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Apresentação

Olá Prefeito (a).


Hoje você vai conhecer porque a tele-medicina se tornou um dos
melhores, senão o melhor benefício que os Municípios podem dispor aos seus
Munícipes.

Vamos entender como a tele-medicina pode ajudar o seu município,


mas antes quando falamos em inovação médica, na área da saúde, citamos o
exemplo do prontuário médico digital, que surgiu na década de 90. Ainda
hoje, tem médicos que não aceitam e não querem utilizá-lo. Ou seja, não
conseguiram se adaptar a uma inovação.

Isso também aconteceu atualmente com o receituário digital, mesmo


com uma nova lei e durante um momento que está gerando a necessidade
desse documento virtual. É importante que o município fique atento como os
seus profissionais lidam e principalmente sabem lidar com a adaptação.

A urgência que temos no Brasil de ações que promovam prevenção


primária e um sistema de saúde mais eficiente mostra que a distribuição
geográfica dos médicos no país, que é extremamente irregular, pois temos
hoje no Brasil tem 5570 municípios e 460 mil médicos formados, sendo que
60% estão locados em 39 cidades com mais de 500 mil habitantes (276 mil
médicos).

Desse modo, 40% dos médicos estão distribuídos de forma desigual no


país e mais de 2 mil cidades não tem médicos. O uso da saúde através da
tecnologia (tele-medicina) é uma solução para esse cenário.
Sumário
1 – Introdução ............................................................................................

2 - o que é tele-medicina............................................................................

3 - Quais são os principais benefícios da orientação médica online.......

4 - No período de pandemia a orientação médica online pode ajudar..............................

5 - Qual o procedimento que devo seguir.............................................................................


6 - Modelo de Leis......................................................................................................................
7 – Matéria Jornalista ...............................................................................................................
Introdução
A pandemia mundial “corona-vírus” modificou completamente a vida
das pessoas, das necessidade de se lavar as mãos constantemente ao
distanciamento social, tudo está sendo alterado em uma grande velocidade.
Isso inclui as formas de trabalho e atendimento dos profissionais da
Saúde. Em março, o Conselho Federal de Medicina solicitou a prática da Tele-
medicina, sob o Ofício nº 1756/2020.
O objetivo foi ampliar a Resolução nº 1.643/2002 e contribuir para o
aperfeiçoamento e a máxima eficiência dos serviços médicos prestados no
País.
Após o lançamento da resolução, o Ministério da Saúde editou a
portaria nº 467 que estabeleceu a regulamentação oficial, o Governo Federal,
por sua vez, sancionou a Lei 13.989/20, que estabeleceu a regulamentação
oficial.
Como o cenário é novo, e a portaria que permite procedimentos para
Órgãos Governamentais, a É SEGURO juntamente com sua parceira GEOLIFE
criou esse guia completo para implantar no Município a Tele-medicina.

Neste guia, vamos ensinar o passo a passo para o Município esta


regulamentando e aderindo esta nova tecnologia.

Portanto senhor prefeito e secretária o objetivo é ajudar vocês estar


adquirindo esta Ferramenta. .
O que é tele-medicina?
O termo Telemedicine só foi incorporado como Medical Subject
Headings (MeSH Term) junto à Biblioteca Nacional de Medicina dos
Estados Unidos da América (National Library of Medicine) em 1993. Este
ano marca a explosão da Internet como ferramenta de comunicação,
tornando-se a partir daí a tecnologia mediadora da colaboração em
saúde. Isto demonstra a contemporaneidade da sistematização dos
conceitos, publicações, estudos e pesquisas sobre o tema. Por outro
lado, iniciativas de ofertar consultas e serviços diagnósticos e/ou
terapêuticos interativos e a distância, por meio de TICs, remontam ao
século XIX.
A partir da década de 70, há um florescimento de iniciativas de
Tele-medicina nos Estados Unidos e na Europa, com programas de Tele-
medicina muito similares aos atuais, integrando ações de tele-
assistência com tele-educação. As viagens espaciais também deram
grande impulso para Tele-medicina. A Agência Espacial Americana
(NASA) empreendeu inúmeros esforços para seu desenvolvimento,
usando telemetria para fazer tele-monitoramento dos astronautas sob
gravidade zero19.
Já no século atual, como bem exemplifica Castro-Filho em sua tese
de doutorado, a Tele-medicina passa a ser incentivada inclusive por
organismos internacionais20:
Em 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
incorporou o amplo leque de serviços eletrônicos
ligados à saúde, conhecido como eHealth, em sua
estratégia para os países membros (World Health
Organization, 2004). Em 2005, instituiu o Global
Observatory for eHealth e promoveu uma pesquisa
mundial nesta área para conhecer as necessidades
dos países. Entre os domínios desta survey, publicada
em 2006, estiveram Sistema de Informações para o
General Practitioner (GP - termo usado em alguns
países europeus para o Médico de Família), Sistemas
de Suporte à Decisão Clínica e Telessaúde. Os focos
na Atenção Primária à Saúde, na qualificação das
condutas e nas ferramentas de colaboração e ação a
distância estiveram, desde o início, entre as
preocupações da OMS (World Health Organization,
2006b). Ainda em 2006, o referido Observatório
publicou um segundo relatório (World Health
Organization, 2006a). Nele previa uma forte
ampliação de eHealth entre os países membros para
os dois anos seguintes, como de fato veio a ocorrer
no Brasil.

Nesse processo histórico de desenvolvimento da Tele-medicina,


mesmo sem intencionalidade, podemos encontrar iniciativas pioneiras,
sucedidas por experiências cada vez mais replicáveis e efetivas, que
tornaram possíveis atualmente a realização de tele-consultorias, tele-
consultas, telediagnóstico, tele-cirurgias e tele-monitoramento. Há
relatos variados em publicações médicas sobre uso anedótico do
telefone, no século XIX, tanto na realização de tele-consultas como de
tele-consultorias entre médicos. No início do século XX, inúmeras
experiências de telediagnóstico foram realizadas, boa parte delas com
eletrocardiogramas (ECG), antes do desenvolvimento da computação e
da transmissão eletrônica de dados. Dada à natureza elétrica dos dados
que compõem um ECG, este exame foi um dos primeiros,
conjuntamente a exames de imagem de raio X, a serem realizados a
distância por meio de alguma tecnologia de comunicação
A tele-medicina é uma modalidade usada para atendimento pré-
clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e
diagnóstico no Sistema Único de Saúde (SUS), bem como na saúde
suplementar e privada.
Quais são os principais benefícios da
orientação médica online?

O atendimento médico à distância pode ser feito diretamente


entre médicos e pacientes, por meio de tecnologias da informação e
comunicação que garantem a integridade, segurança e o sigilo de
informações. Toda a consulta deve ser, obrigatoriamente, registrada em
prontuário clínico com indicação de data, hora, tecnologia utilizada e o
número do Conselho Regional Profissional do médico e sua unidade da
federação.

São inúmeras as razões que têm justificado a incorporação de


soluções em tele-medicina:

● Zero deslocamento, pois o atendimento online é imediata,


redução de filas de espera para atendimentos Clínicos Gerais
ou exames especializados

● Ganhos de escala, visto que muitos serviços podem ser


atendidos por um menor número de profissionais utilizando
tele-medicina.

● Garantia ou melhoria de acesso em locais de difícil provimento

● Aumento da qualidade assistencial

● Evitar os deslocamentos de pacientes e profissionais

● Monitoramento à distância

● Redução do tempo para resolução dos problemas em saúde

● Diminuição de custos diretos (recursos humanos,


deslocamentos) e indiretos (carga de doença, tempo)
● Assistência às urgências ou situações críticas de saúde (ex.:
acidente vascular cerebral agudo, doentes em Unidade de
Tratamento Intensivo)
O uso de tecnologias de informação e comunicação por meio da
tele-medicina é capaz de produzir melhorias no fluxo das informações, no
desempenho dos profissionais, no acesso rápido e oportuno ao diagnóstico
e manejo clínico e na qualidade dos serviços prestados. E essa realidade
tem uma tendência de melhora, visto a crescente adesão e familiaridade
das pessoas aos telefones móveis e smartphones. Mais do que isso, pode ser
uma alternativa custo-efetivo para um país cujo sistema de saúde tem
dificuldades de provimento de serviços primários e especializados, visto
suas dimensões continentais e sua estrutura descentralizada.

O acesso dos pacientes aos cuidados em saúde é, sem dúvida, o


ganho mais evidente que a tele-medicina proporciona. Levar para a
população o atendimento especializado (em seus diferentes níveis e
complexidades) é condição primordial para a incorporação de soluções
em tele-medicina.
Na maior parte dos casos isso significa a oferta de serviços em
regiões rurais e remotas, visto a dificuldade de adquirir e reter força de
trabalho nesses locais. Entretanto, o avanço das tecnologias tem
tornado o termo “distância” algo cada vez mais volátil.

A maioria dos trabalhos considera o padrão-ouro da prestação de


serviços em saúde o encontro face a face. Entretanto, são inúmeros os
estudos que demonstram uma melhora da qualidade assistencial
quando utilizamos a tele-medicina. Isso se dá pela facilidade que essas
ferramentas nos conduzem à utilização de diretrizes, protocolos e
decisões orientadas por evidências. Além disso, temos ganhos com a
maior privacidade garantida pela interação não presencial. Como
exemplo, pacientes com doenças estigmatizantes podem se sentir mais
confortáveis no atendimento à distância.

É Fundamental o entendimento que nenhuma outra ferramenta


tem maior potencial em melhorar os processos em saúde do que as
soluções em tele-medicina, e que no futuro muito das demandas
presenciais serão substituídas por interações mediadas pelas tecnologias
de informação e comunicação.
Por outro lado, é igualmente importante que não se incorra no
erro de acreditar que a tele-medicina será a panaceia para resolução de
nossos problemas de assistência à saúde. Ainda a interação presencial
face a face será preponderante como principal forma de contato, e
possivelmente para sempre.
No período de pandemia, a orientação
médica online pode ajudar?

Sim! Para qualquer dúvida sobre a saúde ou sobre os sintomas de


doença é possível conversar com o médico direto de casa, da empresa, a
qualquer horário, da tela do seu celular, por vídeochamada. Esse é um fator
importante, pois o médico que conversará com você poderá lhe indicar se seus
sintomas são mesmo de coronavírus e se for o caso, lhe indicar o auxílio
necessário.

O atendimento online também evita de você sair de casa em busca


de esclarecimentos e porventura ser contaminado ou contaminar alguém.

Qual o procedimento que devo seguir?


O uso de tecnologias de informação e comunicação por meio da
tele-medicina é capaz de produzir melhorias no fluxo das informações,
no desempenho dos profissionais, no acesso rápido e oportuno ao
diagnóstico e manejo clínico e na qualidade dos serviços
prestados.Portanto temos que seguir os seguintes passo a passo:

1- O setor Jurídico da Prefeitura deve encaminhar a Câmara

Municipal a regulamentação da Tele-medicina n município.

2- Após a regulamentação, em 2 votações, a câmara devolve ao

prefeito para estar sancionando a lei, após sancionada, a


secretaria de saúde deve solicitar ao setor de licitação com as
descrições disponível abaixo.
PROJETO DE LEI Nº , ______DE __ DE ______ DE 2020

DISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃO DA TELE-MEDICINA NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE


____________ DURANTE E APÓS DO ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA EM
VIRTUDE DA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA DECORRENTE DO NOVO CORONAVÍRUS
(SARS-CoV-2).

Art. 1º - Fica autorizada a contratação e utilização de serviços de tele-medicina no âmbito


do Município de _____________ durante e após o estado de calamidade pública em virtude
da situação de emergência decorrente do novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Art. 2º Esta Lei implanta, o uso da tele-medicina no sistema público de saúde do Município
de _________ para todas as especialidades da medicina, de acordo com o disposto na Lei nº
13.989, de 15 de abril de 2020 e na Portaria do Ministério da Saúde nº 467, de 20 de março
de 2020.

Art. 3º Fica facultado ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná a fiscalização


do procedimento previsto nesta Lei.

Art. 4º Fica o Poder Executivo autorizado a realizar campanha publicitária para informar e
incentivar o uso da tele-medicina pela a população _________, durante a pandemia.

Art. 5º O Poder Executivo poderá regulamentar Esta Lei, no que couber, para garantir a sua
fiel execução.

Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões da Câmara Municipal do _________

Cidade, _____, ______ de 2021.


JUSTIFICATIVA

Pelo menos 4,5 bilhões de pessoas em 110 países, ou territórios, do mundo estão em
situação de isolamento social para conter a pandemia da Covid-19 que já deixou mais de
297.682 mortos, sendo 13.276 apenas no Brasil.
Diante desse cenário, no dia 15 de abril de 2020 foi sancionada a Lei nº 13.989, que autoriza
o uso da tele-medicina no Brasil.

A medida é um avanço para o sistema, pois garante o atendimento à população,


reduz o contágio do novo coronavírus e ameniza a sobrecarga nas unidades de saúde, que
precisam nesse momento focar no atendimento de pessoas infectadas com a Covid-19.

É importante destacar que a tele-medicina se apresenta como uma ferramenta


aliada do isolamento social, uma vez que os pacientes acometidos por outras doenças não
devem sair de casa para enfrentar um pronto-socorro abarrotado de pessoas possivelmente
infectadas com a Covid-19, mas necessitam de atendimento.

Por isso, apresentamos o projeto de lei em tela, que “Dispõe sobre o uso da tele-
medicina no sistema público de saúde do Município de ______, enquanto todo o período
que o município necessitar coronavírus (Covid-19)”, para garantir que os pacientes da rede
pública de saúde de ______ tenham acesso à ferramenta em todas especialidades da
medicina, como ocorre na rede privada.

É importante destacar que a medida apresentada já funciona com sucesso no


exterior. Na Europa, 24 dos 28 países membros também possuem legislação sobre
tele-medicina. Destes, 17 permitem a consulta remota de forma plena e apenas três
com restrições (emergências, áreas com carência de médicos, necessidade de
primeira consulta presencial).

O Canadá utiliza a tele-medicina por meio de telefonia ou internet para áreas rurais
e urbanas; o México permite a tele-medicina para pacientes que vivem em
comunidades rurais desde de 2001, e a Austrália (desde 1994) e no Japão (desde
1997) liberaram esta forma de consulta.

Trazendo para nossa realidade, em 2016, foi noticiado pelo G1 que o Hospital
Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade pública de saúde do Rio Grande do Norte, foi
o primeiro do hospital do nordeste a contar com a tecnologia da tele-medicina.1 Dessa
forma, percebemos que não há óbices logísticos para implementação no nosso Município,
visto que profissionais que atuam no município podem ter vasta experiência com a
tecnologia.
1
Diante do exposto e em decorrência da situação atual de emergência, peço o apoio
do vereadores desta câmara para a aprovação do presente projeto de lei, que deverá atuar
como um recurso extremamente útil no combate à pandemia do novo coronavírus.
MUNICIPIO DE ITATI
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
LEI Nº 1.405/2020

DISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃO DA TELEMEDICINA


NO ÂMBITO DO MUNICÍPIO DE ITATI – RS, DURANTE
DO ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA EM VIRTUDE
DA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA DECORRENTE DO
NOVO CORONAVÍRUS.

FLORI WERB, Prefeito Municipal de Itati, faço saber que a Câmara


Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei.

Art. 1º - Fica autorizada a contratação e utilização de serviços de telemedicina no âmbito


do município de Itati – RS durante o estado de calamidade pública em virtude da situação de emergência
decorrente do novo coronavírus (SARS-Cov-2).

Art. 2º – A telemedicina será utilizada durante o estado de calamidade pública


ocasionada pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2), em caráter emergencial e para qualquer especialidade
médica ou de saúde aonde aplicável, conforme previsto na Lei Federal 13.969/20, que dispõe sobre o uso
da telemedicina durante a crise causada pelo coronavírus (SARS-Cov-2).

Parágrafo Único – Para efeitos desta Lei, a utilização da telemedicina não gerará
qualquer custo ao paciente e a administração pública durante o estado de calamidade pública no
município de Itati.

Art. 3º - Entende-se por telemedicina, para fins desta lei, o atendimento médico por
meio de tecnologia virtual (telemedicina) para consulta médica, emissão de receitas e laudos médicos,
bem como exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de consulta médica,
acompanhamento ao paciente, prevenção de coenças e lesões e promoção da sáude.

Parágrafo Primeiro – O profissional médico especialista será acompanhado no


atendimento por um profissional médico clínico geral ou por profissional enfermeiro.

Parágrafo Segundo – O profissional atendente médico ou enfermeiro informará ao


paciente todas as limitações inerentes ao uso da telemedicina em virtude da impossibilidade de
realização de exame físico durante a consulta..

Art. 4º - A prestação do serviço de telemedicina seguirá os padrões normativos e éticos


usuais do atendimento presencial.

Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação


GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ITATI, em 02 de setembro de 2020.
FLORI WERB
Prefeito

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