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Outro ponto que denota que o Técnico em Estética não pode atuar sozinho está no art. 6º,
inciso I, que mostra que a Responsabilidade Técnica é competência do Esteticista e
Cosmetólogo, profissional de nível superior.
Ainda há a RDC nº 63 da ANVISA que, em seu art. 4º, inciso X, diz que o Responsável
Técnico é “o profissional de nível superior legalmente habilitado, que assume perante a
vigilância sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de saúde, conforme legislação
vigente”, no caso de consultórios ou centros de estética, o Esteticista e Cosmetólogo é o
profissional legalmente habilitado, nos termos da Lei Federal nº 13.643/2018.
Por todo o exposto, fica claro que nem o Técnico em Estética e nem os outros profissionais
não-esteticistas que migram para área da estética não são os profissionais habilitados por
lei para serem Responsáveis Técnicos de centros ou consultórios de Estética.
O Responsável Técnico está sujeito a implicações civis e criminais?
O RT responde pela qualidade e segurança dos produtos e serviços prestados. Se a
empresa pela qual ele responde causar danos aos demais profissionais, aos consumidores
dos seus produtos ou aos pacientes de seus serviços, o RT estará sujeito, juntamente com
a empresa, a responder judicialmente, tanto civil quanto criminalmente a depender do caso
concreto.
Qual deve ser a postura de um Responsável Técnico caso receba determinações de
seu empregador que contrariem o correto exercício das atividades da área da saúde
estética?
Para se precaver de situações como essa, é importante que o RT registre sempre suas
ações. Suas determinações devem ser feitas por escrito e assinadas por quem as receber.
Assim, caso suas orientações sejam desrespeitadas e isso venha a trazer consequências
danosas, o profissional terá uma prova material para se defender. Além dessa precaução, o
profissional deve entrar em contato com o sindicato de estética da sua região, na Visa
Municipal ou diretamente no Ministério Público para denunciar eventuais irregularidades.
Por quantas empresas o Responsável Técnico pode “assinar”?
O RT não pode “assinar” por uma empresa: ele precisa exercer de fato a sua função. A
Responsabilidade Técnica não se restringe ao horário de trabalho acertado com a empresa
contratante ou no contrato de parceria, ela vige 24 horas por dia. Caso ocorra um acidente
no trabalho e fique caracterizado que a causa foi a negligência do RT, ele poderá ser
processado civil e criminalmente, juntamente com a empresa.
Assim sendo, é prudente que o profissional se comprometa a ser RT unicamente no espaço
em que trabalha a fim de evitar que tenha problemas no futuro. Há empresas que mantém
mais de um RT e, nesse caso, cada um fica responsável por um turno ou data específica.
O Responsável Técnico (profissional parceiro ou CLT) precisa fazer algum tipo de
contrato com a empresa?
Em caso de empresa que contrata como CLT, o empregado pode firmar um Termo de
Responsabilidade Técnica (TRT) com a empresa, que deverá ser juntado com o Certificado
de Responsabilidade Técnica emitido pelo sindicato da categoria (com carta sindical válida)
ou pela ANESCO que também se responsabiliza pela verificação da documentação para
emitir o Certificado de Responsável Técnico que é aceito junto às Visas. O profissional que
atua como empregado não precisa fazer um contrato adicional, mas, para efeito de
fiscalização, é prudente que a empresa faça as devidas anotações na Ficha de Registro de
Empregado, indicando a data em que o profissional assumiu a Responsabilidade Técnica
pelo consultório ou centro de estética e manter junto com o Certificado emitido pela ANESCO
ou pelo sindicato regional da categoria.
Caso o RT opte pela prestação de serviços como profissional parceiro, poderá firmar um
Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) com a empresa, que deverá ser apresentado ao
sindicato da categoria (com carta sindical válida), juntamente com o contrato de parceria
(contrato esse que só tem validade se for homologado pelo sindicato laboral e patronal,
conjuntamente, representantes da classe, nos moldes da Lei 13.352/16, art. 1º-A, § 8º).
O esteticista e cosmetólogo que pretende abrir o seu próprio consultório, envia seus
documentos para serem analisados pela ANESCO que, após análise, emite o Certificado
de Responsabilidade Técnica para que possa ser levado à Visa. Da mesma forma, pode
ser tirado esse certificado no sindicato dos esteticistas da região, devidamente cadastrado
no site do Ministério do Trabalho.
A ANESCO já esteve em três reuniões com a ANVISA e já esteve em reuniões com os três
últimos Ministros da Saúde em Brasília para negociações sobre o Conselho Federal e para
mudar as questões que envolvem o Esteticista na hora de abrir seu consultório ou centro
de Estética, além de cobrar que a lei seja cumprida e que cada local que excute e aplique
recursos estéticos, tenha um RT Esteticista e Cosmetólogo, nos termos da Lei 13.643/2018,
pois somos a única profissão que tem garantido e assegurado em sua norma
regulamentadora a prerrogativa de atuar com Estética. Continuamos trabalhando para fazer
cessar toda os problemas relativos ao efetivo exercício do Esteticista.
O trabalho continua! Estética tem Lei! Conheça sua Lei, Garanta seus Direitos, Cumpra
com seus Deveres.