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Documento de Apoio Atletismo – 2022/2023

ESCOLA E.B.2,3/S DE MONDIM DE BASTO

ANO LECTIVO 2022/2023

EDUCAÇÃO FÍSICA - CARLOS MACEDO

Prof. Carlos Macedo Pá gina 1


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INTRODUÇÃO

A Educação Física escolar, para conseguir alcançar os seus objectivos, utiliza meios
variados — os jogos, os jogos desportivos, a ginástica, o atletismo, entre outras actividades.
Todas elas são igualmente importantes e visam melhorar as tuas qualidades físicas e
corporais, emocionais e de carácter.
A Educação Física não pretende fazer de ti um campeão, mas pode dar uma grande ajuda.
E que para chegares a ser um grande atleta, igual àqueles que tanto admiras, deves, na tua
idade, desenvolver primeiro o teu corpo e o domínio dos movimentos.
Para o conseguires, necessitas de experimentar situações variadas, em que aprendas a
correr, saltar, agarrar e arremessar objectos, parar e arrancar, etc.
É este conjunto de habilidades que vais desenvolver nas actividades que vais realizar ao
longo do ano. Neste caso, desenvolverás as tuas qualidades no âmbito da modalidade de
Atletismo.
- O QUE É O ATLETISMO
O Atletismo é uma modalidade desportiva que engloba várias disciplinas, como corridas,
marcha, saltos, lançamentos e provas combinadas. O quadro seguinte apresenta diversas
provas — as que são exclusivamente masculinas são assinaladas com (M) e as exclusivamente
femininas com um (F); as outras são comuns a ambos os sexos.

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CORRIDAS

As provas de corrida podem realizar-se na pista, no campo e na estrada. Umas são de


distâncias longas ou médias, outras são de distâncias curtas. Podem ainda disputar-se em
percursos com obstáculos ou barreiras. Existem também as corridas de estafetas.
A principal prova de estrada é a maratona (42 195 m) que, no programa dos jogos
olímpicos, tem a particularidade de tanto a partida como a chegada serem efectuadas no
estádio. Na estrada realizam-se também com frequência provas de meio-fundo e fundo, com
destaque para as corridas de meia-maratona e estafetas. A corrida no campo ou corta-mato é
uma corrida que se distingue pela sua realização em percursos com piso de natureza variável.
As provas de corrida na pista podem ser de distâncias curtas (velocidade), médias (meio-
-fundo) ou longas (fundo).
Em todas elas a linha de chegada é comum. Todavia, o posicionamento da tinha de partida
varia em função da distância da corrida. Por exemplo, nos 200, 400 e 800 metros planos e nos
400 metros barreiras, os atletas partem de posições escalonadas, de acordo com o corredor
que ocupam. Se não fosse assim, o atleta do corredor 8 (exterior), ao chegar à meta, teria
percorrido uma distância superior ao concorrente do corredor 1 (junto à corda).

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CORRIDA DE RESISTÊNCIA AERÓBIA


É um tipo de corrida de longa duração (sempre superior a 15 minutos) e onde a energia
necessária para realização desse exercício provém principalmente do metabolismo oxidativo. A
melhoria da resistência aeróbia provoca os seguintes resultados nos atletas: aumento do
volume do coração; aumento do número de glóbulos vermelhos e da taxa de oxigênio
transportado pelo sangue; uma capilarização melhorada nos tecidos resultando numa melhor
difusão de oxigênio; aperfeiçoamento dos mecanismos fisiológicos de defesa orgânica;
redução da massa corporal; melhora da capacidade de absorção de oxigênio; redução da
freqüência cardíaca no repouso e no esforço; diminuição do tempo de recuperação. Para um
atleta suportar com sucesso uma corrida deste tipo deve:
- Manter o tronco direito;
- Cabeça levantada (abrindo as vias respiratórias);
- Manter o ritmo de corrida;
- Inspirar pelo nariz e expirar pela boca;
- Coordenar o movimento dos braços com o das pernas;
- Inspirar de 3 em 3 passadas;
- Correr relaxado;
- Apoiar o pé desde o calcanhar ate á ponta.

CORRIDAS DE VELOCIDADE
É uma corrida de curta distância realizada à velocidade máxima. O objectivo do corredor é
reagir rapidamente ao sinal de partida e percorrer, no menor tempo possível, a distância até à
meta. Tal como qualquer outra corrida, a corrida de velocidade é composta por três partes
distintas: a partida, a corrida propriamente dita e a chegada à meta.
Nesta disciplina, é muito importante ter em atenção o momento da partida. Nesta, devem
utilizar-se blocos de partida, que são aparelhos próprios para esta acção e que permitem uma
saída mais eficaz.
Técnica de partida
A partida é indicada com uma voz de comando (“aos seus lugares”, “prontos”) e um sinal
sonoro (som de apito ou tiro)

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Técnica de corrida

> Os joelhos bem elevados;


> Uma frequência de passada elevada;
> Uma amplitude de passada máxima;
> Oscilação forte dos braços;
> Apoios com a ponta do pé.

Chegada à meta
> Inclinar o tronco à frente, procurando cortar a meta com o peito;
> Não diminuir a velocidade da corrida.

CORRIDA DE BARREIRAS
A corrida de barreiras é também uma corrida de velocidade em que o corredor tem de
ultrapassar um conjunto de obstáculos em sucessão.
Nas provas de 100 (senhoras) e 110 metros (homens) existem 10 barreiras, espaçadas
entre si 8,5 e 9,14 metros, respectivamente. A altura das barreiras para os homens é de 1,07
metros e para as senhoras de 84 centímetros. Cada barreira tem um contrapeso na base para
evitar o seu fácil derrube.

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Fases da corrida de barreiras:


Partida (idêntica à da corrida de velocidade)
Aproximação à primeira barreira
• Corrida rápida;
• Alinhar o tronco;
• Olhar em frente;
Transposição da barreira
• Fazer a impulsão, para a frente, afastado da barreira;
• Apoiar o terço anterior do pé de impulsão;
• Elevar o membro inferior flectido para a frente (membro inferior de ataque) até que o
joelho fique à altura da bacia;
• Esticar rapidamente o membro inferior à frente;
• Após passar a barreira, procurar rapidamente o contacto com o solo;
• Na recepção, apoiar o terço anterior do pé;
• Os membros superiores auxiliam o movimento;
• Olhar em frente.
Corrida entre barreiras
• Correr mantendo a velocidade, o equilíbrio e um ritmo de três passadas entre as
barreiras.
Corrida após ultrapassar a última barreira
• Correr de forma idêntica ao final da corrida de velocidade.

TRIPLO SALTO

O triplo salto realiza-se numa zona própria, idêntica à do salto em comprimento, embora a
tábua de chamada deva estar a uma maior distância da caixa de areia, variável em função da
idade dos concorrentes.
Este salto compõe-se de uma corrida de balanço, de três impulsões sucessivas, em que as
duas primeiras são executadas sobre o mesmo pé, e da queda (contacto com o solo) na caixa
de areia. Estes saltos são diferentes na sua extensão e na altura atingida. O primeiro apresenta
uma trajectória rasante; o segundo é o mais pequeno dos três e o terceiro é aquele em que o

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impulso para a frente e para cima é máximo. Esta sequência, pelas suas características, é
normalmente designada por pé-coxinho (hop), passada (step) e salto (jump).

Corrida de balanço Hop - pé-coxinho Step - salto para o Jump - salto na


(1.° salto) outro pé (2° salto) passada (3.° salto)
• Fazer corrida de balanço • Elevar o joelho do • Flectir os membros • Semelhante ao voo do
(6 a 10 passadas), membro inferior livre para inferiores: o de impulsão salto em comprimento.
acelerando cima e para a frente; para trás e o outro para a
progressivamente até • Avançar o membro frente;
atingir a máxima inferior de impulsão, • Tronco alinhado;
velocidade; esticado, para fazer um • Fazer a recepção no solo
• Tronco direito; salto a pé coxinho (ou hop sobre o membro inferior
• Olhar em frente. — segunda impulsão); contrário ao da impulsão.
Impulsão (chamada) • Apoiar a planta do pé no Queda
solo;
• Apoiar fortemente o • Oscilação forte dos • A dois pés na caixa de
membro inferior de membros superiores e do salto, flectindo o tronco
impulsão na tábua de membro inferior livre para bem à frente.
chamada (esse membro ajudar o salto seguinte.
inferior fará os dois
primeiros saltos).
SALTO EM ALTURA (Fosburyflop)
O salto em altura tem como objectivo transpor a fasquia à maior altura possível, sem a
derrubar. Realiza-se num espaço próprio, a zona de concurso, que engloba uma área para a
corrida de balanço e uma zona de salto. Esta é constituída por dois postes, uma fasquia
transversal e por uma área de queda (colchão).
O salto em altura compõe-se de:
• Corrida de balanço;
• Chamada ou impulsão;
• Fase de voo e transposição da fasquia;
• Queda.
O salto em altura (Fosburyflop) deve ser executado respeitando as seguintes fases:
• Realizar corrida de balanço, com as últimas passadas em curva, com ligeira inclinação de
todo o corpo para o interior da mesma;
• Fazer a chamada com o pé mais afastado do colchão, Ligeiramente oblíquo à fasquia, a
seguir à passagem do primeiro poste, promovendo a extensão do membro inferior;
• Elevar energicamente o joelho da perna Livre, rodar o corpo para se colocar de costas
para a fasquia e iniciar a transposição com o membro superior do Lado da perna Livre;

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• Formar a posição em L, com a bacia mais alta que a linha dos ombros, enquanto os
calcanhares se aproximam das nádegas;
• Puxar os calcanhares logo que as coxas passam a fasquia e cair sobre os ombros no
colchão com joelhos e braços afastados.

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