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Apostila de Salvamento em Altura Unidade VIII

PROGRESSÃO/ TRANSPOSIÇÃO EM CABOS

É de essencial importância o adestramento e afinidade dos bombeiros com as


técnicas de progressão vertical, cada sinistro apresentam uma característica peculiar, pois
nunca um evento é no mesmo local do outro, além dos materiais existentes nas unidades
operacionais serem diversos e diferentes.
A progressão vertical é feita através:

1. DO USO DE CABOS DIVERSOS;

As técnicas de subida em cabos são empregadas como forma de alcançar um


objetivo e é necessário que o bombeiro tenha um bom domínio.

1.1 TÉCNICA BOMBEIRO

 Posição dos braços: pegada no cabo acima da cabeça dando sustentação ao


corpo
 Posição das pernas: o cabo passa por entre as coxas e segue entre o dorso
de um dos pés e o calcanhar do outro.

Progressão – quando os braços fizerem a puxada elevando o corpo


ocorre a flexão dos joelhos e a elevação das pernas, que deslizam no cabo para
novamente firmarem-se a realizar a extensão das pernas; haverá então a troca
de posição das mãos, uma de cada vez, para uma posição mais acima do cabo,
repetindo-se a manobra até alcançar o objetivo. Olhar o objetivo durante o
deslocamento.

1.2 TÉCNICA PQD.

 Posição dos braços: semelhante a técnica anterior.


 Posição das pernas: o cabo passa à frente do corpo e é preso nos pés, entre
o dorso de um e a planta do outro, tomando assim o formato de um “S”.
Progressão – semelhante a anterior.

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1.3 TÉCNICA JAPONESA

1.3.1 COM UMA PERNA

 Posição dos braços: semelhante a anterior.


 Posição das pernas: uma das pernas fica livre, dando equilíbrio ao corpo
durante a subida. A outra perna entrelaça o cabo, que passa entre as pernas
contornando uma delas por trás do joelho indo à parte interna do pé (parte
média), onde é travado.

Apoio – para realizar a subida há necessidade de outro bombeiro para tesar o


cabo, de acordo com o ritmo falado e estabelecido em 1-2, etc..., recorrendo e
tesando levemente.

Progressão – durante a puxada dos braços o cabo deve recorrer para que a perna
deslize, isso ocorre quando o bombeiro que executa a subida conta “1”, que deve
também ser contado por quem apóia, na contagem “2”, o cabo é tesado, quando
então a perna que está em contato com o cabo exerce o ato de travá-lo, fazendo a
elevação do corpo. O olhar deve se dirigir ao objetivo e a puxada deverá chegar até
o peito.
Esta técnica fica menos desconfortável com o uso do cabo duplo.

1.3.2 COM DUAS PERNAS

 Posição dos braços – semelhante aos anteriores, uma vez iniciada a


subida a pegada avança, sendo que cada cabo é seguro separadamente.
 Posição das pernas – semelhante a anterior, contudo ambas as pernas
trabalham, uma em cada cabo.

Apoio – para realizar a subida, há necessidade de outro (s) bombeiro (s)


para tesar o (s) cabo (s) de acordo com o ritmo, recorrendo e tesando
lentamente.

Progressão – semelhante ao anterior, o (s) bombeiro (s) de apoio trabalha


(m) nos dois cabos e a contagem 1-2 será realizada durante o tempo “1”
( ver anterior ) de cada perna. Progride-se como se estivesse subindo uma
escada. O olhar deve se dirigir ao objetivo. Puxar o cabo até o peito.

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1.4 TÉCNICA DO LEPAR

Na preparação do nó de ramo (lepar) utilizar o cabo solteiro, com “meias voltas”


espaçadas de 30 a 40 cm para facilitar os apoios.

 Posição dos braços – semelhante às técnicas anteriores.


 Posição das pernas – existem duas formas:

Quadril flexionado, pernas quase na horizontal, pés apoiando na parede;


O cabo passa por entre as pernas, sendo fixado entre os pés, na sua parte média,
acima do nó. Esta forma deverá ter um bombeiro tesando o cabo durante a
progressão.

Progressão – com os pés apoiados na parede ou no próprio cabo. O olhar se


dirige ao objetivo. Ao subir, puxar o cabo até o peito. Tesar o cabo com força para
facilitar.

A preparação do “nó de ramo” deve ser bem treinada para facilitar a operação.

2. DO PRÓPRIO EDIFÍCIO (ESTRUTURAS);

Esta técnica faz-se necessária quando necessita-se alcançar andares elevados e


as vias normais da edificação ( escadas de serviços e incêndio ) estão impossibilitadas.
De acordo com as características de cada edificação empregamos:

2.1 MOSAICO E SIMILARES


Processo de progressão em que o bombeiro utiliza
reentrâncias, saliências e suportes em concreto, peculiaridades de
cada edificação.
Antes de iniciar a progressão deve-se estudar a forma
mais rápida e segura de atingir o objetivo, sendo empregada a
melhor técnica para tal.
Ao iniciar a progressão deve-se ter em mente:
 Poupar energia usando mais a força das pernas
 Progredir com segurança, certificando o bom apoio dos pés
e das mãos
 Não usar os joelhos como apoio, pois não é seguro
 Usar técnica de 03 pontos
 Usar grupo homogêneo para que um faça a segurança do
outro
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A posição das mãos (figuras) na progressão deverá ser a que melhor aproveitar
o máximo de todas as saliências, de forma a agarrá-las.
Os dedos devem estar bem unidos para minimizar a força usada e perder menos
energia.

a) Tomada de dedos – garra pequena, mas bom apoio.

b) Tomada de unha – cansativa.

c) Tomada arredondada – menor segurança.

d) Tomada completa – dá maior segurança.

2.2 CHAMINÉ

Processo de progressão em que o bombeiro utiliza paredes próximas, que


possibilitam o apoio das costas de um lado e dos pés do outro, ou o apoio dos pés e
mãos colocados.
Com um movimento coordenado de braços e pernas irá progredindo sem tirar
o olhar do objetivo.

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As chaminés são classificadas em estreitas, médias e largas, conforme sua


largura.
Nas chaminés estreitas e médias a técnica consiste em trocar alternadamente
os pés e as mãos, devendo uma das mãos estar à frente e a outra atrás, por sua vez
a perna correspondente à mão avançada deverá ficar atrás e a outra à frente.

É aconselhável trocar os pés primeiro, em seguida as mãos, e depois dar-se-


á o impulso para subir. Ao executar as trocas dos membros não esquecer de apoiar
as costas na parede ( rocha, etc..., ).
Para chaminés médias há outra maneira de subir, que é a de apoiar um pé e
uma mão numa parede e os outros membros na outra parede.

Uma variante desta última é empregada quando a chaminé média tende mais
para estreita; utilizam-se os joelhos, um de encontro ao outro, forçando-se as pernas
para dentro.

No caso de chaminés largas a técnica muda, fica os dois pés em um lado


(afastados) e as mãos na parede posterior ajudadas pelo encosto direto das costas.

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2.3 ESCADAS FIXAS

Progressão em que o bombeiro utiliza as escadas metálicas ou grampos


fixos na própria parede da edificação.
A técnica de progressão é a mesma utilizada em escadas portáteis.

O bombeiro antes e durante a progressão deverá verificar o estado de


conservação da mesma (ferrugem, etc...,)

2.4 CANOS E SIMILARES

Progressão em que o bombeiro utiliza canos ou similares, tais como cabos


de pára-raios fixo em paredes por avanços metálicos, que possibilitem ao
executante fixar-se com ambas as mãos.
A progressão é feita com os pés na parede e as mãos no cano, sendo a
tração feita coordenadamente.

Esta progressão exige muita força física não oferece muita segurança, devido a:

 Verificar se a parede ou lugar tem aderência suficiente e se a estrutura


suporta seu peso.
 Certificar se o local não permite o uso de outras técnicas de melhor
segurança.

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3. DO AUXÍLIO DE BOMBEIROS

Processo de progressão em que o bombeiro utiliza o (s) companheiro (s) como


apoio. Neste processo a altura atingida pelo bombeiro a ser elevado depende da altura
dos mesmos.

3.1 APOIO DE FRENTE POR UM BOMBEIRO

O homem base posiciona-se de frente para o escalador e de costas para a


parede: as mãos entrelaçadas na altura da cintura, o pé esquerdo bem apoiado à
frente e o direito no alinhamento do corpo e as pernas levemente flexionadas.

O homem escalador apóia as mãos nos ombros do homem base pisando em


suas mãos entrelaçadas, e este com equilíbrio e firmeza o eleva até alcançar o
ponto de apoio na parede. O restante da escalada será feito com a força dos seus
próprios braços que arrastará seu corpo para cima.

3.2 APOIO DE COSTAS POR UM BOMBEIRO


O homem base posiciona-se com as mãos, o tórax e a face apoiados na
parede, o tronco e as pernas flexionados, as pontas dos pés voltadas para fora, o pé
esquerdo bem próximo à parede e o direito afastado.
O escalador por trás firma as mãos nos ombros e pisa na coxa direita e no
dorso do homem base.

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Retira a mão do ombro e apóia na parede, retira o pé da coxa e junta-o ao


outro no dorso do homem base.

Do dorso do homem base passa a apoiar os pés nos ombros do mesmo, e


este com firmeza procura a posição de pé juntamente com escalador que estará
com as mãos apoiadas no melhor ponto acima.

3.3 APOIO DE COSTAS POR DOIS BOMBEIROS

Os dois homens base posicionam-se de frente para a parede e lateralmente um


ao outro, as mãos à altura dos ombros. O da esquerda com a perna direita
flexionada de maneira que a coxa forme um ângulo de 90º graus, e o homem da
direita toma essa posição inversamente, com relação aos membros de apoio.

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O homem escalador, por trás, pisa com o pé esquerdo na coxa do homem base
da direita, preparando-se para a próxima posição, com as mãos apoiadas nas
cabeças dos homens base.

Esta posição consiste no apoio do pé esquerdo do escalador no ombro do


homem base, dali tomará a posição de pé, tomando forma de uma pirâmide,
conforme a figura.

3.4 APOIO LATERAL COM DOIS BOMBEIROS

Os dois homens base, em baixo da negativa, um de frente para o outro, firmam


suas mãos em seus ombros e com a perna esquerda flexionada e o joelho direito no
solo, faz uma ligeira flexão do tronco, facilitando o escalador pisar atrás e na parte
baixa do pescoço de um, pisando na cabeça do outro.

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Partindo da posição anterior, o escalador apóia o outro pé no ombro do outro


homem base.

Os três levantam-se e o escalador segura na parte alta da negativa e prepara


para arrastar o seu corpo com a força de seus braços.

3.5 APOIO COM UM BOMBEIRO

Se a negativa for baixa, não se fazendo necessário o escalador ficar de pé


sobre o homem base, este apóia suas mãos sobre os seus joelhos e faz um
agachamento introduzindo sua cabeça entre as pernas do escalador que está de
costas para este e ficará montado em seu pescoço quando na posição de pé.
Neste exercício, bem como nos demais, os homens de apoio deverão ter todo
o cuidado e firmeza, evitando que a força para elevar o peso não seja concentrada
na coluna, a força deverá ser concentrada nas pernas.

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4 DA UTILIZAÇÃO DE ESCADAS DIVERSAS

O emprego de escada para auxiliar na execução de várias missões de


salvamento apresenta muitas vantagens, pois permite ao bombeiro realizar uma
progressão vertical com segurança e rapidez.
Alguns pontos de segurança tem que ser enfatizado, tais como:
 O ângulo de inclinação de uma escada deverá ser formado com ¼ do
comprimento do total de trabalho distante do plano vertical (parede)
 O número de bombeiros que os diferentes comprimentos de escadas
suportam, obedece a tabela abaixo:

COMPRIMENTO Nº DE HOMENS

 até 07 m ------------------------------------------------ 01 homem


 de 07 a 10 m ------------------------------------------- 02 homens
 de 10 a 15 m ------------------------------------------- 03 homens
 acima de 15 m ----------------------------------------- 04 homens
 escada mecânica -------------------------------------- 01 homem por lance

4.1 ESCADA PROLONGÁVEL

Existem vários tipos de escadas prolongáveis, diferentes em suas


constituições: metálicas, de madeira ou fibras sintéticas, diferentes também em altura
e peso. São formadas por dois lances, um fixo e outro móvel, o qual recorre dentro do
fixo através da tração de um cabo disposto paralelamente aos lances e que corre
dentro de duas roldanas.

a) Escada prolongável – armar e desarmar


b) Escada prolongável – a ordem de armar, abrange cinco operações sucessivas:
 retirar a escada
 transportar a escada
 elevar a escada
 desenvolver a escada
 desenvolvimento da escada

4.1.1 RETIRAR A ESCADA

A essa voz, o chefe e o nº 1 tomam posição a retaguarda da viatura,


chefe a direita e o nº 1 a esquerda, esperam que a escada deslize, empurrada
pelos outro armadores, erguendo as mãos neste momento afim de segurarem
pelos banzos juntos aos espigões ou sapatas mantendo-a depois suspensa; os
nº2 e nº 3 sobem a viatura, o nº 3 pelo lado direito e o nº 2 pelo lado esquerdo; o
nº 2 solta a correia que prende a escada ao suporte, enquanto o nº 3 retira os
objetos que embaraçam a sua saída, e ambos a empurram de modo a faze-la
deslizar para trás sobre o rolete móvel em que descansa, até que a parte que
contém os espigões ou sapatas seja alcançada pelo chefe e o nº 1, feito isso,
descem e vão também se colocar a retaguarda da viatura, cada um do seu lado, e
esperam com os braços levantados que a escada tenha deslizado completamente
para que então segurem pelos banzos próximos ao topo.
Se a escada estiver colocada ao lado da viatura, o nº 2 retira a corda e o
nº 3 a chaveta de ferro que prende a escada à viatura.

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4.1.2 TRANSPORTAR A ESCADA

A essa voz o chefe e os demais armadores voltam à frente para os


espigões, colocam a escada nos ombros e seguem, em passo acelerado, para o
ponto onde ela deve ser armadas, determinado pelo Cmt do socorro.

Chegada a escada ao local onde deve ser armada, o chefe e o nº 1


apóiam a extremidade inferior ao chão, a uma distância de aproximadamente 1
metro do referido local, sendo que o chefe coloca os pés nos espigões, de modo a
mantê-los fixados no mesmo ponto e o nº 1, no lado esquerdo da escada próximo
ao chefe, com a mão-direita auxilia o apoio dos espigões, e com a mão-direita
auxilia a apoio dos espigões, e com o mão esquerda auxilia a elevação da
mesma.

4.1.3 ELEVAR ESCADA

A voz de “Elevar a Escada” o nº 2 e nº 3 elevam na com as mãos


segurando nos banzos com o pulso firme, e energia, até a posição vertical,
colocando imediatamente a ponta do pé de fora na frente dos espigões, e olhando
para cima.

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4.1.4 DESENVOLVER ESCADA

O nº 1, colocado à frente da escada, puxa a corda de desenvolvimento do


lance móvel, empregando todo o esforço e a rapidez possível até a voz de
desenvolvimento alto, dada pelo Chefe da Guarnição.

4.1.5 DESENVOLVIMENTO ALTO

A esta voz, o nº 1 afrouxa lentamente a corda de desenvolvimento que


tem nas mãos, permitindo que o lance superior desça um pouco até que os
grampos fixadores se apóiem sobre os degraus da escada.
O nº 2 e o nº 3, durante o desenvolvimento, seguram firmemente a
escada pelos banzos com os braços levantados, afim de mantê-la em posição
vertical.
Concluída esta parte da manobra, o nº 2 e nº 3, auxiliados pelo nº 1,
deixam a escada inclinar-se sem violência, até que o topo fique apoiado no local
desejado.
O chefe, se houver necessidade, retificará a posição da escada
deslocando a parte inferior para à direita ou para à esquerda, de modo que forme
com o prédio um ângulo de 75º a 78º, ou seja um metro, mais ou menos, de
afastamento dos espigões ao pé da parede.
O nº 1 de posse de um cabo solteiro, sobe na escada para prende-la a
outro ponto qualquer, e , em seguida, desce a sua posição.
A escada desenvolvida e apoiada, pode suportar até dois bombeiros em
qualquer situação, até no segundo lance.

4.1.6 ESCADA PROLONGÁVEL DESARMAR

A voz de desarmar, o nº 1 sobe e retira o cabo solteiro e desce, depois


auxiliado pelo nº 2 e o nº 3 afasta o topo da escada da parte em que ela estiver
apoiada, até que ela tome a posição vertical. Em seguida, o nº 1 desenvolve-a
para que desarme os grampos, deixando depois deslizar o lance móvel até
engavetá-lo completamente no fixo. Em seguida e realizada a operação inversa a
da operação de “Elevar e Transportar Escadas” .
Quer em exercícios, quer em incêndios, a escada deve estar sempre
amarrada.
A escada telescópica só poderá ser empregada horizontalmente, a guisa
de ponto quanto não desenvolvida.

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Nestas condições tem resistência para suportar até 200 kilogramas de


peso.

4.1.7 SUBIDA OU DESCIDA

Para subir ou descer na escada prolongável o bombeiro deve observar


três pontos fixos.
Exemplo: Para subir um degrau o elemento sobe primeiramente um pé só
e desloca uma mão apenas, após o acentamento deste em um degrau, tendo
sempre apoiado três pontos fixos na escada que podem ser dois pés e uma mão
ou duas mãos e um pé apenas.
Descida – Para efetuar a descida, executa a operação inversa da subida
observando sempre os três pontos fixos.

4.1.8 TOMADA DE POSIÇÃO

Para tomar posição na escada para esquerda ( direita ) o bombeiro enfia


o pé e a perna direita ( esquerda ) entre os dois degraus imediatamente inferior,
ficando a ponta do pé voltada para dentro, e desce o pé esquerdo ( direito ) mais
um degrau fixando-o pelo salto da botina, ficando a ponta do pé voltada para fora.
A posição é tomada nas escadas, com o fim de poder o bombeiro manter-
se em segurança, sem auxílio das mãos que ficam desembaraçadas para
qualquer serviço.

4.2 ESCADA DE ASSALTO

Esta escada é formada por vários lances que são unidos um ao outro para que
possa ser atingida a altura desejada para o trabalho.
As precauções ao guarnecer a escada e ao realizar a progressão são iguais as
da escada prolongável.

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4.3 ESCADA DE CORDA

Para este tipo de escada utilizam-se duas técnicas: a primeira por luma das
faces ( como em qualquer escada ) e a outra pela lateral. A subida é realizada sempre
mantendo pelo menos três pontos em contato com a escada. O olhar deve ser dirigido
para o objetivo.

Manter sempre as mãos apoiadas acima da cabeça para melhor firmeza da


escada e coordenar os braços e pernas para não desestabilizá-la.

4.4 ESCADA DE GANCHOS

Em situação de salvamento no plano vertical na parte externa dos prédios


torna-se necessária a utilização dos diversos tipos de escadas de ganchos existentes.
Estas escadas são com gancho (s) fixo (s) que se instala (m) no corrimão ou beira de
janela(s) e sacadas.

Observar e verificar-se o ponto de fixação dos ganchos suportam o peso da


escada e do bombeiro.
Verificar se os ganchos estão na posição correta e devidamente travados.

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Nas operações co 2 homens ou mais, enquanto um sobe o (s) outro (s)


guarnece (m) a escada e faz (em) a segurança do companheiro.
Em caso de subida utilizar um cabo da vida, para a fixação da escada, o
primeiro sobe e, ao chegar no topo da escada, passa para dentro do prédio e fixa a
escada em seu corpo, utilizando um cabo da vida.
Na utilização os bombeiros elevam a escada com os ganchos voltados para
fora: uma vez estes ultrapassarem o ponto de fixação, procedam o giro da escada
voltando o (s) gancho (s) para o edifício.

5 EVASÃO NO PLANO VERTICAL

A evasão no plano vertical sem uso de equipamentos – Raphel, é constituído de


várias técnicas de descida em cabos diversos, sendo empregada para que os bombeiros
possam alcançar um ponto abaixo do local onde se encontram, descendo para andares
inferiores na edificação o mesmo para fuga em uma situação difícil quando não houver
equipamentos.
As técnicas utilizadas na evasão do plano vertical são:

5.1 TÉCNICA DEUFER.

O cabo ( duplo se defre-seg ) é passado entre as pernas e em volta da coxa de


uma das pernas, seguindo na diagonal pelo peito até o ombro oposto, contornando o
pescoço e saindo novamente pela frente do corpo, ficando o chicote livre entre o corpo
e o braço ( proteger o pescoço do atrito ).

Esta técnica é utilizada quando se transporta algum equipamento preso


às costas ( máscaras contra gases, etc. ). Deve-se observar na descida:
 nunca solte a mão do chicote livre;
 manter-se próximo a parede;
 frear puxando o cabo para frente;
 evitar grandes alturas devido ao desconforto e condições de segurança.

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5.2 TÉCNICA LUIZ TRENKER

Difere da anterior na passagem do cabo, nesta passa-se o mesmo pelas


espáduas e costas, não em volta do pescoço. Os cuidados são idênticos a técnica
anterior.

5.3 TÉCNICA DOLOMITI

Nesta técnica utiliza-se o cabo duplo ( fre-seg ) da seguinte forma:


 um chicote passará em volta da perna direita e o outro passará em volta
da perna esquerda
 sobem os dois chicotes cruzando na frente do peito, passando pelos
ombros e deixando-os soltos nas costas
 o bombeiro deverá segurar o cabo duplo que ficará em sua frente.

Os cuidados são idênticos as técnicas anteriores.

6 TRANSPOSIÇÃO DE CABOS NO PLANO HORIZONTAL


As técnicas de transposição de cabos usadas na corporação tem por finalidade
levar o socorrista onde ele seja necessário.
Antes da apresentação das técnicas existentes os bombeiros devem saber como
são montados os circuitos. Sempre que se for realizar algum trabalho com cabos, os
pontos de fixação devem ser a primeira preocupação, e esses pontos escolhidos deverão
oferecer segurança, permitir o fácil acesso para as manobras necessárias à operação
(abordagem, evasão, entrada e saída de equipamentos e outros), sempre afastados do
foco do incêndio ou partes aquecidas. Os cantos vivos (arestas e quinas) devem ser
evitados ou protegidos com pedaços de lona. Na medida do possível a tração dos cabos
deverá ser feita do lado da parte não sinistrada. Os materiais usados na armação dos
circuitos são:
 cabos
 rachi
 aparelho oito
 pedaços de lona
 cabos da vida
 grampo-manilha

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Lembrar sempre da segurança nas transposições, o bombeiro deverá utilizar o


cabo da vida como segurança individual em conjunto com o mosquetão, o qual será
conectado no cabo de sustentação (cabo base).
A transposição de cabos divide-se em :

6.1 COMANDO CRAWL


O bombeiro deita-se sobre o cabo mantendo sobre ele o dorso de um dos pés,
estando o joelho da mesma perna flexionado, e a outra perna permanece solta
naturalmente, como um pêndulo, mantendo o equilíbrio. A tração do corpo é feita
com os braços em movimentos alternados e contínuos. A puxada deve ser ampla e
regular, auxiliada pelo movimento realizado pela perna que permanece em contato
com o cabo, mantendo as palmas das mãos voltadas para cima, sob o cabo. O olhar
à frente, voltado para o objeto a ser alcançado.

6.2 JAPONESA

Nesta técnica o bombeiro posiciona-se sob o cabo, sustentando-se pelas


mãos e pés, movendo-os alternadamente através de 02 estilos.
 Cruzamento horizontal: o bombeiro solta alternadamente os membros do
mesmo lado ( pernas e braços ), progredindo no cabo;
 Cruzamento oblíquo: o bombeiro solta um membro de cada lado do
corpo, progredindo no cabo.

Em ambos os estilos o olhar deverá estar voltado para o objetivo a ser


alcançado.

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O contato da perna com o cabo é feito no cavado do joelho; uma perna só


perde o contato com o cabo quando a outra fizer o devido contato. Com o
aperfeiçoamento da técnica o contato da perna vai naturalmente se deslocando para
o tornozelo.

Aproveite o balanço para mover-se mais facilmente, porém se balançar


demais agarre-se bem ao cabo.

6.3 TIROLEZA HORIZONTAL

O bombeiro faz a transposição sob o cabo, utilizando-se de um nó de cadeira


e um mosquetão passando no cabo de sustentação (a cadeira servirá de segurança
e sustentação). É a técnica de menor desgaste físico na execução e de maior
rapidez.
A puxada é feita com os braços de forma bem ampla e alternadamente,
devendo-se manter o olhar em seu objetivo.
Lembrar de sempre conferir a amarração da cadeira e tomar cuidado para as
mãos não serem mordidas pelo mosquetão durante a puxada.

6.4 FALSA BAIANA


A falsa baiana é uma forma de transposição constituída de 02 cabos: um de
sustentação (duplo) e um de apoio (singelo), estando aproximadamente 1,60m um
do outro. Essa técnica determina um deslocamento lateral com deslize dos pés e
das mãos nos cabos de sustentação e apoio, respectivamente. Técnica mais
confortável e com gasto menor de energia. Durante a travessia o olhar deve estar
voltado para o objetivo a ser
alcançado, as mãos devendo
estar invertidas durante a
pegada, os pés deverão ser
arrastados sobre o cabo, a
segurança é feita com o cabo da
vida fixo na cintura com 02
chicotes, um preso ao cabo de
sustentação e outro no de apoio
e os mosquetões deverão estar
entre os pés e as mãos.

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