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TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do POP.UUE.001 - Página 1/108
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Emissão: 7/10/2022 Próxima revisão:
Documento NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Versão: 1 7/10/2024
1. OBJETIVO
Realizar uma escuta qualificada do usuário que procura os serviços de urgência/emergência
da Unidade de Urgência e Emergência (UUE) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro (HC-UFTM);
Avaliar e classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços
de urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento médico mediato ou
imediato (Observação: os pacientes regulados, via Complexo Regulador Municipal, são
encaminhados ao HC-UFTM com a Classificação de Risco em laudo SisReg – Sistema de Regulação);
Construir os fluxos de atendimento na urgência/emergência considerando todos os serviços
da Rede de Assistência à Saúde;
Funcionar como um instrumento de ordenação e orientação da assistência, sendo um
sistema de regulação da demanda dos serviços de urgência/emergência;
Tornar as transferências mais ágeis e uniformizadas, otimizando os recursos e reduzindo a
exposição dos pacientes a ambientes superlotados e minimizando os riscos de infecção hospitalar
na UUE.
2. DOCUMENTOS RELACIONADOS
Ficha de identificação e admissão dos pacientes que são recebidos na UUE do HC-UFTM.
3. CONCEITOS
Acolhimento: diretriz política, ética e operacional do Sistema Único de Saúde (SUS) com
garantia aos serviços de saúde de qualidade e integralidade da atenção. (Ministério da Saúde/MS,
Política Nacional de Humanização/PNH, 2006).
Classificação de Risco: identificação das prioridades e necessidade de tratamento imediato,
de acordo com sinais e sintomas, baseado em um protocolo. Não é diagnóstico.
Acolhimento com Classificação de Risco: permite a garantia de acesso, concretização do
princípio da equidade, possibilita a identificação das prioridades do atendimento. É um processo de
inclusão que garante o acesso.
Protocolo de Manchester: é um dos métodos de triagem mais eficazes do mundo, pois ele
permite que os atendimentos em hospitais sejam realizados de maneira muito mais rápida e eficaz,
de acordo com a real necessidade dos pacientes, de forma justa e com tratamento imparcial para
todos.
4. APLICAÇÃO
UUE do HC-UFTM:
Funcionários da portaria/recepção – providenciam a ficha de atendimento mediante
documento com foto;
Enfermeiro do Serviço de Classificação de Risco (após encaminhamento do funcionário da
portaria/recepção) – avalia e classifica o paciente de Manchester a partir dos fluxogramas de
atendimento, conforme os anexos deste Procedimento Operacional Padrão (POP).
5. RECURSOS NECESSÁRIOS
Sala para atendimento, equipada com linha telefônica, documentos necessários
específicos para a admissão, material de escritório, computador, impressora.
6. INFORMAÇÕES GERAIS
Todos têm direito às ações e serviços necessários para a promoção, proteção e
recuperação de sua saúde, incluindo, quando necessário, internação hospitalar nos hospitais
públicos e/ou conveniados ao SUS (artigos 196 e 198/Constituição Federal – CF, artigos 5.º, inciso
III e 7.º, inciso II da Lei 8080/1990).
A UUE do HC-UFTM apresenta média de taxa de ocupação de 200% apresentando
diariamente superlotação nas enfermeiras da unidade gerando riscos para a segurança do paciente
e sobrecarga de trabalho para a equipe.
A Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, Título I, Disposições Gerais, art. 2.º diz que a saúde
é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao
seu pleno exercício. Ainda na mesma Lei, consta em seu parágrafo 1.º: “O dever do Estado de
garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à
redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação”.
A triagem ou Classificação de Risco é uma ferramenta de manejo clínico, empregada nos
serviços de urgência por todo mundo, para efetuar a construção dos fluxos de pacientes quando a
necessidade clínica excede a oferta.
O Grupo de Classificação de Risco de Manchester foi formado em novembro de 1994 no
Reino Unido com o objetivo de estabelecer um consenso entre médicos e enfermeiros do serviço
de urgência para um padrão de triagem ou classificação de risco.
A Portaria 2048/2002/MS propõe a implantação nas unidades de atendimento de urgências
o acolhimento e a “triagem classificatória de risco”. Conforme solicitação da Portaria, a classificação
de risco deve ser realizada de acordo com essa Portaria; este processo “deve ser realizado por
profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos
pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes,
colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento” (BRASIL, 2002).
Conforme a Resolução COFEN Nº 661/2021, “Art. 1º No âmbito da Equipe de Enfermagem,
a classificação de Risco e priorização da assistência é privativa do Enfermeiro, observadas as
disposições legais da profissão.”
O Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) se mostra como um instrumento
reorganizador dos processos de trabalho na tentativa de melhorar e consolidar o SUS e estabelece
mudanças na forma e no resultado do atendimento dos usuários; é um instrumento de
humanização.
A estratégia de implantação da sistemática do ACCR possibilita abrir processos de reflexão
e aprendizado institucional de modo a reestruturar as práticas assistenciais e construir novos
sentidos e valores, avançando em ações humanizadas e compartilhadas, pois necessariamente é um
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8. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes
e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 set. 1990.
p. 18055.
9. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
1 22/7/2022 Elaboração do documento
Figura 1 – Índice dos Fluxogramas de Atendimento. Fonte: Grupo Brasileiro de Classificação de Risco
Figura 101 – Notas Fluxograma 50. Fonte: Grupo Brasileiro de Classificação de Risco
Figura 103 – Notas Fluxograma 51. Fonte: Grupo Brasileiro de Classificação de Risco
Figura 105 – Notas Fluxograma 52. Fonte: Grupo Brasileiro de Classificação de Risco