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2010
1CORRIDAS
Inclinação do tronco, traçando uma linha perpendicular ao solo a inclinação deve ter mais ou
menos 30º para frente. Essa inclinação auxilia no constante desequilíbrio, o qual é necessário para
as corridas de velocidade.
Elevação do joelho, que deve estar o mais paralelo ao solo possível, o que irá aumentar a amplitude
do movimento.
O pé deve contatar o solo com o seu terço anterior, se a passavam for feita com o desenrolar de
todo o pé o movimento perderá velocidade, o contato com os solo deve ser breve e com a parte
anterior do pé.
A amplitude da passada deve ser proporcional ao tamanho do indivíduo, ela deve ser o mais
longa possível sem que ocorra uma diminuição da velocidade, deve ser adequada ao tamanho do
atleta e ser efetuado com a maior freqüência possível.
Saídas: Saída baixa ou saída Americana - As corridas de velocidade tem por regra, saída com uso de bloco
de partida, isto é, em todas as provas até 400 metros. Os blocos tem dois pontos de apoio para os pés (blocos
propriamente dito), onde são colocados o terço anterior dos pés, sendo que um dos pés fica mais a frente, este
normalmente o de impulsão. O pé e a perna de trás (estão em uma semi-extensão), vão iniciar a saída,
desequilibrando o corpo para frente, que será reequilibrado pela ação enérgica do pé e perna que estão mais a
frente (esta perna em um ângulo aproximado de 90º). A ação perna de trás e perna da frente será seguida de
uma elevação do tronco juntamente com o descolamento do conjunto mãos e braços que estavam apoiados no
chão atrás da linha de saída. A saída é comandada pelo árbitro de partida e consiste de duas fases. A primeira
quando o árbitro diz: “atletas as suas marcas”, onde os atletas que estavam em pé atrás dos blocos de partida
colocam-se em posição sobre estes em cinco apoios com os pés nos blocos, o joelho da perna de trás no solo
e as duas mãos atrás da linha de partida (dedos polegares e indicador em oposição um ao outro formando
uma linha paralela a linha de partida, os demais dedos paralelos ao indicador e também apoiados no solo).
Estando todos os corredores nos seus blocos e imóveis o árbitro de partida dirá o segundo comando:
“prontos”, neste momento os corredores elevarão o quadril e consequentemente o joelho da perna que está
apoiada atrás deixará de ter contato com o solo. O peso do corpo será mais deslocado para os braços,
liberando as pernas para a ação da saída e a cabeça ficará alinhada com o tronco. Quando todos estiverem
novamente imóveis o árbitro de partida dará o tiro de largada. A regra estabelece que qualquer corredor que
sair antes do tiro estará excluído da prova.
Saída alta: Esta saída é executada a partir dos 800 metros rasos (inclusive). Isto porque a velocidade de
largada é muito baixa e consequentemente não necessita de grande potência na largada. A partir desta
distância, então, não é permitido o uso de blocos de partida. Também há alteração na voz de comando por
parte do árbitro de partida, isto é, ele dirá aos atletas apenas “as suas marcas”.
Na corrida com barreiras uma atenção especial deve ser dada ao aspecto segurança, já que
estaremos lidando com um obstáculo em nosso percurso, e que estaremos ultrapassando o mesmo com
velocidade bastante altas.
Uma precaução a ser tomada é a posição da barreira, como esta tem o formato de um “L”,a partir de
um olhar perpendicular a raia (baliza), ela deve estar colocada de forma que a base, em contato com o solo,
parte de baixo do “L” esteja voltado contra o sentido da corrida do atleta ou iniciante, assim, caso ocorra um
contato entre o corredor e a barreira ela possa cair (virar) por oferecer uma resistência muito pequena. Pode-
se dizer: vira a barreira mas o executante não cai e em caso de queda deste há uma grande diminuição do
risco de grandes lesões.
Aspectos de Segurança
Não deixar as barreiras muito próximas quando se inicia a aprendizagem, para que aja tempo para o
aluno que esta se adaptando a barreira corrigir o movimento após a passagem da primeira barreira.
Outro aspecto da segurança que deve ser levado em conta na iniciação é a altura das barreiras, os
praticantes devem primeiramente perder o medo, e passar (ou saltar se for o caso) a barreira em
alturas adaptadas, principalmente ao seu nível de desenvolvimento motor.
A velocidade da corrida também deve ser reduzida, para que os alunos tenham tempo de pensar no
movimento que estão executando.
Na iniciação, a distância dos alunos em relação a primeira barreira deve ser pequena, pois os
movimentos ainda não estão mecanizados e um erro em alta velocidade pode acarretar em uma
queda perigosa, independente da faixa etária.
Antes dos pontos principais da técnica, devemos identificar, qual a perna que se adequou melhor ao
ataque e a passagem da barreira, a perna de impulsão é a perna que passa por último a barreira, e, portanto é a
perna de passagem (também chamada de perna de arrasto). Vale a pena lembrar que em se tratando de
crianças, devemos proporcionar o máximo de experiências motoras possíveis, e portanto, é adequado fazer
com que elas alternem pernas na ação ataque e passagem.
Pontos principais:
Movimento de Ataque: o movimento de ataque é muito parecido com um chute, mas que é
realizado totalmente na vertical, a perna de ataque deve ter o movimento iniciado pela flexão do
quadril, seguido da elevação do joelho e após a extensão do mesmo.
Pé de ataque: o pé que aborda a barreira deve estar apontando para cima e não para frente. Caso
ocorra um contato do pé com a barreira este deve ser feito com a sola.
Perna de Passagem ou Perna de Rebote: ela dever ser puxada energicamente após a passagem da
perna de ataque, ela é puxada lateralmente com o joelho flexionado e o pé em um ângulo de 90
graus. Anatomicamente falando o movimento seria uma abdução e rotação lateral do
coxofemoral, com a flexão do joelho, seguido de um movimento balístico de flexão horizontal
coxofemoral. Técnicamente pode-se dizer que a ação da perna de passagem é o mesmo
movimento que ela executa em uma corrida rasa, acrescida da abdução já descrita acima.
Distância de abordagem: a abordagem da barreira deve ser feita fora da base da barreira (fora
da base do “L”) e em alto nível a distância chega a 2,30m. Quanto mais adequada for essa
distância, menor é a desaceleração do movimento, resultando numa maior velocidade total. Uma
distância muito pequena forçará o executante a fazer a ataque com o joelho flexionado o que
resultará em uma maior altura para que este não bata na barreira.
Técnica de corrida: a corrida com barreira requer entre as barreiras, a mesma técnica da corrida de
velocidade rasa até o momento da abordagem das mesmas, isto significa que a perna de impulsão
(a seguir chamada de perna de passagem) faz sua ação a partir do terço anterior do pé e não com
ação de desenrolar do calcanhar a ponta do pé com um saltador faz na sua modalidade (como
exemplo um saltador de altura).
Ação do tronco, braços e cabeça: Com relação aos braços, estes apresentam diferentes
movimentos, podendo ser levados estendidos para frente simultaneamente com a perna de ataque,
ser levados semi-extendidos para frente com a perna de ataque ou extensão para a frente do braço
oposto a perna de ataque, enquanto quer o outro braço é levado flexionado no cotovelo para trás a
semelhança de sua ação na corrida rasa. O tronco realiza no momento da ação sobre a barreira da
perna de ataque uma leve inclinação para a frente, o que ajuda no deslocamento do centro de
massa também para frente e facilita especialmente ao iniciante a ação da perna de passagem sobre
a barreira. A cabeça deve sem movimentos de flexão, extensão ou rotações, sendo que sua
oscilações se darão por ação do tronco. Desta forma diz-se que o executante deve olhar somente
para a frente e qualquer movimento ativo da cabeça produzirá algum tipo de desequilíbrio
durante a passagem sobre a barreira.
REVEZAMENTOS
A corrida de revezamento consiste em corridas entre equipes de quatro corredores cada, que devem
cumprir, cada um deles, uma quarta parte do percurso (4x100 e 4x400, por exemplo). A cada zona de
passagem o atleta que está com o bastão, o passará para seu companheiro de equipe, e assim até o último
componente que correrá até a linha de chegada. Talvez o termo mais correto seja 400 metros revezados (para
o 4X100 metros) e 1600 metros revezados (para o 4X400 metros) uma vez que cada atleta corre um pouco
mais ou um pouco menos que as distâncias referidas, 100 metros ou 400 metros, pois o bastão na mão dos
corredores é transportado da saída a chegada 400 metros ou 1600 metros.
Na corrida de revezamento tão importante quanto a velocidade dos corredores é a qualidade da
técnica de passagem do bastão, executada pela equipe.
Existem 4 corredores por equipe, os corredores de curva, são denominados 1 e 3, pois são
respectivamente o primeiro e o terceiro da sua equipe na seqüência da corrida. Os corredores de reta são
denominados 2 e 4, pois são respectivamente o segundo e o quarto da sua equipe durante a prova de
revezamento. Durante a prova temos três passagens, denominadas 1, 2 e 3, como descrito abaixo:
Passagem 1: É realizada da curva para a reta, do atleta número 1 para número 2.
Passagem 2: É realizada da reta para a curva, do atleta número 2 para o atleta número 3
Passagem 3: É realizada da curva para a reta final, do atleta número 3 para o atleta número 4.
Passagens as Cegas e Visual
Em corrida de velocidade a execução da técnica de passagem do bastão é feita sem o receptor olhar
para o passador, após ele iniciar a corrida de aceleração (passagem às cegas). Para isso o passador, antes de
passar o bastão, emite um som que serve de aviso para o receptor estender o braço para receber o bastão. Este
sinal é realizado também nas outras técnicas de passagem às cegas.
Na passagem visual, que é realizada em corridas mais longas e com velocidade menor, o receptor
pode olhar para trás na hora da recepção, pois em menor velocidade o desequilíbrio causado pela rotação do
tronco (olhar para trás) é reduzido.
Zonas de Passagem
As passagens dos bastões, de um atleta para outro, são realizadas dentro de uma zona determinada,
denominada, Zona de Passagem, esta possui um tamanho padrão que é de 20m. Antes da zona de passagem
encontra-se a Zona Opcional ou Zona de Aceleração, que tem o comprimento de 10m. O bastão só pode ser
passado dentro de zona de passagem, esta zona estará localizada nos últimos 10 metros de um espaço de 100
metros e dos primeiros 10 metros do espaço seguinte de 100 metros.. A zona de aceleração se localiza antes
da zona de passagem, e serve exclusivamente para o atleta que está parado, esperando o bastão, buscar a
velocidade ideal para receber o bastão com o mínimo de perda de tempo.
Antes da zona de aceleração ainda temos uma marca, que é exclusiva para cada par de atletas. Esta
marca determina o momento em que o atleta que receberá o bastão sairá correndo, quando o atleta que tem a
de posse do bastão ultrapassar esta marca o atleta que irá receber o bastão iniciará a corrida. A zona opcional
é assim chamada porque o corredor que vai receber o bastão a utilizará se o desejar.
Técnicas de Passagem
Descendente Contínuo
Ascendente Contínuo
Ascendente Alternado
Técnicas Descritas
Descendente Contínuo: Essa técnica de passagem é a mais utilizada em competições de alto nível,
e por ser a mais rápida exige especialização dos atletas, tanto na prática de execução da técnica quanto na
posição em que os atletas estão dispostos nas raias da pista de corrida. Os atletas que correm nas retas,
sempre recebem e passam o bastão com a mão esquerda e para isso posicionam-se do lado direito da raia por
onde correm, os corredores de curva recebem e passam o bastão sempre com a mão direita e para isso
posicionam-se no lado esquerdo da raia por onde executam a corrida. Este tipo de posicionamento dos atletas
na pista não se dá por acaso, os atletas de curva passam e recebem o bastão com a mão direita pois estes
devem sempre permanecer na parte interna da raia afim de correr uma menor distância, caso contrário esta
seria maior pois, na curva quanto mais afastado da linha interna, maios será o raio deta curva e
conseqüentemente maior a distância percorrida.
A técnica de passagem, propriamente dita, concentra-se na posição das mãos e dos braços, do
passador e do receptor. Quem passa segue o movimento natural dos braços, levando com um movimento
descendente o bastão para a palma do receptor. A posição da mão do receptor deve ser com a palma da mão
voltada para cima e para fora de seu corpo e com os dedos unidos com execução o polegar, que fará o
movimento de oposição para agarrar o bastão. A responsabilidade da passagem é sempre do passador, pois
este deve executar a transferência do bastão com um movimento único e preciso .
Ascendente Contínuo (com ajuste do tórax): Esta técnica de passagem do bastão é semelhante à
descendente contínua, com modificações do movimento de passagem que é feito de baixo para cima
(ascendente), e também na posição da mão do receptor que está voltada para baixo alinhada com o braço,
polegar aberto para facilitar a apreensão do bastão. Quando o recebedor recebe o bastão, ele estará segurando
o bastão pela parte de cima, então este fará um ajuste do bastão no tórax, para poder passá-lo.
Ascendente Alternado: Esta técnica não é comumente usada em alto nível, pois ela requer uma
mudança de mão do bastão após o recebimento, considerado uma desvantagem, pois pode acarretar em um
desequilíbrio no atleta na hora da troca, além do fato do atleta correr em "diagonal”, dentro da raia. Quem
executa a passagem deve estar sempre no lado direito da raia e quem recebe se posiciona no lado esquerdo.
Pois na técnica de passagem ascendente alternado o bastão é sempre passado com a mão esquerda e recebido
com a mão direita. Logo que o bastão é recebido ele deve ser trocado para a mão esquerda que fará a
passagem para o próximo atleta. Essa é a razão pela qual não é utilizada no alto nível, quem recebe tem que
correr em "diagonal” para poder passar sempre com a mão esquerda, o que faz o percurso aumentar em
alguns metros.
O que é desvantagem no atletismo de alto nível torna-se vantagem nas escolas, pois esta técnica é
de fácil assimilação, pois todos executam o mesmo movimento, tornando o ensino mais fácil.
ARREMESSO DE PESO
No século XVI, o Rei Henry VIII celebrou as suas façanhas nas competições da corte com os
arremessos de peso e martelo, e, no século XVII, soldados Ingleses organizaram as competições de
arremesso de bala de canhão. As regras da competição foram estabelecidas pela primeira vez em 1860,
quando o arremesso tinha que ser feito de um quadrado com lados de 7 pés (2,13m). Isso foi alterado em
1906 por um círculo de 7 pés de diâmetro. O peso do chumbo foi fixado em 16 libras (7,260 kg). Os
arremessos com braço inclinado foram banidos para iniciar então uma nova técnica, arriscada, mas eficiente,
onde se colocava o chumbo no pescoço antes de arremessar. A ação de passada lateral no círculo foi
inventada nos Estados Unidos em 1876. Em 1951, Parry O’Brien (EUA) aperfeiçoou a nova técnica. Para
uma posição inicial, olhando para trás do círculo, O’Brien girou 180 graus para mover-se na transversal do
círculo antes de soltar o chumbo. Isto o ajudou a quebrar a marca dos 18m (e subseqüentemente os 19m). Em
1976, Alexander Barychnikov criou a técnica rotacional, similar à usada no arremesso de disco, a qual se
tornou cada vez mais popular. A competição feminina de arremesso de peso, onde o chumbo possui 4 kg, foi
disputada pela primeira vez na França, em 1917. O primeiro recorde mundial foi homologado pela Federação
Internacional de Atletismo (IAAF) em 1934, com o evento estreando em 1948 nos Jogos Olímpicos. Até
1927, as competições femininas também usavam chumbos pesando 5kg.
O arremesso do peso apesar de, em alto nível, ser executado com um implemento pesado, pode ser
facilmente adaptado para a realização nas escolas, as bolas medicinais servem como implemento na prática
adaptada. É de fundamental importância o professor elucidar aos alunos quanto às normas de segurança a
serem obedecidas por ocasião da prática dos arremessos. Exemplo: os pesos devem ser arremessados ao
comando do professor, serem trazidos de volta após todos terem arremessado e nunca arremessar de volta o
peso para outro aluno.
Deslocamento com giro (giro e meio): A técnica do giro, conserva o número de apoio dos pés,
três, como nas duas técnicas anteriores. Entretanto, diferentemente, esta não repete no segundo apoio a
mesma perna e conseqüentemente o mesmo pé de apoio inicial. Na técnica com giro há uma alternância de
pernas no deslocamento A perna de apoio inicial é neste caso, contrária ao lado do braço e mão que sustenta
o peso. O apoio inicial e o segundo apoio passam a ser eixo dos movimentos de rotação que produzirão o
giro. Assim o executante começa de costas , desloca a perna do mesmo lado que está o peso girando sobre a
outra perna até um ponto no centro do círculo ou um pouco mais adiante. Este deslocamento da perna é
rasante e quando chega ao ponto de apoio, rapidamente a perna de apoio inicial desloca-se até o ponto de
apoio final. A partir deste momento tem-se então o ponto em comum das três técnicas que é a fase de
finalização. As rotações agora realizadas não produzirão mudança dos apoios. Assim primeiro será a rotação
do quadril depois do tronco auxiliado pela ação enérgica do braço livre que se deslocará estendido ou quase
estendido para trás em sintonia com a extensão total da perna de apoio final.O centro de massa que estava
sobre a perna de apoio intermediário, quando do início da rotação do tronco passará a se deslocar para a
perna de apoio final, estando totalmente sobre ela quando se sua extensão. Quando o tronco ficar de frente
para o setor de arremesso as rotações serão freadas com o bloqueio do braço livre que será flexionado e
trazido junto ao tronco. Neste momento, sem perda da continuidade da seqüência dos movimentos o braço
arremessador iniciará sua extensão (ação de empurrar o peso), acima e a frente da cabeça, em direção a zona
de arremesso, finalizando com a flexão do punho do braço arremessador. A cabeça do arremessador durante
todos os movimentos estará alinhada com o tronco e o executante deverá finalizar o arremesso olhando para a
trajetória do peso no ar.
Para que o medicine ball não role ao final do arremesso, um componente da equipe adversária deve
fazer o domínio do mesmo, e depois este irá para o final da fila e o que executou o arremesso fará o próximo
domínio.
Ao contrário da maioria das outras modalidades, por possuir fatores muito complexos para a
execução de um lançamento, que são a empunhadura e rotação do disco, a necessidade de passar por uma
parte de aprendizagem analítica, pois assim a assimilação do movimento correto será bem sucedida. Caso o
método global de ensino seja usado na iniciação do lançamento do disco, o aluno realizará o lançamento com
o aparato motor que lhe é mais familiar, o que na maioria das vezes não servi para o lançamento do disco,
tornado esta iniciação traumática para os alunos pelo fato se não conseguir realizar um bom lançamento.
Para que a iniciação, tanto do disco quanto de outras modalidades, não seja decepcionante para o
aluno uma metodologia parcializada dos movimentos é aconselhada e, de acordo com a faixa-etária, as
atividades devem ser feitas na forma de brincadeiras e/ou exercícios que visam a execução de movimentos
que se aproximem do lançamento do disco ou da modalidade em questão.
SALTO EM DISTÂNCIA
O Salto em Distância há muito tempo faz parte das competições esportivas. Figurou nos Jogos de
708 AC como parte do Pentatlo: o saltador pegava na sua decolagem um pequeno lastro em cada passagem,
no qual mostrava grande impulso. O evento moderno foi regularizado na Inglaterra e nos Estados
Unidos em 1860: o levantar-vôo tinha que ser feito 20 cm afastado da tábua dentro da marca de saibro. Até a
década de 1920, a técnica foi considerada rudimentar, após a corrida com a maior velocidade possível, ele
executava
um salto, com as pernas flexionadas embaixo do corpo, só voltando a entendê-las apenas na queda,
dentro da caixa de areia. Em 1927, William Hubbard (EUA), o primeiro campeão Olímpico negro e detentor
do recorde mundial, introduziu adiante, com Robert Legendre (EUA), um movimento das pernas no ar.
Variações disso e a mais simples técnica de “flutuar” (técnica da tesoura ou pedalada) são usadas até hoje. A
primeira competição de salto em distância feminina aconteceu nos Estados Unidos em 1895. O primeiro
recorde mundial feminino foi homologado pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) em 1928,
enquanto o evento estreou nos Jogos Olímpicos somente em 1948, na Inglaterra.
O salto em distância é uma prova que requer do praticante velocidade, coordenação, flexibilidade e
rápida reação nervosa, estas habilidades são exigidas tanto em alto nível quanto nas escolas quando
aplicamos este tipo de atividade nas aulas, e assim se tornando uma ótima escolha quando se busca o
desenvolvimento motor e das valências físicas de nossos alunos. Mais uma vez o atletismo é e pode ser usado
com esporte de base, por sua riqueza de movimentos e por trabalhar com praticamente todas as habilidades
motoras fundamentais, (correr, saltar, arremessar, lançar, etc...) segundo Gallahue.
A corrida para o salto começa com grandes passadas que logo se tornam em corrida onde mais uma
vez a técnica é utilizada, para facilitar a impulsão na tábua. O movimento de impulsão é feito com a planta do
pé, por ser um movimento muito rápido, deixa a impressão de ser realizado apenas com o terço anterior, mas
este não suporta tanta carga. Alguns saltadores usam a relação calcanhar-ponta, numa ação tão rápida que
parece ser uma pisada muito forte. O mais importante é manter o centro de gravidade sobre e a frente da
perna de impulsão. A última passada não pode ser muito longa, mas com o quadril mais baixo que as
anteriores e após a impulsão sobre a tábua o deslocamento dever ser para frente e rasante.
Um dos erros mais freqüentes na iniciação do salto, é uma fase aérea muito elevada, conseqüência
de uma ação muito grande do calcanhar no momento da impulsão, o que já produzirá uma desaceleração no
momento da impulsão e desta forma não alcançando a maior distância possível.
No momento da suspensão o atleta tem oportunidade de tentar aumentar a distância do salto,
aplicando algumas técnicas para a fase de aterrizagem que poderá ser com deslizamento para dentro do sulco
feito na queda ou giro após a queda, caindo ao lado do sulco, que ocorre quando o saltador mantém uma
perna estendida e outra flexionada.Deve-se ressaltar que a finalização é feito com uma semi extensão das
pernas, sendo que alguns atletas a fazem com muita flexão dos joelhos o que resultará em uma perda de
alguns centímetros no seu salto.
SALTO TRIPLO
Os Celtas inventaram um estilo de três saltos numa ação contínua e isso foi regularizado até o fim
do século XIX, primeiro pelos Irlandeses e depois pelos Americanos. Irlandeses e escoceses dominaram as
primeiras provas, com uma técnica muito simples, os saltos eram executado em seqüência, com a mesma
perna, e mais adiante na Alemanha os saltos eram realizados com saltos alternados, (direita-esquerda-direita).
Originalmente um vôo-vôo-salto, sendo primeiramente dois vôos com um mesmo pé, o Salto Triplo
começou, depois de 1900 nos Estados Unidos, com a técnica vôo-passo-salto.
Segundo Vianna (2003), os saltos se caracterizam da seguinte maneira; A execução dos saltos pode, de
modo geral, ser caracterizada da seguinte forma:
Primeiro salto: predomínio da velocidade.
Segundo salto: Equilíbrio entre velocidade e impulsão (ambas abaixo do máximo).
Terceiro salto: Predomínio da força de impulsão.
O atleta ideal deve possuir velocidade, força, potência, habilidade e ser robusto. Uma boa estatura
facilita o salto. O poder de salto deve ser desenvolvido em ambas as pernas.A técnica do salto triplo se sujeita
à velocidade e à potência. Para estudar o salto triplo dividiremos em fases, sendo:
A corrida;
Os saltos: primeiro, segundo e terceiro;
A queda;
Assim como na maioria das modalidades do atletismo, o salto triplo se mostra uma grande variedade
experiências motoras, além do condicionamento e potencialização das valências físicas, que muitas vezes nas
escolas é deixado de lado, ou trabalhado na forma “clássica” no futebol e no vôlei.
Técnica do Salto Triplo
No salto triplo há três saltos consecutivos e bem definidos. O primeiro salto é executado com uma
das pernas, de preferência com a perna se impulsão mais forte já que esta perna irá executar os dois primeiros
saltos, o terceiro e último salto é feito com a perna oposta, e a queda é realizada com os pés unidos na caixa
de queda, seguindo todas as situações de segurança.
Primeira Impulsão (hop); difere do impulso do salto em altura, no fato de este procurar alcançar a
máximo de elevação, enquanto que no triplo , procura-se evitar essa elevação exagerada, pois o
atleta procura ganhar distância neste primeiro salto, não a máxima, pois se isto for feito um
conseqüente desequilíbrio poderá afetar o salto seguinte.
Segunda Impulsão (step); ao aterrissar, o pé que o faz contata o solo com o calcanhar (muito
rápido, parecendo que o executante toca o solo com o pé chapado), seguindo o desenrolar deste até
o terço anterior, para uma nova impulsão esta mesma perna.,
Última Impulsão (jump); projeta-se a perna que fará a terceira impulsão flexionada para a frente
até a projeção desta para o solo para realizar a impulsão, muito parecida com a do salto em
distância.Simultaneamente com a impulsão a outra perna é lançada a frente, flexionada iniciando a
última fase aérea, com uma posição grupado para finalizar o salto, com extensão das pernas.
A sequência dos saltos é perna direita, perna direita e perna esquerda ou perna esquerda, perna
esquerda e perna direita.
SALTO EM ALTURA
Este evento não figurava nos Jogos Antigos, mas foi comumente praticado pêlos Celtas. A primeira
competição foi organizada na Inglaterra, onde cada competidor possuía três saltos em cada altura e a barra
não poderia ser aumentada no caso do competidor derrubá-la. A altura de seis pés (1,83m) foi utilizada pela
primeira vez por Marshall Brooks (Grã-Bretanha), em 1874, usando a técnica de um pé primeiro. As
“tesouras” foram usadas pela primeira vez por William Page (EUA) em 1874. George Horine foi a primeira
pessoa a saltar 2,00m. Até 1936, as regras diziam que a vara tinha que ser ultrapassada com um primeiro pé
primeiro. Em 1941, Lester Steers (EUA) iniciou o estilo de cabeça, justificando os seus 2,11m. Além disso,
mudanças nas regras limitaram a espessura permitida das solas dos tênis dos saltadores. Em 1968, Dick
Fosbury (EUA) inventou o “flop” (salto de costas), um salto acompanhado de uma corrida muito rápida de
aproximação e somente possível por causa da introdução de colchões de espuma no local de queda. Esse
estilo passou a ser usado por todos os grandes saltadores desde 1978. A primeira competição feminina de
Salto em Altura ocorreu em 1895, nos Estados Unidos. O evento estreou nas Olimpíadas de 1928, e o
primeiro recorde foi homologado pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) em 1932.
No Brasil, o primeiro recorde reconhecido foi do atleta EURICO TEIXEIRA DE FREITAS,
vencedor do I Campeonato Brasileiro em 1925, com a marca de 1.75.
Técnicas do Salto em Altura
Salto em Tesoura; é a mais simples e natural, é usada na iniciação como elemento de introdução
aos saltos e como exercícios para desenvolver a força de impulsão das pernas. A corrida é feita com uma
trajetória oblíqua ao sarrafo, e quem tem a perna de impulsão esquerda inicia a corrida à direita do sarrafo e
vice-versa. Após a corrida, ao se aproximar do sarrafo, a perna contrária a impulsão é jogada para cima em
total extensão, em seguida a perna que fez a impulsão também é jogada para cima, movimentos que unidos
com a corrida aproximação fará com que o executante transponha-se sobre o sarrafo.
Rolo Lateral; o atleta que utiliza a perna esquerda como perna de impulsão deve iniciar a corrida
pelo lado esquerdo, diferentemente da técnica da tesoura. Basicamente, o atleta impulsiona com a perna
esquerda e cai sobre a mesma, sendo que a direita é lançada energicamente quase que em total extensão para
cima, como um chute para o alto. Após deixar o solo o atleta toma uma postura no ar parecida ao salto de
uma rã, ficando com o abdômen voltado para o sarrafo, a cabeça e os ombros estão inclinados em direção a
caixa de queda.
A caixa de queda deve merecer um cuidado especial nas escolas, podendo ser utilizada uma caixa
de areia ou colchões, assim como uma demonstração de como a queda deve ser feita, para que os impactos
sobre as articulações de atletas e alunos tenham o menor grau de lesão possível.
Rolo Ventral; aproxima-se do rolo lateral, com exceção da perna que toca o solo primeiro, no rolo
lateral quem tem a impulsão na perna esquerda faz a aterrissagem sobre a perna direita, Outra diferença é a
parte do corpo que passa sobre o sarrafo, na técnica lateral a passagem é feita lateralmente, e não com o
abdômen sobre o sarrafo.
Técnica Fosbory Flop, atualmente é a técnica de salto mais eficiente e portanto mais usada em
competições. O atleta que utiliza a perna de impulsão esquerda deve posicionar-se à direita do sarrafo para
iniciar a corrida de aproximação. Esta corrida tem uma trajetória inicialmente reta e nas últimas passadas em
forma de meia-lua. No momento da impulsão o atleta deve estar com o sarrafo em seu lado direito, e a
medida que ele vai ganhando altura, gira seu corpo, iniciando um mergulho dorsal para ultrapassar o sarrafo.
O giro tem início com o joelho da perna oposta a de impulsão e com o braço do mesmo lado seguindo de
guia para o salto. O mergulho dorsal é feito com total hiperextensão da coluna. A queda deve ser feita com as
costas e o atleta deve estar ao fim da aterrissagem de frente para a área de corrida.
LANÇAMENTO DO DARDO
O dardo consiste numa haste de fibra de carbono e extremidade metálica, com o centro de gravidade
deslocado para frente, para que a sua fase de vôo seja reduzida, medida que foi tomada quando os
lançamentos ultrapassavam os 104 metros de distância e os estes se tornavam perigosos para a platéia com;
nas provas masculinas, seu peso total não pode exceder 800g e o seu comprimento varia de 2,60 a 2,70m. Seu
diâmetro varia de 2,5 a 3 cm. Para as provas femininas, o peso total é 600g, o comprimento varia de 2,20 a
2,30m. e o diâmetro varia de 2 a 2,25 cm. O lançamento é feito de uma pista, onde o arremessador corre
cerca de quinze passadas
O lançamento do dardo tem como requisito básico a velocidade, agilidade, coordenação e potência
associadas a flexibilidade geral a ao equilíbrio.
Talvez a principal dificuldade da iniciação do dardo seja o equilíbrio do mesmo em velocidade.
Passar por todas as fases de lançamento mantendo o dardo equilibrado torna-se muito difícil para o iniciante,
assim como o movimento final onde muitas vezes o iniciante o faz abaixo do ombro, diferente da realizada
na técnica correta que é feito por cima do ombro, por questões e eficiência da execução e por segurança, por
um movimento balístico, com uma carga (peso do dardo e gravidade) pode trazer lesões a articulação do
ombro. Por isso é recomendado que a iniciação do seja feito com um material adaptado, como pelotas e bolas
de tênis, o que facilita e compreensão dos movimentos sem perigo de lesão.
Fases do Lançamento:
Inicia-se o lançamento com a fase de aceleração do dardo, na qual deve-se buscar velocidade
através da aceleração da corrida, o dardo é transportado acima do ombro com o cotovelo fletido em
90º;
Em seguida é feita a fase de preparação do dardo, que se dá pela total extensão do braço em que se
encontra o dardo e rotação do tronco para o lado que se encontra o implemento. A partir daí, em
conseqüência da posição adotada pela rotação do tronco e extensão do braço, inicia uma série de
passadas laterais, de três a cinco, comumente cinco. Estas passadas são cruzadas, onde a perna
contrária a do apoio final cruza pela frente da outra, após a de apoio final avança (descruzando),
sendo que no ante-penúltimo apoio há um leve salto, para facilitar o recuo do quadril e inclinação
do tronco para trás movimentos que permitirão uma melhor aceleração da ação final e
consequentemente maior transferência da aceleração ao dardo.
Por última é realizada a fase de lançamento propriamente dita, que ocorre com os movimento de
rotação do tronco, para o lado oposto ao do implemento, e lançamento que segue a relação
cotovelo-mão, o cotovelo toma a frente do movimento seguido da extensão (puxada). O dardo deve
ser lançado com uma angulação entre 30 e 40° de inclinação;
LANÇAMENTO DE MARTELO
Este evento, nascido de antigas tradições, inicialmente teve como estilo para a aceleração do
aparelho (não havia o circulo delimitante do local de aceleração), no qual havia um martelo pesado (um ferro
junto com uma bola de ferro fundido). Em seguida, foi introduzido o peso com diâmetro de 7 pés (2,13 m).
Em 1887, o peso do martelo foi fixado em 7,26 kg com um arame entre 1,175m a 1,215m de comprimento.
Posteriormente foi delimitado o círculo para local do lançamento. A técnica para o lançamento inicia de
costas para o setor de queda do aparelho e se compõe de giros em número de três a quatro, iniciando o
procedimento com a seqüência calcanhar-ponta do pé-calcanhar (só um eixo, perna esquerda para quem gira
para o lado esquerdo, os destros e perna direita para quem gira para o outro lado, os canhotos). A utilização
de uma base concreta para martelo e o uso do tungstênio, como material básico, isso aumentou a velocidade
de rotação. Em conseqüência disso, reduziu-se o diâmetro da cabeça do martelo (hoje o mínimo é 110mm),
auxiliando no aumento da distância dos arremessos nos anos 50. A primeira competição feminina foi em
1931, na Espanha, mas, foi somente em 1982 que alguém arremessou à distância de 40m. O martelo usado
nas competições femininas atuais pesa 4 kg, e, a Federação Internacional de Atletismo começou a homologar
dos recordes mundiais femininos em 1995.
O lançamento do martelo na sua iniciação é um pouco traumática para os alunos, pelo fato de ser
um objeto pesado e com um giro relativamente rápido e explosivo. Por isso na iniciação é recomendado que
está seja feita com um material adaptado, como por exemplo, um saco de pano com uma “medicine-baal”
dentro, assim proporcionando uma compreensão dos movimentos do lançamento, com menor peso e melhor
assimilação do gesto como um todo.
Assim como o material pode ser adaptado na iniciação desta modalidade os primeiros movimentos
também podem. Brincadeiras que imitem o movimento de lançamento ou se aproximem deste são a melhor
forma de iniciar um trabalho.
Técnica do Lançamento de Martelo:
Empunhadura: Para quem executa o lançamento com giros no sentido anti-horário, a mão
esquerda deve estar em contato com manopla (local da empunhadura), com a mão direita sobre a esquerda,
com os polegares cruzados e com uma pegada firma, a mão esquerda encontra-se em baixo pois será a última
a perder o contado com o implemento, já acima, ao lado e atrás da cabeça de quem executa o lançamento.
Posição Inicial: O atleta encontra-se de costas para área de lançamento, com médio afastamento das
pernas (largura dos ombros), e joelhos levemente flexionados. Para arremessadores destros, o martelo, no
início do movimento, fica posicionado a sua direita, estático apoiado ao solo.
Molinete: Antes do movimento de molinete, deve-se impulsionar o martelo com os braços e para isto
existem diversas maneiras, mas com o mesmo objetivo que é de facilitar o início do molinete. Este consiste
em um movimento de giro (somente do implemento sobre o atleta), que aumentam a velocidade do martelo
antes da entrada no giro. No movimento de molinete o martelo vai ao ar da direita para esquerda, sendo que à
esquerda estará no alto, acima da cabeça do atleta, e quando estiver à direita passará abaixo da linha do
quadril, no molinete os braços flexionam quando o implemento passa por sobre a cabeça para facilitar o
movimento, fato que não deve ser levado em conta nos giros e na fase final do lançamento. Este exemplo
considera indivíduos que realizam o giro no sentido anti-horário e utilizam a perna esquerda como eixo do
movimento.
Giro: Após o molinete, no início do giro do corpo os braços não devem mais flexionar (fato que
acontece no molinete, quando o martelo passa sobre a cabeça). O Eixo de rotação do corpo, para os destros é
o pé esquerdo, e este não deve deixar o solo em momento algum durante a execução do giro. No martelo o
eixo não muda, ao contrário do que acontece no lançamento do disco onde o eixo de apoio é trocado de uma
perna par outra. O pé de apoio no início do giro faz um deslocamento de 180°, em uma seqüência
calcanhar/terço-anterior do pé. Quando a atleta executa 4 giros o primeiro se dá sem deslocamento para que
na finalização não termine fora do círculo. A diferença entre 3 ou 4 giros é melhorar a coordenação dos
movimentos durante a aceleração, ou seja, finalizar mais confortavelmente o lançamento.
Lançamento: É realizado após o final do último giro, onde o atleta se encontra na mesma posição em
que terminou o molinete (considerando o mesmo exemplo anterior), com o martelo à direita e abaixo do
quadril, o que proporciona ao executante além da aceleração dos giros a rotação do tronco, juntamente com o
giro dos dois pés até apontar para a lateral (posição perpendicular a linha de deslocamento) para facilitar a
rotação do tronco. e o movimento final dos braços (estendidos) puxando e soltando o implemento acima do
ombro.
DECATLO
Compreende 10 modalidades: corridas rasas de 100, 400 e 1500 m; corrida com barreiras de 110 m;
lançamento de disco, peso e dardo; salto em altura, extensão e com vara. Faz parte do programa dos Jogos
Olímpicos desde 1912.
HEPTATLO
O primeiro evento combinado para mulheres foi o Pentatlo, sendo a sua primeira competição na
Alemanha, em 1928. Este compreendia os eventos: Arremesso de Peso, Salto em Distância, 100m rasos,
Salto em Altura e Arremesso de Dardo. Eram disputados em dois dias, e julgados usando a tabela alemã de
pontuação. Essas tabelas foram modificadas em 1933, 1954 e 1971. O Pentatlo recebeu novas provas, e, nos
Jogos Olímpicos de 1964 foi nomeado como Heptatlo (1º dia: 100m com barreiras, Arremesso de Peso, Salto
em Altura e 200m rasos; 2º dia: Salto em Distância, Arremesso de Dardo e 800m rasos) pela Federação
Internacional de Atletismo (IAAF) em 1981. Este evento faz parte das Olimpíadas desde 1984.
SALTO COM VARA
O Salto com Vara foi conhecido pelos velhos Gregos através de saltos por cima dos touros. Os
Celtas usaram a vara, mas para competição em extensão. Esse evento iniciou uma competição vertical na
Alemanha em torno de 1775, durante as competições de ginástica. As varas maciças foram feitas de cinzas e
os atletas aumentaram as suas marcas com os saltos. Em 1889, os Americanos alteraram o movimento das
mãos ao longo da vara e inventaram a técnica de reverter as pernas para cima. Em 1900, os bambus foram
usados pela primeira vez, remanescendo o uso até 1942, e recebendo a “caixa” onde a vara passou a ser
introduzida. Em 1957, Bob Gutowski usou uma vara de alumínio para fazer o recorde mundial com a marca
de 4,78m, o qual foi quebrado novamente em 1957 por Don Bragg (EUA), que usou uma vara de aço para
chegar aos 4,80m. Neste período também houve introdução de colchões de aterrissagem, que aumentaram a
segurança dos competidores. A vara de fibra de vidro, que permitiu maior flexão e revolucionou a técnica de
saltar.
O primeiro recorde mundial usando esse material foi marcado em 1961. A Federação Internacional
de Atletismo (IAAF) passou a ratificar o recorde mundial feminino em 1995 e o primeiro campeonato
internacional foi o Campeonato Europeu Indoor em 1996. A vencedora foi Vala Flosadottir da Islândia, com
a marca de 4,16m. O evento tem participação garantida nos próximos Campeonatos Mundiais Indoor.
O salto com vara é uma das modalidades antagônicas, pois em alto nível é uma das provas mais
difíceis e acrobáticas do atletismo, mas para a iniciação é um das mais fáceis de ser aplicada nas escolas,
observado a facilidade de aprendizado das passadas iniciais devido a satisfação e alegria que o salto com vara
lhes proporciona, o ato de estarem em vôo, por alguns instantes é de total alegria, isto claro após perderam o
medo do implemento. Assim como o dardo, a vara pode ser facilmente adaptada, o bambu é uma alternativa
de fácil manejo e de baixo custo para as escolas.
Em alto nível a maior dificuldade para a expansão da modalidade é o alto custo do material, pois
além da vara, que atualmente é feita de fibra de vidro e revolucionou a técnica do esporte, a zona de queda
também merece um cuidado especial
Empunhadura; Para destros a mão direita fica acima da esquerda, na altura dos ombros e afastadas
também na largura dos ombros. Esta altura varia de acordo com o nível de habilidade do salto, tamanho e
material da vara, mas na iniciação a altura descrita anteriormente é adequada.
Corrida de Aproximação; A corrida de transporte é realizada com a vara ao lado e baixo do
saltador, para os destros, a vara estará do lado direito com este em total extensão. A ponta da vara, oposta à
empunhadura, deve estar elevada para evitar que esta toque o chão antes do encaixe, promovendo um
acidente. A corrida é feita com a vara na posição descrita anteriormente, e tem a duração de 15 a 20 passadas,
esta corrida é em velocidade, mas a inclinação característica deste tipo de corrida na é aconselhada, pois pode
acorrer um toque da vara com o solo. A ponta da vara deve perder altura do meio para o fim da corrida, para
que o encaixe seja feito com sucesso.
Encaixe; Nos últimos 5 passos a ponta começa a baixar gradativamente, de encontro a caixa de
encaixe. Três passadas antes da impulsão, a mão direita é levada para junto do quadril, depois para trás e para
o alto, ficando acima e a frente da cabeça. A esquerda acompanha estes movimentos e é importante que o
eixo dos ombros permaneça na perpendicular com a direção da corrida. Os braços não devem permanecer
estendidos e afastados da vara, força e velocidade do atleta serão fundamentais para a próxima fase.
Subida ou Impulsão; Os braços permanecem estendidos, a cabeça e o tronco caem para trás e os
abdominais farão com que os quadris se elevem, se aproximando da empunhadura, fazendo com que as
pernas sejam jogadas para o alto. Vianna sugere que “A referência para o ponto de impulsão é uma linha
vertical resultante da projeção da pegada da mão direita e o pé de impulsão, embora determinados saltadores
de nível se impulsionem até 15/25 cm a frente desta linha.”
Transporte e Giro; Esta fase tem maior dependência da vara do que do atleta, Após a impulsão
para a subida, a fase de transporte depende da extensão da vara e até que esta esteja totalmente estendida o
atleta sustenta a sua posição. “O atleta procura elevar-se para a vertical com um trabalho do braço esquerdo
que continua a tração, agora junto ao corpo, em direção da axila. O braço direito também traciona, auxiliando
a elevação nesta fase e conseqüentemente provocando o giro do corpo . Assim o atleta passa por cima dos
apoios das mãos, já se encontrando de frente para o sarrafo. Ainda nesta fase ascendente, o saltador empurra
a vara com a mão esquerda, largando-a, e imediatamente empurra com a mão direita, ações estas que
executadas corretamente, fazem com que o corpo do saltador suba um pouco mais antes de contornar o
sarrafo.” Vianna.
O giro só começa ao final do transporte da vara e inicia com a passagem da perna direita sobre a
esquerda, este movimento unido com a “leveza” do atleta proporcionada pela impulsão da vara fará o restante
do giro do corpo, antes da transposição total sobre o sarrafo.
Transposição do Sarrafo; A mão direita (para os destros) será a última que soltara a vara e
permanecerá fazendo tração para baixo até o último instante. As pernas transpõem o sarrafo primeiro, já com
o giro em sua fase final, os braços, após soltar completamente a vara e empurrá-la para que esta não toque o
sarrafo, são jogados para o alto, estendidos, evitando o toque com o sarrafo.
Queda; Dá-se por conseqüência do giro, e acontecerá normalmente, o atleta após o giro tende a
ficar de frente para zona da corrida de transporte e com a queda este continua girando caindo de costas no
colchão de queda, apropriado para este tipo de modalidade..
Bibliografia
Sites:
http://www.iaaf.org -- Federação Internacional de Atletismo
http://www.cbat.com.br -- Confederação Brasileira de Atletismo
http://cmi.cefetrs.tche.br/farg -- Federação Gaúcha de Atletismo
http://www.nosamamosatletismo.net -- Federação Paulista de Atletismo
http://www.usatf.org/ -- Confederação Americana
http://www.cob.org.br -- Comitê Olímpico Brasileiro
http://www.cpb.org.br -- Comitê Paraolímpico Brasileiro
http://www.olympic.org -- Comitê Olímpico Internacional
http://www.jefersonvianna.hpg.ig.com.br -- Jéferson Vianna
http://www.cdof.com.br -- Treinamento
http://www.cdof.com.br/atletism.htm -- Atletismo
http://www.interesportes.com.br/index.htm --Site de Esportes
Agradecimento
Agradecemos ao professor Jeferson Vianna da Universidade Federal de Juiz de Fora, por ceder as gravuras e
servir de referência para este trabalho.