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O Judô foi criado em 1882, no Japão, por Jigoro Kano, a partir do estudo
sistemático do jujutsu. A maior característica do Judô, em relação ao jujutsu foi a
inserção de uma melhor didática para o seu ensino.
Dentro dessa didática, visando maior facilidade para o entendimento e a
memorização de cada técnica, Jigoro Kano dividiu os golpes em três partes:
Kuzushi – Refere-se a parte onde o desequilíbrio é feito. Neste momento
o adversário é retirado do seu ponto de equilíbrio para facilitar sua projeção.
Segundo Franchini (2001) a principal meta do judô é desequilibrar o adversário
sem perder o equilíbrio.
Tsukuri – Forma: Neste momento o golpe é formado. A técnica é aplicada
e será tão mais fácil sua conclusão quanto for perfeita sua execução.
Kake – Arremesso: O momento em que o mínimo de força é aplicado
para que o adversário seja projetado.
Além disso, o judô trabalha com uma máxima que deve ser aplicada sob
quaisquer circunstâncias:
Seiryoku Taykumin Tenshin Zen’yô – Que significa “ o melhor uso da
energia”.
Também foi traduzido como “ máxima eficácia com um mínimo de força”
Portanto, quanto melhor for trabalhado o torque, as alavancas e pontos de
contato, menos força será necessária para que o outro seja projetado.
i. Planos
ii. Eixos
i. Execução;
j. Posição final.
Além disso, visando permitir melhor didática ao trabalho, foi divido o golpe
nas três partes preconizadas por Jigoro Kano:
1. Kuzushi
2. Tsukuri
3. Kake
3. Eri-Ipppon Seoinague
a. Indicação técnica do exercício
Esta técnica é definida dentro do judô como sendo de te waza (técnicas de
mãos ou braços), onde os membros superiores exercem papel central na
execução da técnica.
Apesar disso, o quadril também possui importante função na aplicação da
técnica, atuando como ponto de apoio para o movimento produzido pelo braço.
Essa técnica é melhor aplicada, em caso de combate, por pessoas com
membros inferiores curtos em relação ao tronco ou de estatura menor do que o
oponente, o que facilita o encaixe do quadril na região do quadríceps femoral do
adversário para o movimento de alavanca com elevação deste oponente do solo.
b. Tipos de alavancas empregadas
As alavancas utilizadas em quase todos os golpes do Judô são do tipo
combinadas/complexas. Nesta projeção, especificamente, há um eixo de
distribuição de esforço do tipo “elevador” (Fattini, 2006), onde o atleta usa a
articulação do cotovelo como ponto fixo e puxa o braço do oponente para baixo e
eleva o centro de gravidade do adversário, causando o seu kuzishi (desequilíbrio).
Dentre as alavancas importantes nesta projeção, destacamos a de terceira
classe - durante o kuzushi, onde o articulação esferóide glenoumeral serve de
eixo, A força se aplica na alavancagem de tríceps para baixo e a resistência
encontra-se na mão, e no tsukuri (forma) na fletida de bíceps para cima e pêndulo
semi-circular da crista do ilíaco e gangorra de pernas (distensão e contração do
quadríceps);
c. Músculos envolvidos, execução e principais articulações
Redondo maior, infra-espinhal, trapézio, deltóides braquiais porção anterior
e média alta, bíceps, com o tríceps de antagonista, peitoral maior e grande
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Figura 1
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