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MINISTÉRIO DA SAÚDE

COORDENAÇÃO DE ENSINO
MEDICINA NUCLEAR

CAROLINA PEREZ CHAVES

PERFIL ONCOLÓGICO DOS PACIENTES QUE


REALIZARAM PET/CT NO INCA ENTRE
FEVEREIRO DE 2010 E FEVEREIRO DE 2015

RIO DE JANEIRO – RJ
2017
CAROLINA PEREZ CHAVES

PERFIL ONCOLÓGICO DOS PACIENTES QUE


REALIZARAM PET/CT NO INCA ENTRE
FEVEREIRO DE 2010 E FEVEREIRO DE 2015

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Instituto Nacional
de Câncer José Alencar Gomes
da Silva como requisito parcial para a
conclusão da Medicina Nuclear

Orientador: Dr. Luiz Machado

Rio de Janeiro
2017
2
CAROLINA PEREZ CHAVES

PERFIL ONCOLÓGICO DOS PACIENTES QUE


REALIZARAM PET/CT NO INCA ENTRE
FEVEREIRO DE 2010 E FEVEREIRO DE 2015

Avaliado e aprovado por:

Nome do Orientador:
Ass:_____________________________________

Nome do avaliador:
Ass:_____________________________________

Data Rio, __/__/_____

Rio de Janeiro
2017

3
Agradecimentos

A minha família, amigos e namorado, sem os quais


nada disso seria possível.

Ao Dr. Luiz Machado, pelos ensinamentos

A Dra. Flavia Paiva, a qual sempre contei com suporte, incentivos e confiança -
essenciais substratos para sempre dar o próximo passo.

4
RESUMO

Com o aumento do número de casos de câncer no cenário nacional vem se


observando um aumento do número de solicitações de exames de PET/CT. Tendo
em vista o crescente papel do PET/CT no estadiamento, pesquisa de recidiva,
avaliação da resposta do tratamento, na determinação do prognóstico e na mudança
de conduta clinica de pacientes com diversos tipos de tumores malignos,
avaliaremos o perfil oncológico dos pacientes que realizaram PET/CT no Instituto
Nacional do Câncer (INCA) no período de janeiro de 2010 a fevereiro de 2015 para
que seja visto o impacto da sua aquisição nestas doenças, quais as indicações
clínicas são mais solicitadas, para atimização do serviço de Medicina Nuclear e
avaliação da necessidade de novos empreendimentos como este em nosso país
para melhor atender a população.

Palavras-chave: 18F-FDG PET/CT; Oncologia; Indicações clínicas

5
Sumário

Introdução ........................................................................................................... 7

Objetivos ............................................................................................................. 10

Justificativas ........................................................................................................ 10

Métodos .............................................................................................................. 11

Hipótese .............................................................................................................. 14

Resultados Esperados ........................................................................................ 14

Detalhamento das Atividades dos Membros da Equipe ..................................... 15

Anexos ......................................................................................................... 17

Referências Bibliográficas ............................................................................. 23

6
1 Introdução:

A Medicina atual apresenta inúmeros desafios e a crescente evolução e


avanço dos métodos de imagem no diagnóstico e no acompanhamento de doenças
geram um aumento considerável no custo referente à incorporação dessas novas
tecnologias no sistema de saúde. Assim, um dos maiores desafios que a sociedade
vem enfrentando é solucionar a questão sobre a utilização de métodos diagnósticos
mais precisos nos cuidados aos pacientes versus os custos associados à
incorporação dessas novas tecnologias [1].
Em meados da década de 80, a tomografia por emissão de pósitrons (PET),
utilizando a fluordesoxiglicose marcada com flúor-18 (18F-FDG), foi introduzida
como método de imagem in vivo, uma vez que a glicose radiomarcada é
metabolizada pelas células do corpo [1] . A sua capacidade de detectar alterações
funcionais, metabólicas e bioquímicas em órgãos ou tecidos, mesmo antes que
alterações anatômicas se manifestem, é a característica fundamental das imagens
diagnósticas de Medicina Nuclear.
O flúor-18 é produzido em cíclotron, tem um período de semi-desintegração
físico de 109.8 minutos e emite pósitrons com uma energia máxima de 0,633 MeV. O
pósitron emitido pelo núcleo do radioisótopo aniquila-se com um elétron do meio,
resultando na emissão simultânea de 2 raios gama em sentidos opostos, cada um
com uma energia de 0,511 MeV. Esses dois raios gama são detectados por
sensores colocados envolta do corpo do paciente e o algoritmo de reconstrução do
PET utiliza a coincidência de eventos para medir todos os ângulos e posições e
reconstruir a imagem que descreve a localização e a concentração da radiação
emitida de dentro do órgão scaneado.
O radiofármaco 18F-FDG é utilizado como um traçador de glicólise, pois por
ser muito semelhante à glicose, ele é incorporado para o interior da célula através de
protéinas carreadoras de glicose (GLUTs), presentes na membrana celular de
células normais e neoplásicas. Ao entrar na célula a molécula de 18F-FDG é então
fosforilada em 18F-FDG -6- fosfato, porém de forma distinta da que ocorre com a
glicose, esta mólecula não segue a via glicolítica e fica retida no meio intracelular.
Esta molécula radiomarcada se concentra nos locais onde existe maior atividade

7
metabólica, como na maioria dos tumores que apresentam hipercelularidade, altas
taxas de proliferação celular e aumento da taxa metabólica.
A intensidade de captação do FDG é proporcional a taxa de glicólise, e esse
valor é expresso pelo standardized uptake value (SUV), que caracteriza a
concentração relativa do radiofármaco no volume de interesse. Vale lembrar que o
18F-FDG não é específico para processos neoplásicos, podendo se acumular em
processos que possuam alto metabolismo glicolítico como focos inflamatórios,
infecciosos e fisiologicamente em órgãos como cérebro, músculos, glândulas
salivares, miocárdio, trato gastrointestinal, trato urinário, gordura marrom, tireóide e
tecidos gonadais.
Em 2001, mais um avanço tecnológico foi alcançado com a incorporação da
Tomografia Computadorizada (CT) à PET, formando os equipamentos híbridos
PET/CT. Estes equipamentos permitiram a aquisição em um único exame, de
imagens de CT e PET, tornando o método ainda mais completo, agregando e
localizando as alterações metabólicas com base nas informações anatômicas. A
partir de 2003, equipamentos PET-dedicados e PET/CT foram gradativamente
incorporados na prática clínica no Brasil [1].
O PET/CT vem revolucionando grandes áreas da medicina, particularmente a
Oncologia, a Cardiologia e a Neurologia. Em oncologia, é utilizado de diversas
maneiras, entre elas para distinguir processos malignos de benignos, no
estadiamento avaliação de resposta terapêutica precoce e tardia, avaliação de
recidiva, na determinação do prognóstico e da mudança de conduta clinica de
pacientes com diversos tipos de tumores malignos [2].
Devido à comprovada efetividade clínica do método e à falta de um consenso
na utilização do método no país, a Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina
Nuclear e Imagem Molecular (SBBMN) e a Sociedade Brasileira de Cancerologia
(SBC) reuniram-se em 2009 com o intuito de elaborar uma lista de recomendações e
orientações práticas quanto ao uso da 18F-FDG PET/CT. Em oncologia foram
definidas para algumas neoplasias, sendo elas: o câncer de pulmão (câncer do
pulmão não pequenas células e Mesotelioma) [1,3,4,5], tumores de cabeça e
pescoço [6-8], câncer de esôfago [9,10], carcinoma colorretal [11,12], tumor estromal
gastrintestinal (GIST) [13-15], câncer de mama [16], câncer de ovário, câncer de colo

8
uterino, melanoma, câncer testicular (seminoma), câncer de tireoide, tumores do
sistema nervoso central, linfoma [17,18] e pesquisa de tumor primário oculto.
A Agência Nacional de Saúde (ANS), que é a agência reguladora vinculada
ao Ministério da Saúde responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil, e o
órgão que estabelece a cobertura mínima obrigatória a ser garantida pelos planos de
saúde, em 2012 através da Resolução Normativa (RN) de n° 262, atualizou o rol de
procedimentos dos planos de saúde, incluindo a cobertura de três indicações do
exame de PET/CT, sendo eles para o câncer de pulmão não-pequenas células, o
linfoma e o câncer colo-retal (ANEXO 1). A partir do dia 02 de janeiro de 2014,
através da RN de n° 338, atualizou-se novamente o r ol, aumentando-se de 3 para 8
as indicações, acrescentando a investigação de nódulo pulmonar solitário, o câncer
de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, melanoma e o câncer de
esôfago. (ANEXO 2).
Apesar de muitas das indicações para PET/CT em oncologia já estarem
definidas mundialmente e dados do INCA demonstrarem que no Brasil, entre os
anos de 2014-2015, houve uma estimativa de cerca de 576 mil novos casos de
câncer, incluindo mama feminina (75 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil),
estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil) [19], no atual cenário da saúde pública
brasileira, o Ministério da Saúde incorporou o exame PET/CT ao Sistema Único de
Saúde (SUS) apenas para três neoplasias, através das portarias publicadas em 22
de abril de 2014 . Nessas portarias incorpora-se este exame para o estadiamento
clínico do câncer de pulmão não-pequenas células potencialmente ressecável [3],
detecção de metástase de câncer colorretal exclusivamente hepática e
potencialmente ressecável [11] e estadiamento e avaliação da resposta ao
tratamento do linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin [17].
A inclusão do exame de PET/CT no SUS representa um importante avanço
no diagnóstico e tratamento de tais neoplasias, podendo diminuir o número de
outros exames realizados, de cirurgias desnecessárias e a morbidade e mortalidade
pelas doenças. Porém, frente a todas as evidências na literatura do importante papel
do PET/CT em outras neoplasias além daquelas ja contempladas, no momento,
precisa-se caminhar com mais agilidade no SUS para garantir melhores condições
de tratamento aos pacientes da rede pública.

9
O Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) é
referência em tratamento oncológico no país e uma intituição de pesquisa, e em
2009 adquiriu seu primeiro aparelho de PET/CT. Transcorridos 7 anos da sua
implantação na instituição, uma avaliação restrospectiva da sua utilização, se faz
essencial para conhecimento do perfil oncológico dos pacientes que realizaram
PET/CT no INCA e se torna útil para avaliação da necessidade de novos
empreendimentos como este em nosso país e a necessidade de novas indicações
cobertas pelo SUS.

2 Objetivos:

Analisar o perfil oncológico dos pacientes que realizaram o exame de PET/CT


de janeiro de 2010 a fevereiro de 2015.

2.1. Objetivos secundários:

- Descrever as especialidades médicas que mais solicitaram os exames de


PET/CT no INCA;
- Identificar e analisar a distribuição dos pacientes que realizaram o exame de
PET/CT de acordo com a idade e o sexo;
- Identificar e analisar a distribuição dos tipos histológicos e das indicações
que realizaram o exame de PET/CT;
- Comparar o número de exames realizados com a incidência de exames
realizados com a incidência nacional das doenças;
- Aumentar o número de pacientes que serão contemplados com o exame de
PET/CT.

3 Justificativa:

Com o aumento do número de casos de câncer vêm se observando um


aumento do número de exames de PET/CT, que são usualmente utilizados no
estadiamento, reestadiamento, detecção de recorrência e otimização terapêutica

10
destes pacientes e o perfil oncológico dos pacientes que realizaram PET/CT no
INCA poderá servir como ferramenta para avaliar como as incorporações feitas pelo
Ministério da Saúde do PET/CT no SUS atendem as necessidades da população
que realiza este exame no INCA. Também servirá para a otimização da rotina de
exames da seção medicina nuclear do INCA, pois pode-se organizar a agenda de
marcação de exames, distribuindo as vagas de acordo com a necessidade de cada
área, facilitando a execução destes para as que mais solicitam, adaptando as fichas
de anamneses com informações pertinentes para cada exame, otimizar os
protocolos de aquisição e a atividade do radiofármaco de acordo com o perfil do
paciente.

Além disso, pode se tornar útil para a apreciação de novas indicações da


PET/CT a serem incorporadas no SUS, já consolidadas pela literatura, uma vez que
o INCA é um centro de referência oncológico do país e demonstra a necessidade
nacional do exame. Os dados obtidos poderão ser utilizados para a avaliação da
necessidade de novos empreendimentos como este em nosso país, ao comparar o
número de exames realizados com a incidência nacional das doenças, conseguindo
assim, aumentar o número de pacientes que serão comtemplados.

4 Métodos:

Delineamento
Será realizado um estudo de coorte retrospectiva em pacientes submetidos
ao exame de PET/CT no serviço de Medicina Nuclear do INCA no período de janeiro
de 2010 a fevereiro de 2015.

População de estudo
Os pacientes que realizaram o exame de PET/CT serão identificados pelo
sistema informatizado ABSOLUT no período de janeiro de 2010 a fevereiro de 2015.
Serão avaliados os pedidos de exame da PET/CT de acordo com a classificação
internacional de doenças 10 (CID 10) e as indicações solicitadas (estadiamento,
reestadiamento e avaliação de resposta). Serão excluídos aqueles que não

11
possuem estudo anátomo-patológico no sistema informatizado INTRANET, os que
não possuirem indicações nos pedidos de exame que constam no sistema
INTRANET ou os possuem indicações não oncológicas. .

Coleta de dados e variáveis


Os dados serão coletados por profissionais capacitados e com experiência
em Medicina Nuclear. As informações serão coletadas nos prontuários físicos e
eletrônicos da instituição, por meio de um instrumento especificamente
confeccionado para esse fim (ANEXO 3). Os dados serão obtidos no prontuário
eletrônico e serão inseridos previamente no formulário de coleta de dados em papel
(ANEXO 3) e posteriormente transcritos em planilha (Microsoft ® Excel 2013 Versão
15.0.4833.1000), quando serão anonimizados através da supressão dos seus
nomes e matrículas e substituídos pelo “Número do paciente na pesquisa” antes de
serem encaminhados pela equipe médica responsável para qualquer outra instância
para posterior análise estatística.

Para o estudo serão coletados os seguintes grupos de variáveis:


Desfecho principal:
• CID10 : será utilizada a Classificação Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde que visa padronizar a codificação de doenças e outros
problemas relacionados à saúde.
• Indicação do exame: será utilizada a informação que consta no pedido
realizado pelo médico assistente presente no sistema informatizado
INTRANET.
• Unidade solicitante: será utilizada a informação que consta no pedido
realizado pelo médico assistente presente no sistema informatizado
INTRANET.

Variáveis de exposição:
• Sexo: segundo registro hospitalar, com categorias feminino e masculino.
• Idade: segundo registro hospitalar da data de nascimento, em dia, mês e ano.

12
• Tumor primário: Esta variável se refere à caracterização da estrutura celular
do tumor (morfologia do tumor) através de exame histopatológico.

Cálculo do tamanho amostral

Para a determinação do número de participantes do estudo foi realizado uma


amostragem não probabilística por conveniência, através da seleção dos exames
realizados de PET/CT no serviço de Medicina Nuclear do INCA no período de janeiro
de 2010 a fevereiro de 2015.

Considerações éticas
Riscos:
Por se tratar de estudo retrospectivo não há riscos adicionais aos pacientes
que serão estudados, uma vez que não serão realizadas intervenções
experimentais. Cabe ressaltar que os exames de PET/CT já realizados são
considerados procedimentos não invasivos e de baixo risco.
Os pesquisadores se comprometem a não divulgar nenhuma forma de
identificação dos participantes, garantindo completo anonimato quanto aos dados
coletados.

Benefícios:
Como há uma lacuna na identificação do perfil oncológico que realizam
PET/CT no Brasil, a análise destes dados em um centro de referência nacional, com
um número significativo de exames já realizados, é de grande importância para se
analisar as indicações que mais a realizam, e assim se tornar útil para a apreciação
de novas indicações da PET/CT a serem incorporadas no SUS, já consolidadas pela
literatura, além da avaliação da necessidade de novos empreendimentos como este
em nosso país, ao comparar o número de exames realizados com a incidência
nacional das doenças, além de ajudar a otimizar o serviço de Medicina Nuclear,
conseguindo assim, aumentar o número de pacientes que serão comtemplados.
O presente projeto não traz benefício direto aos participantes da pesquisa.

Análise de Dados

13
Como os dados recolhidos serão variáveis categóricas para a sua análise
descritiva será realizada a frequência absoluta e relativa.

Financiamento do estudo
Não haverá financiamento externo para a realização do presente estudo.
Todos os pacientes que realizaram PET/CT no período pré determinado serão
reavaliados pelos pesquisadores, não havendo custos adicionais ao serviço ou para
os pacientes.

Divulgação dos Resultados:


As informações geradas durante a condução deste projeto são consideradas
confidenciais e devem ser usadas pelo INCA após sua aprovação. Para estar apto a
usar a informação proveniente deste estudo clínico e assegurar o cumprimento das
regulamentações atuais, o investigador principal do estudo é obrigado a fornecer ao
INCA todos os dados obtidos neste estudo.
O estudo será publicado após a análise final realizada pelo
INCA/Coordenador da Pesquisa, preservando-se a identidade dos pacientes.
A pesquisa terá início após a avaliação e aprovação pelo Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) do INCA.

5 Hipótese:

Através da análise dos pedidos de exame de PET/CT será possível identificar


indicações não contempladas pelo SUS, reafirmar a necessidade das indicações já
incorporadas e realizar melhorias no fluxograma da realização do PET/CT no INCA.

6 Resultados Esperados:

Identificar as indicações mais freqüentes do PET/CT no INCA, de acordo com


o CID 10. Mostrar quais indicações dos exames realizados no INCA tem correlação
com as indicações previstas na tabela do SUS.

14
Otimizar rotina dos exames realizados para aplicação na prática, adaptando
fichas para anamneses, protocolos de aquisição e otimizar a atividade do
radiofármaco de acordo com o perfil do paciente.

7 Cronograma de Atividades:

Dezembro/2016 e Fevereiro a
ETAPAS Abril e Maio/2017
Janeiro/2017 março/2017

Redação do projeto e
X
apresentação para o
CEP

Revisão dos
prontuários eletrônicos X X
e confecção do banco
de dados

X X
Análise dos dados

Elaboração de artigos
científicos e divulgação X
dos resultados

8 Detalhamento das Atividades dos Membros da Equipe:

1) Nome: Luiz de Souza Machado Neto


Função: Tecnologista Junior – Seção de Medicina Nuclear do INCA
Chefe da Seção de Medicina Nuclear do INCA.
Atividades:
• Orientação do Projeto

15
• Orientação Bibliográfica

• Avaliação dos resultados e revisão dos dados para publicação

• Discussão dos casos

3) Nome: Flávia Paiva Proença Lobo Lopes

• Orientação Bibliográfica

• Avaliação dos resultados e revisão dos dados para publicação

• Discussão dos casos

• Análise estatística

4) Nome: Carolina Perez Chaves

Função: Residente Médica da Seção de Medicina Nuclear do INCA.

Atividades:

• Avaliação dos resultados e revisão dos dados para publicação

• Discussão dos casos

• Análise estatística

5) Função: Dominique Cochat Fuser

Função: Residente Médica da Seção de Medicina Nuclear do INCA.

Atividades:

• Avaliação dos resultados e revisão dos dados para publicação

• Discussão dos casos

• Análise estatística

16
ANEXOS

Anexo 1

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 262, DE 01/08/2011

(Vigente a partir de 01/01/2012)

Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos

em Saúde previstos na RN nº 211, de 11 de

janeiro de 2010.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, em

vista do que dispõe o § 4º do artigo 10 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, o

inciso III do artigo 4º e inciso II do artigo 10, ambos da Lei nº 9.961, de 28 de janeiro

de 2000, a alínea “a” do inciso II do artigo 86 da Resolução Normativa – RN nº 197,

de 16 de julho de 2009, em reunião realizada em 30 de junho de 2011, adotou a

seguinte Resolução Normativa, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua

publicação.

Art. 1º A presente Resolução Normativa – RN atualiza o Rol de

Procedimentos e Eventos em Saúde previstos na RN nº 211, de 11 de janeiro de

2010.

Art. 2º Os seguintes dispositivos da Resolução Normativa – RN nº 211, de

2010, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º Esta Resolução atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em

Saúde, que constitui a referência básica para cobertura mínima obrigatória da

atenção à saúde nos planos privados de assistência a saúde, contratados a partir de

1º de janeiro de 1999, e naqueles adaptados conforme a Lei nº 9.656, de 3 de junho

de 1998. Parágrafo único. Atualiza-se também o Rol de Procedimentos e Eventos

em Saúde de Alta Complexidade – PAC, definido, para fins de cobertura, como

17
procedimentos extraídos do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, identificado

no Anexo I, que pode ser objeto de cobertura parcial temporária - CPT nos casos de

doenças e lesões preexistentes - DLP, conforme o disposto em Resolução

específica.” (NR)

“Art. 2º Esta Resolução é composta por três Anexos:

I - o Anexo I lista os procedimentos e eventos de cobertura mínima

obrigatória, respeitando-se a segmentação contratada;

II - o Anexo II apresenta as Diretrizes de Utilização – DUT; e

III – o Anexo III apresenta as Diretrizes Clínicas - DC que definirão critérios

para a obrigatoriedade de cobertura de alguns procedimentos listados no Anexo I.”

(NR)

ANEXO II

- PET-SCAN ONCOLÓGICO

1. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer pulmonar de

células não pequenas, quando pelo menos um dos seguintes critérios for

preenchido: a. para caracterização das lesões; b. no estadiamento do

comprometimento mediastianal e à distância; c. na detecção de recorrências.

2. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de linfoma, quando pelo

menos um dos seguintes critérios for preenchido: a. no estadiamento primário; b. na

avaliação da resposta terapêutica; c. no monitoramento da recidiva da doença nos

linfomas Hodgkin e nãoHodgkin.

3. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer colo-retal com

metástase hepática potencialmente ressecável.

18
Obs. Em caso de indisponibilidade de rede prestadora de serviço para este

procedimento na localidade de ocorrência do evento, a operadora deve disponibilizar

o mesmo na localidade mais próxima, sem a obrigatoriedade de cobertura de

remoção ou transporte.

Anexo 2

COBERTURA – PET SCAN

• A Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS estabelece um Rol de

Procedimentos e Eventos em Saúde, atualmente vigente por intermédio da

Resolução Normativa nº 338/2013, alterada pela RN nº 349/2014, que constitui a

cobertura mínima obrigatória a ser garantida pelos planos de saúde comercializados

a partir de 2/1/1999, bem como para aqueles contratados anteriormente, desde que

adaptados à Lei 9656/1998, nos termos do artigo 35 da referida Lei e respeitadas as

segmentações assistenciais contratadas;

• A RN 338/2013, passou a vigorar em 2 de janeiro de 2014;

• O procedimento “PETSCAN ONCOLÓGICO (COM DIRETRIZ DE UTILIZAÇÃO)”

passou a ter cobertura obrigatória a partir da publicação da resolução Normativa nº

262/2011 atualizou o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que esteve em

vigor até 01/01/2014. Nesta resolução normativa contavam 4 indicações para o

procedimento. Para a análise das demandas referentes a RN 262/2011 é importante

observar a Diretriz de Utilização vigente à época; ;

• O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é regido atualmente pela RN

338/2013, cuja entrada em vigência se deu em 02 de janeiro de 2014.

19
• A PET SCAN, é uma modalidade de diagnóstico por imagem que permite o

mapeamento de diferentes substâncias químicas no organismo.

• O 2-[F18]-fluoro-2-deoxi-glicose, chamado de FDG, é o traçador mais utilizado

para a realização deste exame.

• Para que a cobertura seja obrigatória, é necessário que o paciente preencha os

seguintes critérios:

1. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer pulmonar de

células não pequenas comprovado por biópsia, quando pelo menos um dos

seguintes critérios for preenchido: a. para caracterização das lesões; b. no

estadiamento do comprometimento mediastinal e à distância; c. na detecção de

recorrências.

2. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de linfoma, quando pelo

menos um dos seguintes critérios for preenchido: a. no estadiamento primário; b. na

avaliação da resposta terapêutica; c. no monitoramento da recidiva da doença nos

linfomas Hodgkin e não-Hodgkin.

3. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer colo-retal,

quando pelo menos um dos seguintes critérios for preenchido: a. câncer recidivado

potencialmente ressecável; b. CEA elevado sem evidência de lesão por métodos de

imagem convencional; c. recidivas com achados radiológicos inconclusivos com ou

sem CEA aumentado.

4. Cobertura obrigatória para avaliação de nódulo pulmonar solitário quando

preenchido todos os seguintes critérios: a. ressonância magnética ou tomografia

computadorizada inconclusivas; b. nódulo maior que um centímetro; c. não

espiculados; d. sem calcificações. 5. Cobertura obrigatória para o diagnóstico do

20
câncer de mama metastático quando os exames de imagem convencionais

apresentarem achados equívocos.

6. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer de cabeça e

pescoço, quando pelo menos um dos critérios for preenchido: a. presença de

imagem pulmonar ou hepática ou em outro órgão que seja suspeita de metástase

quando outros exames de imagem não forem suficientemente esclarecedores

quanto à natureza da lesão; b. quando a biópsia por agulha de uma lesão ou

linfonodo cervical apresentar como resultado “carcinoma de células escamosas,

adenocarcinoma ou carcinoma epitelial anaplásico” cujo tumor primário for

desconhecido e se outro exame de imagem não for suficientemente esclarecedor.

7. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de melanoma, quando

pelo menos um dos seguintes critérios for preenchido: a. no estadiamento do

melanoma de alto risco (tumor ≥1,5 mm de espessura, ou com linfonodo sentinela

positivo, ou com linfonodo clinicamente positivo) sem evidência de metástases e

quando os exames convencionais não forem suficientemente esclarecedores; b.

para avaliação de recidiva detectada por outro método diagnóstico em pacientes

candidatos a metastectomia (exceto para lesões de SNC ou lesões muito pequenas

< 3 mm de espessura).

8. Cobertura obrigatória para pacientes portadores de câncer de esôfago

“localmente avançado” para a detecção de metástase à distância, quando outros

exames de imagem não foram suficientemente esclarecedores (TC de tórax e USG

ou TC de abdome).

• Cabe esclarecer que as indicações constantes da Diretriz de Utilização elaboradas

por esta Agência estão pautadas nas evidências científicas atuais sobre eficácia e

21
efetividade do procedimento e teve como referência estudos reunidos pelo Ministério

da Saúde;

• Para os planos constituídos antes de 1º de janeiro de 1999, não adaptados à Lei

9656/98 e ainda vigentes, a cobertura obrigatória a ser garantida é a que consta das

cláusulas contratuais acordadas entre as partes.

Anexo 3

PET/CT FICHA DE REGISTRO

Responsável pela coleta dos dados: ______________________________________ Data da coleta: _____/_____/______


CARACTERÍSTICAS SÓCIO-DEMOGRÁFICAS
Número do paciente na pesquisa:
Iniciais do paciente: Matrícula:
Data de nasciemnto: Idade do paciente:
Sexo (1) Masculino (2) Feminino
Raça: (1)Branco (2)Negro (3)Pardo (4)Amarelo (5)Indígena (9) Sem Inf
Residência (cidade e estado): ________________________________ Naturalidade: ________________________________
INFORMAÇÕES DO TUMOR
Idade ao diagnóstico: ________
Data da confirmação diagnóstica de câncer (BPO): ______/_____/_______ Local: (1)INCA (2)Externo
INFORMAÇÕES DO HISTOPATOLÓGICO
Tipo histológico: ___________________
Local do tumor primário:__________________________________________
Segundo primário: __________________
Local do segundo primário:___________________________________
PET/CT
Data do PET/CT 1:_____/_____/______
Indicação do PET/CT:
Data do PET/CT 2:_____/_____/______
Indicação do PET/CT:
Data do PET/CT 3:_____/_____/______
Indicação do PET/CT:
Data do PET/CT 4:_____/_____/______
Indicação do PET/CT:
Data do PET/CT 5:_____/_____/______

Indicação do PET/CT:

22
Referências Bibliográficas:

1. Soares Junior, José et al . Lista de recomendações do Exame PET/CT com 18F-


FDG em Oncologia: consenso entre a Sociedade Brasileira de Cancerologia e a
Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular. Radiol
Bras, São Paulo , v. 43, n. 4, p. 255-259, Aug. 2010

2. Camargo, Edwaldo E.. Experiência inicial com PET/CT. Radiol Bras, São Paulo ,
v. 38, n. 1, Feb. 2005

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos


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