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1. Crânio-Caudal - CC
A mama é projetada com feixe de raios-X indo da cabeça em direção aos pés. Toma-se
o cuidado de tracioná-la para que não seja excluída nenhuma região. Como a mama
possui uma certa mobilidade em relação à caixa torácica, devemos lançar mão desse
recurso para um melhor posicionamento em CC. A radiografia com a mama na posição
relaxada não possibilita um bom posicionamento. Deve-se suspender a mama até o seu
ponto de mobilidade máxima, levando o chassis até o vértice da mama com a parede do
abdômen (sulco inframamário) e, daí, tracioná-la. A figura abaixo, ilustra a mobilidade
máxima da mama, e a linha pontilhada representa a mama em sua posição relaxada.
Deve-se evitar que o mamilo fique voltado para cima ou para baixo. Como o mamilo é
uma estrutura de maior densidade, quando mal posicionado poderá criar uma imagem
de falso nódulo e prejudicar a interpretação do exame.
A paciente deve estar posicionada de frente para o equipamento, de modo que todo o
seu corpo fique alinhado, evitando-se erros posturais.
2. Médio-Lateral-Oblíqua - MLO
A mama é projetada com o feixe de raios X indo da região medial para a lateral oblíqua.
A angulação do tubo de raios X pode variar de 45 a 60 graus de acordo com o eixo da
mama da paciente na sua caixa torácica, ou seja, de acordo com o biótipo de cada
paciente. A técnica em Radiologia encontrará dificuldades para executar o
posicionamento no caso de angulações incorretas, pois surgiram problemas como
dobras de pele ou exclusão de áreas importantes ao exame.
Após a escolha da angulação do equipamento, deve-se escolher o ponto onde deverá ser
colocado o canto do bucky. Para isso, mentalmente, deve-se dividir a axila da paciente
em três partes, colocando-se o canto do bucky no seu terço posterior. Essa escolha é
importante para que se possa incluir parte da região axilar e do músculo peitoral na
radiografia. Em seguida a técnica, ainda posicionada por trás, deve elevar o braço da
paciente e depositá-lo sobre a lateral do bucky, tomando o cuidado de posicionar o terço
posterior da axila no canto do bucky, orientando-a para apoiar a mão na lateral do
aparelho e manter a musculatura do braço e ombro relaxada. Deve-se atentar para o
ombro e cotovelo do paciente não estejam erguidos, pois isso implicaria na contração da
musculatura e um aumento na dificuldade de se executar esse posicionamento. Após
esse procedimento, a técnica se dirigi para a frente da paciente e começa a tracionar a
mama, desde a sua porção mais lateral.
Na MLO deve-se evitar que o mamilo fique voltado para frente ou para trás. Como o
mamilo é uma estrutura de maior densidade, quando mal posicionado, poderá criar uma
imagem de falso nódulo e prejudicar a interpretação do exame.
3. Compressão Seletiva
O tubo de raios X deve ser agulado cerca de 5 graus, elevando-se o chassis de modo que
a porção lateral da mama fique elevada e o corpo da paciente é girado a fim de que a
porção lateral da mama seja radiografada.
Esta incidência tem por finalidade radiografar a parte medial da mama. Este
posicionamento é feito tracionando-se as duas mamas em conjunto. Dessa forma pode-
se radiografar a região medial que, na incidência crânio-caudal, não é visibilizada.
Vemos a mama esquerda posicionada. Note que, para que seja possível usar a técnica
automática do equipamento, a região medial da mama que se está radiografando
deve estar sobre a célula foto-elétrica 1.
7. Mama "Rolada"
Observe que, neste caso, as estruturas que se encontram na região superior da mama se
projetarão na região medial do filme e as estruturas que se encontram na região inferior
da mama se projetarão na região lateral do filme.
Para efeito didático, foram colocados dois marcadores, um acima do mamilo e outro
abaixo. Sem se mexer nos marcadores, foi feito o rolamento da mama, de modo que a
região superior foi deslocada medialmente e a região inferior, lateralmente. Após o
"rolamento" da mama é feita a compressão e, em seguida, a radiografia sem os
marcadores metálicos.
8. Perfil ML - LM
11. Cleópatra
Esta incidência tem por finalidade esclarecer imagens duvidosas que possam ter se
apresentado na incidência MLO, como por exemplo, tentar desfazer densidade
assimétrica no quadrante súpero-lateral quando há suspeita de superposição de
estruturas. A paciente é posicionada de modo que seu corpo fique inclinado,
assemelhando-se à posição de Cleópatra deitada sobre o divã (dai o nome da
incidência). Caso seja necessário, o bucky pode ser angulado de 5 a 15 graus para
facilitar o posicionamento de pacientes com menor mobilidade de corpo. A mama é
comprimida de forma a enfatizar a região lateral.
Para se radiografar mamas com implante de silicone, não se pode usar a célula
fotoelétrica pois, devido à alta densidade do silicone, o sistema automático do aparelho
elegerá uma técnica muito alta e a radiografia ficará muito escura, com o padrão fora do
esperado. A mama com implante de silicone, deve ser avaliada de duas formas:
tracionando todo o conjunto (mama + prótese) e em manobra de Eklund (ou manobra de
mobilização), quando não há restrição para tal procedimento.
• Próteses endurecidas
• Próteses aderidas ao parênquima mamário
• Próteses com paredes abauladas ou onduladas
• Áreas irregulares na parede da prótese
1° passo - Com uma das mãos deve-se tracionar somente a mama e, com a outra,
massagear a prótese para que esta saia do campo da radiografia.
2° passo - Somente a mama deve ser comprimida e a prótese retirada para fora do
campo de radiografia.