.......................................................................................52
RESPALDO LEGAL PARA O ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS............................................................................................................53
BASES DA FARMACOLOGIA PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO54
22.1 DESTINO DO FÁRMACO NO ORGANISMO..................................................... 54
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ANTIBIOTICOTERAPIA.............................................. 57
23.1 OS ANTIBIÓTICOS PODEM TER VÁRIAS CLASSIFICAÇÕES...................... 57
23.1.1 A Administração de Antibiótico Tem Efeito Especifico no Organismo Humano
e Possui Alguns Princípios para a sua Prescrição........................................................ 57
23.1.2 Sete Certos da Administração dos Antibióticos................................................58
23.2 AMPICILINA.......................................................................................................... 58
23.2.1 Ampicilina.........................................................................................................58
23.2.2 Gentamicina...................................................................................................... 59
23.2.3 Cefepime........................................................................................................... 59
23.2.4 Vancomicina..................................................................................................... 59
23.2.5 Meropenem....................................................................................................... 60
23.2.6 Imipenem...........................................................................................................61
23.2.7 Anfotericina B................................................................................................... 62
23.2.8 Metronidazol..................................................................................................... 62
23.3 ATENÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS PORQUE ELES
SÃO NEFROTÓXICOS E OTOTÓXICOS.................................................................... 62
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 68
Unidade 1 – Apresentação

01
APRESENTAÇÃO

A administração de medicamentos é um dos procedimentos de enfermagem que requer do


enfermeiro conhecimento teórico e a prática diária no contexto hospitalar e ambulatorial.

A realização dos cálculos de medicações se faz necessário para a administração da


dose correta aos pacientes, levando em conta o peso, a idade, a patologia de bases
comorbidades, dentre outros.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

02
OBJETIVOS

Atualizar o profissional de enfermagem e os graduandos em enfermagem acerca dos


cálculos de medicações que são realizados diariamente na prática da enfermagem.

Descrever os principais cálculos de medicações.

Descrever a importância da administração de medicações para o enfermeiro.

Esclarecer dúvidas acerca da assistência de enfermagem na realização dos cálculos


para administração de medicações ao indivíduo hospitalizado ou atendido em ambulatório.

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Unidade 3 – Premissas

03
PREMISSAS

A Terapia medicamentosa é uma das fundamentais práticas de cuidado ao paciente. Dentre


os pacientes que procuram o serviço de saúde quase 90% deles recebem prescrição
medicamentosa.

A correta administração requer do enfermeiro conhecimento pleno da medicação a


ser administrada, sua via, dose e formas de apresentação.

Portanto, faz-se necessário a compreensão do termo medicamento. Este é uma


substância que quando introduzida no organismo, realiza uma finalidade terapêutica.

A via de administração de um medicamento depende prioritariamente de suas


propriedades físico-químico e de suas finalidades terapêuticas.

A resposta do organismo ao uso de substâncias é variável e pode ser diminuída ou


potencializada por fatores como dose, gravidade ou estadiamento da doença, alterações de
funções cardíaca, hepáticas e renal, velocidade de biotransformação e excreção e, outros
fatores farmacocinéticos.

Assim o resultado terapêutico do uso de um medicamento é determinado pela


necessidade de individualização da dose.

Considera-se dose ideal aquela calculada a partir do diagnóstico e avaliação do


paciente, considerando a especificidade da medicação e as peculiaridades do paciente, bem
como os fatores que aumentam a suscetibilidade à toxicidade química.

Qualquer erro no cálculo da dose pode levar a resultados desastrosos, desde a falha
na terapêutica implementada até o aparecimento de efeitos tóxicos.

O erro no cálculo de medicação pode ser fatal para o paciente.

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Unidade 4 – Medicação Essenciais

04
MEDICAÇÕES ESSENCIAIS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua como medicamentos essenciais


aqueles que servem para satisfazer às necessidades prioritárias de atenção à saúde da
população.

Esses medicamentos devem selecionados segundo critérios de relevância de saúde


pública, evidências de eficácia e segurança e estudos comparativos de custo-efetividade.

Devem estar disponíveis em todo o momento, nas quantidades adequadas nas


formas farmacêuticas requeridas e a preço que o indivíduo e a comunidade possam pagar.

Devem ser selecionados os medicamentos com eficácia comprovada segundo o


paradigma das condutas baseadas em evidência, levando em conta além da eficácia, levar
em conta com relação à segurança do medicamento deve-se atentar para a baixa toxicidade.

Selecionar medicamentos com um único princípio ativo, evitando, sempre que


possível, as associações medicamentosas, exceto aquelas que evidenciam aumento de
eficácia ou diminuição de resistência microbiana.

O uso da terapia medicamentosa tem sido exercida cada vez mais em serviços
especializados, o que requer do enfermeiro capacitação e treinamento constante, devido
aos novos produtos lançados no mercado pela indústria farmacêutica.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

05
PRINCÍPIOS VÁLIDOS NO CÁLCULO
PARA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS

O profissional de enfermagem ao administrar os medicamentos deve estar sempre


preocupado com a precisão e segurança.

Toda medicação para ser administrada por via intravenosa deve estar na forma de
solução, que por definição consiste na mistura homogênea resultante da relação entre
soluto e solvente, onde o primeiro é a substância a ser dissolvida e pode-se apresentar de
forma sólida (liofilizada) ou líquida e o segundo é o solvente, ou seja, o líquido no qual o
soluto será dissolvido.

5.1 DESSA PREOCUPAÇÃO CONSTANTE EVIDENCIARAM


ALGUNS PRINCÍPIOS BÁSICOS TAIS COMO
 Método e vias de administração de medicamentos.

 Ação das drogas no organismo.

 Fatores que afetam o resultado terapêutico.

 Métodos e técnica de administração de medicamentos.

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Unidade 5 – Princípios Válidos no Cálculo para Administração de Medicamentos

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

06
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO EM
PEDIATRIA

A dose ideal é aquela calculada a partir do diagnóstico e avaliação considerando a


imaturidade do fígado e da função renal da criança.

O cálculo de medicação em Pediatria considera o peso corporal da criança.

Para lactentes em aleitamento, lembre-se que os medicamentos e outras substâncias


consumidos pela mãe podem ser transferidos para o lactente pelo leite materno, gerando
dosagens desconhecidas e não reguladas.

Por parte da mãe, de medicamentos conhecidos por provocar efeitos adversos nos
neonatos em aleitamento. Por exemplo, uma nutriz medicada com uma sulfonamida para
tratamento de ITU, pode passar no leite a substância e fazer com que o lactente desenvolva
Kernicterus (impregnação da icterícia a nível cerebral).

Não utilize a área de superfície corporal para calcular uma dosagem para um
lactente. Em vez disso, use o método mais correto do peso corporal.

Em geral, não exceda a dose adulta máxima quando calcular as quantidades por
quilogramas de peso corporal.

Reavalie a dosagem de uma criança a intervalos regulares para garantir que ela está
corretamente ajustada, à medida que a criança se desenvolva. Certifique- se do peso atual
exato da criança em quilogramas.

Para cálculos como antibióticos (como gentamicina) e para substâncias a longo


prazo (como os anticonvulsivantes), você precisará monitorar o nível sérico do
medicamento para maximizar a eficácia e minimizar a toxicidade.

Na criança os medicamentos respondem mais rápidos e de modo imprevisível pelos


seguintes fatores:

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Unidade 6 – Cálculo de Medicação em Pediatria

 Idade

 Peso

 Área corporal

 Formulação do medicamento

 Via de administração

6.1 A INTERAÇÃO DAS DROGAS E OS SISTEMAS RENAL E


HEPÁTICO DA CRIANÇA
Ressalta-se que o desenvolvimento da criança pode afetar a ação da droga.

Sistema renal - é um sistema ainda imaturo na criança, no lactente apresenta


reduzida capacidade de concentrar a urina. Uma elevada resistência do fluxo sanguíneo
minimiza perfusão, o desenvolvimento glomerular e tubular incompleto afeta a taxa de
filtração e a reabsorção e secreção dos filtrados.

Sistema Gastrintestinal - O fígado é imaturo para metabolizar os medicamentos


até cerca de 1 ano de idade. Da mesma maneira o tempo do trânsito gastro intestinal
aumenta até a fase de 2 a 3 anos de idade. A acidez gástrica aumenta à medida que a
criança a fase de 2 a 3 anos de idade.

No Brasil o sistema legal de medidas adota como medida de massa, o quilo, sendo
o mais usual o cálculo das dosagens de medicamentos a correspondência de 1 grama.

1 grama = 1000mg e 1 kg = 1000g

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

1 litro = 1000ml
Ao realizar o cálculo da medicação o enfermeiro leva em conta entre gotas e
microgotas.

1 ml = 20 gotas
1 gota = 3 microgotas
A relação entre soluto e solvente da medicação está presente no cotidiano dos
profissionais de enfermagem.

O Soro Fisiológico – SF 0,9%: está representação ilustrada pelo fabricante no


rótulo de um frasco permite a afirmação de que a cada 100 partes (ml) do solvente temos
20 mg do soluto (mg).

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Unidade 7 – Cálculo de Gotejamento (GTS/MIN)

07
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO (GTS/ MIN)

Existem diversas fórmulas para cálculo do gotejamento dos medicamentos.

7.1 A FÓRMULA LEVA EM CONTA


 O volume deve ser expresso em mililitro (ml);

 O tempo deve ser expresso em hora;

 Que o numeral “20” representa a relação que 1 ml = 20 gts; que o numeral “60”
representa a relação 1 h = 60 min;

 Que toda sentença não altera o seu resultado quando todos os seus itens são
divididos ou multiplicados por um mesmo número.

X: VOLUME x 20 (1ml= 20 gts)

TEMPO x 60 (1 h = 60min)

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

X = volume total X 20: (20)

Nº de horas x 60: (20)

X = volume total

Nº de horas x 3

O resultado da aplicação da fórmula resulta na relação nº de gts/min.

7.2 EXEMPLOS DE CÁLCULO DE GOTEJAMENTO


Exemplo A

Angélica tem quatro anos e está internada na UTI – Pediátrica em um hospital


público de Salvador. A criança está com quatro de septicemia e foi prescrito a utilização da
solução de Anfotericina B (Lipossomal). Calcule o número de gotas por minuto da solução
de Anfotericina B, cujo volume é de 108 ml e o tempo previsto para a infusão é de 6 horas.

Resolvendo o problema:

Volume total: 108 ml

Nº de horas: 6 horas

X: VOLUME x 20 (1ml= 20 gts)

TEMPO x 60 (1 h = 60min)

X = 108 x 20= 2.160 = 6 gts/ min

6 x 60 360

Resposta do problema: O valor do gotejamento da solução de Anfotericina B é


6gts/ min.

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Unidade 7 – Cálculo de Gotejamento (GTS/MIN)

Exemplo B

Paulo tem 58 dias, filho de mãe hipertensa, que teve infecção perinatal. Ele está internado
na UTI – Neonatal. A criança está em ventilação mecânica com quadro de Síndrome do
Desconforto Respiratório foi prescrito a utilização da solução de Imunoglobulina. Calcule
o número de gotas por minuto da solução de Imunoglobulina, cujo volume é de 94 ml e o
tempo previsto para a infusão é de 4 horas.

Resolvendo o problema:

Volume total: 94 ml

Nº de horas: 4 horas

X: VOLUME x 20 (1ml= 20 gts)

TEMPO x 60 (1 h = 60min)

Gtj = 94 x 20 = 1880= 7,8 gts/min

4 X 60 = 240

Resposta do problema: O valor do gotejamento da solução de Imunoglobulina é de


7,8 gts/ min.

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08
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
(MGTS/MIN)

O número de mgts correspondente a três vezes o número de gotas, basta multiplicar o


resultado obtido na aplicação da fórmula para cálculo do número de gotas por 3 ou
simplesmente relacionar volume total/ tempo.

1mgt/ min = 1 ml/h

Volume = ml/h ou mgts/min

Tempo (h)
Exemplo C:

Calcule o número de microgotas por minutos de uma determinada solução cujo


volume é de 108 ml e o tempo previsto para a infusão em bureta é de 6 horas.

Microgotas: volume/hora ou ml/ h

Volume= mgts/min

Tempo (h)

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Unidade 8 – Cálculo de Gotejamento (MGTS/MIN)

X = 108

X = 18 mgts/ min

Resposta: O número de microgotas é 18 mgts/min.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

09
CÁLCULO DE DOSAGEM DE MEDICAÇÃO:
REGRA DE TRÊS

Na prática da administração de medicamentos, o desenvolvimento do raciocínio lógico


permite o fracionamento/ diluição para administração da dose ideal, a partir de uma
prescrição médica.

Faz-se necessário compreender no cálculo de dosagem de medicação que duas


grandezas sempre estão relacionadas entre si, por isso pode ser utilizado o cálculo da regra
de três.

A Regra de Três consiste em relacionar grandezas proporcionais onde são


conhecidas em três termos e a relação matemática entre eles permite determinar o 4º termo
(desconhecido).

DOSE EXISTENTE VOLUME EXISTENTE

DOSE DESEJADA VOLUME DESEJADO

Exemplo de Dosagem de Medicação:

Exemplo D:

João Henrique tem 28 dias e está internado na UTI – Neonatal devido à infecção. O
esquema de antibiótico foi modificado pelo plantonista para 1,5 mg de gentamicina.
Portanto, como você pode obter 1,5 mg de gentamicina, a partir da solução presente no
hospital que é de 20 mg/ 2 ml?

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Unidade 9 – Cálculo de Dosagem de Medicação: Regra de Três

Resolvendo o problema:

DOSE EXISTENTE VOLUME EXISTENTE

DOSE DESEJADA VOLUME DESEJADO

20 mg (dose ex.) 2 ml (vol. ex.)

1,5 mg (dose des.) x (vol. des.)

20 X = 1,5 (x) 2 ml

X=3

20

X = 0,15

Resposta do problema: Será retirado o valor de 0,15 da solução de gentamicina.

9.1 O ENFERMEIRO DEVE ATENTAR NA DILUIÇÃO DAS


MEDICAÇÕES EM UNIDADES PEDIÁTRICAS, POIS
O Volume da dose é reduzido e diluída para administração por via intravenosa nas
unidades pediátricas. Este volume é diminuído para prevenção de sobrecarga cardíaca nas
crianças.

Medicações Liofilizadas devem ser reconstituídas em Água Destilada (AD) ou Soro


Fisiológico (SF 0,9%).

Exemplo de Dosagem de Medicação:

Exemplo E:

Marta, tem 7 anos e após episódios de duas pneumonias foi admitida na UTI -
Pediátrica com diagnóstico de Septicemia. Foi entubada e mantida com parâmetros
ventilatórios altos devido à grande área de atelectasia no pulmão direito. Foi prescrito
75mg de vancomicina, porém na unidade o frasco ampola da vancomicina é de 1g e o
diluente tem 10 ml.

Resolvendo o problema:

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

Neste caso é necessário, antes da aplicação da regra de três, transformar grama


(apresentação do frasco – ampola da vancomicina liofilizada) em miligrama (dose
fracionada/ desejada).

Assim, podemos afirmar que 1 grama = 1000 mg.

DOSE EXISTENTE VOLUME EXISTENTE

DOSE DESEJADA VOLUME DESEJADO

1000 mg (dose ex.) 10 ml (vol. ex.)

75 mg (dose des.) x (vol. des.)

1000 X = 75 (x) 10 ml

X= 750

1000

X =0,75

Resposta do problema: Será aspirado apenas 0,75 ml da vancomicina presente na


unidade.

Atenção: No uso da regra de três, as grandezas representadas devem ser


equivalentes, caso contrário ao serem relacionadas entre si não permitirão resultados
fidedignos.

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Unidade 10 – Transformações de Soluções

10
TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÕES

Na administração de medicamentos por via intravenosa, por muitas vezes deparamos com
a necessidade de infusão contínua de soros de diferentes concentrações (osmolaridade).

O mercado nacional dispõe de pequena variedade em concentração e volume e


dessa forma, cabe ao profissional de enfermagem a transformação dessas soluções através
da manipulação adequada.

Cálculo do menor para a maior concentração

Nesse caso usa-se a seguinte fórmula:

CV = C1V1+ C2V2

Sabendo que:

 C = concentração desejada

 V = volume de concentração desejada

 C1 = concentração da solução existente

 V1 = volume da menor concentração existente a ser utilizada (Incógnita)

 C2 = concentração da solução existente (maior concentração)

 V2 = volume de maior concentração a ser utilizada (incógnita)

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

Neste caso, são incógnitos os volumes das soluções existentes que serão utilizados
(transformados) = V1 e V2, perfazendo um volume desejado = V, na concentração ideal =
C, o que nos permite afirmar pela lógica matemática que V2 = V – V1 e com isso teremos
apenas uma incógnita.

Exemplo de Transformação de solução:

Exemplo F:

Precisa-se infundir no paciente 125 ml de solução glicosada 15 %, dispomos na


unidade de ampolas de glicose hipertônica 25% / 10 ml e frasco de soro glicosado 5%/ 500
ml.

Resolvendo o problema:

CV = C1V1+ C2V2

CV = C1V1 + C2 (V- V1)

15 X 125 = 5 X V1 + 25 (125 – V1)

1875 = 5 V1 + 3125 – 25 V1

3125 – 1875 = 5 V1 – 25 V1

1250 = 20 V1

V1 = 1250: 20

V1 = 62,5

Contudo:

V2 = V – V1

V2 = 125 – 62,5

V = 62,5

Resposta da questão: Será utilizado volume de 62,5 ml da solução existente na


unidade.

Do maior para menor concentração

Nesse caso utiliza-se a seguinte fórmula:

CV = C1V1

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Unidade 10 – Transformações de Soluções

Sabendo-se que:

 C = concentração desejada

 V = volume da concentração desejada

 C1 = Concentração existente

 V1 = Volume da concentração existente

Exemplo G:

A enfermeira chegou ao plantão e na passagem de plantão a colega informou que


foi prescrito para a criança Ana Ester do leito 01, um flush de 10 ml de glicose a 15%,
porém a unidade só dispõe ampolas de 10 ml de glicose a 25%. Portanto, como a
enfermeira atuará nessa situação?

C = CONCENTRAÇÃO DESEJADA

V = VOLUME DESEJADO

C1= CONCENTRAÇÃO EXISTENTE

V1 = VOLUME DE CONCENTRAÇÃO A SER UTILIZADA.

Resposta da questão: 6 ml de glicose a 25%. Esse valor corresponde ao volume de


glicose a 25% existente que devemos utilizar (incógnita); o volume correspondente
indicado será atingido ao se completar o volume com água destilada, então teremos o
volume ideal na concentração ideal. Ou seja, será administrada 6 ml de glicose a 25%
acrescida de 4ml de água destilada, totalizando 10 ml de glicose a 15% conforme prescrito.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

11
TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÃO
GLICOSADA E FISIOLÓGICA EM
GLICOFISIOLÓGICA

Neste caso será realizado o raciocínio matemático lógico para que haja transformação da
solução glicosada e fisiológica em uma única solução denominada glicofisiológica.

Exemplo H:

A enfermeira deverá preparar 100 ml de uma solução glicofisiológica a partir de


frasco de 250 ml de soro fisiológico 0,9% e ampolas de glicose 25% - 10 ml presente na
unidade.

Resolvendo o problema:

1ª etapa:

Devemos compreender que:

A Solução fisiológica 0,9% significa que, em cada 100 ml temos 0,9 g de NaCl.

Glicose a 25% significa que, em cada 100 ml temos 25 g de glicose (então 10 ml =


2,5 g de glicose).

2ª etapa:

Sabe-se que o soro glicosado 5% possui 5g/100 ml, para chegarmos a essa
concentração necessitamos de 20 ml de glicose a 25% (considere que nesse caso, o
solvente é o Soro fisiológico, enquanto a glicose é o soluto).

3ª etapa:

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Unidade 11 – Transformações de Solução Glicosada e Fisiológica em Glicofisiológica

Portanto, do frasco de 250 ml de Soro Fisiológico, desprezamos 150 ml, teremos


então 100 ml de Soro Fisiológico a 0,9%, acrescentamos a essa solução 20 ml de glicose
hipertônica a 25%, o resultado obtido será 120 ml de solução glicofisiológica.

Na prática, alguns profissionais se utilizam de um método que resulta em valores


precisos para o cálculo, somente de pequenos volumes, quando precisamos transformar
soluções de menor para maior concentração.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

12
CÁLCULO DE DILUIÇÃO DE
MEDICAMENTO

Na terapia medicamentosa o termo Diluição significa dissolver uma medicação; adiciona-


se a ela solvente não alterando a massa do soluto.

A rediluição é diluir ainda mais o medicamento, aumentando o volume do solvente


(Água destilada, Soro Fisiológico, Soro Glicosado ou diluente para injeção), com o
objetivo de obter dosagens pequenas, ou seja, concentrações menores de soluto, porém
com um volume que possa ser aspirado com segurança.

Utiliza-se a rediluição quando se necessita de doses bem pequenas, como as


utilizadas na área da pediatria, neonatologia e em algumas clínicas especializadas.

Exemplo I:

Na unidade hospitalar o frasco ampola de Keflin (Cefalotina Sódica) de 1 grama.


Deve-se diluir de preferência por um volume de 5 ml de solvente, assim obtém-se uma
solução total de 5 ml. Quanto de Keflin existe em cada ml?

Resolvendo o problema:

Utilizar Regra de Três:

1000 mg ____ 5 ml

X mg ____ 1 ml

X = 1000: 5

X = 200 mg

Resposta do problema: Em cada ml da diluição terá 200 mg.

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Unidade 12 – Cálculo de Diluição de Medicamento

Exemplo J:

O setor de infectologia, possui o frasco ampola da Penicilina de 500 mg. Nesta


unidade deve-se diluir de preferência com 5 ml de solvente, assim obtém-se uma solução
medicamentosa total de 5 ml onde estarão 500 mg. Quanto de ampicilina tem-se em 1 ml
da medicação?

Resolvendo o problema: Utilizar a Regra de três:

500 mg _______ 5 ml

X mg ________ 1 ml

X = 500: 5

X = 100 mg

Resposta do problema: Em cada ml da diluição terá 100 mg.

Exemplo L:

No setor de Clínica Cirúrgica foi prescrito Aminofilina3 mg, endovenoso. Porém na


unidade tem-se ampola de 240 mg / 10 ml. O que a enfermeira fará nessa situação?

Resolvendo o problema:

Prescrição Médica: Aminofilina3 mg IV

Unidade: Aminofilina 240 mg/ 10 ml

240 mg _________ 10 ml

3 mg ____________ x

240 X = 10. 3

240 X = 30

X = 30: 240

X = 0, 125

Resposta do problema: Esse valor de 0, 125 é difícil de aspirar, por isso a


medicação deve ser REDILUÍDA.

240 mg _________10 ml

X _____________1 ml

10 X = 240. 1

X = 240: 10

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

X = 24 mg

Da ampola de 240 mg / 10 ml, vamos aspirar 1 ml na seringa de 10 ml.

Na seringa temos 1 ml que corresponde a 24 mg.

Tem-se agora uma nova apresentação. Lembre-se que aumentamos o volume com a
mesma quantidade de soluto (24 mg). Agora é só aspirar mais 9 ml de Água Destilada (AD)
completando 10 ml que corresponde a 24 mg.

Então temos:

24 mg ___________ 10 ml

3 mg ______________ X

24 X = 3. 10

24 X = 30

X = 30: 24

X = 1,25

Resposta do problema: Deve-se aspirar 1,25 ml da rediluição.

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Unidade 13 – Cálculo com a Insulina

13
CÁLCULO COM A INSULINA

Insulina Regular (simples ou composta) – ação rápida ou média no organismo; aspecto da


insulina límpida.

Insulina NPH – ação lenta no organismo; aspecto da insulina leitosa.

Insulina Glargina (Lantus) – mecanismo de ação contínua no organismo (uma única


dose a cada 24 horas); aspecto da insulina incolor.

A Insulina é sempre medida em unidades internacionais (UI) ou (U).

No mercado farmacêutico, atualmente, tem-se disponibilizado frasco de insulina


graduada em 100 UI/ml e seringas de insulina graduada também em 100UI/ml.

Exemplo M:

Na Clínica Cirúrgica tem uma prescrição médica de 20 UI de insulina NPH


rotulado 100 UI/ml e seringa de insulina graduada 100 UI/ml.

Resposta: Nesta situação a enfermeira deve aspirar na seringa de insulina até a


demarcação de 20 UI.

Está situação é muito fácil, pois tanto o frasco quanto a seringa tem a mesma
relação unidade/ ml; isto significa que o frasco tem a apresentação 100 UI/ ml e a seringa
também tem esta apresentação.

Exemplo N:

Na unidade hospitalar, tem-se uma prescrição médica de 20 UI de Insulina NPH,


tendo o frasco de 100 UI/ml, porém na unidade só tem seringa de três ml. Qual o valor que
a enfermeira irá aspirar nesta seringa?

Resolvendo o problema:

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

Frasco __________seringa

Prescrição ________ X

100 ____________1 ml

20 ______________ X

100 X = 20

X = 20: 100

X = 0,2 ml

Resposta da questão: a enfermeira deverá aspirar 0,2 ml na seringa utilizada de 3 ml.

13.1 OBSERVAÇÃO DA QUESTÃO


 Porque usar apenas 1 ml na operação se a seringa é de 3 ml? Utiliza-se a quantidade
equivalente à seringa de insulina (como se estivéssemos substituindo).

 Se não houver nenhum tipo de seringa de insulina na unidade e sendo necessário o


uso de seringa hipodérmica (3 ml - 5 ml), o volume aspirada terá por base sempre a
seringa de 1 ml, não importa o tamanho da seringa.

 Caso a prescrição médica seja em valores mínimos não sendo possível aspirá-lo, o
médico deverá ser comunicado, pois não está indicado a diluição da insulina devido
a perda da estabilidade.

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Unidade 14 – Cálculo da Penicilina Cristalina

14
CÁLCULO DA PENICILINA CRISTALINA

A Penicilina Cristalina é um antibiótico de largo espectro, utilizada amplamente nas


unidades hospitalares na terapia farmacológica dos processos infecciosos.

Este antibiótico tem frasco-ampola em apresentação mais comum com 5.000.000


UI e 10.000.000 UI.

Diferente da maioria das medicações, no solvente da penicilina cristalina, deve-se


considerar o volume do soluto, que no frasco ampola de 5.000.000 UI equivale a 2 ml e no
frasco de 10.000.000 UI equivale a 4 ml.

Quando coloca - se 8 ml de Água Destilada em um frasco ampola de 5.000.000 UI,


obtém-se como resultado uma solução contendo 10 ml.

Quando coloca - se 6 ml de Água destilada em um frasco ampola de 10.000.000 UI,


obtém-se como resultado uma solução contendo 10 ml.

Portanto, 5.000.000 UI estão para 8 ml AD + 2 ml de cristais (10 ml), logo


5.000.000 UI estão para 10 ml.

Portanto, 10.000.000 UI estão para 6 ml AD + 4 ml de cristais (10 ml), logo


10.000.000 estão para 10 ml.

Lembre-se que a quantidade de solvente (AD), se não estiver expressa na prescrição


ou houver orientação do fabricante, quem determina é quem está preparado.

Utiliza-se 8 ml no caso de Penicilina Cristalina de 5.000.000 UI e 6 ml no caso de


Penicilina Cristalina de 10.000.000 UI, para que tenha-se maior facilidade na hora do
cálculo.

Ao administrar a Penicilina Cristalina lembre-se que está medicação é colocada


normalmente em bureta com 50 ml ou 100 ml, conforme prescrição médica.

Exemplo O:

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

No hospital foi prescrito para um paciente Penicilina Cristalina 4.800.000 UI,


porém na unidade só tem frasco ampola de 10.000.000. Como a enfermeira resolverá essa
situação?

Resolvendo o problema:

Prescrição Médica: PC: 4.800.000 UI

Unidade: PC: 10.000.000 UI

Diluente: 6 ml

10.000.000 ________ 10

4.800.000 _________ X

10.000.000 X = 4.800.000 UI. 10

10.000.000 X = 48.000.000

X = 48.000.000: 10.000.000

X = 4,8 ml

Resposta da questão: A enfermeira deve aspirar da solução 4,8 ml que corresponde


a 4.800.000 UI.

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Unidade 15 – Cálculo do Soro

15
CÁLCULO DO SORO

Soro é uma solução que pode ser isotônica, hipertônica e hipotônica muito utilizada nas
unidades hospitalares.

15.1 O SORO TEM COMO FINALIDADES


 Hidratação

 Alimentação

 Curativos

 Solventes de medicações (ampolas)

 Compressa ocular

 Compressas diversas

15.2 DEFINE-SE DA SEGUINTE FORMA


 Solução Isotônica: a concentração é igual ou próxima a do plasma sanguíneo.

 Solução Hipertônica: a concentração é maior que a do plasma sanguínea.

 Solução Hipotônica: a concentração é menor que a do plasma sanguínea.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

15.3 SOROS MAIS UTILIZADOS


 Soro glicosado 5 % e 10% (SG5% e SG10%).

 Soro fisiológico 0,9% (SF 0,9%)

 Soro glicofisiológico (SGF)

 Soro Ringer com lactato ou ringer simples.

15.4 CARACTERÍSTICAS DOS SOROS


 O volume dos soros podem variar de ampolas de 10 ml ou 20 ml e frascos de 100
ml, 250 ml, 500 ml e 1000 ml.

 Pode-se manipular de forma a aumentar ou diminuir a concentração ou estabelecer


uma nova solução.

 Para aumentar a concentração de um soro será necessário descobrir de quanto é a


concentração da solução que temos disponíveis na unidade.

15.5 CONCENTRAÇÃO DOS SOROS


 Soro glicosado 5%: tem-se 5g ---100 ml.

 Soro glicosado 10%: tem-se 10g ---100 ml.

 Soro glicosado 15%: tem-se 15g ---- 100 ml.

 Soro fisiológico 0,9%: tem-se 0,9g –100 ml.

Exemplo P:

 Soro prescrito: --------SF 7,5% 500 ml

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Unidade 15 – Cálculo do Soro

 Soro que se tem disponível na unidade:- ----SF 0,9% 500 ml

 Solução disponível na unidade:- ---ampolas de NaCl 20% 10 ml

1ª etapa: Soro que tem na unidade

SF 0,9% _______ 500 ml

0,9%

0,9g __________100 ml

X_ __________ 500 ml

100 X = 0,9. 500

100 X = 450

X = 450: 100

X = 4,5 g

15.6 SORO PRESCRITO


SF 7,5% ___________500 ml

7,5 %

7,5 g __________ 100 ml

X _________ 500 ml

100 X = 7,5. 500

100 X = 3750

X = 3750: 100

X = 37, 5

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

Tem-se 37,5 gramas de NaCl em 500 ml de soro.

Queremos um soro que contenha 37,5 gramas de cloreto de sódio; como tem-se um
soro com 4,5 gramas, é preciso acrescentar 33 gramas (pois, 37,5g – 4,5 g = 33 g).

15.7 SOLUÇÃO DISPONÍVEL NA UNIDADE


Nacl 20%_______10 ml

20%

20 g ______100 ml

X ________10 ml

100 X = 20. 10

100 X = 200

X = 200: 100

X=2g

Quantos ml’s são necessários para perfazer o total de cloreto de sódio necessário
para este problema?

2g ____________10 ml

2 g _____________10 ml

33 g ____________ X

2 X = 33 . 10

2 X = 330

X = 330: 2

X = 165 ml

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Unidade 15 – Cálculo do Soro

Portanto, é preciso acrescentar 165 ml de cloreto de sódio a 20%, que


corresponderá a X ampolas.

Quantas ampolas de NaCl serão necessárias para resolver a questão?

1 ampola _________ 10 ml

1 ampola __________ 10 ml

X _____________ 165 ml

10 X = 165

X = 165: 10

X = 16,5

Resultado da questão: portanto serão necessários 16,5 ampolas.

Vale ressaltar que o frasco de soro não suporta o volume adicional. Para adicionar
165 ml deve-se desprezar 165 ml do soro.

Exemplo M:

Calcule quantas de cloreto de sódio perde-se quando despreza-se 100 ml de soro?

Resolvendo o problema:

SF 0,9% __________ 100 ml

0,9%

0,9g _____________100 ml

X ______________100 ml

100 X = 0,9. 100

100 X = 90

X = 90: 100

X = 0,9 g

Resposta da questão: deve-se repor estas 0,9 gramas de cloreto de sódio que foram
desprezadas.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

Cálculo da reposição: quantas ml das ampolas foram necessárias para perfazer os


0,9 gramas necessários?

2g __________ 10 ml

2 g _________ 10 ml

0,9 g ________ X

2 X = 10. 0,9

2X=9

X = 9: 2

X = 4,5 ml

Resposta da questão: Necessitará 4,5 ml das ampolas de cloreto de sódio.

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Unidade 16 – Aprazamento das Medicações Prescritas

16
APRAZAMENTO DAS MEDICAÇÕES
PRESCRITAS

Além dos cálculos corretos da dosagem a ser administrada, compete ao enfermeiro o


aprazamento das medicações.

Esse procedimento, apesar de parecer simples, envolve diversos aspectos


relacionados à rotina de cada serviço.

Cada serviço costuma padronizar horários para administração de medicamentos,


tais como:

De 6 em 6 horas: 06 – 12 - 18 – 24

De 8 em 8 horas: 06 – 14 – 22

De 12 em 12 horas: 10 - 22

1 vez ao dia: Às 10 h

Deve-se ressaltar que esses são flexíveis principalmente no que diz respeito ao
início da terapia intravenosa.

O aprazamento concomitante de um mesmo medicamento em diversos pacientes é


um recurso utilizado por vários serviços com o objetivo de reduzir os custos hospitalares
quando a unidade não é atendida pelo serviço de farmácia hospitalar através da
dispensação da medicação por dose unitária e individualizada.

Nas unidades pediátricas devido ao uso das medicações serem em doses menores,
em algumas situações pode ser aprazado a administração de uma medicação em um mesmo

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

horário para várias crianças, levando em conta que a dose utilizada é pequena e o tempo de
estabilização de algumas drogas após diluída é reduzido, evitando o desperdício e o
manuseio excessivo da medicação.

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Unidade 17 – Princípios Básicos para o Registro / Anotações das Medicações Prescritas e
Administrativas

17
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O
REGISTRO/ ANOTAÇÃO DAS
MEDICAÇÕES PRESCRITAS E
ADMINISTRADAS

Considera-se que a anotação de enfermagem é um dos mais importantes instrumentos de


comunicação, pois os registros são elementos imprescindíveis no processo de cuidar do ser
humano.

A anotação é um instrumento valorativo de grande significado na assistência de


enfermagem e na sua continuidade, tornando-se, pois, indispensável na aplicação do
processo de enfermagem.

Todo registro realizado em folha que integram o prontuário é considerado


documento de valor legal e pode configurar autos de processos jurídicos e éticos.

Dessa forma o profissional de enfermagem deve estar comprometido com a prática


do registro imediatamente após cada ocorrência do evento.

Quanto à administração de medicação, os registros devem se concentrar na


checagem do horário correspondente (com o nome do profissional), o registro na folha de
evolução de enfermagem (com o carimbo do profissional), bem como o registro na folha
de balanço hídrico do paciente (volume administrado) e de acordo com a rotina de cada
serviço.

Qualquer alteração relacionada ao procedimento de administração de medicação


deverá ser registrada no prontuário do paciente, nos livros ou documentos destinados para
essa finalidade, assim como as providências, com vista à resolução de possíveis problemas.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

Qualquer interrupção e atraso de infusão venosa e medicamentos administrados por


essa via também deve ser justificada através de registros, informando os motivos e o tempo
de atraso.

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Unidade 18 – Cuidados no Preparo, Diluição e Administração das Medicações

18
CUIDADOS NO PREPARO, DILUIÇÃO E
ADMINISTRAÇÃO DAS MEDICAÇÕES

Lavar as mãos antes e depois do preparo e administração dos medicamentos;

Preparar o local (assepsia e desinfecção);

Conferir os medicamentos conforme prescrição (nome, dose, apresentação


farmacêutica e via de administração);

Deve-se evitar a prática de deixar os medicamentos preparados com antecedência.


O ideal é que estejam prontos imediatamente antes da sua administração;

Antes de administrar qualquer medicamento termolábil, assegure-se de que ele está


na temperatura ambiente;

Observar sinais de instabilidade antes e depois do preparo (mudança de coloração,


turbidez, formação de gases e precipitação);

Obedecer rigorosamente o tempo de estabilidade após a reconstituição e/ou diluição


conforme especificado neste Manual, bem como, a necessidade de refrigeração
(termossensibilidade) e/ou proteção da luz (fotossensibilidade) de cada medicamento;

Não se recomenda a administração simultânea de qualquer medicamento com


hemoderivados e hemocomponentes;

Identificar os frascos dos medicamentos que forem preparados e guardados para


uso posterior, informando a concentração (mg/ml), data e hora do preparo e o nome do
responsável por esse procedimento;

Medicamentos incompatíveis não devem ser misturados entre si ou em solução,


devendo também ser evitada a administração simultânea no mesmo horário ou via.

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Unidade 19 – O Uso das Bombas de Infusão Contínua na Administração de Medicação

19
O USO DAS BOMBAS DE INFUSÃO
CONTÍNUA NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAÇÃO

O desenvolvimento de tecnologias possibilitou a utilização de aparelhos de precisão, que


permitem o controle de gotejamento de soluções denominadas como Bombas Infusora ou
de Infusão Contínua (BIC).

Este recurso é prático sendo amplamente utilizado nas unidades hospitalares.

O uso da Bomba de Infusão Contínua é fundamental para a administração de


medicações em solução e para as venóclise, sendo indispensável no controle do Balanço
Hídrico do paciente.

É imprescindível que possamos dispor daquelas bombas que possuam


características de maior segurança.

Entretanto, os profissionais de enfermagem devem estar preparados para identificar


falhas no mecanismo de precisão destes aparelhos e até mesmo para fornecer informações
precisas para esses mecanismos, de tal forma que se faz necessárias obter os resultados a
partir da sentença matemática.

As Bombas de Infusão de uso Contínuo operam a partir de informações que


relacionam volume e tempo (ml/h).

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

19.1 AS BOMBAS DE INFUSÃO UTILIZADAS EM UNIDADES


HOSPITALARES DEVEM
 Ser de simples manuseio;

 Possuir bateria de longa duração e memória;

 Oferecer precisão na infusão do volume programado;

 Permitir pequenas velocidades de infusão;

 Ter fluxo contínuo não pulsátil;

 Não permitir fluxo livre ou entrada de ar;

 Manter a veia aberta (KVO), evitando perda ou obstrução de acesso venoso,


quando necessário;

 Possuir alarmes sonoros que toquem no momento das ocorrências de problemas


concomitantemente ao aparecimento, fácil compreensão, proporcionando a
possibilidade de rápida ação corretiva;

 Possuir sensor de ar ou sistema de cata- bolhas nos equipos.

19.1 OS EQUIPOS DE BOMBAS DE INFUSÃO DEVEM


 Ser de poliuretano ou PVC;

 Oferecer modelos para solução fotossensível e para hemoderivado;

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Unidade 19 – O Uso das Bombas de Infusão Contínua na Administração de Medicação

 Ter uma capacidade máxima de preenchimento interno reduzido, que evita


desperdício de soro, drogas ou nutrição parenteral.

19.2 REGISTRO NO HORÁRIO DE INFUSÃO


 Consiste no registro do horário de todo volume infundido, cujos objetivos visam:

 Controlar rigorosamente a infusão das soluções;

 Certificar-se de que o volume que está sendo infundido, de hora em hora,

 Corresponde ao volume – hora programado e desejado;

 Certificar-se sobre o adequado funcionamento da bomba infusora e sobre a


adequada programação da mesma;

 Observar os possíveis erros ou problemas nas infusões;

 Prevenir a ocorrência de hipo e hiper-hidratação;

 Favorecer a avaliação periódica da permeabilidade vascular.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

20
ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAÇÃO

Pesquisas realizadas anualmente evidenciam a presença do erro durante o procedimento de


administração de medicamentos em serviços de saúde.

Os erros relacionados à utilização de medicamentos podem resultar em sérias


consequências para o paciente e sua família, podem gerar incapacidades, expor o paciente
a procedimentos mais dolorosos, prolongar o tempo de internação e até levar o paciente a
morte.

Estima-se que nos EUA morrem entre 44.000 e 98.000 pessoas anualmente nos
hospitais por causa de erros.

Os pacientes nas UTI são particularmente vulneráveis.

Em visitas é relatado um evento adverso sério em 17% dos pacientes.

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Unidade 20 – Erros na Administração de Medicação

Numa avaliação de erros que combinava auto - relatos com observação direta numa
UTI clínico- cirúrgica encontrou-se 1,7 erros por paciente/dia. Destes erros 29% tinham o
potencial de causar morte ou lesão importante.

Como o tempo médio de permanência era de 3 dias, estes dados sugerem que quase
todos os pacientes que eram admitidos na UTI sofreram um erro com potencial de risco de
vida em algum momento da internação.

Um estudo recente nos EUA em UTI e enfermarias revelou que os pacientes


recebiam apenas a metade dos cuidados recomendados e prescritos

Embora estes dados sejam alarmantes, são previsíveis.

A maioria das pesquisas destina-se a compreender os aspectos biológicos das


doenças e identificar as terapias eficientes.

Existe pouca pesquisa que veja como a terapia é realizada de uma forma eficiente e
segura.

Portanto, levando em conta o grande número de intervenções às quais o paciente


internado é submetido, a incidência de uma alta taxa de erros é possível caso não existam
medidas que visem sua prevenção, detecção e intervenção.

Os erros ocorrem devido à:

Excesso de atividades no trabalho.

Uso inadequado: (Quando você não souber exatamente o que fazer não fazer nada é
mais prudente).

Medidas que deveriam ser tomadas e não foram.

Horas de trabalho por semana (excesso).

Desatenção no procedimento executado.

Realização de diversos procedimentos ao mesmo tempo.

Os pacientes internados são mais vulneráveis aos erros de medicamentos por:

Recebem muitas drogas, tais como: analgésicos, sedativos, bloqueadores


neuromusculares antiarrítmicos e antibióticos e venóclise.

Na Unidade de Terapia Intensiva a maioria das medicações são administradas aos


pacientes que frequentemente estão sedados e não podem identificar possíveis erros.

São frequentes as interações medicamentosas; além disso, os pacientes podem ter


disfunção cardiovascular, renal e hepática.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

20.1 ESTRATÉGIAS PARA A REDUÇÃO DO ERRO DE MEDICAÇÃO


NAS UNIDADES HOSPITALARES
Visitas multidisciplinares aos pacientes hospitalizados.

Padronização dos medicamentos e nas diluições nas unidades hospitalares, através


pela comissão de farmácia e das diluições pela enfermagem em conjunto com os médicos.

A utilização de protocolos evitam erros.

Reduzir a confiança nas fraquezas humanas.

Prescrições digitalizadas.

Tecnologia do código de barra.

Dispositivos de infusão computadorizados.

Educação em serviço para os profissionais de enfermagem que atuam diretamente


na administração das medicações.

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Unidade 21 – Respaldo Legal para o Enfermeiro na Administração de Medicamentos

21
RESPALDO LEGAL PARA O ENFERMEIRO
NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS

O respaldo legal para o enfermeiro na administração de medicamento leva em conta que


este procedimento é respaldado pelo Código de Ética de Enfermagem que regula e fiscaliza
a profissão de enfermagem no território brasileiro.

Código de Ética de Enfermagem: Deveres

Art. 10º - Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão
sustentação a sua prática profissional.

Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem


livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.

Código de Ética de Enfermagem: Proibições:

Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-


se da possibilidade de riscos.

Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança


da pessoa.

Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar


prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou elegibilidade.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

22
BASES DA FARMACOLOGIA PARA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO

Farmacologia é a ciência que estuda como as substâncias químicas interagem com os


sistemas biológicos. Como ciência nasceu em meados do século XIX.

Esta ciência engloba o conhecimento da história, origem, propriedades físicas e


químicas, associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de absorção,
biotransformação e excreção dos fármacos para seu uso terapêutico ou não.

22.1 DESTINO DO FÁRMACO NO ORGANISMO


Qualquer substância que atue no organismo vivo pode ser absorvida por este, distribuída
pelos diferentes órgãos, sistemas ou espaços corporais, modificada por processos químicos
e finalmente eliminada.

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Unidade 22 – Bases da Farmacologia para Administração de Medicamentos

A farmacologia estuda estes processos e a interação dos fármacos com o homem e


com os animais, os quais se denominam:

Absorção - Para chegar na circulação sanguínea o fármaco deve passar por alguma
barreira dada pela via de administração, que pode ser: cutânea, subcutânea, respiratória,
oral, retal, muscular.

Ou pode ser inoculada diretamente na circulação pela via intravenosa, sendo que
neste caso não ocorre absorção, pois não transpassa nenhuma barreira, caindo diretamente
na circulação.

A maioria dos fármacos é absorvida no intestino, e poucos fármacos no estômago,


os fármacos são melhor absorvidos quando estiverem em sua forma não ionizada.

Os fármacos que são ácidos fracos serão absorvidos melhor no estômago que tem
pH ácido, Exemplo (Ácido Acetil Salicílico), já os fármacos que são bases fracas, serão
absorvidos principalmente no intestino, sendo que esse tem um pH mais básico que o do
estômago.

Os fármacos na forma de comprimido passam por diversas fases de quebra, até


ficarem na forma de pó e assim serem solubilizados e absorvidos.

Já os fármacos em soluções, não necessitam sofrer todo esse processo, pois já estão
na forma solúvel, e podem ser rapidamente absorvidos.

Distribuição: Uma vez na corrente sanguínea o fármaco, por suas características de


tamanho e peso molecular, carga elétrica, pH, solubilidade, capacidade de união a proteína
se distribui pelos distintos compartimentos corporais.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

Metabolismo ou Biotransformação: Muitos fármacos são transformados no


organismo ação enzimática. Essa transformação pode consistir em degradação (oxidação,
redução, hidrólise), ou em síntese de novas substâncias como parte de uma nova molécula
(conjugação).

O resultado do metabolismo pode ser a inativação completa ou parcial dos efeitos


do fármaco ou pode ativar a droga como nas "pró - drogas". Ainda mudanças nos efeitos
farmacológicos dependendo da substância metabolizada.

Excreção: Finalmente, o fármaco é eliminado do organismo por meio de algum


órgão excretor. Os principais são rins e fígado, exemplo através da bile, mas também é
importante a pele, as glândulas salivares e lacrimais, ocorre também a excreção pelas fezes.

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Unidade 23 – Princípios Básicos da Antibioticoterapia

23
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA
ANTIBIOTICOTERAPIA

Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por organismos vivos capazes de


inibir o crescimento ou destruir bactérias e outros microrganismos.

23.1 OS ANTIBIÓTICOS PODEM TER VÁRIAS CLASSIFICAÇÕES


 De acordo com o grupo;

 Segundo efeito sobre o germe;

 Segundo o espectro;

23.1.1 A Administração de Antibiótico Tem Efeito Especifico no


Organismo Humano e Possui Alguns Princípios para a sua
Prescrição
 Produzir concentração efetiva da droga;

 Ação terapêutica em um local específico;

 Atingir os efeitos terapêuticos desejados;

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

 Atentar para evitar a toxicidade no uso contínuo;

23.1.2 Sete Certos da Administração dos Antibióticos


 Administrar o medicamento certo;

 Administrar a dose certa;

 Administrar na via certa;

 Administrar no horário certo;

 Administrar no paciente certo;

 Utilizar o método certo;

 Utilizar a abordagem certa.

 Os antibióticos São utilizados na sua maioria IV tem absorção rápida.

 A maioria dos antibióticos são metabolizados no fígado e excretados por via renal.

23.2 AMPICILINA
 Do mesmo grupo das penicilinas;

 É droga de escolha por ser medicação com amplo espectro de ação;

 Pode ser associada a outros Antibióticos.

23.2.1 Ampicilina
 Diluída em SF 0,9%, SG 5%, SG 10% e Água destilada (AD);

 Infundir em 30 a 60 min;

 Interação com as Penicilinas e cefalosporinas (ex: Cefepime) administrado uma


hora antes ou depois;

 Tempo de ação em SF 0,9% = 6h

 Tempo de ação em SG= 2h

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Unidade 23 – Princípios Básicos da Antibioticoterapia

 Tempo de ação em AD= 1h

 Incompatível: Anfotericina B, Dopamina, Nutrição Parenteral, dentre outros.

23.2.2 Gentamicina
 É um aminoglicosídeo;

 Amplo espectro de ação;

 Também pode ser associada a outros antibióticos.

 Podem ser diluídos em SF 0,9%, SG 5%, SG 10% e AD;

 Infundir em 30 a 60 min;

 Interação: Penicilinas e cefalosporinas (ex: Cefepime) uma hora antes ou depois;

 Tempo de ação em SF, SG e AD= 24h

 Tempo de ação em AD= 1h

 Incompatível: Anfotericina B, Oxacilina, Penicilina G, dentre outros.

23.2.3 Cefepime
 Cefalosporina de 4º geração;

 Amplo espectro de ação;

 As de quarta geração demandam menor quantidade de doses;

 Pode ser diluído em SF 0,9%, SG 5% e AD;

 Infundir em 20 a 30 min;

 Diluída em SF, SG e AD= 24h

 Refrigeração = 7 dias;

23.2.4 Vancomicina
 É um glicopeptídeo;

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

 Uso no tratamento de infecções resistentes a outros antibióticos;

 Diluídos em: SF 0,9%, SG 5% e AD;

 Infundir em 60 min; Interação: Penicilinas e cefalosporinas (ex: Cefepime) uma


hora antes ou depois;

 Tempo de ação quando diluída em SF = 6h

 Tempo de ação quando diluída em SG= 2h

 Tempo de ação quando diluída em AD= 1h

 Refrigeração = 96 h

 Incompatível: fenobarbital, Dexametasona, Vitamina B e C; dentre outros.

23.2.5 Meropenem
 É um exemplo carbapenem;

 Antibiótico de amplo espectro de ação e também usado quando não há boa resposta
de outros ATBs;

 Diluído em SF 0,9% e AD;

 Infundir em 30 a 60 min;

 Tempo de ação quando diluída em SF e AD= 8h

 Refrigeração = 48 h

 Incompatível: Anfotericinas, metronidazol, dentre outros.

 Indicação do Meropenem: Infecções causadas por microrganismos nas seguintes


localizações: infecções do trato respiratório inferior, infecções do trato urinário,
infecções intra-abdominais, infecções ginecológicas, infecções da pele e órgãos
anexos; Meningite e Septicemia;

 Efeitos colaterais: Diarréia, erupção cutânea, náuseas, vômitos, flebite, prurido,


parestesia e cefaléia.

 Em raras ocasiões trombocitopenia, eosinofilia, alterações das enzimas hepáticas.

 A administração de meropenem pode favorecer a candidíase oral e vaginal.

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23.2.6 Imipenem
 Diluído em SF 0,9% e AD, mas tem diluente próprio;

 Infundir em 30 a 60 min;

 Tempo de ação= 4 h

 Refrigeração = 24 h

 Incompatível: Anfotericina B, Fluconazol, dentre outros.

 Apresentação do Imipenem:

 Cada frasco de infusão intravenosa contém:

 250 mg de imipenem e 250 mg de cilastatina sódica;

 500 mg de imipenem e 500 mg de cilastatina sódica;

 Cada sistema monovial intravenoso:

 250 mg de imipenem e 250 mg de cilastatina sódica, ou 500 mg de imipenem e 500


mg de cilastatina sódica;

 Frasco - ampola para aplicação intramuscular:

 500 mg de imipenem e 500 mg de cilastatina sódica, ou 750 mg de imipenem e 750


mg de cilastatina sódica;

 Indicação do Imipenem:

 Infecções ósseas provocadas por Staphylococcus aureus, estreptococos do grupo D


e Pseudomonasaeruginosa;

 Endocardite bacteriana por Staphylococcus aureus;

 Infecções do trato geniturinário por S. aureus, Escherichia coli, Klebsiellas,


Proteus, Haemophilusvaginalis;

 Infecções intra-abdominais provocadas por S. aureus, Escherichia coli, Klebsiellas,


Pseudomonasaeruginosa, Enterobacter, Streptococcuspneumoniae;

 Infecções cutâneas e de tecidos moles provocadas por S. aureus, E. coli, Klebsiellas,


espécies de Enterobacter;

 Efeitos Colaterais:

 Erupção cutânea, urticária, prurido, sibilâncias, confusão. Raramente apresentam-se:


tonturas, náuseas, vômitos, cãibras, diarréias e cansaço ou debilidade não habituais;

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

23.2.7 Anfotericina B
 É um Antibiótico macrolídeo;

 É a principal medicação antifúngica utilizada atualmente;

 Diluído em SG 5%, SG 10%, e AD;

 Não usar em solução salina;

 Fotossensível;

 Infundir de 2 a 6 horas;

 Tempo de Ação = uso imediato;

 Refrigeração = 7 dias

 Incompatível: amicacina, ampicilina, dopamina, cloreto de potássio, vancomicina,


midazolam, dentre outros.

 A Anfotericina B lipossomal tem função igual à Anfotericina B, mas apresenta


menos efeitos colaterais para os recém-nascidos.

23.2.8 Metronidazol
 Este antibiótico já vem pronto para uso;

 Infundir numa vazão de 5ml/h;

 Fotossensível;

 Não refrigerar;

 Incompatível: Dopamina, Meropenem dentre outros.

23.3 ATENÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS


PORQUE ELES SÃO NEFROTÓXICOS E OTOTÓXICOS
 Respeitar o tempo de administração;

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Unidade 23 – Princípios Básicos da Antibioticoterapia

 Observar sinais e sintomas apresentados durante e após a administração do ATB –


reação adversa ou reação de hipersensibilidade. Comunicar imediatamente qualquer
sinal diferente do normal;

 Interações medicamentosas;

 Alguns antibióticos são irritantes para veia – sinais de flebite são mais frequentes;

 O peso é uma medida de grande importância visto que é a partir dele que as
dosagens das medicações são definidas;

 Ideal é que a nutrição parenteral seja usada em via exclusiva. Atentar para
incompatibilidade com antibióticos.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual
ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. Foi prescrito SF 0,9% em um paciente desidratado em uma unidade de emergência a 60


ml/h no entanto, a única bomba de infusão da unidade estava em uso. Nesse caso deve-
se infundir em equipo de gotas. Quantas gotas por minuto será?

a. 10 gts/min

b. 12 gts/min

c. 20 gts/ min

d. 22gts/min

2. Uma criança com 7 Kg deverá fazer uso de um antibiótico cuja dose recomendada é de
10 mg/Kg/dia, 2 vezes ao dia. Na unidade de Saúde, a apresentação disponível é de 100
mg/ ml. A dose que deverá ser administrada em cada hora é de?

a. 0,35 ml

b. 0,45 ml

c. 1,34 ml

d. 0,85 ml

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Avaliação

3. Um paciente codem quadro de broncoespasmo foi prescrito 50 mg de Aminofilina. A


medicação disponível na unidade é de 24 mg/ ml em cada ampola de 10 ml. A
quantidade em ml que deverá ser administrada no paciente é de:

a. 20,8

b. 30,8

c. 3,08

d. 2,08

4. Os antibióticos são potentes medicações utilizados em processos infecciosos. Dentre as


medicações abaixo assinale a alternativa que não é antibiótico:

a. Ampicilila

b. Meropenem

c. Dexametasona

d. Imipenem

5. A ocorrência do erro de medicações pode ser fatal ao paciente. As alternativas abaixo


representam situações que desencadeiam erros de medicações, exceto:

a. Atenção redobrada no preparo, diluição e administração de medicamentos.

b. Excesso de atividades no trabalho.

c. Uso inadequado: (Quando você não souber exatamente o que fazer não fazer nada é
mais prudente).

d. Desatenção no procedimento executado.

6. As Bombas de Infusão Contínua (BIC) são aparelhos utilizados nas unidades


hospitalares que reduz bastante o erro nos cálculos do gotejamento do soro. Elas devem
ter características relevantes. Portanto com relação às bombas infusoras marque a
alternativa errada:

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a. Ser de simples manuseio;

b. Possuir bateria de curta duração e memória;

c. Oferecer precisão na infusão do volume programado;

d. Permitir pequenas velocidades de infusão;

7. Qual o número de microgotas por minuto de uma solução cujo volume é 98 ml e o


tempo previsto de infusão é de 4 horas?

a. 2,45 mgts/min

b. 24,5 mgts/min

c. 34,5 mgts/min

d. 44,4 mgts/ min

8. A prescrição médica de um antibiótico foi modificada pelo plantonista de plantão para


1,5 mg de ampicilina. Porém o hospital só possui ampola de 20 mg/ 2ml. Qual o valor
será aspirado da ampola que seja equivalente a 1,5 mg?

a. 1,15

b. 1,05

c. 0,15

d. 1,02

9. O estudo da Farmacologia revela que o fármaco/ medicação passa por diversos


processos dentro do organismo. Este processo foram citados abaixo, portanto marque a
alternativa errada.

a. Absorção

b. Envio

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Avaliação

c. Distribuição

d. Metabolismo

10. Com relação aos cuidados no preparo, diluição e administração das medicações,
marque a alternativa errada:

a. Lavar as mãos antes e depois do preparo e administração dos medicamentos.

b. Preparar o local (assepsia e desinfecção).

c. Conferir os medicamentos conforme prescrição (nome, dose, apresentação


farmacêutica e via de administração).

d. Prepare os medicamentos com antecedência. O ideal é que estejam prontos bem


antes da sua administração.

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Cálculo de Medicação em Enfermagem

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

BOYER, MJ. Cálculo de dosagem e preparação de medicamentos. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2010.

BRUNNER/SUDDARTH. Tratado Médico-Cirúrgico. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2010.

CARPENITO, Lynda Jual. Manual de Diagnósticos de Enfermagem. Porto Alegre:


Artes Médicas Sul Ltda, 2010.

CASSANI, S.H.B. A segurança do paciente e o paradoxo no uso de medicamentos. Rev.


Bras. Enfermagem, 2005; 88 (1): 95-99.

CIANCIARULLO, Tâmara Wanow. Instrumento Básicos para o cuidar: Um desafio


para a qualidade da assistência, São Paulo: Atheneu, 2006.

COREN/SP. 10 Passos para a Segurança do Paciente. Conselho Regional de


Enfermagem do Estado de São Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do
Paciente - REBRAENSP- São Paulo, 2010.

DESTRUTTI, A.B.C. B et AL. Cálculo e conceitos de farmacologia.8 ed. São Paulo:


editora SENAC, 2004.

Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem: 2007- 2008. Rio de


Janeiro: EPUB, 2006.

RESOLUÇÃO COFEN 311/2007.Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

RUIPÉREZ, Isidoro & LIORENTE, Paloma revisão técnica de Celina Castagnari Marra.
Guia Prático de Enfermagem. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Intamericana do Brasil
LTDA, 2008.

SILVA d. S, M. T.; SILVA, S.R.L.P.T. Cálculo e administração de medicamento na


enfermagem. 2 ed. São Paulo: Martinari, 2009.

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Referência

SILVA, A.E.B. de C.; CASSIANI, S. H. de B; MIASSO, A. I.; OPITZ, S. P. Problemas na


comunicação: uma possível causa de erro de medicações. Acta Paul. Enferm. V. 20, n. 3,
p. 272-276, jul/set, 2007.

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