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RESUMO
Há muito tempo o homem vem buscando formas de melhorar seu bem estar,
garantindo uma melhor qualidade de vida não só para si mesmo, mas também para todos ao
seu redor. Dentre estas formas esta a medicina, que num sentido bem amplo, serve para
garantir a manutenção e restauração da saúde. Assim, uma das modalidades existentes na
medicina é o Home Care, que são atividades voltadas aos pacientes e seus familiares ou
responsáveis, a serem realizadas em um ambiente extra-hospitalar, em que os pacientes
possam ser tratados em casa. Partindo deste ponto onde mesmo com o Home Care a família
precisa manter um profissional em tempo integral em sua casa, o protótipo apresentado neste
trabalho pretende desenvolver recursos de E-health onde aparelhos utilizados para
monitoração e diagnóstico de pacientes possam ser acessados remotamente pelo médico ou
equipe médica. Assim o médico pode monitorar o paciente, ter todas as informações
necessárias para diagnóstico mesmo não estando no mesmo ambiente físico. Mas como a
maioria destes aparelhos não possuem recursos suficientes para conexão com a Internet, entre
em cena o uso de uma placa Arduino para fazer a comunicação dos aparelhos com o servidor
e que assim possa conectar os aparelhos a uma rede.
Palavras-chave: Arduino, saúde, monitoração.
ABSTRACT
Long ago the man has been seeking ways to improve their welfare, ensuring a
better quality of life not only for himself but also for everyone around her. Among these
forms is the medicine that a broader sense, is to ensure the maintenance and restoration of
health. Thus, one of the modes existing in medicine is Home Care, which are activities
¹Orientador, professor do Curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do
Itajaí – UNIDAVI – Rua Doutor Guilherme Gemballa, 13, CEP 89160-000 – Rio do Sul/SC – E-mail:
Marciel@unidavi.edu.br
²Acadêmico do Curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí–
UNIDAVI – Rua Doutor Guilherme Gemballa, 13, CEP 89160-000 – Rio do Sul/SC – E-mail: fabiotelles@globo.com
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INTRODUÇÃO
O homem tem buscado incessantemente por formas de melhorar seu bem estar,
garantindo uma melhor qualidade de vida para si e para os outros ao seu redor. Uma das
formas encontradas esta inserida dentro da medicina, e que serve para garantir a manutenção e
restauração da saúde, esta forma é conhecida como Home Care, que são atividades voltadas
aos pacientes e seus familiares ou responsáveis, realizadas em um ambiente extra-hospitalar,
onde os pacientes podem ser tratados em suas casas, através de acompanhamento de
profissionais da saúde.
O conhecimento do inicio do Home Care, é de cerca de um século atrás, nos Estados
Unidos, onde os profissionais da saúde se deslocavam até as casas dos doentes para prestarem
serviços. Nesta época estes atendimentos eram realizados de forma precária, devido aos níveis
de pobreza existentes, quando os doentes tinham como ambiente de tratamento os seus lares e
o numero de casos de doenças infectocontagiosas juntamente com o altos níveis de
mortalidade. Mas também marcada por uma época em que a ciência teve grandes avanços.
Partindo deste ponto, onde mesmo com o Home Care a família teria que manter um
profissional em tempo integral em sua casa, o protótipo apresentado a seguir pretende
desenvolver recursos de E-health onde aparelhos utilizados para monitoração e diagnóstico de
pacientes possam ser acessados remotamente pelo médico ou equipe médica. Assim o médico
pode monitorar o paciente e ter todas as informações necessárias para diagnóstico, mesmo não
estando no mesmo ambiente físico. Como a maioria destes aparelhos não possuem recursos
suficientes para conexão com a Internet, entre em cena o uso de uma placa Arduino para que
sirva de ponte de comunicação e possa assim conectar os aparelhos na rede. Na forma
proposta, o médico se conecta ao Arduino e obtêm as informações do paciente capturadas
pelos aparelhos de monitoração. Além disso, pretende-se armazenar os dados coletados pelos
aparelhos de monitoramento em um servidor para que o médico possa ter um histórico
detalhado e integral das atividades do paciente. Deixando assim o paciente estará mais
confortável, pois se encontra em um ambiente próprio do seu dia a dia, e o médico não precisa
estar sempre presente para verificar o diagnóstico e a atual situação de saúde do mesmo.
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custo, e transmitidos para um gateway que faz comunicação com GPRS (General Packet
Radio Service), para um servidor central.
Levando-se em conta o acima mencionado, a vantagem de usar o arduino para
processamento de dados, seria o baixo custo para o usuário e vantagem de usar um servidor,
para segurança de dados.
Outro termo que surgiu nas pesquisas foi o REST (Representational State
Transfer), onde este termo também é explicado por Moro et.al(2009) teve primeira utilização
por Roy Fielding (um dos criadores do protocolo HTTP). É usado geralmente para descrever
qualquer interface que transmita dados de um domínio específico sobre HTTP sem uma
camada adicional de mensagem como SOAP ou session tracking via cookies HTTP.
É possível desenvolver um sistema de software de acordo com as restrições
impostas pelo estilo arquitetural REST sem usar HTTP e sem interagir com a Web. Também
se torna possível projetar interfaces HTTP + XML que não condizem com os princípios REST
de Fielding [Fielding 2000]. Sistemas que seguem os princípios REST são referenciados
também como “RESTful”.
Outro conceito estudado foi o da Internet das Coisas que foi desenvolvido dentro
do AutoID Center do MIT quando se pensava no cenário da logística com a utilização de
tecnologias do futuro, no caso o RFID e a Internet. Com base neste conceito, todos os
produtos existentes no mundo, terão aplicados um dispositivo baseado na tecnologia RFID,
contendo uma identificação única, que será chamada de EPC - Código Eletrônico de Produto,
e as leituras poderão ser realizadas através de leitoras RFID podendo ser acessadas da rede
EPCglobal. Pensando neste conceito, podemos supor que a falta de produto no estoque, a
localização de certo produto ou até mesmo saber se o produto é original ou falsificado,
estariam resolvidos.
Ainda analisando este conceito, poderíamos ter no futuro uma geladeira quer
informaria o que esta faltando, já que mesmo os eletrodomésticos teriam uma leitora RFID
incorporada, facilitando assim a vida de seus usuários e mesmo ajudando na economia de
energia, pois não precisaríamos abrir a geladeira para saber o que tem dentro.
Estudou-se também o conceito de HTML que como sabemos, todas as novas
tecnologias existentes na atualidade, surgiram basicamente da necessidade dos seres humanos,
onde este sempre buscou a melhor forma de realizar suas atividades do jeito mais rápido e
eficiente. Assim, este conceito se aplica também no uso do HTML (Hypertext Markup
Language), que foi criado para que seus usuários pudessem trocar informação umas com as
outras mesmo estando em lugares diferentes.
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De acordo com SICA(1997) o HTML, criado por Tim Berners-Lee, foi feito para
que fosse possível a criação e publicação de paginas web que posteriormente fossem
interpretadas pelos browsers. Suas versões iniciais possuíam padrões simples de fácil
entendimento, para que fosse utilizada sem dificuldades.
Junto com o HTML surgiu também padrões e métodos que facilitaram sua
organização e manutenção. Onde o CSS (Cascade Styyle Sheet) foi desenvolvido para
facilitar o desenvolvimento web, sendo usado para construção do estilo ou aparência das
paginas.
Segundo a W3C, de forma simples e objetiva o CSS nada mais é do que uma
forma de definir os layouts do documento HTML, controlando margens, linhas, alturas,
larguras, fontes, entre outros. Atualmente o padrão CSS está na versão 3.0 (CSS3), e trás
junto com sua utilização a vantagem de se poder controlar o estilo de varias paginas web com
apenas um arquivo.
Junto a todos estes conceitos pesquisou-se também sobre o PHP (Personal Home
Page), que foi criado no ano de 1994 por Rasnus Lerdorf, com a finalidade de deixar as
paginas webs mais dinâmicas, sendo utilizada no lado servidor das aplicações. Apartir dos
anos de 1995, 1997, 1998, 2000 e 2004, surgiram novas versões dessa linguagem de
programação, que hoje é uma das mais usadas no mundo, sendo utilizada em aplicações web
com varias finalidades, desde sites pessoais a comerciais.
Como pontua DALL´OGLIO (2009), de uma forma mais objetiva o PHP serve
para desenvolver aplicações web de forma ágil, simples e eficiente, interligando banco de
dados a pagina web. Suas características e vantagens principais são: Velocidade, robustez,
independência de plataforma, tipagem dinâmica, Orientado a objeto, além de possuir código
aberto.
As pesquisas levaram também ao estudo sobre Banco de Dados que é tudo aquilo
que organiza as informações obtidas através de algum processo, envolvendo ou não a TI,
exemplo disto é quando fizemos alguma anotação que contenha algum dado sobre
determinado assunto.
Já para a área de Tecnologia da Informação (TI), segundo C.J. Date(2003), um
sistema de banco de dados é apenas um sistema computadorizado de armazenamento de
registros. O banco de dados pode, ele próprio, ser visto como equivalente eletrônico de um
armário de arquivamento. Em outras palavras, é um repositório ou recipiente para uma
coleção de arquivos de dados computadorizados.
Assim, nos tempos atuais vemos que praticamente tudo que está relacionado ao
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representam ações no sistema, mas que podem representar algo em casos de uso. Estes casos
de uso são demonstrados através de diagramas elaborados com para tornar visível o
funcionamento do sistema de forma dinâmica, onde mostra o comportamento do mesmo em
relação aos atores. Dentro destes diagramas um ator pode representar um conjunto de papéis
que interagem com o sistema sendo como um usuário ou como um hardware ou software.
Já no diagrama de entidade relacionamento (DER), encontra-se os conceitos de
modelagem de dados, que podem definir um método para especificar e organizar os dados em
estruturas bem definidas. Neste diagrama ficam estabelecidas as regras de dependências entre
eles. E é comumente utilizado para representar classes de entidades, seus relacionamentos e
atributos. De forma a mostrar a disponibilidade, segurança e manutenção do sistema sempre
que for necessário.
ARDUINO
Com base nas definições de ARDUINO surgiram varias adaptações, algumas com
bons processadores e consumo de baixa voltagem, sendo que possuem portas de expansão
tanto analógicas quanto digitais. No projeto utilizaremos uma placa ARDUINO compatível
com USB, utilizada na maioria das conexões entre aparelhos e computadores.
Primeiramente a idéia é fazer a comunicação de um medidor de pressão digital
com um computador através da ARDUINO, sendo feita essa conexão, será desenvolvido uma
forma de que o profissional de saúde possa aferir a pressão do paciente através do computador
de seu consultório, de um celular com acesso a internet, não importando o lugar em que o
profissional esteja.
Alem da medição de tempo em tempo, também planeja-se desenvolver um
método para que o profissional possa aferir a pressão quando ele quiser.
IDE DE DESENVOLVIMENTO
Para aquelas pessoas que não são familiarizadas com questões que envolvem
linguagens de programação, bem como suas respectivas formas de compilação foi criada uma
IDE de desenvolvimento para o Arduino. Esse IDE visa facilitar a vida de muitos entusiastas
que não conseguiriam utilizar de forma adequada tudo que o Arduino pode oferecer.
Esse IDE (Figura 3) é uma aplicação multiplataforma escrita em Java, portanto
roda em qualquer ambiente operacional. Seus projetos normalmente são desenvolvidos com a
linguagem de programação C/C++, embora muitas pessoas utilizem o próprio Java, ou até
mesmo o Python para criar as rotinas que o Arduino deverá executar. Caso queira utilizar uma
linguagem que não seja o C/C++, será necessário utilizar outras ferramentas de terceiros.
O IDE do Arduino é bem simples, como mostra a figura 2, e você aprenderá como
utiliza-lo com rapidez e facilidade à medida que avança nos projetos. Conforme você se torna
mais proficiente no uso do Arduino e na programação em C (a linguagem de programação
utilizada para criar código no Arduino é um dialeto da linguagem C), poderá acabar
considerando o IDE do Arduino como sendo básico demais. (MCROBERTS,2011,p.38).
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IMPLEMENTAÇÃO
Foi montada uma placa como protótipo que se encaixa como um shield no
Arduino. Essa placa é uma variação de um pletismógrafo, aparelho medico-hospitalar. Nosso
protótipo funciona de forma com a fonte de luz e o sensor em um mesmo plano, diferente do
utilizado em hospitais, que o sensor fica em um lado e a fonte de luz no outro lado do dedo,
ou lóbulo da orelha. O protótipo deve medir as pulsações do dedo, e para isso usamos
utilizando um sensor LDR comum e uma resistência de 1 ohm sem incidência de luz e uma
resistência de 400 ohms onde incide a luz natural direta. Como fonte de luz usamos um LED
comum de 3mm. Desta forma que estiver experimentando o protótipo deve posicionar seu
dedo sobre o sensor com a dobra do dedo sobre o LED, este emite a luz que atravessa a pele
que refletirá no osso bem acima do sensor onde temos um grupo de artérias, neste grupo o
volume do sangue pulsa em sintonia com o coração, essa sintonia é que modulará a resistência
do sensor.
Neste protótipo temos um resistor R1 que limita a corrente através do LED1 em
cerca de 20 mA. O LDR e o resistor R2 formam um circuito que divide a tensão cuja saída
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pulsante será a função da resistência do LDR que é função da luz que será refletida pelo dedo
de quem estiver experimentando o protótipo.
Os pulsos captados são de baixa frequência, e seguem para um filtro passa-altas
formados pelos componentes C1 e R3 e são amplificados pelo primeiro opAmp do LM-358N
na configuração não-inversor com ganho de 120. Os componentes C2 e R5 formam um filtro
passa-baixas centrado em 1.5 Hz, essa frequência corresponde a 90 pulsos por minuto,
considerado metade da frequência máxima do coração humano. Utilizamos também um
potenciômetro P1, que é a resistência de carga do primeiro amplificador, este por sua vez
controla a entrado do segundo opAmp, também não-inversor, com ganho de 560. É neste
ponto em que o sinal modulado com os batimentos do coração de quem estiver
experimentando, pode ser entregue para tratamento do Arduino no pino2. O LED2 foi
programado para piscar conforme os batimentos cardíacos do utilizador.
Primeiramente montamos a placa com o sensor e a fonte de luz, que ficará dentro
de uma caixa para que não haja interferência de luz externa. (imagem do sensor na caixa).
Deixamos uma distancia de cerca de 1,0 cm entre os centros do LED e do LDR.
Da caixa montada com o sensor saem três fios: o de +5 volts, o de saída do divisor de tenção e
o terra. Onde o fio de saída do divisor vão para o capacitor C1 na entrada do primeiro
amplificador pelo borne B1, conforme no esquema na Figura 3 abaixo.
SOFTWARE
int pinLed = 3;
volatile int state = 0;
void setup(){
pinMode(pinLed, OUTPUT);
attachInterrupt(0, pulse, CHANGE);
}
void loop(){
digitalWrite(pinLed, state);
}
void pulse(){
state = !state;
}
int pinLed = 3;
volatile int state = 0;
void setup(){
pinMode(pinLed, OUTPUT);
attachInterrupt(0, pulse, CHANGE);
Serial.begin(9600);
}
void loop(){
digitalWrite(pinLed, state);
if(!state) Serial.write(45);
delay(10);
if(state)Serial.write(95);
delay(10);
}
void pulse(){
state = !state;
}
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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conceitos e características. Monitorização Vital e Ambiental para Grupos de Pacientes
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Novatec Editora, 2009.
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SOMERA, Guilherme. Treinamento Prático em CSS: Crie Web Sites de Última Geração.
1. ed. [s.n.], 2006.