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Índice

1. Introdução
1.1. Objectivos Geral
1.2. Metodologias
2. História do Atletismo
2.1. Conceito de Atletismo
2.2. Pista de Atletismo
3. Corridas de Velocidades
3.1. Técnicas das Corridas de Velocidades
3.2. Tipos de saídas
4. Divisão das Corridas de Velocidade
5. Factores determinantes da Velocidade
6. Conclusão
7. Bibliografia

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1. Introdução

Este trabalho é de carácter colectivo, feito no âmbito da disciplina de Atletismo.

Principalmente visando abordar os aspectos inerentes á Corridas de Velocidade.

A origem do Atletismo esta relacionada com a própria origem do ser humano que, por
necessidade, defesa ou até prazer, já corria, saltava ou lançava, (ORO, 1983).

Depois, os diferentes povos foram inventando formas variadas e competitivas de corridas, saltos
e lançamentos com diversas finalidades: preparação para guerra, agradecimentos aos deuses e
homenagem aos heróis desaparecidos, (GARCIA, 1993).

O Atletismo compreende uma grande variedade de eventos (provas) e requer diferentes


capacidades e habilidades atléticas de seus praticantes. Esta modalidade divide-se em dois
grandes grupos de competições: provas de pista e provas de campo. Os eventos de pista
abrangem a marcha atlética e as corridas, e os eventos de campo incluem o grupo das provas de
saltos e o das provas de lançamentos.

Nos nossos dias, o Atletismo é uma modalidade desportiva que engloba várias disciplinas, como
corridas, marchas, saltos, lançamentos e provas combinadas.

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1.1. Objectivos Geral
 O objectivo principal em todas as corridas é maximizar a velocidade média ao longo da
prova.
 Para alcançar qualquer tipo de objectivo nas provas de velocidade, o corredor deve
concentrar-se em alcançar e manter a velocidade máxima; e,
 Nas corridas de distâncias mais longas, o principal objectivo é optimizar a distribuição do
esforço ao longo da prova.

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1.2. Metodologias
 Para a realização deste trabalho recorreu-se ao método da revisão bibliográfica virtual; e,
 De notar que os meios de comunicação social contribuíram para a efectivação deste
trabalho.

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2. História do Atletismo

O atletismo é o chamado "Desporto-base", porque sua prática corresponde aos movimentos


naturais do ser humano: correr, saltar e lançar, que são à base das demais modalidades
desportivas.

De forma primária, o atletismo é praticado a mais de 4 mil anos, mas foram os Cretenses, na
Grécia Antiga o primeiro povo a praticá-lo de forma sistemática por Volta de 1500 a. C. Na
antiguidade, ser ágil, forte e valente era sinal de força militar por isso, os atletas eram muito
valorizados pelos comandantes dos exércitos.

O atletismo deu origem aos Jogos Olímpicos na Grécia em 776 a.C. quando, na cidade de
Olímpia, aconteceram os primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade. O lema das Olimpíadas,
"citius, altius, fortius", que significa mais rápido, mais alto, mais forte, também é derivado do
atletismo.

A origem da palavra atleta vem do grego athlos, que significa competição. A palavra estádio
também surgiu devido ao atletismo, vem do grego stadion que era uma antiga medida
equivalente a, aproximadamente, 180m. As corridas nessas distâncias eram muito populares.

2.1. Conceito de Atletismo

É considerado como um desporto base, pois a sua prática reflecte os movimentos essenciais do
ser humano, na medida em que ele caminha, corre, salta e arremessa. Este apresenta-se dividido
por três modalidades: corrida, lançamentos e saltos. De modo geral, o atletismo é praticado em
estádios, com exceção de algumas corridas de longa distância praticadas em vias públicas ou no
campo, como a maratona.

Pode-se concluir que o Atletismo é o conjunto de modalidades desportivas que engloba três
disciplinas: corridas, lançamentos e saltos.

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2.2. Pista de Atletismo

É o local onde será realizado a maioria das provas que compõem o Atletismo excepto prova de
maratona e marcha atlética.

As provas de corridas, têm a extensão de 400metros, 8 faixas (1.22metros cada faixa, largura de
10metros). A pista é feita de um material sintético denominado Tartã.

O campo de Atletismo é onde são realizados Saltos, Arremessos e Lançamentos. Na parte lateral
da Pista são realizadas saltos triplos e saltos em distância.

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3. Corridas de Velocidades

É tão antiga quanto a humanidade, correr com velocidade é a maneira mais eficaz de
avaliar esta qualidade física básica. O homem tenta superar-se a si próprio e os seus
desafiantes. Na Grécia antiga a prova oficial de velocidade era o Dialus (196m).

Sendo disputadas em percursos relativamente curtos, as corridas de velocidade têm como


característica básica o esforço total e contínuo que o atleta deve desenvolver, desde a saída até a
chegada.

Conceito de Velocidade

é a capacidade de realizar esforços de intensidade máxima com freqüência de movimento


máximo ou a capacidade de cobrir a maior distância dentro de um menor tempo.

No atletismo existe a velocidade pura,representada pelas provas clássicas de 100 e 200 metros
rasos, e a velocidade prolongada, nas provas de 400 metros rasos.

Como conceito geral, podemos dizer que, praticamente em si, não existe. Ela possui várias
características, que são chamadas de variantes de velocidade devendo ser trabalhadas em
conjunto, porque não existe um treinamento para a velocidade propriamente dita.

As variantes da velocidade são:

1) Velocidade de reação;

2) Velocidade em relação a movimentos acíclicos; e,

3) Velocidade em relação a movimentos cíclicos.

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Velocidade de reação: É a capacidadede reagir, o mais rápido possível, a um estímulo, que pode
ser ótico, tático ou acústico. Essa variável pode ser medida através do tempo de reação, que é o
tempo gasto pelo corredor entre o tiro de partida e a realização do primeiro movimento da saída.

A velocidade de reação tem uma parte sensorial e outra motora. Não existerelação entre elas no
treinamento, porque o corredor que reage a estímulos acústicos não o faz da mesma forma para
os estímulos óticos.

Velocidade em movimentos acíclicos: É a velocidade realizada por meio de movimentos


velozes, que não se repetem da mesma forma. Exemplos: um drible, um soco, etc.

Velocidade em movimentos cíclicos: São os movimentos velozes, que se repetem sempre


através de um mesmo gesto. Exemplos: os movimentos da corrida, da natação, do ciclismo, do
remo, etc., temos repetições precisas dos mesmos movimentos, do início ao final.

As corridas de velocidade são provas que exigem ao mesmo tempo, velocidade e resistência.
Nessas provas, a velocidade (capacidade inata) não é mais do que um fator de resultado, o outro
fator é representado pela resistência (capacidade adquirida), a qual permite que se mantenha a
velocidade máxima durante um tempo mais prolongado,evitando sua perda brusca e prematura.

Nas corridas de velocidade existem os seguintes escalões:

Escalão Idade Distâncias

Benjamins 10, 11 60 metros

Infantis 12, 13 60 metros

Iniciados 14, 15 80 metros


Juvenis 16, 17 100, 200 metros

Juniores 18, 19 100, 200 metros

Seniores 20 a 40 100, 200 metros

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3.1. Técnicas das Corridas de Velocidades

Antes de tudo, deve-se dizer que as corridas de velocidade não constituem uma especialidade
frenética.

As corridas de velocidade, elas constituem provas precisas, comparáveis ao salto com vara ou ao
arremesso dodisco, e por este motivo devem-se tomar cuidados minuciosos em todas as suas
fases. Dessa forma, para que se possa perceber melhor os seus detalhes, vamos dividi-las em
fases, estudando as particularidades de cada uma das fases, analisando os seus pontos básicos e
indicando o tipo de trabalho e os processos didáticos para a sua aprendizagem e
aperfeiçoamento.

Fases das corridas de velocidade:

-A saída ou partida;

-O desenvolvimento; e,

-A chegada.

A saída ou partida

A preocupação com essa fase é tão importante que constantemente novas experiências são
realizadas, proporcionando um aperfeiçoamento mais apurado das saídas, daí a constante
evolução que elas vem sofrendo desde o seu início, quando eram realizadas em pé, até se chegar
à forma atua l, que são as saídas baixas. Uma vez que, quando bem executada, pode levar em
muitos casos um corredor à vitória.

3.2. Tipos de saídas

Dentre os tipos de saídas mais utilizados, podemos destacar três que são mais comumentes
utilizados: saída curta ou grupada, saída média e saída longa. Elas recebem essa
denominação com base na distância de colocação dos apoios nos suportes dos blocos de partida.

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Saída curta ou grupada: Neste tipo de saída, a ponta do pé de trás é colocada na direção do
calcanhar do pé que está fazendo o apoio no suporte da frente: em termos de medidas, o apoio da
frente está situado a 48 cm da linha de partida e o de trás a 73 cm. O quadril coloca-se elevado a
um ponto superior ao nível dacabeça, portanto bem alto. Esse tipo de saída também é conhecido
por saída grupada, devido à posição grupada do corpo do corredor.

Saída média: É um tipo intermediário entre as outras duas (curta e longa), na qual o joelho da
perna de trás e colocado na direção daponta do pé que está no apoio anterior. Como exemplo, o
suporte do apoio anterior é colocado 38 cm atrás da linha de partida e o de trás 85 cm. Nesse
caso, o quadril não se eleva tanto como na saída curta, ficando quase que em linha com a cabeça.

Saída longa: Aqui, a separação entre os suportes para o apoio dos pés no bloco departida é maior
do que nos tipos anteriores, onde as medidas mais comumente utilizadas são 33 cm para o apoio
anterior, em relação à linha de partida e 103 cm para o posterior.

A partida

Ao ouvir o tiro da partida, o corredor deve reagir o mais rápido possível, realizando
automaticamente os seguintes movimentos, considerando o pé esquerdo como o pé de impulsão,
colocado no apoio anterior: a perna da frente impulsiona o corpo, com toda a força adquirida
pelo apoio do pé sobre o suporte; o braço esquerdo é levado à frente e o direito para trás apenas
até a linha do qu adril; a perna direita deixa o apoio, dirigindo-se para a frente através de um
movimento rasante, juntamente com os quadris.

O bloco de partida oferece uma grande ajuda, devido a forte ação dos pés sobre os apoios que ele
suporta no momento da impulsão, aoser realizada a partida. A ação dos braços é muito forte no
princípio, para logo em seguida entrar em ritmo rápido e compassado com as pernas.

Não basta apenas impulsionar o corpo com força sobre o bloco ou impulsionar mais rápido
depois. Para completar o estudo sobre a saída baixa, vamos relacionar uma série de observações
a serem respeitadas na totalidade dos gestos da saída. Assim, temos pontos positivos e
negativos.

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Pontos Positivos: Podemos observar as características de uma boa partida, que são consideradas
os pontos positivos a serem buscados:

a) Impulsão poderosa sobre o apoio anterior, com extensão total da perna e espáduas e
lançamento dos quadris para a frente;
b) Ação bastante rápida dos braços; a mão do braço que vai para trás não ultrapassa a linha
do quadril; o braço da frente não deve elevar-se exageradamente, e sim colocar-se
paralelamente à pista; e,
c) A perna de trás deve ser projetada rapidamente adiante, por uma ação rasante.

Pontos Negativos: Entre os erros mais comuns, devemos evitar os seguintes:

a) Levantar-se, em vez de impulsionar-se para frente;


b) Elevação demasiada do braço de trás, o que proporciona um atraso em sua colocação na
posição correta. Lançamento do braço da frente para o alto em linha oblíqua, o que
produz uma elevação muito rápida do corpo; e,
c) Tirar os quadris sem que eles façam uma impulsão efetiva sobre o apoio de trás.

A chegada

A chegada, deve-se ter em conta os aspectos:

i) Inclinação natural do tronco;

ii) Inclinação e flexão do tronco ► Lançamento dos braços para trás; e,

iii) Inclinação, flexão e rotação do tronco.

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4. Divisão das Corridas de Velocidade

As corridas de Velocidade, são divididas em três (3), tipos de provas, que são:

 Corridas de Velocidade (100m,200 m, 400m);


 Corridas de Meio- Fundo (Acima de 400metros até 1500metros 800metros, 1500metros);
 Corridas de Fundo (Acima de 1500metros e 3000metros 5000m, 10000m e maratona).

Corridas de Velocidade

Nestas provas, o Atleta deve ter a capacidade de percorrer uma determinada distância no menor
tempo possível.

Regras básicas

 Corridas de Velocidade Cada um corre na sua pista


 A saída é considerada nula se o atleta parte antes do sinal de tiro
 À segunda saída nula, quer seja feita pelo mesmo atleta ou por outro, é desclassificado o
atleta em questão
 À saída é feita a partir de um bloco (Bloco de Partida)

Corridas de Meio- Fundo

Acima de 400 metros até 1500 metros. É a capacidade de percorrer uma determinada distância
no menor tempo possível. Compõe as corridas de meio- fundo as provas:

 800 metros rasos; e,


 1500 metros rasos.

A largada é feita na Posição em pé: “As suas marcas” Disparo de revolver-Arbitros. Os atletas
não são obrigados a correr na sua respectiva faixa.

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Corridas de Fundo

Assim como as corridas de meio-fundo (intermediárias), as corridas de fundo (longas), podem


ser divididas nos momentos da largada, regularidade (ritmo constante) e chegada. Uma das
diferenças entre estes 2 grupos de corridas está no momento de regularidade, onde o corredor
deverá ter um período maior de ritmo constante, no qual será verificado o “estado estável”, sendo
que este, dependendo da distância/duração da prova, será muito maior.

Técnica

As observações técnicas devem ser levadas em consideração, porque elas são resultados da
análise e da experiência, tendo como finalidade mostrar a maneira pela qual se economiza
energia, afastando a fadiga muscular. É necessário que os movimentos sejam executados com a
maior perfeição possível, descontraídos e ritmados (FERNANDES, 1979).

Passos

Os passos devem ser “soltos”, regulares e tocando no solo com um breve contacto do calcanhar e
finalizando com a ponta. Devem também acontecer com reduzida elevação dos joelhos, de tal
forma que o calcanhar também não se eleve muito. Os braços são mantidos relaxados,
ligeiramente flexionados (inferior a 90º) e sincronizados com os passos. A corrida é feita com o
máximo de relaxamento muscular, a fim de não gastar energia desnecessariamente.

Táctica

As tácticas das provas de fundo têm menos importância do que as de distâncias inferiores (meio-
fundo), visto que, depois de algumas voltas o grupo já estará desfasado. Além disso, há maiores
possibilidades de corrigir erros durante a corrida. Os atletas que possuem velocidade deverão
aguardar o final da corrida para aumentar o seu ritmo – “tiro”; os atletas resistentes e pouco
velozes devem imprimir um ritmo mais intenso depois da metade ou no terço final da prova.
Nestas provas, o atleta deve recorrer a todas as suas reservas de energia visando obter o melhor
resultado.

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5. Factores determinantes da Velocidade

Frequência da Passada

A Frequência da passada de corrida corresponde à duração ou à velocidade de cada ciclo de


passada de corrida e é determinada pelos seguintes factores:

• Factores Neurológicos – transmissão do estímulo nervoso e coordenação motora.

• Factores Técnicos – essencialmente na velocidade da fase da recuperação.

• Factores Físicos – força rápida.

Amplitude da Passada

A Amplitude da passada de corrida corresponde ao tamanho de cada passada, ou seja, à distância


entre o apoio de um pé e o apoio do outro pé e é determinada pelos seguintes factores:

• Factores Morfológicos – altura do trem inferior.

• Factores Técnicos – essencialmente na extensão da perna de impulsão.

• Factores Físicos – força rápida.

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6. Conclusão

Concluímos que em todos os Jogos Olímpicos, é sempre no Atletismo que se atingem os


momentos mais altos e de maior impacto mediático.

É talvez a modalidade desportiva, onde o ideal olímpico corresponde perfeitamente aos


objectivos da própria modalidade- CITIUS, ALTIUS, FORTIUS- mais rápido, mais alto, mais
forte. De facto, o que se procura é chegar em primeiro, ser mais veloz, chegar mais alto e mais
longe e ainda aguentar melhor as dificuldades das provas, ser mais forte.

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7. Bibliografia
 BALLESTEROS, J.M. Manual de internamento básico. IAAF, 1992.
 BARBANTI, V.J. Adaptações produzidas pelo treinamento físico. In: AMADIO, A.C. e
 BARBANTI, V.J. (orgs.) A Biodinâmica do Movimento Humano e suas Relações
Interdisciplinares. São Paulo: Estação Liberdade – Escola de Educação física da USP,
2000.
 CBAt. Atletismo regras oficiais 2002 - 2003. São Paulo: Phorte Editora, 2002.
 FERNANDES, J.L. Atletismo corridas. 2a. ed. São Paulo: EPU, 1979.
 ORO, U. Iniciação ao Atletismo no Brasil: problemas e possibilidades didáticas. In:
KIRSCH, A; KOCH, K; ORO, U. Antologia do Atletismo: metodologia para iniciação
em escolas e clubes. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1983.

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