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ATLETISMO

Prof. Douglas Flesch Cygainski


2010

Esportes Coletivos – Douglas Flesch Cygainski 1


ATLETISMO

Corridas
Conceito: É uma sucessão de saltos com progressão horizontal. Possui uma fase aérea maior
ou menor dependendo da velocidade de progressão. Os sucessivos impulsos fazem com que
qualquer elemento ao progredir horizontalmente observe seu contato com o solo, ou seja,
quanto maior a velocidade menor será o contato do calcanhar com o solo. Partindo da
posição estática, com pés unidos poderemos avaliar toda a performance técnica de um
indivíduo.

Ao caminhar observamos que em primeiro lugar realizamos o deslocamento do


centro de gravidade provocado por vários grupos musculares. Este sistema provoca
sucessivos apoios dos pés sobre o solo de maneira alternada, porém em nenhum momento
ocorre a perdaa do contato com o mesmo.

O ciclo de deslocamento na caminhada é realizado por calcanhar, planta do pé e


ponta dos pés. A medida em que se aumenta a velocidade desta caminhada aumenta-se
aumenta
também o ciclo de contatos com o solo. Quanto mais rápida a caminhada
caminhad mais rapidamente
se passará à fase da corrida. A acentuada posição do calcanhar, na caminhada, passa na
corrida lenta a ter menor projeção.

Ao realizarmos uma corrida lenta ocorre o contato de todo o pé com o solo (pé
chapado). À medida que aumentamos a velocidade desta corrida perdemos gradativamente
o contato do calcanhar com o solo. O ciclo da fase aérea entra em ação, provocado pela
série de impulsos gerados pela ponta do pé.

Nas provas de velocidade, por exemplo, a utilização da ponta dos pés é grande.
gra A
freqüência das passadas deverá ser intensa.

Ângulo do Corpo: O ângulo em que o corpo se coloca durante a


corrida é uma característica natural porque à medida que o
corredor acelera a passada, corpo começa a se inclinar à frente, em
uma tomada natural de equilíbrio. Para encontrar o ponto ideal da
inclinação do corpo, deve--se mantê-lo no conjunto em uma linha
reta, formada pela que está atrás (perna de apoio posterior), o
tronco e a cabeça. Na maioria dos casos, isso ocorre quando os
olhos enfocam um ponto a certa distância na pista, o que coloca a
cabeça posicionada corretamente, fazendo com que o corpo
adquira automaticamente o ângulo desejado.

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Movimento dos Braços:: Os braços devem movimentar-se se lateralmente em relação ao
tronco. Sua ação consiste em balanceamento rítmico, partindo da articulação do ombro e
flexionando-se
se em um ângulo de mais ou menos 90º. A ação dos braços é de muita
importância, a ponto de alguns corredores declararem, em certas situações (falta de
condições ideais nas pernas), que finalizaram determinadas provas correndo com os
braços.Durante a movimentação
vimentação dos braços, as mãos devem estar totalmente descontraídas
e voltadas para baixo.Os braços são os maiores equilibradores do corpo e também
responsáveis pela coordenação.

Colocação dos Pés: A colocação do pé no solo, ao realizar os apoios nas passadas, depende
muito do estilo próprio do corredor. Nas corridas de meio-fundo,
meio fundo, por exemplo, o pé deverá
apoiar-se
se primeiramente sobre o metatarso. (a) Já nas provas mais longas coloca-se
coloca primeiro
a parte anterior do pé e depois a parte lateral externa (b), sendo que o calcanhar aproxima-
aproxima
se mais do solo em comparação com as corridas de velocidade, onde o calcanhar fica mais
elevado (predomina a ponta do pé), (c), porque a inclinação do corpo é mais acentuada para
aumentar o impulso de deslocamento.
Em todos
dos os casos, os pés devem ser colocados paralelamente um ao outro, apontados para
frente.

Pernas Ao realizar a passada, o pé responsável pelo apoio posterior só


Movimentação das Pernas:
deixa o solo após a extensão total da perna. Nas provas mais longas, as pernas
pe executam um
movimento pendular, com elevação não muito acentuada do calcanhar da perna de trás. Já
nas provas de velocidade o movimento é circular, havendo uma flexão mais acentuada da
perna traseira que provoca uma aproximação maior do calcanhar junto
junt à parte posterior da
coxa e, conseqüentemente, faz com que o joelho se eleve mais para cima e para frente, no
momento em que essa perna vai à frente para realizar o apoio seguinte.

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Análise das Provas

100 m rasos
A largada é realizada no início da reta principal de uma pista de atletismo. Cada atleta
ocupa uma raia, no qual lhe coube através de sorteio. O atleta deverá percorrer os 100m
em sua raia. Será desclassificado se percorrer os 100m na raia que não lhe pertence, quer
seja na direita ou esquerda. Em provas oficiais, todos os atletas devem sair em blocos de
partida.

200 m rasos
A largada é realizada no início da 2a curva, ou seja, na metade de uma pista oficial. Como
nos 100m rasos, cada atleta deverá ocupar uma raia, portanto com diferente
escalonamento. O atleta que correr na raia 1 será seu ponto de partida exatamente nos 200
metros. O atleta da raia 2 deverá largar um pouco mais à frente que o atleta da raia 1. O
atleta da raia 3 à frente da raia 2, assim por diante. Pois é preciso haver uma compensação,
isto é, todos deverão correr exatamente 200 metros. Os atletas deverão permanecer em
sua respectiva raia até o fim da prova, sob pena de desclassificação.

400 m rasos
a
A largada é realizada no início da 1 curva. Com os mesmos princípios dos 200 metros rasos,
os atletas deverão sair escalonados, para que todos percorram 400 metros em sua
respectiva raia, até o fim da prova. Não poderá haver invasão da raia adversária.

800 m rasos
Dependendo do número de participantes, deveremos ou não realizar a prova com
escalonamento. Se o número de atletas for pequeno, poderemos ter uma prova com
largada em pista livre, isto é, todos os atletas atrás de uma linha curva estabelecida pela
direção da prova. Para isto, os atletas não precisarão ocupar raias determinadas. A chegada
também será livre, não obedecendo raia alguma. Se a prova for realizada com
escalonamento, os atletas deverão sair cada um em sua raia, percorrendo, para tal,
somente os primeiros 100 metros da prova dentro da mesma, podendo, logo após, utilizar-
se da pista livre. Logicamente, o escalonamento será feito de maneira que cada atleta
percorra os 800 metros em igualdade com os demais concorrentes. A largada é realizada
sem os blocos de partida. O motivo de escalonamento é em virtude de evitar-se o choque
de atletas em início de uma curva.

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1.500 m rasos
A largada é feita em pista livre (linha curva). Não há escalonamento. A saída é no fim da 1a
reta, atrás de uma linha curva estabelecida pela direção da prova. Em pista de 400 metros
serão 300 metros mais 3 voltas completas.

5.000 m rasos
Critério idêntico aos 1.500 metros rasos. Largada no fim da 1a reta início da 2a curva.
Mesmo local dos 2.000 metros rasos. A largada será atrás de uma linha curva determinada
pela direção da prova. São realizados 200 metros, mais 12 voltas completas.

10.000 m rasos
São 25 voltas completas. A largada é dada no mesmo local dos 800 metrosm rasos, sem
escalonamento, atrás de uma linha curva estabelecida pela direção da prova. Pista livre.

Corrida com Obstáculos: As distâncias padrão serão 2.000 m e 3.000 m. Haverá 28 saltos
sobre obstáculos e 7 sobre o fosso de água na prova de 3.000 m e 18 saltos sobre obstáculos
e 5 sobre o fosso de água na prova de 2.000 m. Na prova de 3.000 m haverá 5 saltos por
volta completa, sendo a passagem do fosso o quarto dos mesmos. Os obstáculos estarão
distribuídos de forma regular, quer dizer, a distância
distância entre elas será aproximadamente a
quinta parte do comprimento normal de uma volta (80m). Na corrida de 3.000 m com
obstáculos, a distância da saída ao começo da primeira volta não deve incluir nenhum salto,
devendo ser removidos os obstáculos até que os competidores tenham iniciado a primeira
volta. Os obstáculos devem ter 0,914 m de altura e pelo menos 3,96 m de largura. Para as
provas femininas, os obstáculos terão 0,762 m de altura e 3,96 m de largura.

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Corrida com Barreiras: A corrida com barreiras consiste em cobrir um determinado
percurso, passando sobre barreiras colocadas na pista. A característica principal do
barreirista é a velocidade completada pela perfeita transposição das barreiras. Outra
qualidade importante é a flexibilidade dos quadris, o que permitirá maior facilidade na
ultrapassagem das barreiras.
Para facilitar o estudo da técnica da corrida, podemos dividir a corrida nas seguintes fases:

a) Partida
A corrida com barreira exige grande velocidade. A partida usada será a baixa (com blocos de
partida). Os autênticos barreiristas devem trabalhar a distância até a primeira barreira tão a
fundo que possam passa-la de olhos vendados, se necessário. No momento do tiro, deve
colocar-se em posição normal mais rapidamente que o velocista. O tronco deve estar na
posição mais ereta aos 8 ou 10 metros da saída. Nos 110 metros com barreiras, da partida
até atingir a primeira barreira serão dadas 7 ou 8 passadas.

Cada atleta tem mais facilidade em elevar, em primeiro lugar, determinada perna, para
ultrapassar a barreira. Chamamos esta perna que se eleva primeiro de “perna de
abordagem”, e a outra de “perna de impulsão”. O ideal é sete passadas até o momento para
elevar a perna de abordagem. Muitas vezes a posição dos blocos de partida não permite que
o atleta atinja a primeira barreira com a perna que tem mais facilidade para aborda-la. Nesse
caso, é mais aconselhável que se mude a posição das pernas nos blocos de partida do que
mudar a perna de abordagem.

b) Abordagem
Quando o atleta não tem idéia de qual é sua perna de abordagem e visamos prepará-lo para
uma corrida de 400m (em que há passagem nas curvas), devemos treiná-lo para que faça a
abordagem com a perna esquerda, pois nas curvas o corpo estará inclinado para a esquerda,
e a perna direita, que passa flexionada sobre a barreira, irá faz-lo com mais facilidade. A
perna de abordagem, no entanto, deverá sempre ser a que o atleta tiver mais facilidade de
elevar em primeiro lugar para ultrapassar a barreira.

O atleta deve procurar dar a impulsão sempre de uma mesma distância da barreira. Esta
varia para cada atleta, mas podemos dizer que uma distância média de 2 metros é a
recomendável. A perna de abordagem deve elevar-se semiflexionada, com a ponta do pé
para cima.

Principais Erros
a) Elevar a perna descrevendo um arco lateral, ocasionando desequilíbrio e perda da
velocidade.
b) Elevação da perna totalmente estendida, com o pé em extensão, pois isto resultará num
choque violento, quando o pé tocar o solo.

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c) A perna de impulsão só deixará o solo depois de totalmente estendida. Isto evita que o
atleta de um salto, ocasionando perda de velocidade. A barreira deve ser passada e não
saltada.

c) Passagem sobre a barreira


A perna de abordagem deve iniciar o movimento descendente a uns vinte centímetros antes
da barreira, somente assim o pé de abordagem poderá apoiar-se no solo próximo à barreira,
permitindo que o centro de gravidade do atleta fique à frente desse pé, o que possibilitará a
corrida sem perda da velocidade. A parte inferior da coxa da perna de abordagem deverá
passar o mais próximo possível da barreira.

A perna de impulsão, após deixar o solo, deverá ser flexionada. Depois de passar
sobre a barreira, a perna de impulsão deverá ser puxada rapidamente para frente até o pé
tocar o solo.

O tronco deverá ser flexionado para passar sobre a barreira. Isto por dois motivos:
a) imprimir maior velocidade ao corpo durante a passagem e
b) facilitar a passagem da perna de impulsão, pois o tronco flexionado, a perna se eleva
com mais facilidade.

d) Apoio após a passagem


O pé da perna de abordagem deverá tocar o solo próximo à barreira, após a sua
ultrapassagem. Essa distância é de aproximadamente 1,50m. O pé deve tocar o solo pela
planta, perna semiflexionada e o centro de gravidade deverá estar à frente do pé da perna
de abordagem.
Após o apoio no solo, o braço não deverá ser puxado rapidamente para trás, a fim de
não desequilibrar o atleta, deverá continuar no movimento natural de corrida.

e) Corrida entre as barreiras


A corrida entre as barreiras deve ser feita com passadas largas, porém não exageradas, para
não ocorrer a perda do equilíbrio.

Nas corridas de 100 e 100m deverão ser dadas três passadas entre as barreiras, e nas
corridas de 400m, quinze. O movimento de braços é normal, igual o das corridas de
velocidade, sendo aconselhável amplia-lo um pouco mais.

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f) Corrida final:
A primeira passada após a última barreira deve ser executada como foi para as anteriores.
Depois disso, o atleta reunirá todas as forças a fim de passar pela linha de chegada, com o
máximo de velocidade possível.

110 m com barreiras (prova masculina)


Consiste em passar sobre 10 barreiras dispostas em cada raia ao longo de 110 m. As
barreiras devem ter 1,067 m de altura.A distância da linha de saída até a primeira barreira
será de 13,72 m, a distância entre as barreiras será de 9,14 m e a distância da última
barreira à linha de chegada será de 14,02 m.

100 m com barreiras (prova feminina)


Consiste em passar sobre 10 barreiras dispostas em cada raia ao longo de 100 m. As
barreiras devem ter 0,838 m de altura. A distância da linha de saída até a primeira barreira
será de 13 m, a distância entre as barreiras será de 9,5 m e a distância da última barreira à
linha de chegada será de 10,5m.

400 m com barreiras (prova masculina e feminina)


Consiste em passar 10 barreiras dispostas em cada raia ao longo de 400 m. As barreiras
devem ter 0,914 m de altura (masculino) e 0,762 m de altura (feminino). Para ambas as
provas, a distância da linha de saída à primeira barreira será de 45 m. A distância entre as
barreiras será de 35 m e a distância da última barreira à linha de chegada será de 40 m.

Nas provas com barreiras se um competidor passar seu pé ou perna abaixo do plano
horizontal da parte superior de alguma barreira, no momento da passagem, ou ultrapassar
uma barreira fora de sua raia, ou se na opinião do Árbitro Geral derruba-a deliberadamente
com o pé ou mão será desclassificado.

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Revezamentos
Revezamento 4x100m: A largada é dada no mesmo local dos 400 m rasos. Cada equipe
possui 4 atletas, dispostos nos 4 pontos distantes da posta. O 1º atleta de cada equipe,
colocando no local de largada, em bloco de partida, com um bastão numa das mãos. Ao tiro
de largada deverá correr e entregar ao 2º atleta de sua equipe (entrega somente dentro da
zona de passagem). O 2º atleta de posse do bastão entregará ao 3º de sua equipe e este ao
4º último atleta da equipe. A zona de passagem do bastão tem 20 metros, sendo
desclassificada a equipe que realizar uma passagem de bastão fora da zona. Não deverá
haver invasão de raia por qualquer equipe, e nem prejudicar equipes adversárias durante a
passagem de bastão.

A corrida de revezamento consiste em percorrer uma certa distância por etapas,


sendo cada etapa percorrida por um corredor. Cada equipe é composta por quatro
corredores, sendo que cada um deles percorre uma distância semelhante (100 ou 400
metros), conduzindo um bastão. Esse bastão é conduzido de mão em mão entre todos os
componentes da equipe. Daí a denominação de corrida de revezamento, devido a troca
realizada entre os corredores, a qual é feita dentro da zona de passagem, constituída de um
espaço de 20m situado dentro da raia.

No caso do revezamento 4x100m, em que cada corredor corre a distância de 100m, a


zona de passagem é marcada 10m antes e 10m depois de cada 100m que constituem cada
uma das etapas da prova. Portanto, a primeira zona tem seu início aos 90m e o final nos
110m. A segunda se inicia ao 190m e finaliza nos 210m e a terceira com início nos 290m e
final nos 310m, formando, desta maneira, o conjunto de três zonas de passagem, sendo que
o quarto corredor da equipe apenas recebe o bastão e o conduz até o final.

Como é necessário que as trocas sejam efetuadas em velocidade (4x100), existe um


espaço de 10m antes do início da zona de passagem, denominado zona opcional, onde o
corredor que recebe o bastão se coloca em posição de espera do companheiro que traz o
bastão.

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Essa zona tem por objetivo permitir ao corretor receptor do bastão iniciar
i a sua
corrida com antecedência, a fim de entrar na zona de passagem em alta velocidade, para
igualar à velocidade do companheiro que está chegando.

Antes da zona opcional (10 a 15 pés), faz-se


faz se uma marca na pista, que serve como
ponto de partida paraa o receptor do bastão iniciar sua corrida e não olha mais para trás,
porque, a partir desse instante, toda a ação realizada pelos dois corredores é automática,
obtida através de treinamento, até que o bastão seja passado de um corredor para outro.
O corredor
dor que vai receber o bastão deve se colocar no começo da zona opcional, numa
posição favorável para executar sua ação. Para isso, existem duas maneiras de
posicionamento:

a) Saída alta:
O corredor se coloca em pé, ligeiramente
inclinado para frente, com as a pernas
afastadas, tendo o peso do corpo sobre a
perna da frente. A cabeça deve estar
voltada para trás, com o olhar dirigido ao
companheiro que vem ao seu encontro.

b) Saída Semi-agachada:
É a posição de espera em que o corredor,
postado no início da zonaona opcional, se
coloca na posição de três apoios, com as
pernas em afastamento e a mão contrária
ao pé da frente apoiada no chão. O olhar
deve estar voltado para trás, do lado
oposto à mão que está apoiada,
observando o companheiro que se
aproxima. O braçoo livre é colocado atrás,
em posição normal de corrida.

Passagem não visual ou às cegas: A passagem não visual é empregada nos revezamentos de
velocidade intensa (4x100), e (4x200) e nela o receptor, após iniciar a corrida, não olha para
o bastão, a fim de não perder velocidade com o movimento de cabeça, sendo assim, a maior
responsabilidade da passagem está com o entregador.

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Passagem visual: A passagem visual é empregada nos revezamentos de 4x400m e maiores,
em virtude de o atleta que vai entregar o bastão
bastão já vir cansado e ter o recebedor de olhar o
entregador e arrancar o bastão de sua mão. Nesse caso, a maior responsabilidade da
passagem está com o receptor, pois este se encontra descansado, ao passo que o
entregador chegará esgotado.

Tipos ou Estilos
los da Passagem do Bastão

a) Francês ou Descendente
Neste estilo o corredor que vai receber o bastão, ao ouvir o sinal do companheiro que está
de posse do bastão, estende para trás um dos braços, previamente determinado, colocando
a palma da mão voltada para para cima e com os dedos unidos, à exceção do polegar, que se
afasta dos demais, colocando-se
colocando se em posição de recepção. Nesse momento, o corredor que
conduz o bastão coloca-o, o, através de um movimento de cima para baixo, e pela extremidade
livre do mesmo, na mão o do receptor, que o agarra rapidamente, coloca o braço em posição
de corrida, dando prosseguimento à corrida. A vantagem deste estilo está no fato de que a
maneira como o bastão é colocado sobre a mão do companheiro possibilita um espaço livre
maior, o quee facilita a entrega seguinte.

b) Alemão ou Ascendente:
Para receber o bastão, o corredor coloca o braço de ação semiflexionado para trás, com a
palma da mão voltada para o companheiro que se aproxima, tendo os dedos unidos, com
exceção do polegar, que deve estar voltado para baixo, em direção ao solo. Dessa forma, o
bastão é colocado em sua mão através de um movimento de baixo para cima, executado
pelo companheiro que faz a passagem. Daí a denominação de passagem ascendente, devido
à trajetória de elevação
levação do bastão para ser colocado na mão do corredor receptor.

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O inconveniente deste estilo reside no perigo de o bastão cair da mão, uma vez que a
mão receptora deve se unir ou ficar muito próxima à mão do companheiro que faz a
entrega, a fim de não faltar espaço no bastão nas passagens seguintes, isto é, a metade
anterior do bastão precisa ficar livre.

Métodos para o Desenvolvimento do Revezamento

Além dos estilos e tipos de passagem do bastão, um outro procedimento a ser


levado em consideração, visando o melhor rendimento na corrida, diz respeito aos métodos
empregados para o desenvolvimento de todo o conjunto dos revezamentos a serem
efetuados no transcorrer da prova.

Esses métodos, que completam o mecanismo das corridas de revezamento, dizem


respeito à maneira pela qual o bastão deve ser conduzido durante a trajetória da corrida, ou
seja, a mão na qual o bastão deve ser transportado. Para isso, são utilizados dois métodos, o
uniforme e o alternado.

a) Método Uniforme
Caracterizado pela troca de mãos, porque o corredor recebe o bastão em uma das mãos e
imediatamente passa-o para a outra. Ex.: o primeiro corredor parte com o bastão na mão
direita e entrega-o ao segundo em sua mão esquerda; este, imediatamente, troca o bastão
de mão, passando-o à direita, para prosseguir a corrida; e assim sucessivamente, de forma
que os quatro corredores realizam suas etapas da corrida conduzindo o bastão na mão
direita, realizando, portanto, uma ação uniforme.

Considerando que existe uma pequena perda de tempo e uma ligeira influência
negativa na ação da corrida, esse método já não é o mais indicado.

b) Método Alternado
Neste método não existe a troca de mãos; o bastão é transportado na mesma mão que o
recebeu e, por este motivo, torna-se necessário adotar algumas medidas para a disposição
de cada um dos componentes da equipe dentro da pista.

Assim, o corredor que transporta o bastão na mão direita corre pelo lado interno da
sua baliza e o que recebe já está postado no lado externo da baliza, por onde fará a sua
corrida, uma vez que o bastão será depositado em sua mão esquerda.

No conjunto todo, pela ordem, o primeiro corredor leva e passa o bastão com a sua
mão direita, correndo pelo lado interno da pista; o segundo corredor recebe, leva e passa o
bastão com sua mão esquerda, correndo pelo lado externo da baliza; o terceiro recebe,

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transporta e passa o bastão com a sua mão direita, correndo pelo lado interno e, finalmente,
o quarto e último componente da equipe recebe o bastão em sua mão esquerda e o
mantém na mesma durante toda a corrida, até ultrapassar a linha de chegada, fechando,
assim, o revezamento.

Disso se conclui que os revezamentos foram realizados alternadamente – direita,


esquerda, direita, esquerda, razão pela qual esse método se denomina alternado.

Disposição dos Corredores na Pista

Para a seleção dos elementos, que deverão formar uma única unidade, em que cada
um dos atletas integrante deve estar totalmente adequado a sua função, levamos em
consideração as características individuais de cada um, nas quais se observa o seguinte:
Não há um princípio fixo que determine a disposição dos corredores na pista para o
revezamento para sabermos qual será colocado em 1o lugar ou em último, teremos que
considerar uma série de fatores, a saber:

a) Quais os homens mais velozes: normalmente, os dois mais velozes são colocados em 1o
e 4o lugares, sendo o 4o (último), o mais veloz deles, para fazer a chegada.

b) Qual o homem que tem partida mais rápida – deverá ser colocado em 1o lugar, pois o
primeiro da equipe é o único que emprega a partida baixa.

c) Qual o melhor finalista – naturalmente será colocado na última posição (4o).

d) Qual o mais combativo – normalmente, é colocado na 3a posição, a fim de recuperar


terreno porventura perdido pelos 1o e 2o corredores.

e) Quais as duplas que melhor se entendem deveremos distribuir os homens de maneira


que os que melhor se entendam façam a passagem de um para o outro.

f) Quais os homens mais hábeis na passagem – esses deverão ser colocados na 2a e 3a


posições, pois são eles que fazem recebimento e passagem do bastão, ao passo que o 1o
só faz entrega e o último só faz recebimento.

g) Quais os homens que melhor ocorrem na curva – de acordo com o tipo de revezamento
a ser disputado e com a pista onde será realizada a competição, deveremos distribuir os
homens de maneira que só corram nas curvas os que o fazem melhor.

h) Estratégia no dia da competição: é um fator importantíssimo para o treinador, o qual


deverá tentar obter, antes da corrida, indicações seguras sobre o estado físico e de

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treinamento de seus adversários. Deverá ser evitado o “entrar no escuro”. Uma boa
disposição tática dos corredores poderá, em igualdade de condições, levar a vitória.

Técnicos e treinadores chegaram à conclusão de que a disposição normal dos corredores


para o revezamento de 4x100 metros, considerando como fator principal a velocidade dos
corredores, é a seguinte: 2o, 4o, 3o e 1o, isto é, o mais veloz em último lugar, o
imediatamente abaixo em 1o lugar e os outros nas posições intermediárias.

Levamos em consideração as características individuais de cada um, nas quais se observa o


seguinte:

O primeiro corredor: Corre uma distância maior com o bastão em relação aos demais
companheiros. Preferivelmente, deve ser um bom corredor de curva porque a sua etapa de
corrida é composta da primeira curva da pista. E, finalmente, deve ser um grande largador,
por sele ele o elemento encarregado de sair do bloco de partida – portanto, o iniciante da
corrida.

O segundo corredor: Sua velocidade deve ser combinada com a do primeiro corredor, ou
seja, sua velocidade inicial deve estar relacionada com a velocidade final do primeiro
homem. Deve ter uma reação bastante rápida para iniciar a sua corrida no momento em que
seu companheiro passa pelo handcap, para que sua partida seja bastante segura. Precisa
dominar perfeitamente o revezamento, uma vez que vai receber e passar o bastão logo a
seguir. E deve ser um bom corredor de reta e muito potente porque, juntamente com o
terceiro corredor, é o elemento que corre maior distância entre os componentes da equipe
(cerca de 126m aproximadamente).

O terceiro corredor: Tal como o primeiro corredor, deve ser um excelente corredor de
curva; as demais características são idênticas ao segundo corredor.

O quarto corredor: Entre todos os componentes da equipe, é aquele que corre a menor
distância com o bastão na mão, por ser o último corredor, cuja etapa termina na linha de
chegada da prova. Precisa estar bem entrosado com o terceiro corredor e dominar
perfeitamente a recepção do bastão, não tendo necessariamente de ser um bom entregador
porque não realiza esta ação, uma vez que é finalizador. Normalmente, é o melhor velocista
da equipe porque será o elemento que deverá manter uma possível vantagem conseguida
por seus companheiros, ou mesmo tirar ou descontar um possível retardamento,
ocasionado por alguma deficiência.

Com essas considerações, torna-se possível concluir que cada um dos quatro
componentes da equipe deve possuir certas características individuais, de acordo com as
exigências da prova, e que cada uma dessas exigências deve ser muito treinada para se
atingir a maior perfeição. Outro fator que deve ser levado em consideração, por ser também

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de grande importância é que, após formada a equipe, deve-se
deve se manter sempre a mesma
ordem ou disposição dos corredores porque o perfeito entrosamento e sincronismo entre
todos os elementos é difícil de ser conseguido com total perfeição e as constantes mudanças
viriam a comprometer ainda mais a unidade da equipe.

Revezamento 4x400m: Largada no local local dos 400 m rasos. Equipe de 4 atletas. Haverá
balizamento de 500 m, isto o 1º da equipe correm em sua raia a entrega ao 2º. Este, por sua
vez, correrá somente 100 m em sua raia, podendo, logo após, utilizar a pista livre. O 3º atleta
já em pista livre entregará ao 4º e último atleta, devendo este chegar com o bastão,
ultrapassando a linha de chegada e, posteriormente, entregar o mesmo ao juiz da prova.

A principal característica desse tipo de revezamento é que, contrariamente aos


revezamentos rápidos, a troca entre os corredores não se realiza com tanta velocidade,
devido ao cansaço com que cada um dos corredores termina a sua etapa de corrida,
produzindo o relativo débito de oxigênio e falta de forças suficientes para que seja imprimido
um ritmo mais veloz no final da corrida. Por esses motivos, a entrega do bastão nesta prova
se faz através da passagem visual.

Bastão O braço do
Outro Tipo de Passagem do Bastão: o receptor é levado para trás em extensão,
com os dedos da mão dirigidos ao companheiro que vai fazer a entrega. Desta maneira, o
bastão em posição vertical é passado através de um movimento de trás para frente, como se
fosse de encontro com a mão do receptor.
recep

Para este tipo de passagem, é necessário que a mão do receptor esteja mais elevada
em comparação com os dois tipos anteriores, devendo o braço se postar paralelamente ao
solo; em virtude das características da ação. A extremidade livre do bastão, que fica
apontada para cima, deve ser a mesma após ser realizada a passagem; por isso, ao agarrar o
bastão, o receptor deve faze-lo
faze lo junto à mão do companheiro que o entrega.

Para o revezamento 4x400m, existe apenas uma zona de passagem, que está situada
no mesmo local onde se inicia e também termina a prova. Uma vez que não é necessária a

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realização da troca em alta velocidade, torna-se possível utilizar vários métodos de
revezamento.

Arremessos e Lançamentos

Arremesso de Peso

De todas as especialidades dentro do atletismo, o arremesso de peso é, sem dúvida,


a mais praticada. A razão de tal popularidade deve-se ao fato de que é fácil empurrar um
implemento esférico, de peso sustentável, proporcional à força, dentro de suas faixas
etárias.

Qualquer elemento que se disponha a praticar o arremesso de peso vai em busca de


marcas que possam se aproximar dos grandes campeões. Para isto, se entregam a rígidos
treinamentos, aprimorando cada vez mais uma técnica apurada, sem que haja qualquer
desperdício de força energética.

Os especialistas desta prova são caracterizados por serem de estrutura elevada,


chegando a 1,95m de altura, com envergadura acentuada. São rápidos e fortes.
Quanto à velocidade dos arremessadores, nota-se que estes têm, em média, nos
100m rasos de 11,7s e 11,9s. Possuem coordenação motora acentuada que lhes permite
assimilar rapidamente as instruções a que lhes forem transmitidas. As valências físicas mais
acentuadas dos arremessadores são: VELOCIDADE, FORÇA, COORDENAÇÃO.

Na história dos arremessos, sabe-se que em 1883, LAMBRECHT, da Grã Bretanha,


arremessou o peso a uma distância de 13,10m. Os arremessadores são altos e fortes, surgia
então o primeiro gigante, era RALPH ROSE (recorde mundial em 1909, com marca de
15,54m) tendo a estatura de 2,06m e 125kg de peso. Os atletas recordistas eram geralmente
pesados (acima de 100kg), sendo que os Estados Unidos se caracterizou por grande número
de recordistas mundiais.

Prova disto é que surgia um grande atleta de nome PERRY O´BRIEN. Já aos 18 anos,
O´BRIEN despertava a atenção dos técnicos. Treinava com o técnico JESSE MORTENSEN, de
manhã e tarde, utilizando a musculação como princípio básico de suas marcas excepcionais.

Antes de Perry O´brien, o grande arremessador era JAMES FUCHS, que utilizava uma
técnica ortodoxa (com deslocamento lateral sem cruzada de pernas). Fuchs quebrou,
durante um ano, quatro vezes o recorde mundial. O´brien, já na época de Fuchs, se
destacava como júnior.

De 1953 a 1956 O´Brien venceu todas as competições em que participava. Em 1959


surgia DALLAS LONG nesta disputa, igualando o recorde de O´Brien (com a marca de
Esportes Coletivos – Douglas Flesch Cygainski 16
19,25m). O´Brien não deixava por menos e quebraria novamente o recorde mundial
mundia com a
marca de 19,30m para, em 1960, Dallas Long supera-lo
supera lo na disputa com a marca de 19,38m.

A verdade era o seguinte: até 1950, os arremessadores se utilizavam do “estilo


ortodoxo”, tendo Fuchs como recordista mundial de 1949 a 1952. Em 1953, O´Brien tirava
de Fuchs o recorde mundial detendo-o
detendo o até 1959, quando Long quebrou a hegemonia. Nesta
época Long já utilizava a técnica de O´Brien. Porém, este ano de 1959, novamente quebrava
o recorde, passando O´Brien para a história, como o arremessador de todos
todo os tempos que
quebraria maior número de recordes mundiais.

O primeiro atleta a superar a marca de 20m foi BILL NIEDER, dos EUA, com marca de
20,06m em 1960. Na década de 80 surgia mais um estilo: ESPANHOL, que tinha a
característica do giro do arremesso de disco. Este estilo é aplicado justamente pelos
arremessadores de disco por questões de adaptações à especialidade.

Estilos dos Arremessos

Perry O´Brien com deslocamento de costas

Ortodoxo com deslocamento lateral

Espanhol com giro do arremesso de disco

Pesos

Masculino 7,260 kg

Feminino 4 kg

Quando se iniciar os ensinamentos do


arremesso de peso, deve-sese levar em consideração
a utilização deste implemento com os pesos de
2kg, 3kg ou 4kg, pois com pesos leves o
aprendizado é de fácil assimilação. Deve-se,Deve
também, utilizar o estilo ORTODOXO nesta fase
inicial para, posteriormente, ensinar o estilo PERRY
O´BRIEN.
O peso se agarra de distintas maneiras, segundo cada atleta, pois depende do tamanho da
mão e da força da mão e dedos. O mais correto é segura-lo lo com os dedos afastados,
colocando-oo na base dos mesmos, sem que toque a palma da mão. Observar que o punho
deve estar flexionado para trás. A mão que tem o implemento deve estar junto à clavícula ou

Esportes Coletivos – Douglas Flesch Cygainski 17


queixo. O cotovelo alto ou baixo. A força final do punho, mão e dedos na função reversível é
por demais importante para a execução de um bom arremesso.

Técnica Perry O´Brien – com deslocamento de costas


Início: De costas para o setor, de pé, o peso do corpo no pé direito, pé esquerdo mais atrás
(fig. 1). Peso posicionado abaixo do maxilar, muito próximo ou até encostado no pescoço,
cotovelo do membro arremessador bem aberto. Inicia-se o troco enquanto ergue-se o
membro inferior esquerdo para fins de equilíbrio - posição de balança (fig. 2). Após, há uma
flexão do joelho direito e do quadril e joelho esquerdo, aproximando os dois joelhos –
posição agrupada (fig. 3/4)

Deslocamento: O deslocamento é iniciado pelo desequilíbrio inicial do corpo para trás (fig.
4/5); a seguir, há uma ação de extensão do joelho e quadril esquerdos (que “puxará” o
corpo), simultânea à extensão do joelho direito (fig. 5/7). O deslocamento deve ser junto ao
solo (por isso o termo mais adequado seria deslizamento) e a perna esquerda não deve ser
lançada para cima e sim para trás, rasante.

Duplo Apoio: O pé direito vai assentar no centro do círculo, pela planta e em um ângulo de
cerca de 90 a 120 graus com o sentido do arremesso. O pé esquerdo, quase que
simultaneamente, deve chegar ao solo, pela parte anterior, junto ao anteparo, ligeiramente
à esquerda da linha central do círculo. O tronco continua virado para a parte posterior do
círculo (olhar para um ponto situado a alguns metros atrás do mesmo) e está em flexão e
torção. Ao final do deslocamento o peso do corpo está sobre a perna direita, se o peso
chegasse a cair, deveria atingir o solo a uma certa distância do pé direito (fig. 9).

Fase final: Esta fase inicia-se pela ação do membro inferior direito (o arremesso inicia-se
com a flexão plantar do tornozelo direito) combinado com uma rotação da pélvis e do tronco
(fig. 12/15). O lado direito do corpo, em conseqüência destes movimentos, roda para frente
e para cima, na direção do arremesso. O membro inferior esquerdo deve efetuar uma ação
de contenção e alavanca. Ao final, há uma completa extensão dos membros inferiores, com
os pés ficando apontados para a direção do arremesso (fig. 16). A ação do membro superior
direito consiste em uma adução horizontal da articulação do ombro, seguida de uma
extensão de cotovelo e uma vigorosa ação final de flexão da articulação do punho (quebra
de punho) e da flexão das articulações dos dedos (a palma da mão deve estar virada para o
lado ao final do arremesso (fig. 13/16). Durante todo o arremesso, o cotovelo do membro
arremessador deve estar aberto (apontando para o lado), deve vir atrás do peso e a mão
deve estar com o polegar apontando para baixo. O membro superior esquerdo, flexionado
no cotovelo, contribui para efetuar a rotação do tronco mas cessa seu movimento
abruptamente, quando o peito do atleta já está voltado frontalmente para a frente do setor,
contribuindo, assim, para incrementar a velocidade de saída do implemento (fig. 15/16).

Esportes Coletivos – Douglas Flesch Cygainski 18


Reversão: Para evitar-se
se a saída do círculo, efetua-se
efetua se uma movimentação de pernas, que
consiste em a perna esquerda dirigir-se
dirigir se para trás, com a perna direita colocando-se
colocando à frente
(fig. 16/17), o que leva a uma fase aérea e uma subseqüente flexão do joelho direito e
abaixamento do tronco, o que contribui para um abaixamento do centro de gravidade,
evitando o desequilíbrio para fora do círculo.

Lançamento de Dardo

O lançamento de dardo é, sem dúvida, a mais bonita das provas existentes no


atletismo moderno. Desde de os tempos dos “homens das cavernas”, este implemento, hoje
sofisticado, era utilizado para a caça de animais. Na medida em que o tempo passava, o
implemento era utilizado para vários fins, entre eles o da procura da caça para
sobrevivência, como também como arma nas grandes guerras entre os povos nórdicos.
Índios também passaram a utilizar este implemento na pesca.

A maneira como era utilizado o dardo não diferiu muito da atual. A técnica
empregada para se lançar tal implemento foi aperfeiçoada de tal maneira,
maneira, a fim de que se
pudesse utilizar o maior aproveitamento possível da força energética num movimento
retilíneo no plano vertical e parabólico no plano horizontal.

Esportes Coletivos – Douglas Flesch Cygainski 19


A ação de lançar ou arremessar algum implemento nos lembra a forma de como
atiramos pedra.ra. É um movimento que parece ser natural ainda que adaptado às
características do instrumento utilizado. Sem dúvida nenhuma, poderemos notar que o ato
de lançar este implemento nos coloca mais perto de nossos antepassados.

Como lançador de dardo, é preciso


preciso ter velocidade, coordenação, agilidade e força.
Não há necessidade específica de serem muito altos. Notadamente é uma especialidade
onde atletas são bastante diferentes de outros arremessadores (peso, disco e martelo).
Durante muito tempo esta especialidade
especialidade foi praticada pelos nórdicos; os nomes de
Myrra, Pentilla, Jarvinen, Nikkanen e Nikinnen figuravam sempre entre os melhores do
mundo e candidatos ao título olímpico.

Com a evolução das marcas, acima de 100m, a Federação Internacional de Atletismo


Amador – FIAA, em assembléia de seus filiados, resolveu, através de nova regra, modificar a
estrutura deste implemento, deslocando o centro de gravidade para mais a frente da
empunhadura, fazendo com que o mesmo, em sua trajetória retilínea (vertical) alterasse
alte a
trajetória parabólica (horizontal), pois quando atingisse a maior amplitude de seu percurso,
descesse mais rapidamente, voltando, com isto, ao visual antigo, ou seja, o de “cravar no
solo”.

a) Forma correta de empunhar o dardo:


Qualquer que seja o estilo utilizado, deverá permitir que os dedos da mão e o punho atuem
descontraidamente sobre a empunhadeira de corda; o domínio do dardo em seu plano de
vôo, tanto vertical como horizontal deverá oferecer à mão uma posição que permita utilizar
uma concentração
ntração de forças para lançar o projétil. Existem vários métodos para esta
finalidade e vamos descrever aqueles mais comumente mais utilizados.

Método finlandês: É considerado o método mais forte. Consiste em segurar o dardo, de


forma que o dedo indicador se coloque estendido na parte de trás do encordoamento, com
uma pequena flexão da falange distal para a lateral, em contato com a haste do dardo ou em
torno dela. Os dedos polegar e médio são colocados no início da empunhadura,
contornando a mesma, tendo as extremidades quase unidas. Esses dois dedos são
praticamente os responsáveis pela transmissão da força ao dardo: são eles que empurram o
dardo no lançamento. Os demais dedos, anular e mínimo, são colocados normalmente sobre
a empunhadura (figura abaixo).
abaixo)

Esportes Coletivos – Douglas Flesch Cygainski 20


Notamos que a principal característica deste método de empunhar o dardo está
exatamente relacionada com a posição do dedo indicador, que tem por objetivo melhorar a
trajetória do arremesso, proporcionando também maior rotação ao dardo quando está no
ar.

americano: É o mais utilizado por ser de mais fácil adaptação. Aqui, o


Método normal ou americano:
dardo é pressionado pelos dedos indicador e polegar no início da empunhadeira, e os
demais dedos se colocam bem firmes, porém descontraidamente sobre a corda, como
vemos na figura abaixo.

b) A corrida preparatória
A corrida é dividida em duas partes. A primeira começa na posição de partida e vai até a
marca intermediária. Nesta fase, o dardo é conduzido sobre o ombro, mais ou menos na
altura da cabeça e paralelo ao solo. O objetivo desta fase é dar ao atleta a velocidade ideal,
que será transportada para o dardo no momento em que ele for arremessado.

A segunda parte é aquela que caracteriza o estilo utilizado pelo atleta – finlandês,
Bud Held, americano com salto,
salt etc -,, cujo número de passadas depende do estilo praticado
(cinco, no finlandês). Esta parte da corrida é muito importante, porque é dela que depende o
maior ou menor sucesso do arremesso, no aspecto técnico.

c) Extensão da corrida:
Deve ser suficiente para
ara se conseguir com ela o impulso necessário para um bom arremesso.
O excesso de velocidade tem que ser freado lentamente, tornando-
tornando-se inútil, porque dele
nada se aproveita e pode colocar muito a perder.

d) O arremesso propriamente dito:


Esta fase está interligada
erligada com as anteriores e seu sucesso depende totalmente da boa
realização das precedentes. Assim, se a mão direita for levada corretamente para trás e o pé
esquerdo colocado devidamente, o dardo poderá ser levado sem esforço à linha de ação,
por cima do o ombro. Com isso, se impõe ao cotovelo um mínimo de tensão, reduzindo
consideravelmente as possibilidades de uma contusão. Além disso, essa posição do braço
amplia a sua alavanca, aumentando a força do arremesso.

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e) Ação final e troca de pés ou reversão:
Como foi visto, na fase do arremesso propriamente dito o peso do corpo passa para a perna
da frente no momento em que o dardo é arremessado, em conseqüência do bloqueio da
velocidade da corrida, devido ao passo cruzado. Esta ação resulta em um desequilíbrio
desequilíbri do
corpo para frente próximo ao anteparo final do corredor de arremessos, que não pode ser
tocado e nem ultrapassado pelo atleta, que será punido com uma falta que anula a
tentativa.

Para que isto não se verifique, o arremessador deve realizar uma troca da perna que
está atrás pela frente e com muita rapidez, a fim de bloquear esse movimento do corpo em
desequilíbrio à frente, colocando-o
colocando o em uma posição parada e estável, para em seguida
deixar o corredor pelo espaço permitido. A esta ação nós chamamos reversão
re ou troca de
pés.

Pesos e Medidas

Masculino 800g e 2,70m

Feminino 600g e 2,40m

Lançamento de Disco

O lançamento de disco é sem dúvida o mais clássico e antigo de todos que figuram no
atletismo. Desde a antiguidade, era costume lançar-se
lançar escudos de guerra, gesto este que
passou às Olimpíadas, substituindo-se
substituindo se os escudos por discos de pedra de características
desiguais em peso e diâmetro. O gesto de lançar disco tem-se
tem se perpetuado através de figuras
ou até mesmo em estátuas.

Dentro da era moderna


derna do atletismo, foi o primeiro lançamento que se praticou,
seguido mais tarde pelos outros três (peso, dardo e martelo). A forma como se lançava este

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implemento também era diferente da atual. Acontece que ao passar dos anos, a técnica de
se lançar o disco apresentou avanços que pudessem tirar maior proveito dos movimentos
baseando-se nas leis da física.

A forma que hoje é utilizada, permite o aproveitamento da força centrífuga


horizontal aplicada, de dentro de um círculo, com velocidade progressiva, obtendo-se maior
possibilidade às grandes distâncias. O aprimoramento da técnica com giros (rotações) faz
com que atletas tenham que se dedicar horas e horas diárias em seus treinamentos, a fim de
que movimentos circulares possam ser realmente aproveitados no lançamento.

O recorde tem melhorado muito e hoje quase todos os lançadores empregam a


técnica americana adotada pela primeira vez pelo norte americano FORTUNE GORDIEN.
Pode-se dizer que os lançadores de disco são menos rápidos que os arremessadores de
peso, pois tem a necessidade de se utilizar de movimentos circulares. (rítmicos).

Lançadores de disco devem dedicar-se única e exclusivamente para a prova.


Houveram épocas que arremessadores de peso lançavam discos, porém, atualmente, são
casos raros.

Existe uma grande preocupação para com os movimentos dos membros inferiores,
dentro do círculo, pois se não houver estabilidade na base não haverá bom lançamento. Pelo
simples fato de que os movimentos circulares podem tirar o equilíbrio de um atleta, os
mesmos devem ser executados de forma progressiva.

É importante que um lançador de disco tenha as seguintes características: Grande


envergadura, ritmo, velocidade e força. Os membros longos permitem maior raio de giro,
em conseqüência a velocidade periférica gerada no giro tem que ser maior e portanto
aumentando a força centrífuga. É também muito importante que um atleta tenha sua mão
grande, pois com isto consegue controlar mais o disco durante seus movimentos circulares.
Um atleta com mão pequena tem grandes dificuldades para controlar o disco, pois durante
os movimentos circulares, se preocupa mais com o disco do que a base, que são os membros
inferiores, em deslocamento. De 24 ou 25 centímetros é a distância do dedo medial ao início
do punho, para que um lançador possa se destacar. Dedos robustos contribuem para que
um lançamento possa ser adequado devido à finalização desta ação, que dá ao disco o
equilíbrio necessário. A média dos grandes lançadores ultrapassa aos 100kg e 1,90m de
altura. Com isto podem atingir facilmente os 56m.

Estilos (técnicas):

Ortodoxo lateral (de lado para o setor de queda do implemento) com giro.

Americano de costas para o setor de queda do implemento (com giro).

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Pesos

Masculino 2 Kg

Feminino 1 Kg

Técnica: A técnica do lançamento do disco se baseia integralmente no aproveitamento da


força centrífuga que gera o atleta ao efetuar um giro e meio (volta e meia) dentro de um
círculo. Esta técnica, como se tem dito, foi posta em prática com grande êxito pelo
americano GORDILN e a partir deste momento não tem cessado de ser corrigida e
aperfeiçoada. O lançador inicia o movimento de costas para o setor de queda do
implemento, realizando um passo intermediário (salto rasante) somando assim a força
centrífuga gerada no giro, o impulso linear para frente, seguindo o eixo do círculo.

O lançamento do disco, como todos do atletismo, é um movimento continuado e sem


pausas, com iniciação lenta, acelerando progressivamente até atingir a ação final que é a
explosão.

Posição Inicial: A posição inicial que um atleta adota ao entrar no círculo é a seguinte:
pernas afastadas com distância igual ou maior do que a largura dos ombros (de costas para o
setor de queda do implemento) e disco na mão de lançamento. Neste momento, o centro de
gravidade está no meio (entre as pernas) da posição inicial (perpendicular ao solo).

Pode-se ou não iniciar alguns movimentos de preparação ao lançamento. Estes


movimentos, quando feitos ou executados são para iniciar o giro no círculo e ao impulso
inicial para a realização do giro. Estes movimentos são denominados de balanceados. As
pernas flexionarão quando for realizado no balanceio a rotação do tronco, como também o
pé contrário a mão de lançamento terá alteração no seu movimento (rotação sobre a ponta
do pé). O braço de lançamento vai para trás da linha dos ombros e o braço livre cruzará
ligeiramente a frente do corpo.

Execução da primeira fase – rotação do tronco: Após ter o lançador executado alguns
balanceios, existe uma transferência do centro de gravidade passando os apoios da perna
direita para a perna esquerda semi flexionada. Quando a perna direita se desprende do solo
tendo terminado seu trabalho de impulsão, passando o apoio do corpo para a perna
esquerda, o braço de lançamento deve continuar atrás da linha dos ombros. O giro deverá
ocorrer sobre o pé esquerdo.

No momento deste giro sobre o pé esquerdo, o corpo fica ligeiramente inclinado


para o centro do círculo ou o eixo de rotação.

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A posição de queda do pé direito ao final do 1o giro deverá ser na ponta do pé, pois a
partir deste momento deverá ser também iniciado outra rotação.

É fundamental que o atleta não esteja com as pernas estendidas durante os giros. Os
contatos para a finalização dos pés direito e esquerdo deverão ter o menor espaço de tempo
possível, no centro do círculo.

Execução da segunda fase – fase de entrada de quadril para lançamento: A posição que um
atleta deve estar é a mesma de como se estivesse lançando sem deslocamento, ou seja, pé
direito no centro do círculo, perna ou pé esquerdo quase encostado no aro do lado
esquerdo do alinhamento de lançamento (fazer uma divisão do círculo com giz). Braço de
lançamento atrás da linha dos ombros. Braço livre flexionado com a cabeça voltada para o
punho ou cotovelo livre (toalha torcida). Neste momento existe predominância de apoio
sobre a perna de impulso (no centro do círculo).

Observar atentamente que a cabeça é o eixo das rotações e é ela que mantém o
equilíbrio do corpo durante toda a execução do lançamento.

A perna direita executa o impulso (perna semi-flexionada) para a entrada de quadris.


Cabeça que anteriormente olhava para o punho livre (mais ou menos para baixo) inicia sua
elevação, realizando o enquadramento dos quadris (adiantamento do Centro de Gravidade).

Quando o corpo está se voltando para frente ou para o setor de queda do


implemento, o braço livre flexionado entre mais rapidamente para trás. O braço de
lançamento também continua atrás da linha dos ombros. Existe a transmissão de apoios. Da
perna direita para a esquerda, com entrada de quadris acentuada e rosto com o olhar
voltado para cima. Nesta finalização é necessário maior velocidade no braço de lançamento,
ou seja, execução de maior velocidade no percurso do braço até a saída do disco da mão. O
braço de lançamento deve estar estendido. A ação dos dedos polegar e indicador,
principalmente, são fundamentais para um bom lançamento. São eles que darão maior
equilíbrio ao disco.

A busca da perna de lançamento para próximo à livre é fundamental para todo


enquadramento do corpo no lançamento.

Reversão: Nada mais é do que a troca de apoios, ou seja, da esquerda para a direita em
salto, ocorrendo também a inversão da posição da entrada de quadris, ou seja,
retardamento do centro de gravidade, a fim de que um atleta possa controlar suas faltas nos
lançamentos.

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Lançamento Martelo

O martelo é composto por cabeça, cabo e empunhadura, obtendo um peso total


mínimo de 7,260Kg no masculino e 4Kg no feminino.

Pesos

Masculino 7,260 kg

Feminino 4 kg

A cabeça deve ser de ferro maciço ou de outro metal que não seja mais macio que o
latão ou um invólucro de qualquer um desses metais, cheio de chumbo ou outro material
sólido. De forma esférica, deverá ter um diâmetro mínimo de 110mm, para homens, e
95mm para mulheres. O cabo deve ser inteiriço, com alças de conexão nas extremidades, de
arame de aço para molas, com diâmetro mínimo de 3mm, sem que possa esticar-se
sensivelmente durante a realização do lançamento. A empunhadura reta em forma de
triangulo, com comprimento de 115m, deve ser sólida e rígida sem qualquer tipo de conexão
articulada, mas conectada ao cabo.

Salto em altura

Tesoura Rolo Ventral Fosbury Flop

Fases do salto em altura

a) Corrida de impulso
b) Impulsão
c) Elevação ou suspensão
d) Passagem pela barra ou transposição
e) Queda ou aterrissagem

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a) Tesoura

É uma técnica bastante simples, por isso mesmo interessante para ser adotada para
iniciantes, muito fácil de ser trabalhada nas aulas de Educação Física escolar e em escolinhas
de esporte. Seu gesto natural, de fácil compreensão de sem duvida muito seguro, são
fatores que contribuem a seu favor. Basicamente o atleta, após a corrida e a batida, deve
transpor a barra na posição sentado e a queda pode acontecer da mesma forma ou em pé.
O que torna essa técnica pouco eficaz para as grandes competições é que o atleta
precisa erguer grande parte do corpo acima da barra para passá-la, dificultando a
transposição, no entanto outros fatores são vantajosos como:
a) a simplicidade na demonstração
b) compreensão e assimilação
c) a área de queda não precisa ser especial
d) a possibilidade de se trabalhar em qualquer ambiente.

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b) Rolo Ventral

Através da transformação proporcionadas por Valery Brumel, o salto em altura ganhou


novas dimensões e no curso de um estafante treinamento desenvolveu um meio eficaz de
converter em elevação vertical o rápido ímpeto horizontal. Partindo de um ângulo de 30
graus, Brumel corria 15,24m, dando três ou quatro breve passos preliminares, seguindo de
sete poderosas e rápidas passadas, até a impulsão e , através de um exaustivo treinamento
de força e prática constante, para conseguir aproveitar melhor a impulsão, elevou-se à
imortalidade dentro do atletismo.

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c) Fosbury Flop

No dia em que Richard Fosbury ultrapassou a barra elevada a 2,24m para estabelecer em
1968 um novo recorde olimpico, deu-se início a uma revolução no salto em altura, que
rapidamente se estendeu por todos os cantos do globo. Seu estilo heterodoxo, considerado
realmente perigoso naquela época, em poucos anos consagrou-se como o método mais
avançado em saltos.

Nesse dia, o que mais despertou atenção daqueles que presenciaram o salto foi a
corrida de impulso feito em forma circular. Devido a esta corrida em linha curva, o saltador é
impelido para a parte externa da curva ao longo da qual está se movendo. O saltador é, pois,
submetido à ação da força centrífuga, que ele mesmo gera, e que vai desfrutar no momento
do salto, no instante em que ela é máxima. Parece que o aproveitamento da força centrífuga
durante o salto representa na verdade, a novidade dessa técnica.

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Saídas e Chegadas

Posições de Largada Baixa: Ao comando do árbitro de partida, os atletas assumirão as


posições de largada. Após ajustarem seus blocos individualmente, os atletas realizam várias
largadas para aquecimento da prova. Após ajustarem seus blocos individualmente, os atletas
realizam largadas para aquecimento da prova. Se algum atleta estiver com agasalho e quiser
retira-lo, poderá faze-lo quando do apito do árbitro de partida. Atletas colocados na posição
de pé, atrás de seus blocos esperam a chamada de entrada nos mesmos.

- Árbitro: “Aos seus lugares!”: Os atletas tomam a posição de 5 apoios (mãos, joelhos e pés).
Enquanto algum estiver se mexendo, o árbitro não dirá o comando seguinte. Se houver
demora de algum atleta, o árbitro solicita aos atletas “última forma”, isto é, todos os atletas
deverão sair de suas posições. O árbitro adverte o atleta que está demorando para assumir
sua posição.

Iniciada novamente a chamada de “aos seus lugares”, atletas, após assumirem suas
posições ouvem do árbitro a chamada de: “prontos”. Na posição de prontos os atletas
elevam seus quadris ficando em 4 apoios. Um atleta terá direito a somente uma saída em
falso. Se fizer duas saídas em falso, será desclassificado da prova.

Na prática, quando um ou mais competidores cometerem uma saída falsa, os outros,


instintivamente, tendem a segui-lo e, teoricamente, qualquer competidor que assim proceda
também comete uma saída falsa. Entretanto, o árbitro de partida deve advertir somente
aquele ou aqueles que, na sua opinião, foram os responsáveis pela saída falsa. Isso pode
resultar em que mais de um competidor seja advertido. Se a saída falsa não for devida,
qualquer competidor, não deve ser feita nenhuma advertência.

Vozes de comando do árbitro para provas até 400 metros:


Às suas marcas lll Prontos III Tiro de partida
* Para falsas, usa-se o apito.

Vozes de comando do árbitro para provas acima de 400 metros.


As suas marcas III Tiro de partida

As provas de utilizam o bloco de partida são:


100m e c/ barreiras, 200m rasos, 400m rasos e com barreiras, 110m com barreiras, 4x10m
rev. (1o atleta) e 4 x 400m rev. (1o atleta), 4 x 200m (1o atleta).

Bloco de Partida (Taco de Partida)


Utilizado pelos atletas para apoios nas provas de velocidade.

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