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Tipo de documento: PROCEDIMENTO / ROTINA POP.GAS.DIGEC.UMI.

015

Título do Orientações sobre o Teste do Emissão: 22/05/2021 Próxima revisão:


documento: Coraçãozinho Versão:2ª 22/05/2023

Lotação: Gerência/
Gerência de Atenção a Saúde (GAS)/ Divisão de Gestão do Cuidado (DIGEC)/
Divisão/ Setor/
Unidade Materno Infantil (UMI)
Unidade/ Serviço
Responsável pela
Qualquer membro da equipe de enfermagem, desde que capacitado e sob
execução do
supervisão do enfermeiro(a).
procedimento:

1. OBJETIVOS
Padronizar a realização do Teste do Coraçãozinho e orientar profissionais de saúde quanto
à sistematização e padronização do Teste de triagem neonatal para Cardiopatia Congênita
Crítica (Teste do Coraçãozinho) em recém-nascidos (RN), na Rede de Atenção à Saúde no
âmbito do SUS, atendendo à Portaria SCTIE/MS nº 20, de 10 de junho de 2014 (BRASIL, 2014),
que tornou pública a decisão de incorporar a oximetria de pulso de forma universal, como parte
da Triagem Neonatal.

2. MATERIAIS
- Prontuário;
- Oxímetro de pulso neonatal, preferencialmente, com sistema de proteção para artefatos de
movimento;
- Alcool 70%;
- Algodão ou gaze;
- Carteirinha do Bebê.

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS


CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
O teste do coraçãozinho permite avaliar a saturação de oxigênio do recém-nascido através
da monitorização da oximetria de pulso. Este é um método não invasivo e indolor, o qual utiliza
uma fonte de luz e sensor (oxímetro) para medir a oxigenação. Apresenta-se como possibilidade
de redução da incidência de mortalidade e gravidade das complicações nos casos de
cardiopatias congênitas.
O Teste do coraçãozinho é realizado em RN internados com 24 a 48 horas de vida, com
idade gestacional superior a 34 semanas, e sem uso de oxigenio.
O exame é conduzido por meio do sensor do oximetro , colocado no punho direito e em um
dos pés. Ela mede a concentração de oxigênio no sangue e os batimentos cardíacos do RN.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2011), os níveis da saturação
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Qualquer membro da equipe de enfermagem, desde que capacitado e sob
execução do
supervisão do enfermeiro(a).
procedimento:
periférica (SpO2) devem ser iguais ou superiores a 95%. Quando são inferiores a esta
porcentagem, apontam risco de problemas no coração – o que deve ser confirmado por um
ecocardiograma .
Realiza-se o teste em menos de cinco minutos. Por meio dele, os médicos podem dar início
às investigações de defeitos cardiacos congênitos.

PROCEDIMENTO
1. Higienizar as mãos.
2. Explicar o procedimento para a mãe ou responsável pelo RN.
3. Reservar um lugar calmo, próximo a mãe ou à beira leito.
4.Utilizar um oxímetro de pulso com sensor neonatal e, preferencialmente, com sistema de
proteção para artefatos de movimento.
5. Realizar a desinfecção do sensor do oxímetro com álcool a 70%.
6. Realizar a medida entre 24 a 48 horas de vida, a fim de evitar falsos positivos por
detecção de baixa saturação, associada à permeabilidade do canal arterial ou do forame oval,
comuns nesse momento de vida.
7. Posicionar o paciente confortavelmente, observar se as extremidades estão aquecidas
e bem perfundidas e fixar o sensor em volta da mão direita (pré-ductal) e, posteriormente, em
volta de um dos pés do RN (pós-ductal). Pode ser o pé direito ou o esquerdo.
8. Anotar o valor apresentado quando a curva de pulso do oxímetro apresentar-se
estabilizada.
9. Considerar o teste alterado, quando houver SaO2< 95% ou uma diferença ≥ a 3% entre
as duas medidas.
10. No caso de teste positivo, o exame deverá ser repetido após 1 hora. Se o exame inicial
de triagem foi a medida apenas do membro inferior, recomenda-se o teste completo na 2ª
aferição.
11. Realizar anotação em prontário e na carteirinha do bebê.
12. Avisar a equipe de pediatria em caso de resultado alterado.

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execução do
supervisão do enfermeiro(a).
procedimento:

Observações:
· Para a adequada aferição, é necessário que o recém-nascido esteja com as extremidades
aquecidas e o monitor evidencie uma onda de traçado homogêneo.
· O teste pode não detectar hipoxemia se houver interferência da luz ambiente,
desprendimento parcial do sensor,interferência eletromagnética, má perfusão no local de
medição e/ou hemoglobinopatia.
· Poderá ser realizada apenas a medida de saturação de um dos membros inferiores. Esta
técnica está justificada por uma metanálise em que 60% dos estudos aferiram apenas a
oximetria pós-ductal, e o acréscimo do diferencial da saturação com o membro superior
propiciou um aumento de 70% para 80% de sensibilidade na triagem e redução dos falso-
positivos. Neste caso, a medida deve ser realizada em qualquer um dos membros
inferiores (MMII) e é considerada positiva quando a saturação (SaO2) é < 95%.

4. REFERÊNCIAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. NOTA TÉCNICA Nº 7/2018-CGSCAM/DAPES/SAS/MS.


Orientações para profissionais de saúde quanto à sistematização e padronização do teste de
triagem neonatal para Cardiopatia Congênita Crítica (Teste do Coraçãozinho), 2018. Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/junho/12/SEI-MS-2937931-Nota- Tecnica.pdf.
Acesso em: 21.01.2021.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretraia de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Portaria


no. 20, de 10 de junho de 2014. Torna pública a decisão de incorporar a oximetria de pulso - teste
do coraçãozinho, a ser realizado de forma universal, fazendo parte da triagem Neonatal no Sistema
Único de Saúde - SUS. Diário Oficial da União Nº 110, Seção 1, quarta-feira, 11 de junho de 2014.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Guia de Recomendações para os registros de


enfermagem no prontuário do paciente, com a finalidade de nortear os profissionais de
Enfermagem. Brasília: COFEN, 2016. Disponível em: <RESOLUÇÃO-COFEN-Nº-0514-2016- GUIA-
DE-RECOMENDAÇÕES-versão-web.pdf>, acesso em 27/01/2021.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. DEPARTAMENTOS DE CARDIOLOGIA E


NEONATOLOGIA DA SBP. Diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica: oximetria de pulso
como ferramenta de triagem neonatal. 2011. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/diagnostico-precoce-oximetria.pdf. Acesso em:
21.01.2021.
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execução do
supervisão do enfermeiro(a).
procedimento:

5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO E RESPONSÁVEL

1ª 16/03/2021 Elaborado o POP por Bruna Piahui dos Santos, Daiane Siqueira de
Luccas, Aline de Mesquita Menon.
2ª 22/05/2021 Alterado o item 1 (material). Retiradas as luvas descartáveis.
Alterado item 3 - Considerações especiais. Incluído conteúdo sobre a
indicação do teste e critérios clínicos do recém-nascido.
Alterado item 3 - Procedimento. Inserido o procedimento número 5
(Realizar a desinfecção do sensor do oxímetro com álcool a 70%) e
deslocado o item 6 e 10, que foram para o item observações.

Elaboração: Bruna Piahui dos Santos, Daiane Siqueira de


Data: 16/03/2021
Luccas, Aline de Mesquita Menon.

Revisão: Gisele Weissheimer, Gisele Barbosa de Sá, Data: 22/05/2021


Charlyanne Bezerra Fereira.
Aprovação (unidade): Leticia Siniski Data: 28/5/2021
Validação (SEVISP): Lillian Daisy G. Wolff Data:28/05/2021

Aprovado e Validado Conforme Processo Sei nº 23759.005080/2020-84

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte, sob autorização do SEVISP

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