Você está na página 1de 44

Ancoragem

OS PRINCÍPIOS E
FUNDAMENTOS
ÍNDICE Clique no tópico desejado e
seja direcionado!

INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 01
O BÁSICO: CONHECENDO O SISTEMA DE ANCORAGEM.
CAPÍTULO 02
COMPONENTES DO SISTEMA DE ANCORAGEM.
CAPÍTULO 03
ANCORAGENS NATURAIS: O QUE SÃO E SEUS TIPOS.
CAPÍTULO 04
PROTEÇÃO DE LINHAS DE ANCORAGEM
CAPÍTULO 05
ÂNGULOS
CAPÍTULO 06
RE-ANCORAGENS
CAPÍTULO 07
DESVIO
CAPÍTULO 08
SALVA CORDAS
CAPÍTULO 09
RETENÇÃO DE TRABALHO E LINHAS DE VIDA HORIZONTAIS
CAPÍTULO 10
SISTEMA DE TRAVA-QUEDAS VERTICAL
CAPÍTULO 11
CORDAS TENSIONADAS
Ancoragem
OS PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS
INTRODUÇÃO
Nós da Rope Access Brasil estamos há alguns anos
produzindo conteúdo de acesso por
cordas/alpinismo industrial, com a missão de
entregar conhecimento através da internet, em
parceria com instrutores de acesso por cordas,
ajudando centenas de pessoas nessa área,
agregando valor e trazendo exatamente o que faz a
diferença para um profissional de acesso por cordas,
trazendo o completo domínio da área.

As pessoas que exercem trabalho em altura sabem o


quanto o Sistema de Ancoragem é imprescindível
para a segurança, seja para aqueles que trabalham
em alturas, ou para os aventureiros. Pois este é
responsável pela sustentação do indivíduo,
auxiliando na delimitação do seu posicionamento,
coordenando suas movimentações e protegendo
contra eventuais quedas que possam ocorrer.

Através desse conteúdo, você irá entender os


conceitos e princípios do Sistema de Ancoragem.
Ancoragem
OS PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS

O Básico: Conhecendo o Sistema de


Ancoragem.

O BÁSICO: CONHECENDO O
SISTEMA DE ANCORAGEM.
Sistema de Ancoragem é o nome que damos ao conjunto
de componentes que fazem parte do Sistema de Proteção
Individual contra Quedas (SPIQ). Ele é responsável pela
segurança, mobilidade e estabilidade do indivíduo, em
ambientes de trabalho ou de esportes. Consiste em
âncoras, dispositivos de ancoragem e equipamentos de
conexão.

A principal função do sistema de ancoragem é suportar a


força máxima aplicada durante uma queda. Os
componentes integrados do sistema mantêm o indivíduo
estável ​por meio de cordas e/ou cabos de aço - também
chamados de linhas de vida - que são suportados pela
estrutura fixa. Assim, possíveis quedas são evitadas.

Todos os modelos de dispositivos devem atender aos


requisitos mínimos de uso. O sistema deve passar por
inspeções regulares e deve ser instalado por profissionais
treinados como nível 3 de acesso por cordas, técnicos ou
engenheiro de segurança do trabalho .
É importante lembrar que o sistema de ancoragem ou
qualquer um de seus componentes não podem ser
modificados sem a aprovação por escrito do fabricante.
Isso ocorre porque as modificações podem afetar o
desempenho do dispositivo.

Além disso, os dispositivos de ancoragem não precisam


ser do mesmo tipo: por exemplo, a linha de trabalho pode
ser anexada a um olhal apropriadamente selecionado e
instalado.

Alguns dispositivos de ancoragem são projetados para se


deformar em baixas cargas para absorver energia. Antes
que esses dispositivos de ancoragem sejam utilizados, a
confirmação deve ser obtida junto do fabricante para que
eles sejam adequados para o uso do acesso à corda,
incluindo o resgate. Isso ocorre porque os dispositivos de
ancoragem deformáveis intencionalmente são geralmente
projetados para uma única carga de parada de queda e o
baixo carregamento contínuo experimentado em
atividades normais de acesso à corda pode causar
deformação prematura e afetar a função de absorção de
energia.

Os sistemas de ancoragem são utilizados para as


seguintes finalidades:

Proteção contra quedas;


Restrição de movimento;
Posicionamento de trabalho e acesso por corda.
O primeiro pré-requisito para uma boa ancoragem é distribuir
a força em pelo menos dois pontos de ancoragem. Para fazer
isso, temos que formar um ângulo entre os dois pontos que
nunca ultrapasse 60°. Qualquer ângulo maior que este (ângulo
de 60°) aumentará as tensões nos pontos de ancoragem em
vez de reduzi-los.

No exemplo abaixo, podemos ver a relação entre o grau de


cada ângulo e força que o peso da pessoa sendo sustentada
irá exercer, quanto mais próximo ao ângulo de 60°, mais
seguros os pontos, pois menor a força exercida

Outro fator importante para a segurança, são os nós que serão


utilizados, por diversas vezes, os entusiastas na área caem no
erro de achar que algo muito complicado de se fazer é
também a maneira mais segura, quando na verdade,
especialmente se você está começando, pode se tornar algo
perigoso, além de aumentar as chances de deixar algum erro
passar batido, e terminarmos com um acidente.

Os nós são essenciais para todas as atividades que envolvam


trabalho em altura ou esportes que exijam cordas para
diversas funções, como: seguro de carro, âncoras, tirolesas,
segurança de terceiros (segundo a corda), cordas de conexão e
atividade de resgate.
Vamos entender melhor para
que servem os nós levado em
consideração que sempre
devemos priorizar os
seguintes pontos:

Não podem ser desfeitos sozinhos;

Devem ser fáceis de fazer em todas


as situações e condições;

Devem ser fáceis de desembaraçar


mesmo depois de serem puxados ou
quando a corda estiver molhada.
Para que o nó não se desfaça sozinho por exemplo, é
fundamental que a ponta seja mantida em uma proporção
de pelo menos 10 vezes o diâmetro do cabo. Uma boa
prática é deixá-la em uma margem de segurança de
sempre 10 a 15cm para cordas maiores que 10mm de
diâmetro.

Para dominar o trabalho com nós, é necessário entender


completamente como executá-lo e aplicá-lo de maneira
correta.

Requer consciência e conhecimento de seu mecanismo de


funcionamento. Isto só é alcançado com treinamentos
constantes e regulares para não esquecer. A repetição trás
o aprendizado.

Confira meu material complementar, um


manual completo: Os Principais Nós da
Ancoragem.
Ancoragem
OS PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS

COMPONENTES DO
SISTEMA DE ANCORAGEM
COMPONENTES DO SISTEMA DE
ANCORAGEM:
Existem hoje, de acordo com o Anexo II da NR35, quatro
tipos de dispositivos, chamados de A, B, C e D. Sendo parte
dos grupos: as âncoras, dispositivos de ancoragem e
equipamentos de conexão.

É bem simples:

TIPO Dispositivo projetado para ser fixado a uma

A
estrutura por meio da estrutura em sí, ou de
um elemento de fixação. Os tipos mais
comuns são as placas e os olhais, são
construídos em materiais metálicos como o
aço carbono e o aço inox.

TIPO

B Dispositivo transportável tendo um ou mais


pontos de ancoragem. Esses dispositivos são
montados ao redor de uma viga, no marco de
uma porta ou janela ou no piso de alguma
estrutura, e não diretamente na estrutura. Os
dispositivos desse tipo podem ser metálicos
ou têxteis.

Não abordaremos os Tipos C e D, pois tratam


exclusivamente de situações de trabalho, as quais
tem suas normas regulamentadoras e setores
responsáveis, os assuntos referentes as técnicas
para segurança desses trabalhos são exaustivos
e de muita importância, não podendo ser
abordados de forma apenas rasa e prática.
Dos componentes:

As âncoras - são as estruturas naturais ou artificiais nas


quais o equipamento é montado. Árvores, Rochas, Prédios,
Postes, etc;

Dispositivos de Conexão - os dispositivos como as


cordas, ascensor, descensor e trava-quedas presos ao cinto;
Quando um conector que pode ser um gancho, um
conector ou um mosquetão é conectado diretamente à
estrutura (em oposição a ser conectado a um dispositivo
de ancoragem), torna-se um dispositivo de ancoragem.

Ao conectar qualquer conector diretamente à estrutura, é


preciso ter cuidado para evitar a possibilidade de um
carregamento lateral se o conector for submetido a uma
carga, por exemplo, o peso de uma pessoa ou a força
gerada em uma queda. Isto pode acontecer quando um
conector está ligado a uma estrutura vertical, e um poste
de andaime vertical ou uma treliça diagonal em um
mastro. Os conectores são fracos quando carregados
lateralmente.

É importante que um tipo apropriado de conector seja


selecionado quando a intenção é conectar-se diretamente
a uma estrutura. Um exemplo é um gancho de andaime,
que é um conector de ancoragem especial, mas comum,
com ums grande abertura para permitir a fixação em
barras e tubos de diâmetro largo, como pólos de andaimes,
e tem uma forma para acomodá-los.
Os mosquetões - Peça responsável por unir a corrente/
fio ao objeto que fica preso a ela, sendo ele o usuário ou a
estrutura de ancoragem, eles devem ser de um material
resistente como metal, por ex;

Polias - As polias servem para mudar a direção e o sentido


da força com que puxamos um objeto (força de tração).
Facilitando a realização de algumas tarefas, dependendo
da maneira com que elas são interligadas. Em alguns casos
um mosquetão pode servir de polia.

Cordas -Sendo um dos principais componentes de todo o


Sistema, as cordas desempenham a principal das funções:
garantir que o usuário esteja seguro e tenha boa
mobilidade durante a prática. As cordas, no geral, devem
ser certificadas pela UIAA (União Internacional das
Associações de Alpinismo). Devemos sempre analisar suas
características, pois cada uma serve para uma atividade
diferente, analisamos sempre, a elasticidade, espessura e
comprimento, e a resistência do material das cordas.

As cordas devem estar sempre em bom estado, avalie suas


pontas e apalpe seu comprimento, verificando se não
possuem falhas, pois podem arrebentar ao meio se
estiverem com falhas quando submetidas a pressão/pesos.
Elas podem ser diferentes, mas são todas compostas por
fios de nylon.
Em questões de espessura, as cordas tem as mais variadas
espessuras que se adequam as suas funções, sendo que o
diâmetro indicado e padrão das cordas, comumente vai
de 9.4 à 10.5mm. PRESTE SEMPRE MUITA ATENÇÃO, pois
cordas ACIMA DE 11MM, são mais pesadas, e alguns freios
de segurança, não suportam. Por isso é necessário verificar
as especificações dos equipamentos.

Elas precisam ter na etiqueta as seguintes informações:


Valor máximo de impacto suportado pela mesma e
quantidade de quedas que a mesma suporta.

Elas se dividem em três categorias de elásticidade, sendo


elas:

Estáticas: devem ser apenas cordas auxiliares, são mais


rígidas e não absorvem impactos com facilidade, mais
usadas também para montar tirolesas, por ex.

Semi-estáticas: usadas para atividades como rapel,


escalada de canyons etc, elas não devem ser usadas
como trava-quedas por exemplo;

Dinâmica: ela possui uma maior elasticidade, e é muito


usada em escaladas especialmente porque em
situações de queda, é ela que vai permitir que vc tenha
uma absorção de impacto, sem que a corda se rompa.

Eslingas de Ancoragem - Podem ser utilizadas eslingas


de ancoragem onde não existam ancoragens adequadas
às quais as linhas de ancoragem podem ser conectadas
diretamente
Cadeirinha de Escalada - apesar de existirem diferentes
tipos de cadeirinhas de escalada, em sua maiora elas são
todas compostas da mesma forma, podendo ter variações
quase imperceptíveis, as partes que compões são:

Barrigueira: parte da cadeirinha que fica na altura da


cintura, apoiando a região lombar e abdominal, tem dois
tirantes, um cada lado, que permitem os ajustes em seu
tamanho;

Raques: ficam presos a barrigueira, são os porta


equipamentos da cadierinha, o numero de raques de uma
cadeirinha pode variar, não tendo grande capacidade de
carga, suportanto um máximo de 5kg, distribuidos;

Trail Line Loop: serve para cargas maiores, cordas de


reboque, furadeiras etc. Por ter uma capacidade maior, não
corre o risco de estourar.

Loop: conector que serve de elo para as pernas da


cadeirinha

Alças do Loop: espaço que é usado para passar o loop e a


corda de retenção de quedas.

Perneiras: parte da cadeirinha que prendemos nas pernas,


ambas tem os regulamentadores para tamanho.

!!AS CORDAS DE CONTENÇÃO JAMAIS DEVEM SER


PASSADAS DIRETAMENTE NO LOOP, SEMPRE DEVE
SER FEITO NAS ALÇAS!!
Cadeirinha de Salvamento - Ela é bem mais parruda
que a cadeirinha de escalada, e é bem semelhante que a
de escalada, possuindo os raques, trail line loop, loop de
conexão. Ela é construída com foco no conforto do
socorrista, é mais pesada, suas alças são maiores e ela é
feita pra suportar um peso maior.

Ela é mais indicada para escalas, especialmente porque o


socorrista pode ter que escalar para realizar o socorro.

O Trail Line Loop dela, pode ser usado para ancoragem


estática.

!!AS CORDAS DE CONTENÇÃO JAMAIS DEVEM SER


PASSADAS DIRETAMENTE NO LOOP, SEMPRE DEVE
SER FEITO NAS ALÇAS!!

Cadeirinha de Rapel - a sua principal diferença para as


outras é que ela não tem o loop como conetor para as
pernas, antes, ela já vem com as pernas e a barrigeuria
construidas juntas, o loop é removido porque no rapel, não
existe a necessidade do sistema de contenção de quedas,
ser feito diretamente na cadeirinha, ele é avulso.

Também não possui: Raques e Trail Line Loop.


Capacete de Escalada - apesar de ser um equipamento
evitado por muitos usuários por ser considerado pesado, é
de extrema importância para a segurança. Ele deve estar
de acordo com a norma europeia 12492 ou com a UIAA,
essas especificações de darão a certeza de que o material é
de qualidade.

O capacete deve ser de casco rígido se você quer um


capacete de maior durabilidade e vai escalar locais mais
complexos, e o de casco mais flexível, se você quer algo
mais leve, prático e para
escaladas menos complexas.
Ele sempre deve ter o forro,
as fivelas e as cremalheiras
para ajuste!

Ao lado, segue exemplo de como se


comportam os componentes do
sistema de ancoragem, quando em
uso.
Ancoragem
OS PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS

ANCORAGENS NATURAIS:
O QUE SÃO E SEUS TIPOS.

ANCORAGENS NATURAIS: O QUE


SÃO E SEUS TIPOS.
Apesar de não existir uma fórmula simples para avaliar a
força das ancoragens naturais. Sabemos que é possível e
de forma muito segura. O uso desses tipos de ancoragens
depende da experiência dos usuários e, às vezes, da
avaliação por um engenheiro e / ou outros especialistas. A
seleção de ancoragens naturais adequadas, como árvores,
características das rochas, picos ou boltéros, para a
colocação de slings de ancoragem requer que se faça uma
boa analise, se possível um estudo do local, tipo de solo,
rocha, resistência da madeira no caso das arvores para
que se saiba particularmente o quão estáveis os meio são.

As árvores por exemplo, diferem em sua capacidade de


suportar cargas aplicadas no tronco e/ou ramos de acordo
com: espécie, tamanho e período do ano.

A atenção deve ser dada não só à integridade do tronco ou


ramo ao qual se pretende a fixação da ancoragem, mas
também à integridade da raiz. A ruptura, divisão ou
ramificação do tronco, tronco ou ramos mortos,
crescimento de podridão e fungos, atividade excessiva dos
insetos e distúrbios do sistema radicular podem ser
indicadores de que a árvore não é adequada para o uso de
ancoragem.

As rochas a serem utilizadas como ancoragens


normalmente devem ser parte do rochedo e não devem
apresentar sinais de fratura ou outro defeito que possa
causar sua falha, queda/desprendimento. Podem ser
utilizados grandes pedregulhos se uma avaliação de risco
indicar uma integridade suficiente.
A área de contato, ou seja a superfície das rochas, deve ser
áspera o suficiente para travar os equipos, mas jamais
abrasiva a ponto de danificar o material. As bordas afiadas
devem ser evitadas ou pelo menos protegidas.
Dependendo do uso preciso pretendido, deve considerar-
se a possibilidade de que a eslinga da ancoragem possa ser
levantada inadvertidamente do recurso de rocha durante
qualquer movimento para cima.

Exemplo de ancoragem natural em arvores:


Ancoragem
OS PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS

PROTEÇÃO DE
LINHAS DE
ANCORAGEM
PROTEÇÃO DE LINHAS DE
ANCORAGEM
Uma vez que tenha sido estabelecido que o acesso de
corda é um sistema de acesso apropriado e os perigos
foram identificados, e tomadas as decisões e ações ideais
para o caso, mais confiável vai ser o sistema de proteção.
Essa analise de situação é muito importante pois nem
sempre, a proteção de bordas se faz necessária, sendo
assim, nós temos três importantes pilares quando se trata
desses riscos:

Remover o perigo sempre que possível;


Evitar o perigo;
Proteger o equipamento e os usuários.

Ao analisar a área procure por todos os possíveis riscos que


fiquem no caminho da linha de ancoragem, levando em
consideração a duração da tarefa de acesso à corda, inclua
também todos os cenários para um potencial resgate, de
forma que os dispositivos permitam movimentos verticais
e transversais as linhas de trabalho e de segurança, tanto
quando estiverem em carga, quanto quando sem.

Considere também as consequências caso haja falhas na


linha de trabalho, e os meios para remediar as mesmas,
como a extensão da linha de segurança: e linhas de
ancoragem paralelas a ela que possam se mover em
resgates.
Aqui estão os perigos que devem ser levados em
consideração na proteção das linhas de ancoragem:

Bordas afiadas
01 sejam de aços, pontas danificadas da estrutura,
pedras afiadas, fachadas de vidro;

Cantos abrasivos:
02 superfícies como imitações de pedras, pontas
de rochas, estruturas corroídas;

Galerias e áreas
03 cortantes:
como bueiros escotilhas e portinholas;

Fontes de calor:
04 em detrimento do risco de derretimento, como:
tubos quentes, gases de escape, iluminação;

Trabalho a quente:
05 como soldagem ou corte;

Substâncias corrosivas
06 tais como: depósitos químicos ou
derramamentos;

Ferramentas como:
07 trituradores de ângulo, motosserras, lanças de
ultra-alta pressão, blasters de areia, brocas de
energia.
Tendo em vista estes pontos, lembre-se sempre que
quando for possível a eliminação dos perigos a mesma
deve ser feita, como por exemplo a remoção de
áreas/cantos abrasivos e/ou cortantes, possíveis pontos
soltos, ou má fixados, e em casos onde há fontes de calor,
pode-se isola-las de forma que não comprometam o
dispositivo.

Caso não se faça possível a eliminação dos mesmos,


instale os dispositivos de forma a evita-los.

Em todos os casos, o dispositivo de ancoragem, e os seus


usuários, sejam eles em um ambiente controlado
(situações de trabalho) seja em um ambiente mais livre,
escaladas, rapel e outras práticas esportivas, estejam
sempre protegidos da melhor forma possível.

Os itens que promovem essa proteção são:

As almofadas de borda geralmente são presas à estrutura,


permitindo que grandes áreas sejam protegidas, como também
o movimento lateral realizado pelo técnico em acesso por corda.

O protetor de corda fornece proteção limitada quando a corda


está amarrada na borda. Ao usar um protetor de corda, a corda
não deve se mover lateralmente ao longo da borda, pois isso
poderá causar um erro catastrófico do protetor e das cordas.

Ao usar o protetor de corda é importante fixá-los na posição no


lugar para que não se solte e nem seja desalojado. Quando o
protetor de corda for instalado, este deve ser colocado de forma
que não escorregue da corda.

Protetor de corda. Proteção de borda. Almofada de borda.


Para facilitar essa inspeção, e garantir que você
terá maior segurança, elaborei esse fluxograma,
com os passos a serem seguidos para eliminação
e minimização de riscos:

Inspeção dos equipos.

Seleção dos pontos de


ancoragem a serem usados.

Fixação das cordas de


ancoragem.

Identificar a necessidade e instalar


o sistema de proteção de bordas.

Identificar qualquer abrasão e


instalar sistema para eliminar ou
proteger.

Instalar proteção sobre qualquer


equipo que apresentar perigo.

Identificar e instalar proteção de


corda abaixo da area de trabalho.
Ancoragem
OS PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS

ÂNGULOS
ANGULOS
Todos os técnicos em acesso por corda devem entender
sobre os ângulos de amarração e como o ângulo dentro do
gancho Y afeta as forças transmitidas aos pontos de
ancoragem. O ângulo de amarração deve ser agudo ou
seja, fechado, menor que 90 °, o ângulo máximo normal
de atracação é de 120°.

Nesse ângulo, todas


as forças do sistema
são iguais. Quanto
maior o ângulo,
menor a distri-
buição de força e
após 120 ° a força
começa a aumen-
tar, sendo multipli-
cada e não mais
dividida.

Da mesma forma,
quanto menor o
ângulo, mais bem
distribuídas as
forças, em ângulos
menores que 60° a
força em cada
perda é até 50%,
pois esta bem
distribuída.
Existem duas formas de posicionar o sistema
dentro desses ângulos, são elas:

ÂNGULO PEQUENO Y:
O gancho Y é usado quando a carga precisa ser distribuída
em dois pontos de ancoragem diferentes ou quando as
cordas precisam ser colocadas em uma posição específica.
O Gancho Y Pequeno é usado quando as ancoragens estão
muito longes para o sistema básico de ancoragem. O Nó
de Borboleta é fixado mais abaixo na corda e pode ser
fixado a um segundo ponto de ancoragem. O nó pode ser
ajustado para carregar uniformemente ambos os pontos
de ancoragem ou mover a corda para a posição desejada.
Alternativamente, você pode usar um nó duplo de oito
para obter um pequeno Y pendurado.

ÂNGULO GRANDE Y:
Se o Y estiver preso a uma ancoragem a uma distância de
1,5 m ou mais, isso é considerado um ângulo Y largo. O
gancho Y largo é equipado com um sistema de ancoragem
duplo. Diferente do y pequeno, ele requer duas cordas e
dois mosquetões em cada lado do gancho em Y. O uso da
ancoragem dupla nesse caso é necessário para proteção
em casos de possíveis oscilações causadas por falhas em
algum item.

Ângulo Pequeno Y Ângulo Grande Y


Ancoragem
OS PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS

RE-ANCORAGENS
RE-ANCORAGENS
O procedimento deve ser feito para evitar riscos ou para
posicionar os técnicos de acesso pela corda mais próxima
da área de trabalho. É quando é criado um segundo ponto
de ancoragem, com o primeiro ainda instalado e
funcionando, serve para fazer esses pequenos ajustes do
índividuo.

A re-ancoragem também pode ser usada para encurtar o


comprimento da queda em várias gotas menores para
limitar o alongamento da corda em longas distâncias. Ao
re-ancorar, o tamanho dos laços deve ser considerado. Se o
laço for muito pequeno ou muito apertado, será difícil
passar pela re-ancoragem.

Exemplo de re-ancoragem.
Ancoragem
OS PRINCÍPIOS
E
FUNDAMENTOS

DESVIO
DESVIO
O desvio é um método de amarração que possibilita que haja
um redirecionamento do caminho das cordas. Elas podem ser
desviadas a fim de fornecer uma precisão no posicionamento
para o técnico, evitando perigos no acesso por cordas.
Diferente das re-ancoragens, os desvios proporcionam o
posicionamento com um sistema montado para resgate. Em
determinada estrutura suspensa de forma contínua, ou para
restringir o movimento, um conjunto de desvios poderá ser
utilizado.

Os desvios são divididos em 2 tipos:

ANCORAGEM ÚNICA DE DESVIO


São utilizadas com a finalidade de desviar as cordas apenas por
meio de um ângulo pequeno. Esse tipo de desvios são
adequados apenas quando sua falha não resultar em
consequências graves - tais como um grande balanço em uma
estrutura ou em caso de contato direto com uma borda afiada
- sendo assim, normalmente sua montagem é como um
sistema de ancoragem único.

ANCORAGEM DUPLA DE DESVIOS:


Esse tipo de desvio, serve para desviar as cordas por
determinado ângulo e distância superiores ao tipo anterior e
ancoragem e desvio. Permite também que as cordas e o
usuário estejam protegidos contra possíveis grandes perigos -
tais como uma borda afiada ou grande balanço sofrido em
uma estrutura.

Tal desvio utiliza um sistema de ancoragem dupla, com


ancoragens devidamente classificadas e componentes de
conexão, para fornecer proteção contra falha de qualquer item.
Quando um grande ângulo é criado, os usuários devem
considerar se uma re-ancoragem pode ser mais apropriada.
EXEMPLO DOS DESVIOS
SALVA CORDAS
SALVA CORDAS
O uso de um salva cordas faz com que as cordas possam
ser recuperadas após o trabalho ser concluído.

Um salva cordas é usado geralmente no final de um


trabalho de escalada auxiliar, de modo que seja fácil de sair
da área de trabalho e também para evitar a escalada de
volta. Quando montar um salva corda, é fundamental
algumas considerações, como a proteção adequada do
cabo.

Contudo, isso deverá ser feito de maneira que permita que


as cordas sejam puxadas para baixo. É imprescindível que
os usuários desse sistema estejam sempre do lado certo.
Em uma transferência de uma passagem, o ideal é manter
um ponto de fixação que seja separado na estrutura. Por
fim, evite carregar os mosquetões sobre uma borda, mas
se isso for inevitável, malhas rápidas podem ser mais
aconselháveis a serem utilizadas.
RETENÇÃO DE TRABALHO E
LINHAS DE VIDA
HORIZONTAIS

RETENÇÃO DE
TRABALHO E LINHAS DE VIDA
Os sistemas de retenção de trabalho deverão ser
montados de maneira correta para que evite que os
técnicos que estejam em acesso por cordas estejam em
uma posição que possa ocorrer uma queda. Quando esse
sistema é usado, o uso de apenas uma única corda já
pode ser aceitável.

Já quando as linhas de vida horizontais são utilizadas é


para a suspensão total de um técnico por acesso em
cordas, logo um sistema de corda dupla deverá ser
instalado também.

No momento que o sistema de retenção é montado em


uma longa distância, pode ser julgado como preciso o uso
de ancoragens intermediárias como suporte e também a
fim de limitar a quantidade de deflexão para que quedas
possam ser prevenidas.

A instalação dos sistemas de retenção devem ser o mais


alto possível, mas que ao mesmo tempo possam alcançar
os trabalhadores. Além disso, os sistemas de restrição
podem ser fixados à corda de segurança horizontal ou aos
pontos de ancoragem com a finalidade de permitir que o
técnico se amarre a outro em direção a uma borda que
seja desprotegida.
SISTEMA DE TRAVA-
QUEDAS VERTICAL

SISTEMA DE
TRAVA-QUEDAS VERTICAL
O sistema de travamento de queda vertical é tipicamente
montado em escadas e estruturas de treliça aberta para
fornecer aos trabalhadores com acesso por cordas um
sistema trava-quedas temporário enquanto eles acessam a
área de trabalho.

O utilizador irá se conectar a este sistema com um


adequado dispositivo de travamento de queda que irá
bloqueá-lo automaticamente caso isso ocorra. As quedas
serão reduzidas ao mínimo e o desvio da escalada vertical
será limitado. Os sistemas temporários são compostos por
cordas, mas são utilizados sistemas de arame e trilhos
permanentes.

O trava-quedas vertical pode ser usado como


uma alternativa para o talabartes trava-
quedas ou cabos de segurança auto
retráteis.

O sistema de segurança vertical pode ser


usado para que se crie um ponto de
ancoragem móvel para proteção contra
quedas. Podem ser fixos (cabo ou trilho). ou
ainda temporários (cabo têxtil ou tela).

Ao usar os sistemas de proteção temporários


contra quedas baseados em corda, considere
os efeitos de bordas afiadas e abrasivas em
todos os pontos de ancoragem e o usuário.

Quando um trava-quedas vertical é usado,


ele pode ser montado como modelo
"dispositivo salva-vidas" ou modelo
"removível".
CORDAS TENSIONADAS

CORDAS TENSIONADAS
As cordas tensionadas servem para garantir que em casos
de queda, acidental, o peso não seja multiplicado pela
gravidade, por meio da tensao das cordas que garnatem a
estabilidade do técnico. E em casos onde ha quedas
planejadas, como escaladas guiadas e rapel, é fundamental
que se use uma corda dinâmica.

As cordas podem ser usadas horizontalmente para


atravessar a estrutura, ou diagonalmente para redirecionar
o caminho de descida. Elas geralmente são fixadas com
uma extremidade de cordas fixadas na posição, enquanto
a outra é colocada por um descensor que é usado para
permitir que as cordas sejam esticadas e sejam liberadas
conforme necessário.

As cordas são tensionadas por um sistema de 3 polias: 1


puxada por 1 pessoa manualmente. É importante avaliar a
tensão das cordas, para que não excedam sua capacidade,
e não distribuam carga indevida sobre os pontos de
ancoragem.

Ao amarrar as cordas tensionadas, o técnico deve prestar


atenção especial ao ângulo de amarração, como também
as forças de ancoragem e as cargas de trabalho seguras do
equipamento em uso.
EXEMPLOS DE COERDAS TENSIONADAS, E DA IMPORTÂNCIA DA
DISTRIBUIÇÃO DO PESO EM ATÉ DUAS CORDAS.
PRÓLOGO
Espero que esse conteúdo seja proveitoso em
todos os ambitos possiveis para você!!

Muito obrigada por ter nos acompanhado até


aqui, esperamos que esse material
acompanhe você em suas próximas aventuras
e trabalhos!

Confira também nossos outros materiais e


cursos, de forma a ter o melhor aprendizado
possível!

Clique no e-book desejado


e seja direcionado!

Você também pode gostar