Você está na página 1de 10

DOCUMENTOS DE APOIO

DISCIPLINA
Educação Física

“Atletismo”

EPTOLIVA – ESCOLA PROFISSIONAl

Professor da Disciplina: Carlos Eduardo

LOCAL (Oliveira do Hospital)

Mod. 7-06/a
P 2 de 10

Atletismo - Salto em Comprimento

I. DESCRIÇÃO

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SALTADOR

FORÇA DE IMPULSÃO TÉCNICA

FLEXIBILIDADE ESPECÍFICA CORRIDA DE BALANÇO

VELOCIDADE + CONDIÇÃO FÍSICA + IMPULSÃO

DESTREZA FASE DE VOO

SENTIDO RÍTMICO QUEDA

No ponto de vista da técnica não tem havido grandes alterações desde há muitos anos.

Já os saltadores do princípio do século utilizavam juntamente com a técnica do salto


engrupado simples, o salto em extensão e o salto de corrida nas diversas prestações
individuais.

A exigência de movimentos livres, principalmente durante o voo, depois de uma elevada


velocidade da corrida de balanço bem como na impulsão, levaram ao aparecimento da
técnica do « hitch kick », através da qual, durante o voo, se prepara uma queda favorável.

O aumento da força física, descontracção e velocidade bem como o aperfeiçoamento cada


vez maior, dos locais de salto, conduzirão no futuro, ao melhoramento das marcas.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a
P 3 de 10

Cada uma das fases da técnica do salto em comprimento resulta, por isso, em grande escala
dos elementos da condição física.

Este salto e composto por 4 fases:

1. Corrida de balanço,
2. Chamada,
3. Voo,
4. Queda.

II. DESCRIÇÃO TÉCNICA E COMPONENTES CRÍTICAS

Assim sendo:

Na corrida de balanço deve-se:

 Realizar seis a dez passadas em aceleração progressiva;


 Manter o corpo descontraído e a bacia elevada;
 Olhar dirigido para a frente;
 Aceleração progressiva (velocidade máxima possível nas 3 últimas passadas);
 Apoios activos sobre o terço anterior dos pés;

Na chamada:

A chamada, ou impulsão, demora, nos bons velocistas, de 0,12 a 0,13 segundos. Esta fase,
tecnicamente importante, deve ser por isso bem examinada.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a
P 4 de 10

Assim sendo, dividimo-la em três pequenos momentos, sendo eles:

 1 - Apoio da perna de impulsão


 2 - Fase de amortização
 3 - Movimento de impulsão

Na fase de chamada, ou impulsão, o saltador apoia rapidamente a sua perna de impulsão,


quase completamente esticada, na tábua de chamada; o tronco encontra-se ligeiramente
inclinado para trás. Uma torção mínima do tronco (braço do lado da perna de impulsão e a
perna de balanço encontram-se atrás do tronco, o braço flectido do lado da perna de
balanço para a frente) e uma atitude erecta do tronco garantem uma mudança ideal da
velocidade da corrida de balanço para a velocidade da impulsão.

Na fase de amortização é preparada a impulsão. O pé de impulsão desenrola-se sobre toda


a planta; a perna de impulsão está um pouco flectida e é ultrapassada pela perna de
balanço, enquanto os braços executam movimentos alternados, opostos às pernas.
Importante nesta fase é manter o tronco direito e permanecer com o olhar dirigido para a
frente. Aqui é frequente observarem-se erros, os quais são visíveis não só em principiantes
como também em atletas evoluídos.

O movimento de impulsão inicia-se com a extensão das articulações do joelho e do pé da


perna de impulsão. A coxa da perna de balanço alcança quase a horizontal, enquanto a
parte inferior pende verticalmente. O tronco encontra-se direito; uma ligeira inclinação
para trás não é, de forma alguma, incorrecta. Os braços auxiliam o movimento de impulsão
(respectivamente para a frente e para cima; para trás e para cima). Se o saltador, durante a
impulsão, elevar os ombros, o movimento dos braços será, de repente, travado, resultando
assim uma transferência favorável das forças de balanço, que é a condição prévia mais
importante para um bom rendimento de salto. Os movimentos do corpo, na fase de voo,
servem para a sua estabilização e para a preparação da queda.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a
P 5 de 10

No voo/suspensão:

 Projectar o corpo bem para cima


 Lançar o membro inferior livre para a frente e para cima até á altura da bacia;
 Rodar os membros superiores em extensão á retaguarda e projectar o corpo para a
frente;
 Puxar os membros superiores em extensão para a frente e iniciar a flexão do tronco
á frente;
 Rotação sagital dos braços da frente para trás;
 Elevação e extensão dos joelhos, após uma fase de puxar para cima a perna livre;
 Puxar a perna de chamada para a frente e para cima.

Na queda:

A queda é feita nas três técnicas de salto de forma que lembra uma navalha quando se
fecha. O contacto com o solo, numa atitude quase sentada, é mais conveniente do que com
as pernas esticadas. O saltador, logo após ter tomado contacto com o solo, amortece a
queda e lança a bacia para a frente. Lançar o corpo lateralmente ajuda a evitar a queda de
costas e é, por isso, correcto como movimento de apoio.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a
P 6 de 10

Sendo assim, temos:

 Puxar os membros inferiores para a frente com fecho do tronco sobre estes
 Fazer a recepção sobre os 2 pés, flectindo os membros inferiores;
 Equilibrar o corpo ou projectá-lo para a frente;
 Recepção a 2 pés paralelos;
 Joelhos flectidos e junto ao peito;
 Puxar os braços e tronco para a frente.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a
P 7 de 10

Corrida de estafetas
Uma das modalidades atléticas mais excitantes é a corrida de estafetas, constituindo,
com frequência, o ponto alto das competições importantes, como os Jogos Olímpicos, e
sendo, habitualmente, a última das provas. Ao contrário da maioria das outras, esta é uma
prova de equipa, em que quatro corredores fazem um determinado trajecto. Cada corredor
é escolhido por ter um mérito especial. O mais rápido actua na primeira posição, os mais
potentes ocupam a segunda e a última, e o melhor a descrever curvas actua em terceira. O
primeiro passa ao segundo um testemunho, e assim sucessivamente. As principais provas
são 4x100 m e 4x400 m.

O testemunho é um tubo macio e oco, com cerca de 30 cm de comprimento e 12 cm de


perímetro. Pode ser feito de madeira, metal ou plástico, e pesa 50 g apenas. Em geral, os
testemunhos têm uma cor viva, para se verem com facilidade. Uma boa passagem do
testemunho pode poupar preciosos segundos numa corrida. Na prova dos 4x100 m, o
corredor que parte não olha para trás ao receber o testemunho, mas na dos 4x400 m, que é
muito fatigante, o corredor que parte olha para trás na passagem do testemunho.
Passagem por cima - Das duas passagens de testemunho, esta é a mais fácil de aprender e
a mais segura de utilizar. O corredor da frente mantém o braço baixo, o que facilita a
entrega do testemunho.
1- Quando o corredor da frente ouve o de trás gritar-lhe, estica a mão esquerda, com a
palma virada para baixo. O polegar e o indicador devem formar um V.
2- O portador do testemunho levanta-o até ao V formado pela mão do corredor da frente. O
corredor nº 1 deve agarrar o testemunho pelo seu primeiro quarto, o nº 2 pelo segundo,
etc.
3- O portador do testemunho larga-o quando vê que o corredor da frente o agarrou. O
testemunho é transportado na mão direita desse corredor e transferido para a mão
esquerda do corredor seguinte.
Passagem por baixo - Quando se faz correctamente, esta passagem torna-se a mais rápida.
Contudo, é a mais difícil, porque o corredor da frente eleva mais o braço para receber o
testemunho.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a
P 8 de 10

1- O portador do testemunho agarra a extremidade deste, enquanto o corredor da frente


leva a mão direita atrás, com a palma virada para cima.
2- O portador entrega o testemunho baixando-o para a mão esticada do outro. Este deve ter
os dedos a formar um V.
3- O corredor da frente pega no testemunho coma mão direita, pronto a passá-lo para a
mão esquerda do próximo corredor.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a
P 9 de 10

A corrida de estafetas é constituída por 3 fases

1 - Partida
A partida para a corrida de estafetas 4 x 100 m é realizada em “decalage”, com blocos de
partida sobre o lado direito do corredor, perto da linha exterior.

2 - Transmissão
- O receptor deve aguardar o transmissor na zona de balanço, olhando para trás e por cima
do ombro.
- O receptor deve começar a correr quando o transmissor passa junto a uma marca
previamente colocada no corredor. Corre olhando para a frente e estica o braço para trás
com a mão aberta quando o transmissor lhe der o sinal sonoro: “sai”, “vai”, “toma”, etc.

Técnica ascendente
- O receptor coloca a palma da mão para baixo, braço estendido e o polegar afastado do
indicador, e o transmissor executa um movimento de baixo para cima para a entrega do
testemunho.
- Se o transmissor correr com o testemunho na mão esquerda, o receptor coloca-se na zona
interior do corredor de corrida, e recebe com a mão direita.
- Se o transmissor correr com o testemunho na mão direita, o receptor coloca-se na zona
exterior do seu corredor de corrida, e recebe com a mão esquerda.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a
P 10 de 10

3 – Chegada
Após receber o testemunho, o último atleta corre para a linha de meta de forma idêntica à
corrida de velocidade.

Documento de apoio – Eduardo Ferreira, Lic.

Mod. 7-06/a

Você também pode gostar