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Rio de Janeiro - RJ
2014
1
I
II
III
AGRADECIMENTOS
Aos meus amigos, Vinicius da Costa Silveira, D.Sc. Larissa Conceição Gomes
Oliveira e José Augusto Menezes da Silveira Filho, pelo apoio e conhecimentos
transmitidos que foram fundamentais no desenvolvimento deste trabalho.
Aos médicos, Gina Gravina, Cláudia Renata Rezende Penna, Paulo Roberto
Valle Bahia, Tatiana Mendonça Fazecas e Costa, Ilan Gottlieb, e ao físico médico
Fernando Mecca Augusto, por terem me dado a oportunidade de realizar este trabalho.
IV
“Escuto sons, leio palavras,
que me despertam a ganância
por todos os conhecimentos do mundo.
Meus olhos brilham
como os primeiros raios de sol da manhã”.
Fillipe Machado
V
RESUMO
VI
ABSTRACT
VII
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 10: Diferença entre detectores de um tomógrafo helicoidal de corte único (A) e
um tomógrafo multidetectores com 16 canais (B)...........................................................29
Figura 14: Curvas de isodose para uma projeção radiográfica e uma projeção de
TC....................................................................................................................................33
Figura 17: Efeito do comprimento de varredura nos valores de CTDIvol e DLP, para
TC de tórax. (A) CTDIvol = 12 mGy e DLP = 230,4 mGy.cm. (B) CTDIvol = 12 mGy e
DLP = 115,2 mGy.cm......................................................................................................37
VIII
Figura 18: Esquema do simulador padrão de criança, da câmara de ionização, do
conversor e do eletrômetro, para a dosimetria na Instituição A......................................44
Figura 19: Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol para os exames da
Instituição A. Níveis de referência do Reino Unido para tórax de alta resolução, para
tronco inteiro, para abdome superior e para tórax de rotina, respectivamente: 1-5 anos
igual a 40 mGy, 5-10 anos igual a 50 mGy e 10-15 anos não há; 1-5 anos igual a 38
mGy, 5-10 anos igual a 50 mGy e 10-15 anos não há; 1-5 anos igual a 25 mGy, 5-10
anos igual a 30 mGy e 10-15 anos não há; e 1-5 anos igual a 13 mGy, 5-10 anos igual a
20 mGy e 10-15 anos não há...........................................................................................55
Figura 20: Média e desvio padrão dos valores de DLP para os exames da Instituição A.
Níveis de referência do Reino Unido para tórax de alta resolução, para tronco inteiro,
para abdome superior e para tórax de rotina, respectivamente: 1-5 anos igual a 75
mGy.cm, 5-10 anos igual a 100 mGy.cm e 10-15 anos não há; 1-5 anos igual a 480
mGy.cm, 5-10 anos igual a 870 mGy.cm e 10-15 anos 1140 mGy.cm; 1-5 anos igual a
360 mGy.cm, 5-10 anos igual a 800 mGy.cm e 10-15 anos não há; e 1-5 anos igual a
230 mGy.cm, 5-10 anos igual a 370 mGy.cm e 10-15 anos 580 mGy.cm......................56
Figura 21: Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol para os exames da
Instituição B. Níveis de referência do Reino Unido para crânio e para tórax de rotina,
respectivamente: 0-1 ano igual a 30 mGy, 1-5 anos igual a 45 mGy, 5-10 anos igual a
50 mGy e 10-15 anos igual a 65 mGy; e 1-5 anos igual a 13 mGy, 5-10 anos igual a 20
mGy e 10-15 anos não há................................................................................................60
Figura 22: Média e desvio padrão dos valores de DLP para os exames da Instituição B.
Níveis de referência do Reino Unido para crânio e para tórax de rotina, respectivamente:
0-1 ano igual a 270 mGy.cm, 1-5 anos igual a 470 mGy.cm, 5-10 anos igual a 620
mGy.cm e 10-15 anos igual a 930 mGy.cm; e 1-5 anos igual a 230 mGy.cm, 5-10 anos
igual a 370 mGy.cm e 10-15 anos igual a 580 mGy.cm.................................................61
Figura 23: Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol para os exames da
Instituição C. Níveis de referência do Reino Unido para crânio: 0-1 ano igual a 30 mGy,
1-5 anos igual a 45 mGy, 5-10 anos igual a 50 mGy e 10-15 anos igual a 65
mGy.................................................................................................................................64
Figura 24: Média e desvio padrão dos valores de DLP para os exames da Instituição C.
Níveis de referência do Reino Unido para crânio: 0-1 ano igual a 270 mGy.cm, 1-5 anos
igual a 470 mGy.cm, 5-10 anos igual a 620 mGy.cm e 10-15 anos igual a 930
mGy.cm...........................................................................................................................65
Figura 25: Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol para os exames da
Instituição D. Níveis de referência do Reino Unido para crânio e para tórax de alta
resolução, respectivamente: 0-1 ano igual a 30 mGy, 1-5 anos igual a 45 mGy, 5-10
anos igual a 50 mGy e 10-15 anos igual a 65 mGy; e 0-1 ano igual a 30 mGy, 1-5 anos
igual a 40 mGy e 5-10 anos igual a 50 mGy...................................................................67
Figura 26: Média e desvio padrão dos valores de DLP para os exames da Instituição D.
Níveis de referência do Reino Unido para crânio e para tórax de alta resolução,
respectivamente: 0-1 ano igual a 270 mGy.cm, 1-5 anos igual a 470 mGy.cm, 5-10 anos
igual a 620 mGy.cm e 10-15 anos igual a 930 mGy.cm; e 0-1 ano igual a 50 mGy.cm,
1-5 anos igual a 75 mGy.cm e 5-10 anos igual a 100 mGy.cm.......................................68
IX
Figura 27: Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol nas instituições para os
exames de crânio.............................................................................................................71
Figura 28: Média e desvio padrão dos valores de DLP nas instituições para os exames
de crânio..........................................................................................................................71
Figura 29: Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol nas instituições para os
exames de tórax de alta resolução...................................................................................74
Figura 30: Média e desvio padrão dos valores de DLP nas instituições para os exames
de tórax de alta resolução................................................................................................75
Figura 31: Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol nas instituições para os
exames de tórax de rotina................................................................................................77
Figura 32: Média e desvio padrão dos valores de DLP nas instituições para os exames
de tórax de rotina.............................................................................................................77
X
ÍNDICE DE TABELAS
XI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CT – Computed Tomography
TC – Tomografia Computadorizada
HU – Hounsfield Unit
SD - Standard Deviation
PMMA – Polimetilmetacrilato
XII
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................17
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS................................................................................20
2.4.2. CTDIvol.................................................................................................................35
2.4.3. DLP........................................................................................................................36
3. MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................39
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................45
XIII
4.2.1.1. Tórax de alta resolução.......................................................................................47
4.2.2.1. Crânio.................................................................................................................49
4.2.3.1. Crânio.................................................................................................................51
4.2.4.1. Crânio.................................................................................................................53
XIV
4.4.1. Crânio....................................................................................................................61
4.5.1. Crânio....................................................................................................................65
4.6.1. Crânio....................................................................................................................68
4.7.1. Crânio....................................................................................................................70
5. CONCLUSÕES..........................................................................................................80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................82
XVI
1. INTRODUÇÃO
Com a disseminação desta técnica nas práticas médicas, a dose coletiva tem
aumentado significantemente, pois as doses recebidas pelos pacientes em exames de TC
são muito superiores às decorrentes da exposição provinda de qualquer outra técnica de
radiografia convencional (NCRP, 2009; HART et al., 2010). Para uma TC de tórax não
otimizada de uma criança de cinco anos de idade, a dose de radiação pode se aproximar
a um valor equivalente a 150 radiografias de tórax (BRODY et al., 2007).
Este trabalho tem como objetivo também apresentar uma avaliação preliminar
dos protocolos pediátricos aplicados na rotina dos hospitais do município do Rio de
Janeiro.
19
2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
20
Para produzir uma imagem da região em estudo é necessário um conjunto de
perfis de atenuação obtidos em diferentes ângulos de projeção (figura 2). Durante a
rotação do tubo de raios X em torno do paciente, as leituras dos detectores são
registradas em intervalos fixos de tempo. O ângulo mínimo de varredura necessário para
obter a imagem através do mapeamento dos coeficientes lineares de atenuação da
secção é de 180º. Os dados são duplicados se a rotação for completa, ou seja, de 360º.
As varreduras com ângulos menores são realizadas com o objetivo de reduzir o tempo
de exame, enquanto que as varreduras com ângulos maiores possibilitam diminuir os
artefatos de movimento em estudos de regiões do tronco. O número total de medidas de
atenuação durante a varredura de corte é dado pelo produto do número de projeções e o
número de fótons por projeção. Cada imagem requer cerca de 100.000 a 1.000.000 de
medidas, dependendo do modelo do tomógrafo e da técnica selecionada. Os sinais
codificados dos detectores que alimentam os programas de reconstrução da imagem são
denominados dados brutos (SEERAM, 2001).
21
elemento de volume ou voxel. A definição do número de TC em unidades Hounsfield
(HU) é dada pela equação 1:
(1)
Onde:
µt é o coeficiente de atenuação linear médio do material que compõe o voxel;
µw é o coeficiente de atenuação linear da água.
Por definição, o número de TC da água é igual à zero.
22
A energia média dos fótons de raios X está na faixa de 50 a 70 keV. Nesta faixa,
o espalhamento Compton é a interação predominante entre fótons e tecido mole e,
portanto, o coeficiente linear de atenuação apresenta forte dependência com a densidade
do tecido (SEERAM, 2001). Para tecidos menos densos que a água, o valor de número
de TC é negativo. Um número de TC positivo indica que a densidade do tecido é maior
que da água.
23
Figura 5. Representação do método de retroprojeção filtrada (modificado de
SMITH, 1999).
24
Figura 6. Comparação entre a retroprojeção simples e a filtrada, onde Np é o
número de projeções (modificado de SMITH, 1999).
25
analógico-digital. A relação entre os valores dos números de TC e os respectivos tons de
cinza (conforme Figura 7), ou de brilho da matriz de apresentação, é estabelecida pela
seleção da janela, a qual define a faixa dos números de TC a ser convertida em tons de
cinza da imagem. Quando se altera os valores de largura e centro da janela, controla-se
o brilho e o contraste da imagem, respectivamente. Os pixels que possuem números de
TC acima do limite superior da janela são mostrados na cor branca, aqueles cujos
números de TC estão abaixo do limite inferior apresentam-se em preto. A seleção da
janela (conforme figura 8) é extremamente importante para a interpretação do médico
radiologista durante o seu diagnóstico.
26
Figura 8. Efeito da janela na imagem de TC, onde C e L representam o centro e a
largura da janela, respectivamente (modificado de KALENDER, 2005).
27
Figura 9. Configuração dos detectores para o tomógrafo multidetectores
(modificado de SEERAM, 2001).
28
Figura 10. Diferença entre detectores de um tomógrafo helicoidal de corte único
(A) e um tomógrafo multidetectores com 16 canais (B) (modificado de MAHESH,
2009).
29
Figura 11. Representação esquemática dos colimadores.
30
2.3. Modulação automática da corrente do tubo de raios X
31
O sistema CARE Dose 4D da Siemens requer a definir pelo usuário de um mAs
efetivo mediano de referência para todo o estudo, com base em uma qualidade de
imagem predefinida específica de um paciente pediátrico de 20 kg ou 80 kg para
adultos.
O sistema Sure Exposure da Toshiba utiliza o desvio padrão, que reflete o ruído
em todas as posições ao longo do eixo Z do paciente, adquirido em um simulador
circular preenchido com água, com dimensões representativas de um paciente.
32
Figura 14. Curvas de isodose para uma projeção radiográfica e uma projeção de
TC (modificado de NAGEL, 2002).
(2)
Onde:
N é o número de cortes adquiridos simultaneamente em uma rotação;
T é a espessura de corte adquirido, medida em milímetros (mm).
A unidade de medida do CTDI é mGy.
33
Figura 15. Foto do posicionamento do simulador para dosimetria com a câmara de
ionização, no interior do gantry.
Orifícios periféricos
Orifício central
(3)
Onde:
CTDI100,c é a leitura medida no orifício central do simulador;
34
CTDI100,p é a média das leituras medidas em cada um dos orifícios da periferia do
simulador.
A unidade de medida do CTDIw é mGy.
O CTDIw pode ser normalizado por unidade de produto da corrente do tubo pelo
tempo de rotação. A unidade de medida deste índice de dose, nCTDIw, é mGy/mAs.
2.4.2. CTDIvol
(4)
Onde:
CTDI100,w é o índice de dose ponderado em tomografia computadorizada;
pitch é a razão entre deslocamento da mesa e o tamanho do campo de radiação.
35
A unidade de medida do CTDIvol é mGy.
(5)
Onde:
CTDI100,w é o índice de dose ponderado em tomografia computadorizada;
N é o número de cortes adquiridos simultaneamente em uma rotação;
T é a espessura de corte adquirido, medida em milímetros (mm) e distância entre os
cortes é o mesmo que incremento de mesa (ou em inglês, feed).
A unidade de medida do CTDIvol é mGy.
(6)
Onde:
CTDIw é o índice de dose ponderado em tomografia computadorizada;
n é o número máximo de rotações pré-programadas.
A unidade de medida do CTDIvol é mGy.
2.4.3. DLP
(7)
Onde:
CTDIvol é o índice de dose volumétrico em tomografia computadorizada;
Comprimento irradiado (ou comprimento de varredura) é o comprimento total exposto
(em centímetros) durante a aquisição de imagens, em uma varredura.
A unidade de medida do DLP é mGy x cm.
36
A avaliação constante do valor de DLP permite controlar o volume irradiado e o
kerma no ar total de um exame (SHRIMPTON et al., 2005). O DLP modifica de acordo
com a diferença anatômica do paciente. A figura 17 mostra o valor do CTDIvol e do
DLP para duas tomografias computadorizadas de tórax realizadas com comprimentos de
varredura diferentes.
A obtenção dos níveis de referência deve ser realizada a partir de uma pesquisa
em larga escala envolvendo um número significativo de hospitais públicos, privados e
clínicas de diagnóstico. O objetivo é definir um valor mínimo de dose de radiação com
o qual se obtenha uma imagem adequada para um diagnóstico preciso (IAEA, 2006).
37
Vigilância Sanitária (MS, 1998), não apresenta níveis de referência de diagnóstico
específicos para TC pediátrica.
38
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Número de
Instituição Tipo Fabricante Modelo MAC
cortes/rotação
A Pública Philips Brilliance 6 6 Sim
1. Tronco inteiro (ou seja, tórax de rotina, abdome superior e pelve), tórax
de alta resolução, abdome superior e tórax de rotina, na Instituição A;
2. Crânio e tórax de rotina, na Instituição B;
3. Crânio, na Instituição C; e
4. Crânio e tórax de alta resolução, na Instituição D.
39
A amostra de pacientes pediátricos considerou a faixa etária compreendida entre
0 e 15 anos, subdivididas de acordo com publicações internacionais (BULS et al., 2010;
BRISSE, ABERT, 2009; GALANSKI et al., 2007), compreendendo: 0-1 ano, 1-5 anos,
5-10 anos e 10-15 anos. Para cada faixa etária procurou-se selecionar 20 pacientes,
conforme recomendado pelo Institute of Physics and Engineering in Medicine (IPEM)
para este tipo de estudo (IPEM, 2004).
40
Tabela 3. Características dos pacientes submetidos aos exames de tomografia computadorizada na Instituição A.
41
Tabela 4. Características dos pacientes submetidos aos exames de tomografia
computadorizada na Instituição B.
Crânio
Característica
0 a 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos 10 a 15 anos
4 17 17 12
Número de
2 (M) 9 (M) 9 (M) 9 (M)
pacientes
2 (F) 8 (F) 8 (F) 3 (F)
M = paciente do sexo masculino F = paciente do sexo feminino
42
Tabela 6. Características dos pacientes submetidos aos exames de tomografia
computadorizada na Instituição D.
43
Figura 18. Esquema do simulador padrão de criança, da câmara de ionização, do
conversor e do eletrômetro, para a dosimetria na Instituição A.
44
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
nCTDIw
Instituição - Colimação nCTDIw Painel Diferença
kV Dosimetria
Exame (mm) (mGy/100 mAs) (%)
(mGy/100 mAs)
A – Tórax de
4,5 120 19,8 18,8 5
alta resolução
A – Tór de rot,
9 120 15,8 14,9 6
abd sup e pel
B – Crânio P1 9 90 7,3 7,7 5
45
verificado no protocolo 2 de TC de crânio da Instituição B, 12%, e o verificado no
protocolo de TC de tórax de alta resolução da Instituição D, 32%.
4.2.1. Instituição A
Comprimento
Faixa
Exame kV mAs Pitch de varredura
etária
(cm)
43-150 15,7-20,7
1-5 anos* 120ª 1,50ª
(78) (17,4)
Tórax de
93-228 18,4-27,1
alta 5-10 anos* 120ª 1,50ª
(172) (23,1)
resolução
42-242 20,5-52,8
10-15 anos* 120ª 1,50ª
(179) (29,4)
105-120 28-198 1,18-1,65 34,9-68,8
Tórax de 1-5 anos*
(119) (126) (1,27) (49,0)
rotina,
34-170 1,13-1,65 39,1-67,3
abdome 5-10 anos* 120ª
(116) (1,22) (48,5)
superior e
90-120 63-190 1,03-1,65 45,9-63,0
pelve 10-15 anos*
(116) (139) (1,21) (55,6)
27-156 18,9-43,4
1-5 anos* 120ª 1,18ª
(85) (28,7)
Abdome 48-124 19,6-66,7
5-10 anos* 120ª 1,18ª
superior (92) (34,0)
80-212 1,11-1,18 27,3-60,8
10-15 anos* 120ª
(135) (1,16) (41,8)
48-203 16,2-20,2
1-5 anos* 120ª 1,65ª
(93) (18,0)
Tórax de 61-150 19,8-26,8
5-10 anos* 120ª 1,65ª
rotina (103) (23,7)
49-214 22,2-35,8
10-15 anos* 120ª 1,65ª
(130) (27,6)
* Valores: mínimo-máximo (média).
ª Todos os exames desta faixa etária foram realizados com o mesmo valor.
46
4.2.1.1. Tórax de alta resolução
Nestes procedimentos, com exceção da faixa etária de 1-5 anos que apresentou
92% dos exames realizados com modulação, todos os pacientes tiveram seus exames
feitos com auxílio da modulação.
47
Observou-se que os valores de pitch utilizados nas três faixas etárias para a
execução dos exames foram, aproximadamente, iguais.
Observa-se que não houve alteração da tensão aplicada para a realização dos
exames dos pacientes das três faixas etárias.
Um pitch de 1,18 foi aplicado nos exames dos pacientes das faixas etárias de 1-5
anos e 5-10 anos. Para a faixa etária de 10 a 15 anos o pitch variou de 1,11 a 1,18.
48
A análise dos valores de mAs permitiu notar que a faixa etária de 5-10 anos
apresentou as menores variações, enquanto que na faixa de 10-15 anos foram
apresentadas as maiores variações. Estas devem estar relacionadas com as
características anatômicas dos pacientes e com o valor de mAs aplicado pela
modulação, pois observa-se que todas as faixas etárias apresentaram mais de 87% dos
seus exames feitos com o auxílio da modulação.
4.2.2. Instituição B
Comprimento
Faixa
Exame kV mAs Pitch de varredura
etária
(cm)
90-120 100-150 11,5-27,0
0-1 ano* 0,90ª
(92) (142) (15,3)
121-150 0,42-0,90 12,4-28,9
1-5 anos* 90ª
(148) (0,83) (16,4)
Crânio
90-140 100-200 0,42-0,90 14,2-30,6
5-10 anos*
(97) (143) (0,83) (18,0)
90-140 100-280 0,42-0,90 13,0-30,0
10-15 anos*
(104) (177) (0,85) (15,6)
31-100 15,2-19,2
1-5 anos* 90ª 1,10ª
(60) (16,7)
Tórax de 55-153 22,0-47,8
5-10 anos* 90ª 1,10ª
rotina (88) (34,0)
90-120 69-220 0,90-1,10 22,2-60,5
10-15 anos*
(101) (119) (1,03) (30,4)
* Valores: mínimo-máximo (média).
ª Todos os exames desta faixa etária foram realizados com o mesmo valor.
4.2.2.1. Crânio
49
Observa-se que a tensão de 90 kV, pertencente ao protocolo 1, predominou nos
exames das quatro faixas etárias. Porém, o valor de 140 kV aplicado em alguns exames
na faixa etária de 5-10 anos é considerado superior ao estabelecido em recomendações
internacionais.
Os valores médios do produto corrente pelo tempo foram iguais, para as faixas
etárias de 0-1 ano, 1-5 anos e 5-10 anos. O que não está em conformidade com a
otimização pediátrica no caso da faixa etária de 0-1 ano, visto que o esperado seria o
uso de 100 mAs.
Os exames realizados na faixa etária de 0-1 ano, em relação aos mesmos feitos
nas demais, utilizaram os maiores valores de pitch. O que está em conformidade com a
otimização pediátrica.
50
modulação durante a realização dos exames, visto que 87% dos exames foram
realizados com modulação.
Notou-se que o pitch utilizado nas duas faixas etárias mais jovens para a
execução dos exames foi 1,10. Para a faixa etária de 10-15 anos, o pitch de 0,90 também
foi utilizado.
4.2.3. Instituição C
Pitch/deslocamento
Exame Faixa etária kV mAs
de mesa (mm)
45-100
0-1 ano 120ª 0,69²
(76)*
60-100
1-5 anos 120ª NI³
(91)*
Crânio
60-100
5-10 anos 120ª NI4
(88)*
80-100
10-15 anos 120ª NI4
(95)*
ª Todos os exames desta faixa etária foram realizados com o mesmo valor.
* Valores: mínimo-máximo (média).
NI = Tomógrafo não informa valor de deslocamento de mesa utilizado no exame
² 2 exames realizados em modo helicoidal com pitch de 0,69 e 2 exames realizados em modo axial.
³ 16 exames realizados em modo axial e 1 exame realizado em modo helicoidal com pitch de 0,69.
4
Exames feitos em modo axial.
4.2.3.1. Crânio
51
A tensão de 120 kV foi utilizada para a execução dos exames nas quatro faixas
etárias. O que não está em conformidade com a otimização pediátrica no caso da faixa
etária de 0-1 ano. Visto que, o esperado seriam tensões de 100 kV.
Foi verificado que enquanto os pacientes das faixas etárias de 1-5 anos, 5-10
anos e 10-15 anos tiveram seus exames realizados em modo axial, os pacientes de 0-1
ano apresentaram exames feitos em modo helicoidal também.
4.2.4. Instituição D
52
Tabela 11. Parâmetros de exposição utilizados nos exames realizados na Instituição
D.
Comprimento
Faixa Pitch/deslocamento
Exame kV mAs de varredura
etária de mesa (mm)
(cm)
67-100 11,1-15,7
0-1 ano 120ª 1,12²
(81)* (13,4)*
67-100 12,7-27,4
1-5 anos 120ª 10³
(94)* (15,3)*
Crânio
67-100 12,7-15,8
5-10 anos 120ª 104
(96)* (14,3)*
10-15 67-100 13,7-16,2
120ª 105
anos (94)* (14,8)*
8-15 9,5-16,0
0-1 ano 120ª 30ª
(12)6 (13,3)*
Tórax de
8-35 8,8-31,1
alta 1-5 anos 120ª 30ª
(16)6 (17,9)*
resolução
30-35 11-41 12,1-37,9
5-10 anos 120ª
(30)* (19)6 (23,1)*
ª Todos os exames desta faixa etária foram realizados com o mesmo valor.
* Valores: mínimo-máximo (média).
² 10 exames realizados em modo helicoidal com pitch de 1,12 e 10 exames realizados em modo axial com
deslocamento de mesa de 10 mm.
³ 17 exames realizados em modo axial com deslocamento de mesa de 10 mm e 3 exames realizados em modo
helicoidal com pitch de 1,12.
4
19 exames realizados em modo axial com deslocamento de mesa de 10 mm e 1 exame realizado em modo helicoidal
com pitch de 1,12.
5
5 exames realizados em modo axial com deslocamento de mesa de 10 mm e 1 exame realizado em modo helicoidal
com pitch de 1,12.
6
Exames feitos em modo axial. Valores: mínimo-máximo (média).
4.2.4.1. Crânio
A tensão de 120 kV foi utilizada para a execução dos exames nas quatro faixas
etárias. Porém, o recomendado para pacientes de 0-1 ano são tensões de 100 kV.
Os valores de produto corrente pelo tempo utilizados nos exames dos pacientes
com idade compreendida entre 1 ano e 15 anos foram iguais. Para a faixa etária de 0-1
ano, os valores de mAs estão, em média, ligeiramente acima do que é recomendado
internacionalmente.
53
Para as faixas etárias de 0-1 ano e 5-10 anos foram selecionados, em média,
comprimentos de varredura similares.
Os valores de produto corrente pelo tempo utilizados nos exames dos pacientes
das três faixas etárias foram iguais.
54
Figura 19. Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol para os exames da
Instituição A. Níveis de referência do Reino Unido para tórax de alta resolução
(SHRIMPTON, WALL, 2000), para tronco inteiro (SHRIMPTON et al., 2005;
SHRIMPTON, WALL, 2000), para abdome superior (SHRIMPTON, WALL,
2000) e para tórax de rotina (SHRIMPTON et al., 2005), respectivamente: 1-5 anos
igual a 40 mGy, 5-10 anos igual a 50 mGy e 10-15 anos não há; 1-5 anos igual a 38
mGy, 5-10 anos igual a 50 mGy e 10-15 anos não há; 1-5 anos igual a 25 mGy, 5-10
anos igual a 30 mGy e 10-15 anos não há; e 1-5 anos igual a 13 mGy, 5-10 anos
igual a 20 mGy e 10-15 anos não há.
55
Figura 20. Média e desvio padrão dos valores de DLP para os exames da
Instituição A. Níveis de referência do Reino Unido para tórax de alta resolução
(SHRIMPTON, WALL, 2000), para tronco inteiro (SHRIMPTON et al., 2005;
SHRIMPTON, WALL, 2000), para abdome superior (SHRIMPTON, WALL,
2000) e para tórax de rotina (SHRIMPTON et al., 2005), respectivamente: 1-5 anos
igual a 75 mGy.cm, 5-10 anos igual a 100 mGy.cm e 10-15 anos não há; 1-5 anos
igual a 480 mGy.cm, 5-10 anos igual a 870 mGy.cm e 10-15 anos 1140 mGy.cm; 1-5
anos igual a 360 mGy.cm, 5-10 anos igual a 800 mGy.cm e 10-15 anos não há; e 1-5
anos igual a 230 mGy.cm, 5-10 anos igual a 370 mGy.cm e 10-15 anos 580 mGy.cm.
56
et al., 2010). Além disto, constata-se também que a faixa etária de 10-15 anos apresenta
diferença de 230% entre os valores mínimo e máximo de CTDIvol. Estas constatações
demonstram um potencial de otimização.
A média dos valores de DLP encontrados para os pacientes com idade entre 1
ano e 5 anos é 124,8 mGy.cm. Este valor é 66% superior ao nível de referência do
Reino Unido para este tipo de exame e esta faixa de idade.
Para os pacientes com idade entre 5 anos e 10 anos verifica-se que todos os
valores de DLP estão acima do nível de referência do Reino Unido, sendo o valor
mínimo, 142 mGy.cm, 42% superior a este nível de referência.
Verifica-se que os valores de CTDIvol encontrados nas três faixas etárias estão
abaixo dos níveis de referência do Reino Unido. Mas, a faixa etária de 1-5 anos
apresenta valores de CTDIvol, em média, 92% superiores aos mesmos apresentados nas
demais faixas etárias. Estes valores maiores são resultado da utilização de tensões em
não conformidade com as recomendações internacionais (BULS et al., 2010), conforme
Tabela 8. Tabela a qual também apresentou a não conformidade das tensões utilizadas
na faixa etária de 5-10 anos com as recomendações internacionais (BULS et al., 2010).
Além disto, constatou-se que a faixa etária de 5-10 anos apresentou inserção de mAs de
referência inadequado no sistema de modulação, conforme item 4.2.1.2.
57
4.3.2.2. Produto dose-comprimento
Para a faixa etária de 1-5 anos observa-se que, em média, os valores de DLP
estão de acordo com o nível de referência do Reino Unido, que é 480 mGy.cm.
Para os pacientes com idades entre 1 ano e 5 anos nota-se que a média dos
valores de DLP é igual a 197,9 mGy.cm, a qual está de acordo com o nível de referência
do Reino Unido.
58
Para a faixa etária de 5 a 10 anos verifica-se uma diferença de 742% entre os
valores mínimo e máximo de DLP. Conforme verificado na Tabela 8, os comprimentos
de varredura mínimo e máximo, selecionados para a realização destes exames,
apresentaram diferença de 240%.
Para este procedimento, os valores de CTDIvol para todas as faixas etárias são
inferiores aos valores estabelecidos pelo Reino Unido. Entretanto, nas faixas etárias de
1-5 anos e 5-10 anos notou-se a utilização de tensões que não estão de acordo com as
recomendações internacionais (BULS et al., 2010), conforme Tabela 8.
Para os pacientes com idade entre 1 ano e 5 anos, os valores mínimo, médio e
máximo de DLP são respectivamente iguais a: 45 mGy.cm, 86,9 mGy.cm e 174
mGy.cm. Como o nível de referência do Reino Unido para este tipo de exame e faixa
etária é 230 mGy.cm, todos os valores encontrados estão em conformidade.
Para os pacientes com idade entre 5 anos e 10 anos, verifica-se que todos os
valores de DLP estão de acordo com o nível de referência do Reino Unido que é 370
mGy.cm.
59
4.4. Estimativas de índices de kerma no ar na Instituição B
Figura 21. Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol para os exames
da Instituição B. Níveis de referência do Reino Unido para crânio (SHRIMPTON
et al., 2005) e para tórax de rotina (SHRIMPTON et al., 2005), respectivamente: 0-
1 ano igual a 30 mGy, 1-5 anos igual a 45 mGy, 5-10 anos igual a 50 mGy e 10-15
anos igual a 65 mGy; e 1-5 anos igual a 13 mGy, 5-10 anos igual a 20 mGy e 10-15
anos não há.
60
Figura 22. Média e desvio padrão dos valores de DLP para os exames da
Instituição B. Níveis de referência do Reino Unido para crânio (SHRIMPTON et
al., 2005) e para tórax de rotina (SHRIMPTON et al., 2005), respectivamente: 0-1
ano igual a 270 mGy.cm, 1-5 anos igual a 470 mGy.cm, 5-10 anos igual a 620
mGy.cm e 10-15 anos igual a 930 mGy.cm; e 1-5 anos igual a 230 mGy.cm, 5-10
anos igual a 370 mGy.cm e 10-15 anos igual a 580 mGy.cm.
4.4.1. Crânio
Para os pacientes com idade entre 1 ano e 5 anos, todos os valores de CTDIvol
estão de acordo com o nível de referência do Reino Unido.
61
Para os pacientes com idade entre 5 anos e 10 anos nota-se que, de um modo
geral, todos os valores de CTDIvol estão de acordo com o nível de referência do Reino
Unido.
Na faixa etária de 10-15 anos, apesar do valor de CTDIvol 138,7 mGy ser a
única não conformidade entre os valores encontrados em relação ao nível de referência
65 mGy, observa-se uma diferença de 493% entre os valores mínimo e máximo.
Os valores de DLP encontrados na faixa etária de 1-5 anos estão abaixo de 470
mGy.cm, que é o valor do nível de referência do Reino Unido para este tipo de exame e
faixa de idade.
Para os pacientes da faixa etária de 5-10 anos, a média dos valores de DLP foi
igual a 299 mGy.cm, a qual está de acordo com o nível de referência do Reino Unido.
Para a faixa etária de 10-15 anos, observa-se uma diferença de 457% entre os
valores mínimo e máximo de DLP. Conforme verificado na Tabela 9, os comprimentos
de varredura selecionados apresentaram diferença de 131% entre o valor mínimo e o
valor máximo.
Verifica-se que os valores de CTDIvol encontrados nas três faixas etárias estão
abaixo dos níveis de referências do Reino Unido. Porém, conforme constatado no item
62
4.2.2.2, a faixa etária de 10-15 anos apresentou inserção de mAs de referência
inadequado no sistema de modulação.
Para os pacientes com idade entre 1 ano e 5 anos verifica-se que todos os valores
de DLP estão abaixo do nível de referência do Reino Unido.
Na faixa etária dos pacientes com idade entre 5 anos e 10 anos observa-se que
todos os valores de DLP estão abaixo do nível de referência do Reino Unido.
63
Figura 23. Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol para os exames
da Instituição C. Níveis de referência do Reino Unido para crânio (SHRIMPTON
et al., 2005): 0-1 ano igual a 30 mGy, 1-5 anos igual a 45 mGy, 5-10 anos igual a 50
mGy e 10-15 anos igual a 65 mGy.
64
Figura 24. Média e desvio padrão dos valores de DLP para os exames da
Instituição C. Níveis de referência do Reino Unido para crânio (SHRIMPTON et
al., 2005): 0-1 ano igual a 270 mGy.cm, 1-5 anos igual a 470 mGy.cm, 5-10 anos
igual a 620 mGy.cm e 10-15 anos igual a 930 mGy.cm.
4.5.1. Crânio
65
A média dos valores de DLP encontrados para os pacientes neonatos é 297,2
mGy.cm. Este valor é 10% superior ao nível de referência do Reino Unido para este tipo
de exame e esta faixa de idade.
Para os pacientes com idade entre 1 ano e 5 anos, os valores mínimo, médio e
máximo de DLP são respectivamente iguais a: 322 mGy.cm, 328 mGy.cm e 414
mGy.cm. Como o nível de referência do Reino Unido para este tipo de exame e faixa
etária é 470 mGy.cm, todos os valores estão em conformidade.
Para os pacientes com idade entre 5 anos e 10 anos, verifica-se que todos os
valores de DLP estão de acordo com o nível de referência do Reino Unido que é 620
mGy.cm.
66
Figura 25. Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol para os exames
da Instituição D. Níveis de referência do Reino Unido para crânio (SHRIMPTON
et al., 2005) e para tórax de alta resolução (SHRIMPTON, WALL, 2000),
respectivamente: 0-1 ano igual a 30 mGy, 1-5 anos igual a 45 mGy, 5-10 anos igual
a 50 mGy e 10-15 anos igual a 65 mGy; e 0-1 ano igual a 30 mGy, 1-5 anos igual a
40 mGy e 5-10 anos igual a 50 mGy.
67
Figura 26. Média e desvio padrão dos valores de DLP para os exames da
Instituição D. Níveis de referência do Reino Unido para crânio (SHRIMPTON et
al., 2005) e para tórax de alta resolução (SHRIMPTON, WALL, 2000),
respectivamente: 0-1 ano igual a 270 mGy.cm, 1-5 anos igual a 470 mGy.cm, 5-10
anos igual a 620 mGy.cm e 10-15 anos igual a 930 mGy.cm; e 0-1 ano igual a 50
mGy.cm, 1-5 anos igual a 75 mGy.cm e 5-10 anos igual a 100 mGy.cm.
4.6.1. Crânio
Nota-se que os valores de CTDIvol, encontrados nas quatro faixas etárias estão
abaixo dos níveis de referência do Reino Unido. Contudo, como a faixa etária mais
jovem apresentou a utilização de produtos corrente pelo tempo e tensões que não estão
de acordo com as recomendações internacionais (NIEVELSTEIN, 2010), conforme
item 4.2.4.1, potenciais de otimização são observados.
68
Para os pacientes neonatos observa-se que a média dos valores de DLP é igual a
234 mGy.cm, o que demonstra a predominância de valores abaixo do nível de referência
do Reino Unido.
Para a faixa etária de 1-5 anos, a presença do valor de DLP 562 mGy.cm é a
única não conformidade entre os valores encontrados, em relação ao nível de referência
do Reino Unido de 470 mGy.cm.
Para a faixa etária de 5-10 anos observa-se que os valores de DLP estão abaixo
do nível de referência do Reino Unido, que é 620 mGy.cm.
Os valores de CTDIvol referentes as faixas etárias de 0-1 ano, 1-5 anos e 5-10
anos estão em conformidade com os níveis de referência do Reino Unido. No entanto, a
faixa etária de 0-1 ano apresenta valores de CTDIvol, em média, 91% superiores aos
mesmos apresentados nas demais faixas etárias. Estes valores maiores são resultado da
utilização de tensões em não conformidade com as recomendações internacionais
(CALLAHAN, 2011), segundo constatado no item 4.2.4.2.
69
Para a faixa etária de 1 a 5 anos verifica-se que, em média, os valores de DLP
são 650% inferiores ao nível de referência do Reino Unido. Conforme verificado na
Tabela 11, os comprimentos de varredura, mínimo e máximo, selecionados para a
realização destes exames, apresentaram diferença de 253%.
4.7.1. Crânio
70
Figura 27. Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol nas instituições
para os exames de crânio.
Figura 28. Média e desvio padrão dos valores de DLP nas instituições para
os exames de crânio.
71
4.7.1.1. Faixa etária de 0-1 ano
73
Os índices de dose volumétricos para tomografia computadorizada e os produtos
dose-comprimento encontrados nos exames de tórax de alta resolução, nas Instituições
A e D, são apresentados nas figuras 29 e 30, respectivamente.
Figura 29. Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol nas instituições
para os exames de tórax de alta resolução.
74
Figura 30. Média e desvio padrão dos valores de DLP nas instituições para
os exames de tórax de alta resolução.
75
os maiores valores de DLP. Este resultado não foi influenciado pelos comprimentos de
varredura selecionados nestas instituições já que estes foram, em média, iguais, segundo
as Tabelas 8 e 11. A média destes valores de DLP pertencentes à Instituição A é 1148%
superior à média encontrada na Instituição D.
76
Figura 31. Média e desvio padrão dos valores de CTDIvol nas instituições
para os exames de tórax de rotina.
Figura 32. Média e desvio padrão dos valores de DLP nas instituições para
os exames de tórax de rotina.
77
4.7.3.1. Faixa etária de 1-5 anos
79
5. CONCLUSÕES
80
menores valores de DLP dos exames de tórax rotina das duas faixas etárias mais jovens
foram observados na Instituição B.
81
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