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UNIVERSIDADE FEDERAL

MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ
DO RIO DE JANEIRO Divisão de Enfermagem

POP N° 65 Data: 20/09/2012


PROCEDIMENTO
Revisão N° 03 Data: 18/06/2020
OPERACIONAL PADRÃO
Área de Aplicação: Centro Obstétrico,
Título: Cuidados de Enfermagem ao RN Emergência Obstétrica
de Baixo Risco na Sala de Parto
Responsáveis Nome Cargo:
Elaboração Helder Camilo Leite Chefe de Enfermagem do Centro Obstétrico
Maria Angélica Enfermeira Plantonista do Centro
Obstétrico
Revisão Viviane Saraiva de Almeida Assessoria de Planejamento, Supervisão e
Isabela Dias Ferreira de Melo Cuidado
Cristiane Barbosa Batista Saavedra Enfermeira do Centro Obstétrico
Aprovação Ana Paula Vieira dos Santos Diretora de Enfermagem
Esteves

1. EXECUTANTE

1.1 Compete ao Enfermeiro, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem realizar cuidados imediatos e


mediatos de enfermagem aos RNs nascidos em boas condições de vitalidade.

2. RESULTADOS ESPERADOS

2.1 Ajudar a adaptação do recém-nascido da vida intra-uterina para a extra-uterina.


2.2 Promover o bem-estar do recém nascido (RN).
2.3 Detectar malformações.

3. MATERIAL NECESSÁRIO

3.1 Unidade de Calor Radiante (UCR).


3.2 02 (dois) campos cirúrgicos aquecidos.
3.3 Estetoscópio neonatal.
3.4 Aspirador a vácuo c/ manômetro.
3.5 Fonte de Oxigênio c/ fluxômetro.
3.6 Adaptador para aspiração traqueal.
3.7 Reanimador Manual c/ capacidade 250 ml e de 500 ml, dispositivos de segurança (válvula de
escape) e reservatório de Oxigênio.

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3.8 Máscaras faciais para RNs com tamanhos variados.


3.9 Sondas de aspiração nº 06, 08 e 10.
3.10 Balanças pediátricas eletrônicas com precisão mínima de 5g, utilizadas até 2 anos de idade.
3.11 Relógio com ponteiro de segundos.
3.12 Medicamentos (vitamina k, vacina anti-hepatite B, Solução PVPI (Iodopovidona) a 2,5%).
3.13 Clampeador umbilical.
3.14 Tesoura estéril.
3.15 Impressos próprios.

4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

4.1 Verificar se a sala de parto apresenta temperatura entre 23 a 26ºC.


4.2 Realizar higienização das mãos (Ver POP de Higienização das Mãos).
4.3 Calçar luvas estéreis (Ver POP de Colocação e Retirada de Luvas Estéreis).
4.4 Receber o RN com os campos estéreis.
4.5 Realizar o primeiro vínculo RN/Mãe/Familiar colocando o RN junto à mãe.
4.6 Retirar o excesso do líquido amniótico do RN.
4.7 Aquecer o RN
4.8 Manter o RN em contato com a mãe, realizando sua avaliação no colo materno.
4.9 Avaliar a frequência cardíaca, frequência respiratória, tônus muscular, irritabilidade reflexa e
coloração – Índice de Apagar (ver Anexo 1).
4.10 Observar a posição do pescoço do RN para permitir adequada passagem de ar nas vias
aéreas
4.11 Prender o cordão com o clampeador umbilical, priorizando o clampeamento tardio
4.12 Cortar o cordão mais ou menos 1 cm acima do clampeador umbilical.
4.13 Reavaliar no 5º minuto a frequência cardíaca, frequência respiratória, tônus muscular,
irritabilidade reflexa e coloração – Índice de Apagar (ver Anexo 1). (essa avaliação pode
preceder ao ítem anterior, caso não tenha ocorrido a parada de pulsagem do cordão).
4.14 Colocar a pulseira de identificação no antebraço direito do RN.
4.15 Promover o aleitamento materno precoce na primeira meia hora de vida, caso não haja
contraindicações.
4.16 Levar o RN para a sala de cuidados.
4.17 Retirar o campo molhado.
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4.18 Posicionar o RN em decúbito dorsal com leve extensão do pescoço para facilitar a entrada
de ar.
4.19 Pesar o RN.
4.20 Realizar exame físico do RN (ver POP de exame físico do neonato de baixo risco).
4.21 Realizar antropometria do RN (perímetro cefálico e estatura).
4.22 Realizar aplicação de PVPI nos olhos do RN.
4.23 Aplicar vacina anti-hepatite B (ver POP Administração de Vacina Anti-Hepatite B no
recém-nascido).
4.24 Aplicar vitamina K (ver POP administração de vitamina K no recém-nascido).
4.25 Vestir o RN.
4.26 Levar o RN para ficar junto à mãe já no Centro Obstétrico, nos casos de parto transvaginal,
caso a mãe tenha condições e seja seu desejo. Nas cesarianas colocá-los na UCR, dentro das
salas cirúrgicas até o termino do procedimento.
4.27 Registrar os cuidados na caderneta de vacina e no boletim de enfermagem de parto
transvaginal ou boletim de enfermagem nos procedimentos cirúrgicos.

5. CUIDADOS

5.1 As orientações contidas nesse documento se referem a partos por via vaginal, uma vez que
devido à pandemia da COVID-19, o contato pele a pele e o clampeamento oportuno do cordão
nas cesáreas estão proscritos.
5.2 Indicado para RNs que após o parto apresentem boas condições de vitalidade (Apgar maior ou
igual a 7).
5.3 No caso de mulheres com suspeita ou confirmação de COVID-19 está contraindicado o contato
pele a pele com o Rn.
5.4 No caso de mulheres com suspeita ou confirmação de COVID-19 a mulher deve usar máscara
durante a amamentação e/ou quando estiver em contato direto com o Rn.
5.5 Nos cuidados ao RN nas salas cirúrgicas o profissional deverá estar paramentado com luvas
estéreis e máscara.
5.6 A estimulação tátil nas costas pode ser realizada caso o RN tenha dificuldade de respirar.
5.7 Uma nota de Apgar entre 8 e 10, significa que o bebê nasceu em ótimas condições. Uma nota 7
significa que o bebê teve uma dificuldade leve. De 4 a 6, traduz uma dificuldade de grau
moderado, e de 0 a 3 uma dificuldade de ordem grave (ver Anexo 1).
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5.8 O Clampeamento do cordão deverá ficar aproximadamente 3 cm acima da inserção do cordão


da parede abdominal.
5.9 Nos casos de contraindicação do aleitamento materno realizar vínculo RN/Mãe/Familiar.
5.10 O primeiro banho do RN deve acontecer no alojamento conjunto após sua adaptação
extrauterina. Somente nos casos de mães expostas doenças infectocontagiosas com HIV tais
como hepatite B, C ou com mecônio espesso o banho deverá acontecer imediatamente após o
nascimento do RN.
5.11 A higienização do RN no centro obstétrico só deverá ser realizada se houver necessidade, e
deverá ser feita com o RN sob calor radiante.

6. REFERÊNCIAS

1. TAMEZ, R.N.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI neonatal. Assistência ao recém-nascido


de alto risco. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan, 2006.
2. BARROS, C.E.S.; INÁCIO, K.L.; PERIN, T. Semiotécnica do Recém-nascido. São Paulo.
Ed. Atheneu, 2005.
3. FIGUEIREDO, N.M.A; VIANA, D.L. Tratado Prático de Enfermagem. São Paulo. Ed.
Yendis, 2006.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vacinação, Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
5. ALMEIDA, M.F.B.; GUINSBRUG, R. Reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em sala
de parto: Diretrizes 2016 da Sociedade Brasileira de Pediatria, 26 de janeiro de 2016. Texto
disponível em www.sbp.com.br/reanimacao (acesso em 18/06/2020).
6. JÚNIOR, A.T.; Vanhoni, LR.; MARCOLIN, A.C.SILVEIRA, S.K.; Protocolo de atendimento no
parto, puerpério e abortamento durante a pandemia da COVID-19. FEBRASGO, Segunda, 27 Abril
2020. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/covid19/item/1028-protocolo-de-
atendimento-no-parto-puerperio-e-abortamento-durante-a-pandemia-da-covid-19 (acesso em
25/06/2020).

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7. FIGURAS E ANEXOS

Anexo 1 – Escala de Apgar

Pontos 0 1 2
Frequência cardíaca Ausente <100/minuto >100/minuto
Respiração Ausente Fraca, irregular Forte/Choro
Tônus muscular Flácido Flexão de pernas e braços Movimento ativo/Boa flexão
Cor Cianótico/Pálido Cianose de extremidades Rosado
Irritabilidade Reflexa Ausente Algum movimento Espirros/Choro
Fonte: Ministério da Saúde, 2009.

HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
DATA VERSÃO ELABORAÇÃO/REVISÃO APROVAÇÃO
20/09/2012 1 Helder Camilo Leite Gustavo Dias da Silva
Maria Angélica/
Viviane Saraiva de Almeida
16/04/2018 2 Helder Camilo Leite Ana Paula Vieira dos Santos
Maria Angélica/ Esteves
Viviane Saraiva de Almeida
19/06/2020 3 Helder Camilo Leite Ana Paula Vieira dos Santos
Maria Angélica/ Esteves
Viviane Saraiva de Almeida
Isabela Dias Ferreira de Melo
Cristiane Barbosa Batista Saavedra

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