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UNIDADE I

INTRODUÇÃO AO ATLETISMO: POR ONDE COMEÇAMOS NOSSOS ESTUDOS?

Como podemos pensar as origens do Atletismo? O atletismo não deve ser entendido de forma limitada,
como um esporte base para os demais. Apesar de existir há tantas centenas de séculos, cada uma de
suas modalidades hoje praticadas possui um conjunto de movimentos que podemos chamar, aqui, de
gestos técnicos, que trazem suas especificidades, com um sentido e um significado próprios da área.
Para além deste entendimento, a construção de movimentos e manifestações corporais pelo ser
humano, tais como correr, andar, saltar, arremessar e lançar, estão presentes em inúmeras atividades:
jogo, brincadeira, esporte, ginástica etc., porém, com sentidos e significados diferentes. Cabe a nós,
profissionais da área de Educação Física e Esportes, conhecer e entender tal processo constitutivo que,
aqui, é o nosso objeto de estudo.

O atletismo, tal como o conhecemos hoje, é o resultado de um processo de construção social e histórica
do indivíduo por meio da construção de sua existência, fazendo-se humano, relacionando-se com ele
mesmo, com os outros sujeitos e com o meio.

Com o passar do tempo, os espaços para a prática do atletismo foram construídos exclusivamente para
o esporte, observando-se as regras de cada modalidade e pensando na possibilidade de acontecerem
várias provas ao mesmo tempo, em um único lugar. Com o objetivo de conhecer a estrutura de uma pista
oficial de atletismo, a Figura 2 apresenta o esquema dos locais de prática. Uma pista de atletismo é
formada por competições em pista e campo, contudo, as corridas de velocidade, em qualquer uma das
distâncias, são realizadas na pista

Descrição da Imagem A imagem representa uma pista oficial de atletismo, com linhas pretas e
preenchimento em vermelho. As linhas que dão o formato oval à pista são as áreas para a corridas, com
o comprimento de 400 metros na raia interna mais próxima ao centro da figura que apresenta-se na
horizontal, a raia mais externa apresenta uma distância de 449 metros a ser percorrida pelo atleta, a
pista contém 8 raias, cada uma mede 1 metro e 22 centímetros de largura.

• Marcando externamente na parte superior a área da prova do salto com vara (medindo 55 metros de
comprimento e 1,25 de largura, nas duas extremidades temos uma área retangular de 6x7 metros, e em
uma delas há a escrita “vara”, que indica o ponto de saída da mesma).

• Na parte inferior, externamente, a área de salto em distância/triplo, e tendo em uma de suas


extremidades, o termo “chegada”. Mais abaixo

temos a delimitação d2 5 linhas retas no sentido horizontal em que marcam as distâncias 85,33m, 100m,
110m, 115m e 135m.

• Internamente à esquerda, centralizado, com parte da área atravessando as raias, temos, a área de
lançamento do dardo (comprimento de

36 metros, 4 metros de largura e lançamento com ângulo de 29º) e, acima martelo/disco (ambos com
ângulo de lançamento 34,92º), abaixo, lançamento de peso (ângulo de lançamento 34,92º)

• Internamente à direita, outra área para lançamento de dardo com as mesmas medidas, salto em altura (
25 metros de comprimento, no nível do solo um retângulo de 4x6 metros onde se posiciona o sarrafo e o
colchão para queda)

UNIDADE II

AS DIVERSAS FASES DAS CORRIDAS NO ATLETISMO

As corridas são consideradas atividades cinéticas cíclicas (movimentos repetidos sistematicamente).


Entretanto, deixam de ser cíclicas e simples quando associamos as corridas às barreiras, aos
obstáculos, às passagem de bastão nos revezamentos e, ainda, precedidas por saídas de blocos na
partida (nas corridas de velocidade).A mecânica de corrida é uma soma total da constituição corporal do
indivíduo: força, potência, mobilidade articular, coordenação e até mesmo a capacidade de relaxamento
muscular. Pode-se dizer que esta modalidade reflete a personalidade do indivíduo: cada um tem o seu
estilo, como se fosse uma impressão digital.

Quais são os tipos de velocidade que podemos distinguir?

Velocidade pura é aquela em que o atleta irá aplicar durante a prova o máximo de sua velocidade,
mostrando durante toda a prova sua capacidade de aceleração, manutenção e resistência de velocidade.
A velocidade prolongadaé a capacidade desenvolvida pelo atleta de manter resistentemente durante um
tempo prolongado a velocidade sem perder a capacidade física, muitas vezes deixando para os metros
finais da prova uma aceleração.

FASE 1 - Posição “aos seus lugares”Na posição “aos seus lugares”, o aluno tem de se colocar nos
blocos de partida e definir a posição inicial.

FASE 2 - Posição “prontos”Na posição de “prontos”, ele move-se colocando-se na posição ideal para a
partida.

FASE 3 - Partida Na fase da partida, o aluno abandona os blocos e realiza a primeira passada de corrida.
FASE 4 - AceleraçãoNa fase de aceleração, ele aumenta a velocidade e faz a transição para a corrida de
velocidade máxima.

Características técnicas

• O pé da frente deve ser rapidamente colocado no

terço anterior para a primeira passada de corrida.

• O aluno deve manter a inclinação do tronco à frente.

• A recuperação deve ser rápida, o pé não deve subir mais que o joelho.

• A amplitude e a frequência das passadas aumentam a cada passada.

• O tronco endireita-se gradualmente após 10-20 m de corrida.

Método para ensinar a sequência completa.

Passo 1 – Ensinar a posição nos blocos de partida.

Passo 2 – Ensinar a posição de prontos no bloco de partida.

Passo 3 – Correr 20-30 m com e sem voz de comando.

Passo 4 – Realizar a sequência completa unindo todas as fases:

• “Aos seus lugares”.

• “Prontos”.

• “Sinal auditivo de partida”.

• “Aceleração” – 20 a 30 m

CORRIDA SOBRE BARREIRAS

A técnica da corrida sobre barreiras é formada por três fases: impulsão,


transposição e recepção. Entretanto, um elemento-chave que deve ser
considerado é a velocidade (ou a corrida entre as barreiras). O objetivo
principal da transposição é minimizar o tempo de suspensão. Para que
isto ocorra de forma rápida, é necessário dominar a técnica, pois ela
permitirá ao atleta cumprir esse objetivo (LOHMANN, 2011)

.Fase 1: Impulsão

Objetivo: estabelecer uma trajetória ideal que minimize a altura da


passagem.Para que isto ocorra de forma tecnicamente adequada, é
necessário que:

• Mantenha-se na posição alta do tronco quando atacar a barreira.

• A impulsão deve ser feita mais para a frente do que para cima (correr para a barreira e não saltar). As
articulações do tornozelo e do joelho devem estar em extensão completa. A coxa da perna da frente
eleva-se rapidamente para a posição horizontal
Fase 2: Transposição

Objetivo: minimizar a perda de tempo na suspensão da transposição.

• Para isto, a impulsão é feita à frente da barreira pelo terço anterior do pé. Ela é feita a uma distância
proporcional à velocidade de corrida. Após a transposição, o aluno deverá abaixar rápida e ativamente a
perna que está à frente. A recepção deve ser ativa e feita pelo terço anterior do pé (não deve haver
contato do calcanhar com o solo durante a recepção).

Fase 3: Recepção Objetivo: transferir a passagem da barreira para a corrida.

• Nesta fase, a perna de apoio deve estar bem rígida. O apoio no solo é feito pelo terço anterior do pé
(1). O tronco não deve inclinar para trás no momento da recepção. A perna de trás mantém-se flexionada
até o contato com o solo da perna da frente, depois é puxada rápida e ativamente para a frente (2), o
contato com o solo é breve, e a primeira passada é agressiva.

O outro tipo de passagem de bastão é o descendente (alemão), o atleta entregador faz a passagem do
bastão com o movimento de cima para baixo, exigindo que haja um contato entre os dois atletas, isso
facilita o atraso, pois exige um tempo maior, podendo atrapalhar o resultado final do desempenho da
equipe, por esse motivo é uma forma de passagem em que o recebedor fica esperando a ação de quem
irá passar o bastão.

Características técnicas

• O corredor que entrega o bastão aproxima-se


em alta velocidade.

• O corredor que receberá o bastão deve colocar-


se na posição de partida (apoiado nos terços
anteriores dos pés

com os joelhos flexionados e inclinado para


frente).

• O atleta que receberá o bastão deve olhar para a


marca e partir quando o seu companheiro cruzar
essa marca.

Fase de aceleração

Objetivos: manter a velocidade máxima e dar, com precisão, a “voz de comando”, bem como encontrar a
velocidade ideal para a passagem.

Características técnicas

• A aceleração do corredor que recebe o bastão deve ser consistente.

• O corredor que entrega o bastão deve dar “voz de comando” para o companheiro que o receberá
quando estiver na distância exata para a entrega.

• O corredor que receberá o bastão estende o braço para trás (de acordo com a técnica utilizada), o
companheiro entrega-lhe o bastão.

As corridas são formadas por duas fases: apoio e suspensão (vôo), essas fases se alternam
sucessivamente, observe e compare-as, note que em uma prova de velocidade a fase de vôo é bem
mais prolongada com o objetivo de diminuir o atrito com o solo e ampliar a distância da passada, já na
prova de resistência a fase de vôo é menor porque seu objetivo é dividir em pequenas partes o esforço
que será prolongado durante toda a corrida.

Observação importante: todos os exercícios devem ser feitos de forma dinâmica e com deslocamento
linear.Carga: três repetições 20 - 30 min. com intervalo de 45s.Nas provas de corrida a distribuição dos
atletas nas raias é feita por Balizamentos, existem nas competições de atletismo vários tipos de
balizamentos.

• Balizamento Total: quando o atleta deve começar o trajeto de sua prova e ir até o seu fim na raia
distribuída a ele, não podendo abandoná-la em nenhum momento da corrida (prova de 100 e 200
metros);

• Balizamento Parcial: nele o atleta realizará o início do percurso da prova na raia que lhe foi designada
até uma determinada distância, podendo abandoná-la e realizar o restante do percurso na raia que se
sentir mais à vontade para fazê-lo (prova de 800 e 4X400 metros);

• Balizamento Livre: neste tipo de balizamento não existe a determinação de uma raia para cada atleta,
cada um é livre para encontrar um espaço na pista em que se sinta à vontade para realizar a corrida da
distância descrita pela prova (prova de 3000 com obstáculo e 5000 metros).Temos ainda a organização
dos atletas nas raias por Escalonamento, que consiste no posicionamento dos atletas dentro da pista,
dispostos um de frente para o outro, cada qual em sua raia nas provas com balizamento total (com
distância de 7,22 metros entre uma e outra raia), para contrabalançar as provas em que são realizados
trajetos com curvas. Percorrendo essa distância, os atletas que se deslocam por fora da pista na raia
externa, correrão à mesma distância dos demais atletas.A variação da velocidade tem sido muito
estudada, a capacidade da velocidade pode ser classificada em seis formas diferentes (Grosser, 1992):

• Velocidade de reação: é a capacidade de responder com uma ação no menor tempo frente a um
estímulo;

• Velocidade de movimento (ação): é a capacidade de realizar movimentos acíclicos (movimentos únicos)


com velocidade máxima, frente a resistências baixas;

• Velocidade freqüencial: é a capacidade de realizar movimentos cíclicos com velocidade máxima, frente
a resistências baixas;

• Força-velocidade (força-explosiva): é a capacidade de proporcionar o máximo impulso de

força possível, frente a uma resistência durante um tempo estabelecido, ou seja, uma força efetuada no
menor tempo possível, causada pela velocidade de contração da musculatura.

• Resistência de força-explosiva: é a capacidade de resistência frente à diminuição da velocidade


causada pelo cansaço, quando as velocidades de contração são máximas em movimentos acíclicos,
diante as resistências maiores;

• Resistência de velocidade máxima: é a capacidade de resistir frente à diminuição da velocidade


causada pelo cansaço, em caso de movimentos cíclicos de velocidades de contrações máximas.Devido
à importância desta capacidade para a prática esportiva, métodos e normativas de treinamentos para as
formas da velocidade são de relevância para análise e elaboração de programas de treinamento.

cada tipo de corrida serão necessários treinos específicos para aquele objetivo, tendo em vista que
existem uma diversidade no correr, cada prova será trabalhada em suas especificidades

UNIDADE III
OS SALTOS NO ATLETISMO

Os saltos, em geral, são divididos em quatro fases: corrida (antecede e prepara o salto), impulsão,
suspensão (fase aérea) e queda. Com algumas particularidades, o salto com vara tem algumas
adaptações para o uso do implemento (vara). Porém, no salto triplo, temos a mesma sequência feita por
três vezes consecutivas.

A fase de corrida: deve-se alcançar uma velocidade submáxima horizontal. Isto é, muito próximo da
velocidade máxima do saltador. No salto em altura, a velocidade horizontal tem importância menor no
resultado final. Uma ótima corrida para os saltos deve ser rápida, controlada, exata e consistente – e
deve preparar para uma impulsão potente.

A fase de impulsão: esta fase é determinante e fundamental para todos os saltos, pois define a altura
do centro de gravidade e a trajetória do corpo do saltador. Os objetivos, nessa fase, são:

• Certificar-se que o seu centro de gravidade esteja o mais alto possível no momento da impulsão.

• Maximizar a velocidade vertical à horizontal alcançada na corrida que precede o salto.

• Realizar impulsão no ângulo ideal para os saltos.Lembrando que todos estes pontos dependem da
prova que o saltador está realizando (em distância, em altura, triplo e com vara) e também da técnica
que ele utilizará em cada uma das provas. Para uma impulsão efetiva, o saltador deverá manter-se com
o centro de gravidade alto, o pé, no momento da impulsão, deverá ser rápido na batida, o joelho da
perna livre deverá manter-se alto, e as articulações do tornozelo, do joelho e do quadril deverão estar em
extensão completa (LOHMANN, 2011).

A fase de suspensão: nesta fase, para os saltos

horizontais (em distância e triplo), o saltador deverá evitar a redução da distância do tamanho do salto e
deve preparar-se para a queda. Nos saltos verticais (em altura e com vara), o saltador deverá evitar a
redução da altura do percurso para assegurar a boa transposição da barra. Já no salto com vara, ele
deverá aumentar o tempo de ascensão vertical, proporcionado pelo auxílio do instrumento.

A fase de queda: nesta fase, para os saltos horizontais, o saltador deverá minimizar a distância do
contato inicial dos pés com o solo. Já no salto triplo, cada queda de cada salto é utilizada como transição
para o salto seguinte. Nos saltos verticais, a queda deverá ser utilizada de forma segura para evitar
lesões.Temos quatro modalidades de salto: salto em distância, salto triplo, salto em altura e salto com
vara.

lizar o salto completo, conectando todas as fases: corrida, impulsão, suspensão e queda. Corrigir a
corrida e a marca quando necessário.
Exercícios técnico-pedagógicos para o processo de ensino-aprendizagem

Exercício 1 – Aprendendo a correr para o salto

Objetivo: aprender a correr em curva.

• Correr fazendo curvas (slalon).

• Correr em formato de “8”.

• Correr rapidamente e com controle.

• Aumentar a velocidade na entrada da curva.

• Fazer corrida elevando os joelhos de forma ativa e rápida.

Exercício 2 – Corrida em curva com impulsão no final

Objetivo: aprender a transferir a velocidade horizontal para a fase de impulso sem perda de velocidade.

• A partir de um ponto, correr em linha reta e marcar uma curva no final.

• Correr de quatro a seis passos.

• Aumentar a velocidade e a frequência dos passos.

• No final da curva, simular um salto hop.

• Usar alvos variados para se orientar.

Exercício 3 – Saltos estilo tesoura

Objetivo: aprender a fazer a impulsão vertical.

• Correr em reta ou em curva.

• O pé deve ser colocado na direção da corrida para fazer a impulsão.

• Aumentar progressivamente a altura da barra.

• Na queda, o saltador deverá cair em apoio com o pé contrário ao de impulso.

• Nota: este estilo de salto poderá ser realizado em locais que não tenham colchões para a queda.
Poderão ser utilizadas a grama ou a areia

Exercício 5 – Transposição com corrida usando joelhos altos

Objetivo: aprender a correr no ritmo para saltar.

• Marcar uma distância em reta e em curva de cinco a sete passos.

• Correr com frequência de passo elevada.

• Correr com elevação alta dos joelhos.

• Não abaixar o quadril na preparação para a impulsão.


Exercício 6 – Sequência completa do salto

Objetivo: realizar o movimento completo do salto.

• Fazer uma marca com reta e curva a partir de um ponto.

• Correr com uma corrida curta de quatro a seis passos.

• Aumentar progressivamente o tamanho da corrida e a velocidade

Grupos de exercícios de saltos com impulsão, caindo na perna contrária (step)

• Salto na perna esquerda e/ou direita, caindo na contrária, elevando o joelho da perna após corrida de
5-6 m.

• Salto na perna esquerda e/ou direita, caindo na contrária, elevando o joelho da perna após corrida
rápida.

• Salto na perna esquerda e/ou direita, caindo na contrária, elevando o joelho da perna na rampa
(subida).

• Cinco a dez saltos alternados em sequência, saltar o mais longo possível.

• Cinco a dez saltos alternados em sequência, saltar o mais longo possível na maior velocidade.

Observação: salto realizado com impulsão na perna esquerda e queda na perna direita. O joelho da
perna livre(1) deverá manter-se na horizontal na fase de maior altura do salto. A perna livre deverá se
estender antes de tocar no colo e ser puxada para trás em um movimento rápido

UNIDADE IV

LANÇAMENTOS E ARREMESSOS

O arremesso pode ser considerado todo o movimento que se inicia com os membros flexionados e que,
ao final, chegam à extensão. Já o lançamento pode designar o movimento que começa com os membros
do implemento em extensão e termina em flexão.Conheceremos os nomes das modalidades dos
lançamentos: arremesso do peso, lançamentos do disco, do dardo e do martelo. Eles possuem uma
série de situações características deste grupo de modalidade. Você perceberá que as características dos
engenhos utilizados são diferentes umas das outras

– o tamanho, o peso e os locais onde são praticados incluem-se nestas diferenças –. As técnicas ditadas
pelas regras influenciam toda a sequência de movimentos, que são únicos. Contudo existem vários
pontos em comum entre todos os lançamentos, o que os tornam mais compreensíveis sob o ponto de
vista mecânico dos movimentos.O principal objetivo dos lançamentos é maximizar a distância percorrida
pelos engenhos

Os movimentos dos lançamentos são divididos em quatro fases, conforme Fernandes (1978), e são
comuns a todos:

a. Preparação.

b. Construção do movimento.

c. Lançamento.d. Recuperação.

ARREMESSO DE PESO

O Arremesso de Peso é uma das provas do Atletismo com uso de implemento e por esse motivo faz-se
necessário que aprendamos o manejo, ou seja, o uso correto desse implemento e as fases desde o
início até o fim do arremesso.

O objetivo dessa técnica é segurar o peso com firmeza, cujo peso fica apoiado nos dedos e nas bases
destes. Os dedos devem ficar paralelos e ligeiramente afastados. O peso estará encostado no pescoço,
por baixo do maxilar, e o polegar, na traqueia. O cotovelo deverá se posicionar em um ângulo de 45° em
relação ao corpo.

LANÇAMENTO DO DISCO

Características técnicas: as costas devem ficar posicionadas na direção do lançamento. As pernas


deverão ficar afastadas na largura dos ombros, e os joelhos, ligeiramente flexionados. O peso do corpo
deve ser equilibrado no terço anterior dos pés ou na região plantar. O disco precisa ser balançado para
trás, e o calcanhar esquerdo deverá ser elevado. O tronco gira durante o balanço, e os braços
necessitam ser mantidos à altura dos ombros
LANÇAMENTO DO DARDO

O lançamento do dardo é a prova atlética de conotação mais direta com o dia a dia dos tempos antigos:
a sua prática servia para caçar ou guerrear.

Antes de iniciar o lançamento, todos devem entender e praticar a pega ou a empunhadura, pois, assim
como nos demais lançamentos, existem formas de segurar o dardo. Para lançar, há três formas de
segurar.

• O dardo é apoiado na mão em diagonal, o polegar e o indicador o seguram (1).

• O polegar e o dedo médio seguram o dardo (2).

• O indicador e o dedo médio seguram o dardo (3).

• A palma da mão é virada para cima.

• A empunhadura do dardo deve ser feita de forma descontraída.

LANÇAMENTO DO MARTELO

O lançamento do martelo necessita de muito espaço e é considerada a prova do atletismo que exige
ainda mais atenção quanto às normas de segurança. É muito improvável que seja possível realizá-la
sem as devidas áreas adequadas para a sua execução.

O lançamento do martelo é formado por fases, tal qual em todos os lançamentos. A técnica do martelo é
formada pelas fases: molinetes, voltas e lançamento. As voltas são em número de três (IAAF, 2009

Fase do lançamento: o objetivo é transferir a


velocidade dos molinetes para o lançamento do
martelo

Você ainda deverá observar os pontos de maior


importância durante o aprendizado:

• Alcançar a velocidade média alta na fase de


construção dos movimentos.

• Executar uma velocidade progressiva na execução do movimento a partir da posição de força e durante
a fase

de lançamento.

• Cobrar a correta posição de força de cada lançamento.

• Executar ações sucessivas de todas as articulações, transferindo o máximo de velocidade para o


implemento.

• Estender completamente o corpo antes de soltar o implemento na fase de lançamento.

• Utilizar grande variedade de exercícios, engenhos, situações e lançamentos

UNIDADE V

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ATLETISMO

O atletismo é um dos esportes que começou a fazer uso da tecnologia, a qual se desenvolveu
fortemente com a era digital, colaborando muito com os profissionais que trabalham no treinamento de
alto rendimento, por exemplo. Mas o custo do investimento em tais equipamentos tecnológicos, muitas
vezes, torna-se empecilho para a sua aquisição, limitando o seu uso somente às grandes potências do
esporte.

DESAFIOS DO ENSINO DO ATLETISMO

O atletismo, por ser um esporte preferencialmente individual (com exceção da prova de revezamento),
tem um fator pessoal importante, pois contribui para a valorização pessoal e individual do esforço, ou
seja, para vencer os limites do dia a dia, o seu maior concorrente é você mesmo. Esportes individuais,
como é o caso do atletismo, atuam no desenvolvimento da personalidade, por exigir uma melhor
preparação psicológica para sua prática MORENO, et al., 2007)

ATLETISMO NO CAMPO DA LICENCIATURA E DO BACHARELADO

O atletismo é visto pelos alunos, muitas vezes, como esporte pouco atrativo e “sem graça”. Tal fato, por
vezes, desmotiva professores, que não veem no ensino do atletismo um desafio e também não
vislumbram um conteúdo capaz de ser ensinado num contexto escolar, onde há dificuldades para incluir
esse conteúdo em seus planos de aula (MIRANDA, 2012, p. 177)

TEMAS TRANSVERSAIS NO ATLETISMO: TECNOLOGIA, DOPING E ESPORTE PARALÍMPICO

Tecnologia

O uso da tecnologia vem acompanhando o desenvolvimento do esporte de alto rendimento com o


objetivo de cada vez mais colocar os atletas em melhores condições de competição, seja durante o
treino, seja no momento da competição.

Doping

O uso de substâncias químicas para obter melhor rendimento dos atletas é uma prática muito usada,
apesar de ser proibida pela legislação esportiva. Embora os atletas saibam desta restrição, muitos deles
julgam ser benéfico e decidem correr o risco de usar as substâncias e serem flagrados num exame
antidoping. Além disso, como mostram as pesquisas, mesmo as indicações mostrando os problemas
graves e os efeitos colaterais danosos em longo prazo associados ao uso dessas substâncias, muitos
atletas pensam que o resultado glorioso momentâneo vale a pena (DRUMOND, 2011).

Esporte paralímpico

O esporte paralímpico, é de fato um dos eventos esportivos mais emocionantes da atualidade. As


Paralimpíadas teve origem de uma ação muito nobre do médico Ludwig Guttmann, que ao cuidar dos
soldados sobreviventes da segunda guerra mundial, notou no esporte adaptado uma forma de
reabilitação. O objetivo de Guttmann era a reinserção desses soldados na sociedade, como membros
respeitáveis e produtivos.

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