Vamos lá...
Um sistema de tirolesa para resgate pode ser utilizado tanto no meio urbano
ou industrial, montar uma tirolesa não é um bicho de sete cabeças, mas exige um
bom conhecimento técnico da equipe, vou tentar explicar de forma simples e
objetiva.
Consiste em um sistema suspenso entre dois pontos, podendo ser com cordas
ou cabos de aço, sistema utilizado para transportar equipamentos ou pessoas
entre os dois pontos podendo ser horizontal, quando os dois pontos se encontram
na mesma altura ou inclinada quando um ponto está elevado em relação ao outro.
Temos a tirolesa simples e a tirolesa para operações de resgate. Como assim?
Vamos ver a diferença entre uma tirolesa simples e uma para resgate.
Tirolesa simples: Não deve ser usada em situação de resgate, não é indicada para
carga de duas pessoas, usada somente para transposição de pessoas ou
equipamentos, geralmente esse tipo de tirolesa é montada somente uma corda.
Recebe este nome onde foi criada Parque Nacional de Kootenay nas
montanhas do Canadá. Esta tirolesa permite que o socorrista vítima ou ambos,
sejam movimentados na horizontal e também na vertical. A desvantagem deste
sistema é o elevado número de equipamentos e operadores. Temos algumas
variações na montagem desse sistema de tirolesa
https://youtu.be/2i7F63WAonY
Pelo menos uma das cabeceiras da tirolesa deve ser montada com um sistema
debreável, ou seja, com um descensor ou até mesmo com um nó UIAA (nó
dinâmico) caso necessite debrear o sistema. Em relação à resistência do ponto de
ancoragem, ideal que o mesmo tenha uma capacidade acima de 15 kn, que seja
um ponto resistente de preferência um ponto bomba, óbvio que dentro de muitas
variáveis que temos em uma operação de resgate, para ter certeza da resistência
desse ponto teria que ser um ponto certificado por um engenheiro ou ter em mãos
um dinamômetro, mas sabemos que nem sempre é assim, mas com o
conhecimento técnico da equipe com certeza será escolhido um ponto e tipo de
ancoragem ideal para o sistema mediante a situação.
Ilustração: internet
Ilustração: internet
Nó sem tensão
De forma alguma! Dessa forma tendo algum obstáculo a vítima poderia se chocar,
até mesmo no solo.
Primeiro precisamos saber que esta regra é a relação entre o sistema que está
sendo usado para tesar em relação ao diâmetro da corda, e o objetivo é manter
uma margem de segurança segura dos equipamentos em relação às cargas de
trabalho segura.
Exemplo:
Uma tirolesa com corda de 12.5mm sendo tracionada com um sistema 3.1, no
máximo terei que ter 6 pessoas tensionado o sistema. Porque seis?
Calma, você vai entender o princípio dessa regra.
Exemplo:
Um mosquetão com capacidade de 35kn (3.569 quilos) divide a carga de
ruptura pelo fator de segurança, como se trata de metálico então faria a seguinte
conta: 3.569 dividido por 5 = 713.8 arredondando para uma carga de 700 quilos,
sendo minha carga de trabalho recomendada.
Uma corda de 25kn (2.549 quilos) aplicamos o fator de segurança 10.1, 2.549
dividido por 10 = 254.9 quilos, arredondando para 250 quilos sendo minha carga
de trabalho segura.
OBS: Estas informações são de testes realizados em um curso que fiz na área de
resgate vertical.
Polia
Resultados:
A carga de tração chegou a 144 quilos tracionada por dois resgatistas, e a carga
de repouso ficou em torno de 57 quilos, o UIAA tem uma pequena perca quando
vamos fazer a chave de bloqueio por mais que você segure bem as cordas acaba
cedendo.
Resultados:
Resultados:
Neste teste só foi verificado a carga de repouso, ficando em torno de 180
quilos tracionada por dois resgatistas.
Referências:
CMC RESCUE
ROPE RESCUE
MANUAL DO ESPELEORRESGATISTA
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