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HISTÓRIA DO RAPEL
“Eu enrolava a minha corda em volta de uma saliência da montanha e, por outro lado, eu
a tinha vigorosamente fechada em minha mão, pois se ela viesse a escapar de um lado
seria retida do outro. Se uma saliência me permitia, eu passava a corda dupla em sua
volta e lançava à meus dois companheiros abaixo as duas pontas que eles deviam ter nas
mãos antes que eu começasse a descer. Quando eu era avisado que eles tinham as
pontas da corda em mãos eu começava a deslizar suavemente ao longo da rocha
segurando firmemente a corda nas duas mãos. Eu era recebido pelos meus dois
companheiros que deviam me avisar que eu havia chegado a eles, pois nem sempre era
possível ver o que havia debaixo de mim. Descendo de costas eu me ocupava
unicamente em segurar solidamente a corda com minhas duas mãos, sem ver onde eu
iria abordar. Quando chegava perto de meus companheiros eu puxava fortemente a corda
por uma de suas pontas e assim a trazia de volta para mim. Em duas ocasiões nós
tivemos que renunciar a tentativa de recuperá-la, ela estava presa em fendas nas quais
penetrou muito profundamente. Neste dois lugares, pude estimar, deixamos 23 m de
corda. (...)”.
Por ser uma atividade de alto risco para os franceses, os mesmos se viram
obrigados a trocarem suas cordas feitas de algodão compressado, que muitas vezes não
duravam e se rompiam facilmente nas arestas vivas, por equipamentos especializados e
de alta resistência, surgindo assim algumas empresas pioneiras em matérias de
exploração. À medida que as explorações e técnicas foram se popularizando, o Rapel foi
se tornando uma forma de atividade praticada nos finais de semana, surgindo assim
novas modalidades, mas até hoje é usado profissionalmente nas forças armadas para
resgates, ações táticas e explorações, por ser a forma mais rápida e ágil de descer algum
obstáculo.
Acredita-se que o rapel apareceu no Brasil com os primeiros espeleólogos que
iniciaram a pesquisa e estudo de cavernas no País. Somente nos últimos anos ele tem
sido visto como esporte. Os rapeleiros, como são chamados os seus praticantes, descem
cachoeiras, grutas e até prédios utilizando um material específico que garante a
segurança e o sucesso da descida. Durante este trajeto, é possível realizar algumas
manobras na cadeirinha, como balançar e até ficar de cabeça para baixo.
1. TÉCNICA DO RAPEL
O rapel pode ser feito com ou sem o uso de aparelhos. Em situações em que
haja uma pequena distância a ser vencida, em que não haja aparelhos disponíveis, o
rapel clássico ou militar pode ser efetuado através de uma laçada da corda em redor
do corpo, de modo que o atrito criado possibilite o controle da descida.
mosquetão para reposicioná-lo Gire o oito 180º em sua direção Clipe o olhal menor ao
mosquetão para então travá-lo.
O mosquetão pode ser utilizado como freio através do nó meia volta do fiel .
1.3 Travas
Existem vários tipos de travas que podem ser realizadas para interromper ou
assegurar a descida, entretanto, serão abordadas neste manual as mais usuais,
simples e seguras. Há diversas razões para se fazer uma trava, como a necessidade
do bombeiro estar com as duas mãos livres para realizar um procedimento, a
conversão de um sistema de descida para içamento, ou vice-versa, entre outras.
Para realizar a trava com o rack, passe o chicote pelo primeiro barrete e,
em seguida, passe uma alça por dentro do mosquetão, arrematando o vivo
com um pescador simples, acima do freio.
1.4.4 Auto-resgate
4. ESCALADA DE ESTRUTURAS
5. TÉCNICAS DE ARROMBAMENTO
Execução da operação:
a. Plano inclinado
O sentido de retirada das vítimas deve ser da parte mais alta para a
parte mais baixa (descida), observando-se que em alguns casos terá de ser
executado em sentido contrário (subida).
Em ambas as situações devem ser evitadas grandes inclinações, visto
que a força da gravidade tornará difícil o controle das descidas e em
contrapartida um grande esforço nas subidas.
b. Plano horizontal
Empregada na travessia entre dois pontos situados na mesma cota.
Neste plano é empregado a tiroleza. Fazendo uma comparação entre o plano
inclinado e o plano horizontal, constata-se:
Para execução do plano inclinado, torna-se necessária a presença de
um ou mais bombeiros juntos às vítimas, antes do seu
estabelecimento.
A velocidade de escape das vítimas após a montagem de um plano
inclinado é maior do que no plano horizontal, tendo em vista, a
inclinação ( sentido de cima para baixo ).
No plano inclinado a vítima será controlada pela extremidade do cabo
guia, enquanto que no plano horizontal, a vítima estará fixa ao meio
do cabo guia.
a) Trava de salvação:
1) Possui duas velocidades ( lenta e rápida )
2) Utilizada para descidas individuais e em dupla (socorrista e vítimas)
3) Empunhadura do cabo deve ser feita com a palma da mão voltada
para cima
4) Para facilitar o deslize do cabo através da trava de salvação deve-se
Movimentar a mão que segura o cabo para cima
5) Não é aconselhável o seu emprego em abordagem de suicidas
6) Produz elevado aquecimento
b) Formas de emprego:
1) Descida da vítima, juntamente com o socorrista, com a trava
deslizando sobre o cabo
2) Descida da vítima sozinha, com o socorrista controlando a descida do
ponto de perigo, com a trava deslizando sobre o cabo
3) Descida da vítima sozinha, com o socorrista controlando a descida do
ponto de salvamento, com a trava deslizando sobre o cabo
( melhor método )
4) Descida da vítima sozinha, com o socorrista controlando a descida do
ponto de perigo, com a trava fixa
5) Descida da vítima sozinha, com o socorrista controlando a descida do
ponto de salvamento, com a trava fixa
c) Aparelho oito:
1) Possui duas velocidades (lenta e rápida )
2) Utilizado para descidas individuais
3) A empunhadura do cabo deve ser feita com a palma da mão voltada
para baixo
4) Para se iniciar a descida, basta abrir a mão lentamente e deixar que
o cabo deslize através do aparelho
5) Muito eficiente nos resgates de suicidas ( abordagem )
6) Produz pouco aquecimento
7) Para utilização de todos os freios é imprescindível, que o bombeiro
esteja calçado com luvas, pois devido a grande velocidade de
descida o atrito do cabo com a mão do operador torna-se muito
grande.
d) Manhone:
1) Possui uma velocidade muito rápida
2) Utilizado com o cabo dobrado ao meio
3) Após a descida pode-se recuperar o cabo
4) Utilizado para descidas individuais
5) Empunhadura do cabo deve ser feita utilizando-se as duas mãos e
com suas palmas voltadas para baixo
6) Para se dar início a descida, basta abrir as mãos lentamente e deixar
que o cabo deslize através do aparelho
e) Famau:
1) Possui duas velocidades (lenta e rápida )
2) Utilizado para descidas individuais e em dupla
3) A empunhadura do cabo deve ser feita com a palma da mão voltada
para baixo
4) Para se dar início a descida, basta abrir a mão lentamente e deixar
que o cabo deslize através do aparelho
5) Pode ser utilizado na abordagem de suicidas
6) Produz pouco aquecimento
7) Pode ser empregado da mesma forma que a trava de salvação
f) Mosquetão
1) A velocidade é regulada de acordo com o número de voltas que se
faça com o cabo através da mola
2) Empregada individualmente, nos casos em que não se tenha
nenhum dos freios citados anteriormente
3) Desempenho da operação é regular
4) A mola mosquetão deve ser do modelo com rosca (trava )
II - A descida deve ter velocidade uniforme. Cada parada brusca ( tranco ), coloca em
risco todo o sistema de descida, em razão da força de tensão exercida no cabo e
a sua repercussão nas demais partes do conjunto
1) Descida fracionada, que é utilizada quando a distância de descida, for maior que o
comprimento máximo do cabo. Existem os seguintes processos:
a) Através da realização do nó de evasão, tendo-se o máximo cuidado na
utilização do cabo fixo e do falso
b) Com a utilização do manhone (cabo dobrado)
c) Com a emenda do cabo no transcurso da descida.
Esse tipo de operação tem a finalidade de permitir que o bombeiro possa executar
descidas de grandes alturas, fazendo a emenda das seções de cabos durante a
operação.
9.1 Pessoal e material:
a) número de bombeiros: 1
b) 2 seções de cabo
c) 2 aparelhos oito
d) 1 mosquetão
e) 1 cinto-cadeira
f) 1 par de luvas