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Curso

Instrutor de Treinamentos da
NR 35
Curso de Formação de Instrutor de Treinamento NR 35 Trabalho em Alturas
Demonstrar de forma clara e abrangente como o aluno deve transmitir todos os dispositivos
normativos que regem o assunto sobre o trabalho em altura, capacitando-o em um instrutor do qual
alcançara a Proficiência mencionada na NR 35 e se aprimorará a formar pessoas a trabalharem com
segurança, sabedoria e com os devidos cuidados neste ramo de atuação.

Objetivo
Proporcionar ao Profissional da área a se qualificar e se formar como instrutor de treinamentos
voltado única e exclusivamente para o Trabalho em Alturas, conforme determinação da NR 35 do
Ministério do Trabalho.

Formação (autorização para ministrar treinamentos)


Dentro das empresas (Inicial, Periódico e Eventual de NR 35);
Treinamento Periódico – Bienal;
Curso Básico de NR 35 – Integração 8 horas;
Curso de NR 35 – Extracurricular

Publico alvo
Destinado a profissionais Técnicos, Tecnólogos, Engenheiros de Segurança do Trabalho, para se
habilitarem como Instrutores de Treinamentos Obrigatórios conforme as determinações da NR 35;

Vamos observar o texto da NR 35.3.6


O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob
a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

Regimento e validade do curso


Os cursos livres tem como base legal o decreto presidencial 5.154, de 23 de Junho de 2004, Art. 1º
e 3º e Portaria 008, de 25/06/2002, publicado no Diário Oficial da união de Santa Catarina Nº 16.935
em 27/06/2002.

O curso de instrutor de treinamento para trabalho em altura não serve para qualificar
instrutores, mas para garantir de forma legal e fiscal a aquisição da proficiência, cuidado,
pois o que temos é uma máfia de curso de instrutores que não se preocupam em cumprir os
requisitos legais e normativos.

Proficiência = Conhecimento completo no assunto. Conhecimento prático, domínio da matéria.

Proficiência é:
1 – Conhecimento progressivo;
2 – Habilidade dinâmica e,
3 – Experiência contínua comprovada.
COMO SE COMPROVA A PROFICIÊNCIA:
Existem várias formas de comprovar a proficiência, essas formas variam muito
dependendo do fiscal, empresa ou autoridade que a exige.

Algumas formas de evidenciar proficiência são:


 Certificados de cursos de capacitação presencial;
 Fotos de participação eventos relacionados a sua área de atuação;
 Declaração de participação de eventos e organizações da área;
 Atividades esportivas relacionadas a sua área;
 Experiência na carteira com função na área;
 Recomendações de profissionais e empresas da área;
 Parcerias com entidades e instituições especializadas.

Nota Técnica do Ministério do Trabalho sobre PROFICIENCIA:

http://nwn-downloads.com/wp-content/uploads/2015/06/Nota-
Informativa_Proefici%C3%83%C2%AAncia.pdf

Vamos explicar melhor...


1 – Conhecimento progressivo;
Não se trata de uma única formação ou um certificado especifica, conhecimento é como uma fonte
inesgotável, quanto mais se mergulha, mais tem água para mergulhar, quanto mais você se capacita,
mais proficiência você adquire, melhor será a sua atuação como um instrutor.

2 – Habilidade dinâmica;
Tudo que você aprende em sala de aula, precisa colocar em prática, somente a prática leva a
perfeição, o que você não pratica logo se esquecerá do que foi aprendido e a forma correta de fazer,
por isso é importante, estar sempre praticando, de uma forma ou de outra, não pode parar, pois
senão seria uma proficiência estática, parada, se a chamamos de dinâmica, cada próxima vez tem
que ser melhor que a vez anterior.

3 – Experiência contínua comprovada;


É indispensável que aquilo que você ensina, tenha experiência para isso, viva isso, pratique isso e
faça isso com frequência, ou seja, não posso pedir meus alunos para fazerem algo que eu não faço
pelo simples fato de eu ser instrutor ou professor, tudo que exijo dos outros, tenho que ser exemplo
para eles, e bom exemplo para variar, pois existem alunos que conhecem melhor que os professores.
Como posso adquirir proficiência para uma área especifica:
Simples, precisa se especializar, definir o que você quer da vida e seguir o caminho
que você escolheu sem olhar atrás ou aos lados, pois o caminho da proficiência é
bem longo e complexo, portanto, trace um plano, uma meta e um objetivo, saiba o
que é necessário para ser um bom profissional na área que você escolheu, lute por cada objetivo
traçado, se especializando até que consiga dominar o assunto, então terá verdadeiramente adquirido
proficiência.

Para a Norma Regulamentadora de N° 35 do MTE traçamos um caminho longo de capacitação que o


batizamos com nome de ciclo de desenvolvimento profissional e os cursos mais relevantes e
importantes para aquisição da proficiência e domínio do assunto, estão relacionados abaixo:

Sup. NR 35 Instrutor RTV-I/U APH

S
B
NR 35 PROFICIÊNCIA V

Alpinismo Ancoragem Inspetor SBV

INSTRUTOR E INSTRUTOR DE CURSOS DA NR 35:

Técnico ou Engenheiro de Segurança?


Quando se trata de profissional qualificado em Segurança do Trabalho, é indiferente dizer
Técnico ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, pois ambos precisam ter a exigida proficiência, já
legalmente habilitado refere-se ao profissional de engenharia;

Vamos ver o que diz a norma...


Vamos observar o texto da NR 35.3.6
Sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

O bom instrutor possui características além da proficiência, sabia?


Vamos ver algumas delas indispensáveis:
• Didática simplificada e descomplicada;
• Responsabilidade acima de tudo;
• Espirito Crítico e Iniciativa;
• Controle Emocional e Vocal;
• Atenção e Percepção;
• Saber formular perguntas;
• Dar atenção aos alunos;
• Empatia e simplicidade;
• Variar a situação de estímulo;
• Saber simular situações;
• Proporcionar Visão Sistêmica e Cuidados com os temas abordados;
• Propiciar Experiências Integradas.
E A DIDÁTICA DO CURSO:

Para se tornar um bom instrutor você deverá aprender bem de como passar seus
conhecimentos aos seus alunos, ou seja, você deverá ter a sua didática bem
determinada e isso você vai aprender com as técnicas que veremos logo mais e principalmente com
a prática, veja:

Didática é um ramo da ciência pedagógica que tem como objetivo ensinar métodos e técnicas que
possibilitam a aprendizagem do aluno por parte do professor ou instrutor;
Deve ser clara, focada e objetiva, não pode haver desvios do conteúdo;
Os elementos da didática são:

• O Instrutor (Professor);
• O Aluno (Aprendiz);
• A Disciplina (Matéria ou conteúdo);
• O Contexto da aprendizagem;
• As estratégias metodológicas;

Padrões e aplicações do curso:


Cuidado para não fazer um curso fantasiado em ilusões, no que ouviu falar, no que fez seu colega e
deu certo, lembre-se que cada situação é uma situação diferente da outra, cada curso deve ser
preparado e aplicado para aquilo que foi contratado, ser realista, direto e objetivo, nada de baixar
materiais da internet, pedir aos colegas que te envie, o bom instrutor deve montar seu próprio curso
para cada situação, desde que tenha domínio e proficiência comprovada para isso, caso não tenha
domínio do assunto, não arrisque, trata-se da vida sua e das pessoas, passe a frente para quem
competentemente possa ministrar, faça parceria e peça que a pessoa permita você de participar
cortesia e aprender mais.

Os campos de aplicações de trabalhos em alturas:


Existem vários campos onde se aplicam trabalho em alturas, vamos falar dos principais e mais
frequentes:

Doméstico;
Urbano;
Industrial;
Construção;
Esportivo;
Natural;
Marítimo;
Aéreo.
ESTES CAMPOS ENVOLVEM AS MAIS VARIADAS NORMAS E LEGISLAÇÕES
VIGENTES, VEJAM:

Eletricidade;
Máquinas e equipamentos;
Caldeiras, silos e vasos de pressão;
Montanhas e paredões rochosos;
Navegação de alto nível;
Helicópteros, aviões e monomotor;
Competições esportivas;
Prédios e áreas construídas;
Casas e residências;
Calor, frio, vibração e outras;
Gases tóxicos, poluentes e outros;
Incêndio e catástrofes;
Desabamentos.

A pergunta é:

Você está preparado para assumir uma responsabilidade desse contexto e ainda liberar pessoas para
que possam executar atividades nestes ambientes e situações perigosas?

Ufa!
Quanta coisa vimos até aqui...
Na aula de amanhã vamos aprender muito mais, mas ainda temos algumas coisas que aprender
nesta aula de hoje, veja:

Alturas é a definição de um agrupamento de requisitos e conceitos, vamos ver alguns deles...

 Condicionamento físico (sedentarismo, avaliação atual de saúde, ASO e peso do trabalhador);


 Planejamento do trabalho a ser executado (tarefas, riscos, recursos, prazos e equipes);
 Equipe de trabalho preparada e capacitada (divisão das tarefas e metodologia aplicada);
 Conhecimento de métodos e técnicas de execução (simplificar com recursos e equipamentos);
 Recursos necessários para a realização das tarefas (inspeção, conferência, verificação);
 Gestão de documentação para autorização do trabalho (ASO, PET, APR, PGR, PAE, MFO);
 Equipe de resposta a emergências e resgate em alturas (preparo, recursos, simulados);
 Experiência e simplicidade na execução do trabalho e resolução de problemas;
 Supervisão para as equipes de trabalho (formação, habilidade, conhecimento).
Processo de liberação do trabalhador para executar atividades em alturas:

Sempre que possível, no planejamento, deveremos evitar o trabalho em altura,


adotando sempre outros meios alternativos de execução do mesmo;

Se tiver que tirar os pés do chão, deverá haver medidas que impossibilitem a queda do trabalhador e
garanta sua segurança e proteção durante as atividades;

Todo trabalho em altura será planejado, organizado e executado por trabalhador CAPACITADO e
AUTORIZADO;

Considera-se TRABALHADOR AUTORIZADO para trabalho em altura aquele que capacitado e cujo
estado de saúde foi avaliado, considerado apto para executar esta atividade e que possua anuência
formal da empresa regular;

O trabalhador em altura deve ser avaliado quanto aos fatores psicossociais e submetido a exames
médicos voltados as patologias que poderão originar MAL SÚBITO E QUEDA DE ALTURA;

Depois de avaliado e aprovado, o médico examinador ou coordenador do PCMSO deverá registrar na


ASO – Atestado de Saúde Ocupacional a aptidão do trabalhador;

Os exames e a sistemática de avaliação do estado de saúde dos trabalhadores são partes integrantes
do PCMSO da empresa, devendo estar nele consignados levando em conta também o PPRA;

O empregador deve garantir que a avaliação da saúde seja feita periodicamente considerando cada
tipo de risco inerente e envolvidos em cada situação.

Diferenças entre trabalhador capacitado e trabalhador autorizado:


Considera-se TRABALHADOR CAPACITADO para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, com conteúdo
programático estabelecido na NR-35 item 35.3.2.

Estabelece a necessidade de implementação de programa de treinamento envolvendo, além do


treinamento inicial, treinamento periódico bienal.

Considera-se TRABALHADOR AUTORIZADO para trabalho em altura aquele capacitado, cujo


estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua
anuência formal da empresa.

Mal Súbito:
Perda da Estabilidade Hemodinâmica e/ou Neurológica

QUADRO CLÍNICO:
Síncope, Desmaios, Hipoglicemia, Vertigens, Tremores, Convulsão, Perda da Visão, Falta de ar,
Sudorese, Náuseas e Vômitos, Forte Crise de Ansiedade, Alteração do nível de Consciência ou Pânico,
Quadro Infeccioso.

CAUSAS:
Diabetes Mellitus, Alcoolismo, Drogas Ilícitas, Medicamentos, Tabagismo, Arritmias Cardíacas,
Estenose Aórtica, Arterial Coronariana, Carotídea, Epilepsias, Tumores, Fadiga, Estressores Psíquicos,
Doença Mental descompensada.
AVALIAÇÃO CLÍNICA:

Exames para estimar a Probabilidade de um Evento Clínico.


1.1 – Anamnese Ocupacional
1.2 – Exame Físico
1.3 – Exame Mental
1.4 – Exame de Equilíbrio.

Exames Complementares
Hemograma;
Glicose / Hemoglobina Glicada;
Lipidograma Completo;
ECG;
EEG;
Provas Função Hepática;
Acuidade Visual;
Acuidade Auditiva;
Uréia – Creatina – Clearance Creatinina;
Protoparasitológico;
Eco – Holter – Doppler Carótida e Vertebrais.

Ficar pendurado pelo cinto de segurança gera a suspensão inerte, quando a parte inferior do cinto de
segurança, que se prende às pernas, impede a circulação do sangue e este se acumula nelas. Se
estas não se movem, o sangue fica lá e o coração não consegue bombear o sangue para a cabeça
provocando a intolerância ortostática que se caracteriza por atordoamento, tremor, fadiga, dor de
cabeça, fraqueza e desmaios.
Suspensão prolongada causada por sistemas de detecção de quedas pode causar a intolerância
ortostática que, por sua vez, pode resultar em perda de consciência seguida por morte em menos de
30 minutos.

Aspectos Físicos
É recomendado que o profissional envolvido com atividades em altura pratique atividades físicas
regularmente. Seja praticando corrida ou caminhada, esportes como futebol, natação, escalada, etc,
ou frequentando academia.
Realizar alongamentos antes de executar qualquer serviço pode ajudar a musculatura e o corpo a se
preparar melhor.
Não faça uso de drogas e álcool, é preciso que o trabalhador tenha todos os sentidos funcionamento
muito bem na hora de trabalhar.
Os exames clínicos periódicos devem estar em dia, como eletrocardiograma, eletroencefalograma,
labirintite e outros.

Aspectos Psicológicos
É recomendado que todos os trabalhadores realizem um exame psicológico completo, para
temperamento, distúrbios de comportamento, acrofobia (medo excessivo de altura), dentre outros. O
trabalhador precisa estar bem preparado psicologicamente para atividades em altura em prol da sua
segurança e de toda equipe.

Aspectos Técnicos
Através de treinamentos específicos e palestras o profissional pode aprimorar ainda mais suas
habilidades se tornando assim mais capacitado. É recomendado que o profissional já certificado
realize o curso de reciclagem antes do período de 18 meses.
SISTEMAS DE IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHADOR:

Obrigatoriamente a empresa deverá estabelecer sistema de identificação que permita


a qualquer tempo e qualquer situação conhecer a abrangência da autorização de
cada trabalhador, existem vários meios de identificação, tais como:
• Estampa no uniforme;
• Crachá contendo informações e tipo sanguíneo, mas sem cordinhas e jacarés;
• Carteirinha funcional que é a melhor opção, etc..

Trabalho em altura básico x Trabalho alpismo industrial


Saiba o que é a NR 35 para trabalho em altura. De acordo com a Norma Regulamentadora nº35
(NR 35), todas as atividades profissionais que exigem que o trabalhador fique em alturas superiores
a dois metros — seja em andaimes, plataformas ou escadas — são consideradas trabalho em
altura.

A Técnica de Acesso Por Cordas, também conhecida como Alpinismo Industrial ou Escalada
Industrial, já usada no mundo a pelo menos 20 anos, principalmente Europa e Estados Unidos, vem
crescendo dentro da indústria no Brasil e conquistando sucesso por proporcionar segurança, redução
de tempo e menor custo dos serviços.
Com a evolução das práticas e procedimentos dando cada vez mais ênfase ao tema segurança, as
indústrias do Petróleo, Química e Petroquímica, tem se ancorado nas técnicas de acesso face aos
custos atuais, e da necessidade de garantia total da inspeção e manutenção dos equipamentos, onde
muitas vezes a forma geométrica deste é um fator que dificulta a execução das tarefas.

Glossário de alpinismo industrial:


Ancoragem - local da estrutura que oferece sustentação para os sistemas de segurança contra
quedas. É onde são aplicadas as forças no caso de uma queda, tração, suspensão ou
posicionamento.
Ascensor - dispositivo que, engatado à corda, permite deslocamento em corda fixa, içamento de
cargas e auto-segurança.
Auto-resgate - conjunto de técnicas que permitem a evasão da via em uma situação de
emergência.
Backup - ponto de ancoragem extra, necessário para a segurança do escalador caso um dos
ascensores se solte.
Descensor - dispositivo que permite ao escalador descer deslizando pela corda. Alguns servem
também para a segurança do praticante.
Linha de vida - cabo ou corda (horizontal ou vertical) no qual o profissional é fixado através de um
trava-quedas ou blocante, a fim de bloquear eventuais quedas.
Mosquetão - anel metálico, em forma de "D" ou "O", que possui em um dos lados um segmento
móvel, chamado de gatilho, que abre para permitir a passagem da corda. Há também mosquetões
com trava, para evitar a abertura acidental do gatilho.
Posicionamento - ação de posicionar-se no ponto de trabalho, fixando-se através de talabarte ou
corda, para execução de atividade.
Talabarte - dispositivo de ancoragem que envolve a estrutura, utilizado para posicionamentos.
Tirolesa - travessia horizontal feita através de uma corda fixa ligando os pontos de partida e
término da travessia suspensa do solo.
Via - é o local previamente escolhido para o acesso com cordas.

Trabalho eventual e trabalho rotineiro:


No entanto, a já revogada Portaria do Ministério do Trabalho n. 3.311 / 89 assim colocava em seu
item 4.4:
Dessa forma, a revogada Portaria n. 3.311 / 89 ensinava que:

>> até 30 minutos por dia = trabalho eventual;


>> até 400 minutos por dia (próximo de 6 horas e meia) = trabalho intermitente;
>>acima de 400 minutos por dia = trabalho permanente, contínuo ou habitual.

Em porcentagens (considerando uma jornada de 8 horas por dia), teríamos:

>> até 6,25% da jornada diária = trabalho eventual;


>> até 83,34% da jornada diária = trabalho intermitente;
>> acima de 83,34% da jornada diária = trabalho permanente, contínuo ou habitual.

Trabalho eventual é aquele que ocorre eventualmente, talvez uma ou no máximo duas vezes por
semana, não mais que isso, lembrando-se, por semana e não por dia, as vezes passa-se uma
semana ou duas sem realiza-lo novamente, não existe uma necessidade fixa de realização do
trabalho de risco que exponha a vida do trabalho a possibilidades de quedas.

Quando falamos que o trabalho é rotineiro, trata-se da frequência em que ele é realizado, ou seja,
pelo menos uma vez por dia durante toda semana laboral, desta forma por ser um trabalho mais
seriamente perigoso, é necessário traçar um procedimento padrão a ser cumprido com rigorosidade
evitando assim que o trabalhador se exponha aos riscos inerentes a atividade.

A gestão de documentação para trabalho em alturas envolve:

PPRA – deve apresentar na descrição das atividades por funções, os setores onde atuam e as
funções que executam as atividades em alturas, através deste programa elabora-se os quatro
próximos abaixo;
PCMSO – deve apresentar no campo dos exames os riscos aos quais estão expostos;
PGR – deve apresentar um estudo completo das atividades em alturas, os riscos e as medidas de
controle e segurança que cada risco exige para que seja controlado;
ASO – deve ser bem realista, rigorosa e clara em cada exame realizado, principalmente os
complementares, constando no campo especifico a aptidão do trabalhador para realizar atividades
em alturas com a assinatura legível ou rubrica mais carimbo do médico examinador e do
coordenador do programa;
MFO – o mapa de funções operacionais é uma forma de reduzir a emissão de papeis nos setores,
pois aponta as funções que estão capacitadas e autorizadas para realizarem atividades em alturas
nas empresas, é interessante que o mapa conste a foto, nome, setor, data de autorização e
expiração da mesma, interessante que haja placas informativas e orientativa para que não se
esqueçam de utilizarem os EPIs;
FIE – Ficha de Inspeção periódicas de EPI são realizadas para verificar se os equipamentos estão
adequadas e funcionando de maneira segura e salubre.
APR – é indispensável antes de se iniciar qualquer atividade em alturas, pois é através dela que será
emitida a permissão de trabalho em altura ou especial;
ART – é complementar a analise de risco, porém, é especifica para a tarefa a ser realizada, se
houverem três tarefas, serão necessariamente três análises de risco da tarefa;
PTA ou PET – permissão trabalho em alturas ou permissão especial de trabalho deve estar no local
onde o trabalho é realizado preferencialmente nas mãos do supervisor ou acompanhante, é
necessário ter sempre uma pessoa acompanhado preparada para quaisquer situações de
emergências que venham surgir;
O.S – ordem de serviço deverá ser emitida para a função já no treinamento de integração e
informando as regras preciosas de ouro conforme a politica da empresa e incluindo as considerações
e requisitos para atividades especiais como alturas, espaço confinado, entre outras;
FAS – a ficha de avaliação de saúde é necessária antes de assinar a permissão
especial ou permissão de trabalho em alturas, pois nela constará o que se foi
avaliado e a anamnese atual do trabalhador, após preenche-la é necessário a
assinatura legível do trabalhador confirmando as informações por ele passadas, é
interessante constar na ficha a pressão arterial, pulsação e outras informações;
e-Social – O Decreto nº 8373/2014 instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações
Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Por meio desse sistema, os empregadores passarão
a comunicar ao Governo, de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores, como
vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho,
aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS.
POP – Procedimento Operacional Padrão:
Os Procedimentos Operacionais Padronizados para atividades rotineiras de trabalho em altura devem
conter, no mínimo:
1. As diretrizes e requisitos da tarefa;
2. As orientações e determinações gerenciais;
3. O detalhamento da Tarefa (Passo a Passo);
4. As medidas de controle dos riscos característicos a rotina de trabalho;
5. As condições impeditivas;
6. Os equipamentos de Proteção Individual e Coletivos necessários;
7. As competências e responsabilidades de cada integrante;
8. A Análise Risco e Inspeção Prévia de Segurança;
9. Orientações quanto a emergências e eventos adversos.

Você sabia que quase praticamente todos os itens e parágrafos de acesso por corda e proteção
contra quedas apontados na NR 35 são fundamentados e embasados em ABNT – NBRs e Normas
Europeias?
Veja abaixo:

Você sabia que além das NBRs – Normas Brasileiras Regulamentadoras e EN – Norma Européia,
existem ainda outras variadas normas e legislações com embasamentos legais e requisitos mínimos
para garantir a segurança nas atividades em alturas? Mas lembre-se: Todas as normas que você
conhecer, apresenta apenas requisitos mínimos de segurança, porém, não posso deixar de fazer o
que no mínimo é exigido, mas, fazer melhor que o exigido, isso sim posso, devo, quero e vou!
Combinado? Vamos colocar em ação?
Os requisitos de segurança do trabalho em altura estão descritos na NR 35. Já a NBR
16.489 é um código de prática, “mostrando opções de trabalho e maior
detalhamento sobre o que a NR35 exige, ou seja, a NR 35 diz o que o empregador
deve fazer e é mandatório seguir, já a NBR 16.489 explicita qual o caminho para que
o trabalhador fique em segurança ao trabalhar em altura, porém, não sendo seu cumprimento
obrigatório, e sim uma boa prática”.

A NBR 16.489 ainda é um projeto de norma que esteve em consulta pública, num processo formal
para que entre em vigor (é o momento em que o documento possa ser autenticado em grande
escala pelos usuários da futura norma). Para quem é da área de treinamento e entende como deve
ser o planejamento da segurança em altura, o ideal é entender tanto o papel de uma norma
regulamentadora (obrigatória) como o da norma brasileira, da Associação Brasileira de Normas
Técnicas. Órgão normativo, como a ABNT, em princípio, é de participação voluntária. Já órgão
regulador, como Ministério do Trabalho, faz a lei que deve ser cumprida sob o risco de se incorrer
em seu descumprimento.

Não custa lembrar: as principais causas para que acidentes com trabalho em altura aconteçam
estão em não usar equipamentos de proteção contra quedas. “Estamos cansados de ver atividades
em altura serem executadas sem nenhum tipo de proteção. Não utilizar o sistema de proteção de
forma correta, com usuários mal treinados, que estão apenas vestidos com os EPI´s, mas não os
utilizando de forma correta. Não saber informar quando condenar o equipamento, pois os usuários
não são treinados sobre a forma correta de inspeção do sistema de proteção. Treinamentos
inadequados ou falhos, além da falta de conscientização dos riscos para os usuários. Ancoragem no
local errado, já que muitas vezes o usuário não sabe onde ancorar e acaba conectando o
equipamento em locais não apropriados e sem a resistência mínima necessária. A falta de um bom
programa de proteção contra quedas e a ausência de um planejamento da atividade a ser realizada é
com certeza a principal causa dos acidentes com queda”.

Segundo as análises de especialistas, o setor de proteção contra quedas é regulado por vários órgãos
normativos que fornecem regras para tudo, desde a resistência mínima talabartes até a utilização de
absorvedores de energia resistentes. O que não é muito entendido é a diferença entre órgãos
normativos e órgãos reguladores. “Na América do Norte, os órgãos normativos que têm as maiores
influências na proteção contra quedas são a ANSI (American National Standards Institute) e a CSA
(Canadian Standards Association). No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT
escreve as normas técnicas nacionais (NBR’s). Tais organizações, nacionais e internacionais, são de
participação voluntária e determinam normas para a fabricação de equipamentos”.

Para um equipamento de proteção individual em altura ter o selo do INMETRO, deve passar por uma
série de testes para ver se está de acordo com as exigências previamente estabelecidas. Porém, se
alguma modificação importante for feita no projeto, o equipamento deverá ser novamente submetido
aos mesmos níveis de testes para assegurar que ainda estão dentro dos padrões estabelecidos.
“Uma NBR passa a ter força de lei quando está especificada ou citada por um órgão do governo.
Podemos usar como exemplo, a RAC EPI Contra Quedas Portaria 388 de 24 de julho de 2012 do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (INMETRO), que estabelece os critérios
para Avaliação de Conformidade dos EPI’s para proteção contra quedas com diferença de nível”.
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA:

Toda norma regulamentadora que é equiparada a lei é criada pela Comissão


Tripartite Nacional e que envolve o Ministério do Trabalho e Emprego, os Sindicatos
e os Representantes dos Empregadores; Após aprovada, a norma deve ser seguida e respeitada por
todas as empresas e assim obedecerem todos os seus preceitos legais e caso não cumpram, serão
autuadas a sofrerem as sanções legais previstas na Norma Nº 28 e arcarem com todas as ações
trabalhistas, civis e criminais;

Determinam sanções que os fiscais do MTrab. podem aplicar:


1. Interdição provisória ou definitiva de setor ou de toda empresa;
2. Interdição definitiva ou provisória da atividade profissional;
3. Aplicação de multas;
4. Isso pode levar à rescisão do contrato, pelo trabalhador, que alegará desobediência à lei e normas
de proteção.

Dolo
Caracteriza-se pela vontade livre e consciente de querer praticar uma conduta descrita em uma
norma penal incriminadora.

Culpa
Responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo, material, moral ou espiritual a si
mesma ou a outrem, onde não existe a intenção deliberada de se praticar tal ato.

Negligência:
É a omissão voluntária de providências ou cuidados. Demora no prevenir um dano.
EXEMPLO: Fábrica suja / mal iluminada / mal ventilada, que proporcione condições de uma situação
ou ambiente inseguro.

Imprudência
Forma de culpa que consiste na falta de observância de medidas de precaução E segurança, de
consequências previsíveis, que se faziam necessárias no momento para evitar um mal ou infração da
lei.
EXEMPLO: Operário que retira a proteção da máquina com o intuito de aumentar a produção.
BREVE COMENTÁRIO: Essa atitude responsabiliza a chefia do trabalhador por esta constituir um elo
de ligação (preposto) trabalhador/empresa. É crime a conivência ou omissão.

Imperícia
Falta de aptidão especial, habilidade, experiência, no exercício de determinada função, arte ou ofício
EXEMPLO: Submeter trabalhador não habilitado a substituir – em caráter eventual – trabalhador
titular na função.
BREVE COMENTÁRIO: Substituir operador de empilhadeira apto para a função por motorista comum,
sofrendo este último grave acidente por falta de preparo específico.
CUIDADOS COM A TERCEIRIZAÇÃO:

No caso de contratação de outras empresas (prestadoras de serviços, empreiteiras,


etc.), também pode a contratante arcar com os ônus da reparação das perdas e
danos que elas vierem a acarretar aos empregados.

O fenômeno da terceirização, cada vez mais intensificado, gera obrigações e responsabilidades,


sobretudo quando se caracterizar as culpas “in contraendo”, “in eligendo” e “in vigilando”.
- Culpa “in contraendo” representa a culpa pela má contratação. Por exemplo, manter vínculo
negocial com empresa inabilitada, sem a devida qualificação técnica ou suficiente capacitação para a
realização de serviços especializados.
- Culpa “in eligendo” traduz a falta de cautela e senso na escolha de pessoa para o exercício de
função ou atividade em que ela se encontre apta ou habilitada para esse fim.
- Culpa “in vigilando” provém da ausência ou falta no acompanhamento e na fiscalização de atos e
fatos que envolvam prepostos, outras empresas e terceiros em geral que executem serviços e
atividades para a empresa ou em seu beneficio.

Outro ponto forte a ser considerado por esta NR é a prevenção (evitar que o trabalhador possa
sofrer uma queda) antes da retenção (reter uma queda minimizando sua distância e consequência);
Diante do exposto, falaremos sobre sistema de proteção, ativos e passivos, veja:

Estudando e Compreendendo a NR 35 – MTE:

Anexo I – o anexo I versa sobre as atividades de acesso por cordas, que é complementado pelas
Normas Técnicas NBR 15475 e NBR 15595.

Anexo II – o anexo II versa sobre os sistemas de proteção contra quedas, incluindo os dispositivos
de ancoragem enquadrados nas NBR 16325-1 e NBR 16325-2 - DOU de 22/09/2016 (nº 183, Seção
1, pág. 56).

NRs gerais – a NR 35 tem suas aplicações em quase todas as demais NRs do MTE, principalmente
nas NRs 10, 18 e 33.

SISTEMA DE PROTEÇÃO PASSIVO ou SPCQ – Protege os trabalhadores e materiais, evitando e


reduzindo o impacto de quedas, estes sistemas são redes de proteção, telas que protegem o
trabalhador sem necessidade de executar qualquer ação para se proteger;

SISTEMA DE PROTEÇÃO ATIVO ou SPIQ – São mecanismos para restrição de movimentação


como por exemplo os EPIs que o trabalhador precisa para se conectar a ancoragem, ou seja, ele
precisa ativar a sua proteção;

Outros fatores como o número de trabalhadores expostos ao risco, tempo de exposição e prevenção
de queda com sistema de restrição de movimentação com o uso de EPI somado a retenção de
quedas com sistema de redes, podem auxiliar para indicação do método mais adequado a ser
utilizado.

O Trabalho eventual em alturas sem proteção contra quedas é entre os fatores causais o que mais
aparece e registrado em acidentes com morte;

A constatação é do SIRENA (Sistema de Referência em Análise de Prevenção de Acidentes de


Trabalho), administrado pela Inspeção de Trabalho do Brasil;
PROCESSO PARA CONTRATAÇÃO DE UM CURSO NR 35:

O processo para contratação de um curso de alturas requer uma série de


procedimentos e requisitos a serem atendidos antes mesmo de negociar com um
cliente;
Já falamos em sala que inicialmente para ministrar um treinamento o instrutor precisa reconhecer
bem seu perfil, o perfil de seu publico alvo e adaptar um perfil exato de treinamento conforme a
necessidade real do cliente, envolvendo didática e integração das normas e leis, ou seja, a NR 35
não trabalha sozinha, ela é apenas uma norma complementar, vamos ver abaixo sobre o assunto
base e complementação:

Atividade base – é a atividade real executada pelo trabalhador, envolvendo ambiente e condições
ambientais de trabalho, recursos e ferramentas que o trabalhador necessita para realização de suas
atividades dia a dia no local de trabalho, exemplo:

Pedreiro – executa atividades de obras, acabamentos, reparos, manutenção;

Atividade complementar – é uma atividade que complementa, dá suporte e facilita as atividades


acima, essa complementação simplifica e ajusta melhor as atividades a serem executadas pelo
pedreiro, exemplo:

Espaço Confinado, Alturas.

Procedimentos para negociar o treinamento e montar a didática:

1. Primeiramente conheça o cliente, entenda o que, porque, para que e para quando ele precisa;
2. Para conhecer o cliente, visite-o, não acreditem em tudo que ouve ou ver, check os fatos;
3. O que ele precisa, talvez o curso de NR 35 para seus eletricistas trabalharem em alturas
(lembre o conceito atividade base e complementar, se os trabalhadores executarão atividades
em alturas envolvendo eletricidade, é indispensável você exigir da empresa antes o certificado
de NR 10 de todos os participantes e quando o curso for reciclagem, exija o certificado do
curso básico);
4. Porque a empresa precisa deste curso, é urgente, programável, entender o porque é evitar se
expor a uma situação bem constrangedora e as vezes irreparável, talvez a empresa sofreu
fiscalização e os fiscais a notificaram em 15 (quinze) dias deverá corrigir o problema, então
meu amigo, cuidado, a fiscalização está em cima, pode sobrar problema para você, se a
empresa fosse idônea, não teria esperado a fiscalização exigir, faria por si mesmo, ou também
além da fiscalização, pode ser um novo contrato milionário da empresa e você ainda cobra
R$ 1.99, francamente hein. 
5. Para que, para atender um contrato, para responder a fiscalização, para aperfeiçoar os
funcionários, para recicla-los, para substituir o certificado anterior de uma empresa que o e-
Social rejeitou;
6. Para quando, ontem, porque tanta pressa, vamos investigar, vamos analisar...

E a carga horária: deve ser de acordo com o que é exigido pela empresa, lembrando que 8 (oito)
horas é a carga horária mínima, porem, quanto maior o risco e a frequência de trabalho, maior
deverá ser também a carga horária do curso e consequentemente o valor a ser cobrado, um valor
ideal para o curso de alturas básico hoje no mercado é de R$ 150,00 por pessoa, o máximo que se
deve baixar para um desconto é para R$ 120,00, abaixo deste valor, levantará suspeitas, há no
mercado hoje pessoas vendendo o curso por R$ 50,00 a 70,00 reais, totalmente inadequado e até
mesmo realizando o curso em apenas meio expediente, imagina o aprendizados dos trabalhadores.
A PERMISSÃO DE TRABALHO EM ALTURA, DEVE:

• Ser elaborada, preenchida e assinada pelo profissional de segurança do


trabalho e supervisor;
• Deve ser apresentada a todos os integrantes e compreendida por todos;
• Conter os nomes e situações de todos os integrantes autorizados e assinatura legível dos
mesmos;
• Conter os requisitos mínimos a serem observados e as medidas a serem praticadas.
• Ser emitida em três vias respectivamente;
• Estar uma via disponível no local de trabalho;
• Ter validade limitada a duração da atividade e restrita ao turno de trabalho e reavaliada pelo
supervisor;
• Ser fechada na conclusão do trabalho contendo as observações necessárias;
• Ser entregue ao supervisor ou profissional de segurança do trabalho;
• Arquivada na empresa por tempo indeterminado para futuras fiscalizações.

Equipes de Emergência:

Disponibilizar equipes próprias, externas ou compostas pelos próprios trabalhadores que executam o
trabalho em altura para respostas em caso de emergências;
Assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências;
Previsão das ações de respostas no Plano de Emergências da empresa;
Capacitação da equipe responsável pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros, que
deve possuir aptidão física e mental compatível com as atividades a desempenhar;

E se a empresa onde trabalho não dispuser de uma equipe resgate, o que devo fazer, ou,
o que deve ser feito?

Formule, capacite e determine uma equipe interna com os próprios colaboradores;


Avalie com o cliente a possibilidade de disponibilizar sua equipe para atendimento a emergências;
Contrate uma equipe de resgate terceirizada.

Não confie no SAMU, BOMBEIROS, eles não são DEUS, confie em Deus mas faça sua parte e trabalhe
com SEGURANÇA.

EPI – Equipamentos de Proteção Individual:

Equipamento de Proteção Individual EPI – NR 06 é todo dispositivo ou produto, de uso individual,


utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde na realização do trabalho;

Observação aos instrutores e supervisores:


Cuidado com objetos de adornos (Aliança, brinco, relógios, pulseiras, cordões, anéis) são bonitos
mas muito, muito perigosos;
Cuidados com celulares durante o trabalho, é uma seta indicativa ao cemitério;
Avalie bem o estado de saúde do colaborador e proíba qualquer tipo de brincadeira no trabalho;
Certifique-se de todos os recursos necessários antes de iniciar, não aceite improvisos;
Cuidado com colaboradores que bebem, fumam e ...deixa pra lá;
Verifique e Inspecione todos os EPIs, cordas e recursos, certifique-se da segurança;
Descarte e inutilize os EPIs defeituosos e com problemas;
Registre todas as inspeções, iniciais, periódicas e conclusivas.
Talabartes – Orientações e Cuidados:
NBR 15834 e 14629
Dispositivos Trava Quedas:
NBR 14626
Trava-queda para uso em linha rígida:
NBR 14627
Trava-queda retrátil:
NBR 14628
Cinto de Segurança tipo Paraquedista:
NBR 15836
Absorvedor de Energia
NBR 14629
Conectores
NBR 15837
Pontos de Ancoragem e Sistemas de Proteção contra quedas:
Natural – Estrutural e Artificial.

2,00
Acidentes – O Inimigo da Segurança

1,80 O Trabalho eventual em alturas sem proteção contra quedas é entre os fatores causais o
que mais aparece e registrado em acidentes com morte;
A constatação é do SIRENA (Sistema de Referência em Análise de Prevenção de Acidentes
de Trabalho), administrado pela Inspeção de Trabalho do Brasil;
Para diminuir o número de acidentes, mortes e sequelas a Norma Regulamentadora de Nº
35 especifica as medidas de segurança para o trabalho em alturas.

1,00 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros)
do nível inferior, onde haja risco de queda, porém, a maioria das empresa determinam
trabalho em alturas a partir de 1.80 m (um metro e oitenta) acima do solo;
Complementa-se com outras Normas Técnicas oficiais estabelecidas por Órgãos
competentes e, na ausência ou na sua omissão dessas, com as normas internacionais
aplicáveis como a ISO, ABNT, NBR's, OHSAS, etc...
Sistema de Proteção contra queda para deslocamento com talabarte:

Esse sistema funciona apenas com talabartes duplos em Y garantindo que o


trabalhador esteja sempre conectado por pelo menos um ponto com a estrutura,
durante o seu deslocamento.

Exemplos de ancoragens utilizadas por escaladores que exigem equalização: chapeleta, pino e píton.

Ancoragem Auto Equalizada em "V"


Ancoragem Auto Equalizada em “W"

Riscos relacionados ao uso do equipamento:


Ergonomia inadequada;
Limitação de movimentos;
Tropeço em talabartes;
A força de retenção de queda (força de impacto);
Queda com pêndulo e consequente choque contra estrutura;
Ajuste correto do cinturão paraquedista;
Suspensão no equipamento a espera de resgate;
Síndrome da Suspensão Inerte;
Síndrome do Carpo;
Síndrome de Bernouts.

Fita de Ancoragem:
É um dispositivo que permite criar pontos de ancoragem da corda de segurança, veja exemplos
abaixo:
Mosquetão e malha rápida:
É um dispositivo de segurança de alta resistência com capacidade de suportar forças de no mínimo
22kn;
Sua principal função é de proporcionar elos de ligação entre outras partes fixas ou móveis. Tem
capacidade de funcionar como uma polia com atrito;
Deve-se destinar total atenção ao uso e a manutenção do mosquetão para que ele proporcione todo
o seu potencial de resistência.
E essa resistência tem a capacidade de variar com o sentido de tração, sendo mais resistente pelas
extremidades do que pelas laterais.
Jamais deverá sofrer torções, por isso o cuidado em instalá-lo corretamente.
Descensor Grigri

Consiste em um equipamento auto-blocante, o que torna-o mais seguro. Este


equipamento é muito utilizado em sistemas de resgate, deslocamentos aéreos e
planos inclinados. Podem também ser usado na área esportiva
para fazer segurança do guia.

Existem outros modelos como:


Tuba, Gigi, Plaqueta Kisa, ATC, Brake
bar, Free Open e Robot.

Descensor Stop
Este equipamento não opera com
cordas de diâmetro alto, sua principal
característica consiste em possuir uma
trava automática. O Descensor Stop
pode facilitar o trabalho em atividades
de altura e resgates onde a corda é o meio acesso, devido a
característica de ser auto-blocante. Com ele, pequenas subidas podem
ser realizadas em conjunto com o trava-queda.

Ascensores

Estes equipamentos são usados para ascender em uma corda, um é utilizado


para o pé e o outro para a cadeirinha.

Blocantes
Travam a corda em um sentido e liberam no outro. Funcionam de modo a esmagar a
corda e alguns deles possuem pequenas garras.

Pedal
O pedal é utilizado para descanso em trabalhos suspensos e também
para ascensão em cordas.

Polias
Aplicadas em trabalhos em atividades de altura, resgates e também na área
esportiva, as polias também podem ser usadas em sistema de
desmultiplicação de forças para içar cargas.

Assento de Suspensão
Este equipamento é indicado para
trabalhadores que realizam serviços em altura
de longa duração, oferecendo um maior
conforto e dificultando a ação da síndrome de
suspensão inerte. É obrigatório o uso do cinto de segurança tipo
paraquedista em conjunto com o assento de suspensão. Pode ser
usado na pintura de prédios, limpeza de fachadas, entre outras
atividades em altura.
RESGATE POR ROLDANAS
Este equipamento é indicado para trabalhadores que realizam serviços em altura de
longa duração, oferecendo um maior conforto e dificultando a ação da síndrome de
suspensão inerte. É obrigatório o uso do cinto de segurança tipo paraquedista em
conjunto com o assento de suspensão. Pode ser usado na pintura
de prédios, limpeza de fachadas, entre outras atividades em altura.

Ascensão em corda com trava-quedas e prussik:


• O trava-quedas pode ser utilizado também para subida em
corda, caso haja necessidade de se realizar um “Auto Resgate”;
• O trava-quedas em conjunto com
um prussik usado como pedaleira é uma
maneira prática e segura de se realizar a
subida ou descida pela corda;
• Transfere-se o peso do corpo
para a pedaleira, liberando o peso que tenciona o trava-quedas,
reposicionando o mesmo um pouco mais acima na corda, voltando
assim a ficar suspenso pelo trava-quedas, fazer o mesmo
procedimento com o prussik;
• Repetir este procedimento até o nível que se deseja subir e atingir;
• Fazer o procedimento inverso para realizar a descida pela corda também com o uso do
prussik;
• O prussik poderá ser substituído pelo ascensor tipo punho.

Nó Prussik:
• Bloqueia nos dois sentidos, o mais conhecido mas o menos prático, por ser difícil de soltar e
tende a deslizar em cordas molhadas.
• Pode ser feito com duas ou mais voltas em torno da corda principal, deve se tomar o cuidado
de deixar o nó que emenda o cordelete, para fora do blocante.
NÓS BÁSICOS PARA TRABALHO EM ALTURAS:
• Os nós possuem uma aplicação milenar na história da humanidade, quando os
primitivos utilizavam fibras naturais para confecção de artefatos, evoluindo assim até
o uso em técnicas elaboradas como as navais e as de montanha. No caso de técnicas
verticais os nós podem ser utilizados para unir as cordas, para as ancoragens, amarrar
solteiras, dentre outras aplicações;
• A escolha de um nó deve passar por uma análise criteriosa sobre o uso. Fatores como força
de blocagem, facilidade de fazer e desfazer o nó e perdas de resistência, etc. devem ser
levadas em consideração na hora da escolha;
• O Nós também são necessários, para dar segurança e conforto e até mesmo a substituição de
equipamentos nos sistemas. São imprescindíveis nos salvamentos. Muitas vezes, uma vida
pode depender de um nó "bem feito". Por isso mesmo: não se dá nó! Faz-se um nó !
• Existe um nó certo para cada finalidade. Em tese, nós profissionais, não precisamos saber em
minúcias qual o melhor nó para esta ou aquela finalidade. Mas, precisamos saber qual o nó
que não serve para o que queremos fazer.
• Assim, devemos conhecê-los. Selecionamos os nós mais eficientes e versáteis para o dia-a-dia
de quem lida com esse tipo de atividade. Vamos conhecer alguns termos usados, nós, sua
função, e para que é usado.

Nó de Quadrado Nó de Sirga
Nós e Amarras

Azelha ou Alça simples Oito Simples Pescador Pescador Duplo

Oito Duplo Oito de Emenda Lais de Guia Borboleta

Orelha de Coelho Nó Sete Nó Nove Nó UIAA

Nó Trebol Quadrado Três Alças Nó Belonesi Nó Botija

Solidário Três Pontos


Solidário Dois Pontos V
W Volta do Fiel Catau

Nó Marchard Nó Prussik Nó Backman Algema

Solidário Dois pela


O melhor: Passada Italiana Alça Triplo de Correr
Ponta
TRABALHOS COM ESCADAS:
NBR 16308

A segurança no trabalho em altura é sem dúvida algo muito recente em nosso


país. Em comparação com as normativas americanas e principalmente as europeias, ainda
temos muito o que evoluir, aprender e divulgar. A NR-35 trouxe e está trazendo bons avanços
pois a empresas estão se mobilizando, procurando soluções e procedimentos mais seguros
para trabalho em altura e a capacitação de seus trabalhadores.

Um tipo de trabalho que ainda causa dor de cabeça para a execução segura é o uso de escadas
portáteis de abrir, principalmente. Esse tipo de equipamento é utilizado em muitas atividades
como troca de lâmpadas, manutenção em câmeras de filmagem, sistemas de som, alarme, etc.
Algumas obrigações para esse equipamento estão previstas na NR-18 como a estabilidade do
piso, sapatas para não escorregar, altura máxima, limitadores de abertura, material
construtivo, etc. Tudo isso ajuda até um certo ponto. Ajuda por exemplo os profissionais de
segurança e auditores a verificarem se está conforme ou não, se pode usar ou não. Mas, nossa
legislação e nossas normas técnicas não ajudam muito a proporem medidas seguras para a
execução do trabalho. Por isso é necessário recorrer à pessoas com maior experiência na área,
empresas especializadas, estudo de acidentes já ocorridos, cursos de capacitação e o que mais
puder ajudar para a execução do serviço.

Como profissional de segurança do trabalho e professor de cursos técnicos, já me deparei


muitas vezes com as dúvidas e a falta de soluções para o uso de escadas de abrir em algumas
atividades. Muitos serviços sendo executados em condições inseguras. Às vezes sem
ocorrência de acidentes e algumas vezes com ocorrência de incidentes como o desequilíbrio
de trabalhadores, queda de ferramentas, entre outros.

A primeira coisa que me faz pensar em como solucionar ou melhorar essa questão é o
PLANEJAMENTO DA TAREFA que inclusive, faz parte da NR-35 como item obrigatório. Somos
acostumados na execução de tarefas sem muito planejamento ou com planejamento pela
metade. E assim acabamos atropelando etapas importantes para prevenir acidentes de
trabalho. Pensando então em uma etapa fundamental, que é a do planejamento, tentarei
deixar algumas ideias que possam contribuir para futuros trabalhos.

Se o trabalho necessitar de escadas portáteis a primeira ação que devemos ter em mente é
perguntar: Será que realmente é necessário utilizar esse tipo de artificio? Existem soluções
mais seguras e possíveis?

Por exemplo: A escada de mão pode ser substituída por andaime, por plataforma de trabalho
aéreo ou em último caso por escadas do tipo plataforma. Algumas decisões como essas
requerem custos diferentes, mas o quanto custa um acidente de trabalho?
Se realmente o uso da escada de abrir for necessário, então deverá o planejamento continuar para
que soluções seguras sejam implantadas para o uso do equipamento.

Coisas que devemos pensar:

- Existe ponto de ancoragem próximo ao local onde será usada a escada? Isso ajudará na criação de
um sistema de proteção contra quedas?

Além, é claro, das condições da escada, do nivelamento do piso, etc. Acho que a ancoragem é um
ponto importantíssimo a ser considerado. Um ponto de ancoragem seguro será o início para a
montagem de uma linha de vida provisória por exemplo. Poderá ser o ponto para a conexão direta
de um talabarte ou de uma fita de ancoragem.
O PONTO DE ANCORAGEM pode ser definitivo já instalado na estrutura como uma
chapeleta e Parabolts ou pode ser uma estrutura da edificação, segura e confiável
onde é possível a instalação de uma linha de vida, uma fita de ancoragem ou outro
dispositivo que sirva para montar um sistema de proteção contra queda.

De acordo com nossa legislação os pontos de ancoragem devem ser selecionados por um profissional
legalmente habilitado e isso gera muitos conflitos de entendimento.

Temos conversado com muitos profissionais da área de segurança e manutenção, alpinistas


industriais e participado de eventos de segurança em trabalho em altura a fim de buscar respostas
para esse ponto que tanto deixa a cabeça do profissional de segurança do trabalho em dúvida. A
conclusão que tiramos disso é que realmente nós não podemos atestar legalmente se um ponto é
seguro ou não.

Obviamente que profissionais com experiência em trabalho em altura conseguem identificar


visualmente o que é um ponto seguro ou não para realizar uma ancoragem, mas para a Norma isso
não é suficiente.

O que recomendamos é que na determinação dos pontos de ancoragem exista um trabalho em


conjunto entre profissionais de segurança e engenheiros responsáveis (Civil, mecânico, naval, etc.)
para que façam um projeto dos pontos, realizem testes e que o profissional habilitado emita um
laudo com recolhimento de ART, criando assim um embasamento legal para o uso das ancoragens
ou então que se contrate empresas especializas para cuidarem do assunto. Bom isso é o ponto legal,
mas voltemos ao prático para execução das tarefas com escadas.

Trabalhar em escadas e tendo ao lado uma linha de vida com corda e um trava-quedas ligado ao
cinturão é uma solução que trará maior segurança ao usuário, desde que respeitado todos os
parâmetros como fator de queda, inspeção dos equipamentos, treinamento dos trabalhadores, etc.
Outra solução é poder prender o talabarte em uma estrutura segura, independente da escada e
acima da cabeça do usuário.
Essas soluções servirão se os pontos de ancoragem forem próximos da escada.
Lembrando que, se o usuário ficar muito longe do ponto de ancoragem e sofrer uma
queda, haverá muito deslocamento devido ao pêndulo e o trabalhador poderá se
machucar ao bater contra estruturas no caminho.

Se existem pontos de ancoragem distantes do local onde está a escada, mas que sejam seguros, é
possível por exemplo montar uma linha de vida provisória horizontal acima da escada e nessa linha
poderá o trabalhador conectar seu talabarte.

Sempre que propomos soluções como essas, escutamos do outro lado: “ahh, mas e a pessoa que irá
montar o sistema terá que se expor ao risco de cair” ou “se for uma linha horizontal até que o
trabalhador se prenda ,estará exposto ao risco de cair”. Sim de fato a exposição existe, porém o
risco deve ser trabalhado a fim de ser eliminado ou reduzido. Quando um profissional sobe para
montar um sistema de proteção contra queda, certamente ele usará procedimentos e equipamentos
que o protejam e, além disso, estará totalmente focado naquela atividade e em mais nenhuma outra.
É possível montar sistemas de proteção contra queda do próprio solo com o uso de uma vara
telescópica para montar a linha de vida. Se o PLANEJAMENTO pensar nisso, tudo sairá mais fácil.
No caso da escalada até chegar na linha horizontal acima da escada, é importante
pensar que até se prender, o trabalhador estará focado apenas em sua subida e na
forma segura de faze-la.
Sempre com três pontos de contato na estrutura, etc. O risco da queda aumentará
quando o trabalhador estiver executando suas atividades de manutenção, geralmente, e focado em
sua atividade começará a se esquecer de que está acima do nível do solo. Nesses momentos é que o
sistema de proteção contra queda é mais importante do que tudo.

A última solução que algumas empresas adotam é trabalhar em dupla, ou seja, um trabalhador
segura a escada e o outro sobe. Nesse caso o trabalhador não está preso a nenhum tipo de sistema
de proteção contra quedas. A segurança está focada apenas na estabilidade da escada e na
concentração de quem está acima do solo e do outro que segura a escada. Essa é uma prática com
risco elevado, mas algumas vezes funciona. É lógico que de acordo com o tipo de atividade, essa
solução não vede ser admitida de forma alguma. Por exemplo, um trabalhador que subirá
carregando alguma peça, terá que tirar as mãos da escada, ficará apoiado apenas nos pés e ainda
em posição de olhar para cima para prender, pintar, lixar algo acima de sua cabeça. Uma situação
dessas eleva demais o risco e entra em situação de risco grave e iminente de queda.

Até na hora de segurar a escada, se a atividade for aprovada, ainda é possível analisar os riscos e
planejar a melhor forma de fazer. Sendo assim, é mais seguro então segurar e apoiar a escada na
lateral do que de frente para com quem está subindo.

Sabemos que a cada dia, a cada trabalho sempre existe um novo desafio e temos a obrigação de
pensar na melhor e mais segura forma de fazer.
As melhores e as mais seguras soluções só ocorrerão se o planejamento for
detalhado e bem realizado. Se a parte de planejar tiver falhas, haverá reflexos na
execução do trabalho. O planejamento envolve análise de risco da tarefa, análise de
risco do local da tarefa, análise de risco dos equipamentos que serão utilizados,
análise de risco de trabalhos simultâneos que possam ocorrer nas proximidades. O planejamento
envolve procedimentos de trabalho, permissões de trabalho, capacitação dos profissionais, exames
médicos, supervisão do trabalho, isolamento de área e envolvimento de equipe multidisciplinar onde
profissional de áreas distintas possam opinar e chegarem às melhores soluções.

Procure por ajuda, pergunte para pessoas que já fizeram trabalhos semelhantes, troque e-mails,
troque mensagens, peça ajuda pelo rádio, telefone, entrem em fóruns de discussão, sites, blogs,
enfim não seja orgulhoso. Sempre encontrará bons profissionais que estarão dispostos a ajudar.

Estamos em aprendizado continuo, nunca pense que você chegou ao final ou que já sabe de tudo!

Escadas são um equipamento simples e prático utilizado por todos os profissionais da construção e
outros que atuam direta ou indiretamente em alturas, os riscos que elas
apresentam aos trabalhadores estão diretamente relacionados a serem
mal construídas, mal conservadas ou mal utilizadas, velhas e
desgastadas, usuário mal treinado, falta de equilíbrio, locais inseguros
para escadas, desta forma podem apresentar um perigo extremamente
muito sério.

Escadas podem ser construídas de material em aço, sintético, cordas,


madeira, entre outras.
Veremos agora os tipos de escadas empregados para trabalho em alturas especiais.

Corrediça

Simples Dupla
Articulada

De cordas Plataforma

Plana - Telhados
ESCADAS DE MÃO OU ABRIR DEVEM:

• Apresentar bom aspecto visual;


• Não deve faltar nenhum degrau;
• Devem ser mantidas limpas sempre;
• As de madeiras não devem ser pintadas;
• Não devem apresentar trincas ou
rachaduras;
• Obrigatório a utilização de sapatas e
degraus antiderrapantes;
• Pinos e parafusos de articulação devem
estar em perfeito estado;
• As de aço carbono devem ser pintadas de
amarelo e tratadas para evitar a corrosão;
• As de abrir devem possuir limitador de
aberturas em perfeito estado;
• Não pode ficar balançando.
ESCADAS DE PLATAFORMAS:

• Escadas plataforma devem apresentar aspecto visual bom;


• Não deve faltar nenhum degrau e dispositivo de segurança – Trava Rodas;
• Devem estar bem niveladas;
• Rodas revestidas de materiais isolantes e apresentar perfeito estado de funcionamento;
• Guarda corpos suficientemente dimensionados para suportar a possível queda de pessoas;
• As escadas de acesso a plataforma
devem possuir guarda-corpos;
• Os degraus devem ser antiderrapantes e
possuir largura mínima de 20cm;
• As escadas metálicas (aço carbono) não
podem apresentar sinais de corrosão
acentuados;
• As escadas de alumínio não necessitam
de pinturas;
• As escadas deverão estar mantidas em
local apropriado e guardadas com corrente e
cadeado.

Escadas Tipo Marinheiro:


Escadas acima de 2 metros devem ter guarda-corpo;
O seu guarda-corpo deve ser dimensionado de tal forma a
permitir que o trabalhador suba e desça livremente e com
segurança;
O espaçamento do guarda-corpo deve ser de 0,60 m enquanto o
diâmetro deve ser de 0,65 m e a largura da escada externa de
0,45 m.
Escada acima de 9 metros de altura deve ter área de descanso
tipo plataforma;

Deve ter um cabo de aço ou similar para utilizar um trava


quedas;
Deve ter guarda-corpo na passagem da escada para o topo ou a base de onde se quer chegar;
Os degraus devem ser planos e quando arredondados deve ter material antiderrapante a não
permitir que o usuário escorregue jamais.

Dica do Ivan:
Inspecione sempre as escadas, ponto a ponto antes de subir e também antes de descer
novamente;

Elabore um plano de inspeção parcial e geral para cada escada junto a uma ficha de controle de
inspeção e registre data, horário, o que, porque e por quem foi inspecionado a escada.
CESTA AÉREA:
NBR 16092

Os trabalhadores que exercem atividades ou tarefas utilizando cestos aéreos já contam com normas
segurança definidas. As especificações técnicas para o funcionamento de equipamentos de
locomoção para estes trabalhadores estão na Portaria SIT nº 293, publicada no Diário Oficial da
União (DOU) de 09/12/2011, que insere o anexo XII na Norma Regulamentadora nº 12, sobre
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.

O anexo XII da NR12 dispõe da utilização de Cestas Aéreas, Cestos Acoplados e Cestos Suspensos
como equipamentos para execução de trabalho em altura - onde não se pode ser utilizado outro
meio de acesso, tais como plataformas de trabalho em altura (PTA), muito empregadas em
construção de grandes obras como hidrelétricas; geradores eólicos, torres de linhas de transmissão
de energia, estaleiros e atividades no sistema elétrico de potência.

“O Anexo veio dar luz ao entendimento dos requisitos para estes equipamentos, preenchendo uma
lacuna normativa existente e que vinha causando dúvidas tanto por parte dos empregadores quanto
pela fiscalização”, destaca o coordenador-geral de Fiscalização e Projetos do Departamento de
Segurança e Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Carlos Lumbreras Rocha.

As cestas aéreas são equipamentos já regulamentados por Norma Técnica da ABNT, tendo seus
requisitos de segurança ampliados neste anexo. São equipamentos veiculares destinados à elevação
de pessoas para a execução de trabalho em altura, de braço móvel, articulado, telescópico ou misto,
com caçamba ou plataforma, com ou sem isolamento elétrico, podendo (desde que projetado para
este fim) também elevar material por meio de guincho e de lança complementar.

Já os cestos acoplados são caçambas ou plataformas acopladas a um guindaste veicular, também


para elevação de pessoas; e os cestos suspensos, são um conjunto formado pelo sistema de
suspensão a caçamba ou plataforma suspensa por equipamento de guindar. Segundo especialistas,
ambos tinham utilização limitada em função do dispositivo presente na NR18, que proíbe a utilização
de equipamento de guindar para o transporte de pessoas desde que não projetados para este fim.
“Este instrumento normativo foi harmonizado com os requisitos existentes
em diversas Normas Regulamentadoras, tais como:

NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;

NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;

NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviários; e

NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.

Cesta Aérea
• As cestas aéreas são fabricadas em material PVC revestidas com fibra de vidro e são
normalmente utilizadas em equipamentos elevatórios como gruas e Munck, podem ser fixas
ou móveis;
• Quando móveis geralmente são acopladas em caminhões com equipamento Munck
normalmente acopladas a gruas, Munck ou plataformas elevatórias;
• Existem modelos para uso individual e uso duplo;
• São mais recomendadas em questões de segurança para atividades envolvendo eletricidade
(linha viva) por possuir características isolantes e devido a melhor condição de conforto e
segurança em relação as escadas e andaimes;
• Os movimentos geralmente são comandados normalmente na própria cesta sendo o
profissional treinado para utilizar os comandos com segurança e ciência dos eventuais riscos;
• Tanto as hastes de levantamento como a cesta devem sofrer ensaios de isolamento elétrico
periódico e possuir relatório das avaliações;
• Neste equipamento o trabalhador deve amarrar-se a cesta aérea através de talabarte e
cinturão tipo paraquedista utilizando os equipamentos de segurança;
• Quanto aos cuidados na movimentação e parada do veículo, o trabalhador deve se atentar aos
seguintes itens abaixo:
1. Manter o piso limpo;
2. Atentar para a subida e descida da cesta aérea apoiando-se no suporte;
3. Jamais balançar desnecessariamente ou pular no cesto.
TRABALHOS COM ANDAIMES:
NBR 6494

Os andaimes apesar de virem sendo usados há mais de 5000 anos, no Brasil ainda
causam a morte de milhares de trabalhadores todos os anos e entre as causas destas mortes
destaco a falta de normas técnicas de fabricação destes produtos no Brasil.

No Brasil temos para uso de andaimes as normas regulamentadoras – NRs ( NR-18 e outras) de
segurança do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE e da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT a NBR- 6494/90 – Segurança nos andaimes.

Entretanto, apesar delas fazerem algumas exigências sobre fabricação não são especificas para tal.

Na Europa, 22 países se reuniram em um comitê técnico e elaboraram em 2003 normas técnicas que
especificam os requisitos para os fabricantes de andaimes, as avaliações e as certificações de
conformidade.

A aplicação destas normas resultou nos andaimes inteligentes, atualmente oferecidos por fabricantes
da Europa, bastante seguros.

Estas normas foram designadas de EN -12810 1/2 e EN – 12811 – 1,2 e 3.

O projeto estrutural e avaliação são elaborados pelo fabricante do andaime de acordo com as
normas técnicas das demais áreas de engenharia envolvidas na sua confecção, mas tem que levar
em consideração os requisitos desta norma no seu produto.

Estas normas estabelecem os padrões para andaimes de fachada feitos de componentes pré-
fabricados e de equipamentos de trabalho temporário.

O uso de normas técnicas torna a oferta de produtos e serviços competitivos, seguros, eficientes,
eficazes para as empresas como para os consumidores.

Seguir uma norma técnica implica em atender as especificações que foram analisadas e ensaiadas
por especialistas. Isto significa menos gasto de tempo e dinheiro com produtos que não tenham a
qualidade e desempenho desejáveis.

Enfim, estar em conformidade com as normas pode poupar tempo, esforço e despesas, lhe dando a
tranquilidade de estar de acordo com suas responsabilidades legais.

As normas europeias estabelecem um conjunto padrão de configurações de sistemas de andaimes


(até 25 m de altura) que não requerem cálculos específicos. Além desta altura são necessários
estudos e cálculos adicionais.

Na parte 1 desta EN – 12810 – 1: 2003 estão especificados os requisitos de execução e as exigências


gerais para o projeto e a avaliação dos sistemas de andaimes de fachada pré-fabricados. Os
andaimes de fachada devem estar conectados ( ancorados) a fachada do edifício com parafusos
(chumbadores).
Nesta especificação dos produtos de um sistema de andaimes também estão
definidos os termos e definições; a designação; os materiais e seus requisitos;
documentos de inspeção; conjunto padrão das configurações dos sistemas; sapatas;
plataformas; conexões e componentes auxiliares; requisitos do projeto estrutural
(ações, resistências, rigidez, aplicação das cargas de vento); testes de queda para as plataformas;
durabilidade; testes de vibração; deflexões; manuais do produto; identificações; avaliações e
métodos típicos de contraventamentos.

Os sistemas de andaimes são por ela classificados por seis critérios, a saber: 1- carga de serviço, 2-
plataformas e seus suportes (com ou sem carga de queda), 3- largura do sistema, 4- altura da
plataforma, 5- revestimentos e 6- método de acesso vertical.

Os sistemas de andaimes de fachada são limitados nestas normas pelo uso de aço, de ligas de
alumínio e de madeira de qualidade. Ela define o conjunto de padrões das configurações do sistema
sob os quais o projeto estrutural é conduzido.

Estas normas europeias não especificam os requisitos para proteções e não dão informações a
respeito da montagem, uso, desmontagem ou manutenção dos andaimes que são fornecidas pelos
fabricantes.

Na parte 2 da EN – 12810-2:2003 está definido as regras para análise e projeto estrutural destes
sistemas de andaimes através de cálculo e de testes. Os requisitos básicos estão dados na norma
ENV 1993-1-1:1992, Eurocode 3 –Part 1 : Design of steel structures – Section 1.

No projeto estrutural ela apresenta os estágios do projeto estrutural para sistemas de andaimes
modulares e de quadro e somente para andaimes de quadro; modelos para análise estrutural, testes
das configurações e dispositivos de conexão e demais testes que permitem a validação do modelo
estrutural escolhido como podemos ver alguns nesta apostila.

• O trabalho de montagem e desmontagem de andaimes possui diversas características a serem


observadas;
• Vejamos os pontos de ancoragem que muitas é o próprio
andaime e isso requer uma especial atenção a cada
movimento realizado pelo trabalhador, pois o mesmo
somente poderá se conectar a pontos que já estejam
corretamente posicionados e travados;
• Antes de iniciar a montagem do andaime, as características
do mesmo deve ser informada para a forma correta e segura
de sua montagem;
• Ao redor dos andaimes o isolamento deve ser providenciado
a fim de evitar com que os objetos e materiais caiam em
atinjam as pessoas em baixo;
• O Içamento de peças deverá ser feito com equipamentos
apropriados para este fim.
• A utilização de EPIs é indispensável para a realização dos
serviços com Andaimes;
• O uso do cinto de segurança, talabartes duplos e conectores de grande aberturas devem ser
utilizados e inspecionais pelos profissionais competentes.
A NR 18 em conjunto com a NR 35 também estabelece procedimentos e medidas
de segurança especificas para trabalhos com Andaimes e que precisam ser
rigorosamente observados, como vejamos a seguir:

Os pisos de trabalho dos andaimes devem ter forração completa com material antiderrapante, ser
nivelado e fixado de modo seguro e resistente.

Os andaimes devem dispor de sistema guarda corpo e rodapé inclusive nas cabeceiras em todo o
perímetro, exceto na face de trabalho.

É proibido sobre o piso de trabalho em andaimes a utilização de escadas ou outros meios para se
atingirem lugares mais altos.

Não é permitido o trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam a altura superior a
2,00 m e largura inferior a 0,90 m;

É Proibido o trabalho em andaimes que na periferia da edificação sem que haja proteção adequada
fixada a estrutura da mesma;

É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores sobre os mesmos;
Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de 1,50 m de altura devem ser
providos de escadas ou rampas;

Além dos riscos durante a utilização dos andaimes a sua montagem e desmontagem também
apresentam grandes e perigosos riscos;

Os andaimes simplesmente apoiados são montados com encaixe de peças;

A utilização do cinto de segurança para quedista e talabarte em Y ou duplo é obrigatória;


ANDAIMES FACHADEIROS:

• Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos em escada


incorporada a sua própria estrutura ou por meio de torre de acesso;
• Os andaimes fachadeiros devem dispor de proteção com tela de arame galvanizado ou
material de resistência e durabilidade equivalentes desde a primeira plataforma de trabalho
até pelo menos 2,0m acima da última plataforma de trabalho;
• Devem ser adotados de piso de trabalho com forração completa, escada incorporada a sua
própria estrutura, nivelamento de segurança padrão e estruturas de aço.

Montagem
DICAS DE SEGURANÇA – MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ANDAIMES

• A desmontagem de andaimes é muitas vezes considerada como uma tarefa de


grande risco, sendo mais perigosa que a própria montagem, logo, necessita de maior
cuidado de seus montadores;
• Verificar sempre a existência de dejetos e restos de materiais do trabalho sobre o piso dos
andaimes pode evitar quedas e acidentes;
• Verifique se existem tábuas soltas, podres e quebradas, com material perfuro cortante (pregos
e farpas), etc...
• Sempre, por mais óbvio que pareça, comece a desmontagem do andaime da parte superior
para a inferior;
• Sempre que necessário, utilize equipamentos auxiliares como guindastes,
muncks, plataformas elevatórias, etc..
• Sempre utilizar os EPIs nas desmontagens;
• Nunca ficar no piso que está sendo desmontado, ficar no andar de baixo ou
fora do andaime.

Andaimes Móveis:
Como o seu próprio nome indica, os andaimes móveis são estruturas apoiadas sobre
rodas, que se podem mover facilmente. Geralmente, este tipo de andaime é metálico
e fácil de montar. Os andaimes móveis são usados sobretudo em trabalhos de
acabamento e de instalação. Dev ido à sua instabilidade, estas estruturas móveis
apenas devem ser usadas em localizações planas.
• Deve ser providos de travas para evitar deslocamentos acidentais;
• Somente poderão ser utilizados em superfícies plantas e sem deformidades.

Andaimes Suspensos Mecânicos:


São andaimes em que o estrado é sustentado por travessas metálicas (ou em alguns casos de
madeira) e que é suportado por cabos de aço. A
plataforma move-se verticalmente através de guinchos.
Estes tipos de andaimes são usados para trabalhos
como revestimento externo, cerâmicas e emboços,
permitindo baixar o total de custos.
Seus sistemas devem ser precedidos de projeto
elaborado e acompanhado por profissional legalmente
habilitado.
Placa identificação carga máxima.

• O profissional habilitado para projetar e


acompanhar andaimes suspensos é o engenheiro civil
ou tecnólogo em edificações;
• É proibido utilizar cabos de fibras naturais ou
artificiais para sustentação dos andaimes suspensos;
• A sustentação de andaimes suspensos só pode ser feita por cabos de aço;
• Sobre os andaimes suspensos somente é permitido depositar material para uso imediato;
• Os estrados dos andaimes suspensos mecânicos podem ter comprimento máximo de 8,00 m;
• Todos os trabalhadores devem utilizar o cinto de segurança tipo paraquedista acompanhado
do trava-quedas de segurança e este estar ligado ao cabo guia ou propriamente linha de vida,
que deve ser fixado em uma estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do
andaime;
• É obrigatório o uso de um cabo de segurança adicional quando utilizado
apenas um guincho de sustentação por armação, que deve ser ligado ao dispositivo
de bloqueio mecânico automático (trava-quedas por exemplo), observando-se as
especificações de sobrecarga indicada pelo fabricante do equipamento;
• Os andaimes suspensos devem ter a sustentação feita por meio de vigas, afastadores ou
outras estruturas metálicas de resistência equiparadas a, no mínimo, três vezes o maior
esforço solicitante;
• A sustentação dos andaimes suspensos somente poderá ser apoiada ou fixada em elemento
estrutural;
• Em caso de sustentação de andaimes suspensos em platibanda ou beiral da edificação, essa
deverá ser precedida de estudos de verificação estrutural sob responsabilidade de profissional
legalmente habilitado;
• A verificação estrutural e as especificações técnicas deverão permanecer no local dos serviços.
• A extremidade do dispositivo de sustentação, voltada para interior da construção, deve ser
adequadamente fixada, constando essa especificação no projeto emitido;
• É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia ou
pedras, como quaisquer outros meios similares;
• Quando da utilização do sistema contrapeso, como forma de fixação da estrutura de
sustentação dos andaimes suspensos, este deverá atender as seguintes especificações
mínimas:
1. Ser invariável (forma e peso especificados no projeto);
2. Ser fixado a estrutura de sustentação dos andaimes;
3. Ser de concreto, aço ou outro sólido não granulado, com seu peso conhecido e marcado de
forma indelével em cada peça;
4. Ter contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal;
• Os dispositivos de suspensão devem ser diariamente verificados pelos usuários e pelo
responsável da obra, antes de iniciados os trabalhos;
• Os usuários e responsáveis pela verificação deverão ser treinados corretamente com práticas
dos procedimentos para rotina diária de verificação;
• Os andaimes suspensos devem ser convenientemente fixados a edificação na posição de
trabalho;
CADEIRAS SUSPENSAS:
NBR 14751 referente a Cadeira Suspensa, equipamento de EPI utilizado para
serviços em altura como pintura, limpeza e conservação de fachadas de prédios
residenciais, comerciais e industriais.

Esta Norma especifica os requisitos e os ensaios, das cadeiras suspensas.

Referências normativas:

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem
prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação.
Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base
nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a
seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5410:1997 – Instalações elétricas de baixa tensão;

NBR 5426:1985 – Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos – Procedimento;

NBR 6146:1980 – Invólucros de equipamentos elétricos – Proteção – Especificação;

NBR 8149:1983 – Máquina girante de tração elétrica – Especificação;

NBR 11370:2001 – Equipamento de proteção individual – Cinturão e talabarte de segurança –


Especificação e métodos de ensaio;

NBR 14626:2000 – Equipamento de proteção individual – Trava-queda guiado em linha flexível –


Especificação e métodos de ensaio;

NBR 14628:2000 – Equipamento de proteção individual – Trava-queda retrátil – Especificação e


método de ensaio;

Definições:

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

Cadeira suspensa: Equipamento de movimentação vertical com ou sem acionamento, manual ou


motorizado, cuja estrutura e dimensões permitem a utilização por apenas uma pessoa e o material
necessário para realizar o serviço.

Trava-queda guiado em linha flexível: Equipamento automático de travamento que se desloca


numa linha de ancoragem flexível, destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança
quando ocorrer uma queda;

Linha de ancoragem flexível: Cabo de aço ou corda de poliamida, poliéster ou material


equivalente, preso num ponto de ancoragem superior. Destina-se a servir para movimentação dos
trava-quedas em linha flexível;

Trava-queda retrátil: Equipamento automático de travamento que permite movimentação retrátil


de um cabo ou fita, destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança quando ocorrer
uma queda;
Cabo retrátil: Elemento retrátil do trava-queda que se liga ao cinturão de
segurança. Pode ser de cabo ou fita de material sintético ou aço galvanizado;

Ponto de ancoragem: Ponto com resistência mecânica superior a 15 kN, destinado


a fixar cabo de sustentação da cadeira suspensa, linha de ancoragem flexível ou trava-queda retrátil;

Deslocamento vertical: Distância vertical percorrida pela cadeira suspensa, com aplicação da
massa de ensaio, até a sua imobilidade;

Cinturão de segurança: Dispositivo posicionado, por meio de fivela, ao corpo do trabalhador,


usado para sustentá-lo ou evitar sua queda, através de cordas ou talabartes presos com mosquetões
às argolas a ele fixadas (NBR 11370);

Talabarte ou corda: Dispositivo, regulável ou não, para sustentar o trabalhador e limitar a sua
queda (NBR 11370);

Massa de ensaio: Cilindro metálico com massa de (100 ± 1) kg e olhal central, conforme figura 1.

REQUISITOS:

Projeto e ergonomia: A cadeira suspensa deve oferecer proteção adequada, a fim de impedir riscos e
transtornos nas condições de uso. Ela deve oferecer facilidade de posicionamento e ser tão leve
quanto possível, sem prejudicar a resistência e a eficiência do equipamento;

Materiais e construção;

O dispositivo de movimentação vertical, manual ou motorizado deve possuir no mínimo duas travas
de segurança;

O assento deve ter no mínimo 500 mm de comprimento e 250 mm de largura, e possuir os requisitos
mínimos de conforto;
A conexão da cadeira suspensa com o cabo deve estar no mínimo 500 mm acima do
plano do assento.

A cadeira suspensa deve resistir a uma força de 7 kN, aplicada entre sua conexão
com o cabo e o centro do plano do assento, sem deformar ou romper soldas;

Todos os componentes da cadeira suspensa devem ser isentos de rebarbas ou quinas vivas;

O cabo de sustentação da cadeira suspensa deve ter carga de ruptura de no mínimo 15 kN para aço
e 20 kN para fibra sintética e, no caso de cadeira motorizada, deve ser de aço com diâmetro de no
mínimo 8 mm;

O dispositivo de movimentação vertical pode ser instalado junto ou distante do assento e, sendo
motorizado, deve obedecer às NBR 5410, NBR 6146 e NBR 8149;

Deve-se utilizar cinturão de segurança e trava-queda ligados em cabo independente do cabo de


sustentação da cadeira suspensa;

O sistema de fixação do cinturão de segurança à cadeira suspensa deve estar a no mínimo 300 mm
acima do plano do assento;

A conexão do cabo da cadeira suspensa ao ponto de ancoragem deve ser feita com o uso de cabo
independente, corrente, mosquetão ou manilha, isto é, não se deve usar o próprio cabo da cadeira
para amarração;

O cabo de sustentação da cadeira suspensa deve ser protegido das quinas vivas e saliências;

Carga de ruptura do cabo de sustentação da cadeira suspensa. No ensaio descrito em 5.2, a máxima
força aplicada no cabo de sustentação da cadeira suspensa deve ser de 15 kN para cabo de aço e 20
kN para cabo de fibra sintética;

Estrutura da cadeira suspensa. No ensaio descrito em 5.3, a máxima força aplicada na estrutura da
cadeira suspensa deve ser de 7 kN;

Resistência à corrosão. As partes metálicas sujeitas à corrosão devem ser zincadas, com espessura
mínima de 25 µm ou pintadas com fundo antiferruginoso;
MÉTODOS DE ENSAIO:

Amostragem. Nos ensaios de resistência estática e desempenho dinâmico são


adotados o nível especial de inspeção S1 e NQA de 0,65%, conforme a NBR 5426;

Carga de ruptura do cabo de sustentação da cadeira suspensa Para a execução deste ensaio, deve-
se proceder da maneira descrita a seguir:

Instalar a amostra do cabo a ser submetido ao ensaio, de acordo com o esquema da figura 2.

ANCORAGEM:
NBR 14751

1. ponto de ancoragem;
2. instrumento de medição de força (dinamômetro);
3. conexão entre o dinamômetro e a linha de ancoragem flexível;
4. linha de ancoragem flexível;
5. força aplicada (P);

Figura 2 – Esquema para o ensaio de ruptura do cabo de sustentação

5.2.2 Aplicar a força P progressivamente, de forma que o valor máximo seja obtido em 2 min e
mantido neste valor durante 3 min;

5.2.3 A máxima força aplicada deve ser de 15 kN para cabo de aço e 20 kN para cabo de fibra
sintética;

5.2.4 Rejeitar o lote se a amostra retirada deste lote não satisfizer os requisitos deste ensaio;

5.3 Resistência estática da estrutura da cadeira suspensa;

Para a execução deste ensaio, deve-se proceder da maneira descrita em 5.3.1 a 5.3.5.

5.3.1 Retirar o cabo de sustentação da cadeira suspensa;


5.3.2 Instalar o equipamento a ser submetido ao ensaio, de acordo com o esquema
da figura 3.

PONTO DE ANCORAGEM
NBR 14751

1. ponto de ancoragem;
2. instrumento de medição de força (dinamômetro);
3. conexão entre o dinamômetro e a cadeira suspensa;
4. cadeira suspensa;
5. conexão entre a cadeira suspensa e a máquina de tração;
6. força aplicada (P);

Figura 3 – Esquema para o ensaio de resistência estática da estrutura da cadeira suspensa;

5.3.3 Aplicar a força P progressivamente, de forma que o valor máximo seja obtido em 2 min e
mantido neste valor durante 3 min;

5.3.4 A máxima força aplicada deve ser de 7 Kn;

5.3.5 Rejeitar o lote se a amostra retirada deste lote não satisfizer os requisitos descritos em 4.2.4;

5.4 Desempenho dinâmico das travas de segurança. Cada uma das travas de segurança deve ser
ensaiada isoladamente, isto é, desativando-se as outras travas ou dispositivos que impeçam seu bom
funcionamento.
Para execução deste ensaio, deve-se proceder da maneira descrita a seguir.

5.4.1 Instalar a cadeira suspensa com seu cabo de sustentação de acordo com o
esquema da figura 4.

TRAVA QUEDAS
NBR 14751

1. ponto de ancoragem;
2. cabo de sustentação da cadeira suspensa;
3. grampo;
4. cadeira suspensa;
5. conexão entre o centro do plano do assento a massa de ensaio;
6. massa de ensaio de 100 kg;
7. deslocamento vertical (H);

Figura 4 – Esquema para o ensaio de desempenho dinâmico das travas de segurança;

5.4.2 Ativar a trava de segurança, quando seu funcionamento for manual;

5.4.3 Fixar no cabo de sustentação, junto à conexão com a cadeira suspensa, um grampo para
referência de medição do deslocamento vertical H;

5.4.4 Aplicar, por meio de um dispositivo de soltura rápida, uma massa de ensaio de 100 kg no
centro do plano do assento da cadeira suspensa;

5.4.5 Constatar e medir o deslocamento vertical H;

5.4.6 O deslocamento vertical (H) não deve exceder 1,0 m;

5.4.7 Rejeitar o lote se a amostra retirada deste lote não satisfizer os requisitos deste ensaio;

5.4.8 Após a realização dos ensaios (estático e dinâmico), os equipamentos devem ser revisados;
6 Marcação:

A cadeira suspensa por cabo deve ser marcada de forma indelével com:

a) o nome do fabricante nacional ou importador;


b) o número do Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego;
c) o número de fabricação/série.

7 Instrução de uso:

A instrução de uso da cadeira suspensa por cabo deve conter:

a) nome do fabricante nacional ou importador e número do Certificado de Aprovação (CA) do


Ministério do Trabalho e Emprego;
b) indicação da limitação de carga da cadeira suspensa: máxima de 100 kg (pessoa mais material de
trabalho);
c) advertência de que a cadeira suspensa deve ser usada em conjunto com um trava-queda;
d) advertência sobre a necessidade de revisão anual pelo fabricante ou representante credenciado;
e) orientação sobre inspeção antes do uso, manutenção, limpeza e armazenagem;
f) advertência sobre os produtos químicos que possam danificar o equipamento e cabos.

A cadeira suspensa:

É formada por um assento de aço, que está preso a um cabo também de aço ou fibra sintética
(corda de poliamida). Segundo a NR, a cadeira suspensa apenas pode ser usada quando não é
possível instalar outros tipos de andaimes. A cadeira suspensa é utilizada em trabalhos como pintura
e limpeza.
Seu sistema de fixação deve ser independente do cabo guia e do trava-quedas, pois é obrigatório o
uso de cinto de segurança e trava-quedas;
Dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança;
Trabalho em Alturas em Torres:
NBR 6123

Para um sistema ágil e seguro em Trabalhos em


Torres e Estruturas Metálicas, é necessário um
treinamento específico juntamente com
equipamentos adequados de suspensão;
É dever de todo profissional que está envolvido em
atividades de altura se preparar e manter-se
consciente quanto as exigências que garantem a
segurança coletiva e individual. Para tanto, o trabalhador precisa estar fisicamente, emocionalmente
e tecnicamente bem para execução do trabalho em torres;
Placas de sinalização também devem ser utilizadas ao nível do solo, evitando assim o trânsito de
pessoas no local de trabalho. Todas as ferramentas devem ser atadas com nós específicos, e o
transporte deverá ser realizado com invólucro hermeticamente fechado;
Serviços de manutenção em torres / antenas de telecomunicações e de transmissão de energia
elétrica apresentam grandes riscos de acidentes e quedas, para evitar os acidentes, devemos levar
em consideração:
• Utilização de sistemas antiquedas para proteção individual;
• Montagem de corda / linha de vida na subida;
• Fixação na altura da execução da tarefa com amortecedor trava quedas, a um ponto de
ancoragem;
• Desligar o transmissor e fazer a ligação à terra (nas antenas de transmissão de rede móvel);

Trabalho em Alturas em Telhados e Coberturas


NBR 15310 e NBR 8039 NB 792

O objetivo deste estudo é apenas apresentar os procedimentos de segurança a serem observados na


realização de trabalhos em telhados, levando em conta as exigências do Ministério do Trabalho, para
evitar quedas de nível causadas basicamente pelos seguintes motivos:
• Rompimento de telhas por baixa resistência mecânica;
• Tábuas mal posicionadas;
• Escorregamento em telhados úmidos, molhados ou com acentuada inclinação;
• Súbito do funcionário ou intoxicação decorrente de gases, vapores ou poeiras no telhado;
• Calçados inadequados e ou impregnados de óleo ou graxa;
• Inadequado Içamento de telhas e transporte sobre o telhado;
• Locomoção sobre coroamento dos prédios;
• Escadas de acesso ao telhado sem a devida proteção;
• Ofuscamento por reflexo do sol;
• Falta de sinalização e isolamento no piso inferior.
• Todo serviço realizado sobre telhado exige um rigoroso planejamento, devendo
necessariamente ser verificado os seguintes itens:
• Tipo de telha, seu estado e resistência;
• Materiais e equipamentos necessários à realização dos trabalhos;
• Definição de trajeto sobre o telhado visando deslocamento racional, distante de rede elétrica
ou áreas sujeitas a gases, vapores e poeiras;
• Sinalização e isolamento da área prevista para Içamento e movimentação de telhas;
• Não pisar jamais diretamente nas telhas;
Durante o trabalho: Para a execução do trabalho em telhados é importante
considerar alguns aspectos:

A) Proibir carga concentrada - As telhas de fibrocimento, alumínio ou barro não


foram projetadas para suportar cargas concentradas. Seus fabricantes advertem para não pisar ou
caminhar diretamente sobre elas. Considerando que a maior parte dos acidentes em telhados
ocorrem por rompimento mecânico de seus componentes, motivados por concentração excessiva de
pessoas ou materiais num mesmo ponto, recomendamos:
• Ao utilizar escada portátil, subir uma pessoa de cada vez; seu comprimento não pode ser
superior a 7 metros (NR 18.12.5.3 e 5.6);
• A escada fixa, tipo marinheiro, com 6 metros ou mais de altura, deve ser provida de gaiola
protetora (NR 18.12.5.10). Para cada lance de 9 metros deve existir um patamar
intermediário de descanso (NR 18.12.5.10.1);
• Nunca pisar diretamente nas telhas;
• Nunca pisar, apoiar passarelas metálicas ou tábuas sobre telhas translúcidas flexíveis. Elas não
foram projetadas para suportar pesos;
• Nunca permitir concentrar mais de uma pessoa num mesmo ponto do telhado ou mesma
telha;
• O beiral do telhado não suporta peso de pessoas ou cargas;
• Todo material usado deve ser imediatamente removido após conclusão do serviço;

B) EPIs - Todo funcionário que executar serviço


em telhado deve usar os seguintes
equipamentos:
Sapato de segurança com solado antiderrapante;
• Óculos de segurança com proteção lateral.
Quando houver risco de ofuscamento pelo
reflexo do sol em telhas novas de alumínio
ou outras superfícies refletoras, usar lentes
ray-ban;
• Capacete de segurança com jugular;
• Cinturão de segurança tipo paraquedista,
conectado a cabo, corda ou trilho de aço
por meio de dispositivos que possibilitem
fácil movimentação sobre toda área de
trabalho;
• Luva de raspa;
• Outros, de acordo com a tarefa;

Içamento de telhas

As telhas devem ser suspensas uma a uma,


amarradas como mostra a figura 3. Note-se o nó
acima do centro de gravidade da carga que
evitará seu tombamento.
O Ministério do Trabalho exige que nos telhados
sejam instaladas linhas de segurança (NR 18.18).
Geralmente, são constituídas de trilho, cabo de
aço ou corda sintética, para movimentação do
sistema de proteção contra queda.
Passarelas de acesso aos telhados
NR 18.18.1

Única forma de andar com segurança em telhado do tipo plano inclinado (uma água,
duas águas ou shed). Em telhados abaulados (em arco) só pode ser usada no sentido transversal das
telhas. Indicada para telhas de fibrocimento, alumínio, cerâmica ou vidro.
Fabricada em duralumínio antiderrapante, substitui com segurança e durabilidade as perigosas
tábuas. Colocada sobre telhas onduladas de fibrocimento, apoia-se perfeitamente sobre três ondas.
Possibilita melhor distribuição da carga do que as tábuas que só se apoiam sobre duas ondas e ficam
instáveis quando pisadas nas bordas. Cada unidade tem comprimento de 250 cm, largura de 42 cm,
peso de 13 kg (sem degraus) ou 15 kg (com degraus). A escada de telhado Gulin é colocada
diretamente sobre as telhas e unida, sem auxilio de ferramentas, por ferrolhos com trava de
segurança. Pode, também, ser usada no sentido transversal das telhas (montada sempre próxima às
terças). Em locais com inclinação superior a 25 graus é necessário ter degraus. Com ela, movimenta-
se até a 50 graus de inclinação.
Sistemas de Ancoragens – A vida e a segurança começam aqui:

Podemos seguramente dizer que a parte mais importante de todo o universo da


verticalidade é a ancoragem. Os melhores e mais seguros
equipamentos e equipes bem treinadas só farão sentido se os
pontos de ancoragem forem bem avaliados. Todo o resto
falhará se a ancoragem falhar.

O ponto de ancoragem (PA) deve ser escolhido e analisado de


forma criteriosa por alguém experiente e deve suportar a
carga mais alta prevista para ele, como por exemplo, uma
queda fator 2 (clique aqui para saber o que é isso), ou duas
pessoas ancoradas ao mesmo tempo (socorrista e vítima).
Porém, uma regra não pode ser deixada de lado: o conceito de Fator de Segurança.

O Fator de Segurança funciona da seguinte forma: tanto os equipamentos utilizados em altura


quanto os pontos de ancoragem devem suportar 15 vezes a massa prevista para eles, conforme
segue abaixo:

MASSA USADA COMO REFERÊNCIA= 100 kg

(peso de um adulto com equipamentos – conforme norma ANSI e ABNT)

FATOR DE SEGURANÇA= 15

100 X 15 = 1.500 Kg

Ou seja, 1.500 kg (por ponto, individual) ou 2.200 kg (por ponto, até duas pessoas) é a carga
mínima de ruptura que qualquer ancoragem deve possuir. Partindo do conceito que uma corrente é
tão forte quanto o elo mais fraco, não adianta você possuir equipamentos que atendam normas
exigentes se o PA não for tão resistente; dificilmente vamos ter em mãos um Dinamômetro
(equipamento utilizado em testes para aferir carga de ruptura de equipamentos como cordas, etc)
para avaliar se o PA é robusto ou não, portanto a experiência, as técnicas empregadas e o bom
senso devem fazer parte do perfil do profissional que irá montar as ancoragens, seja de um simples
rapel ou de uma operação de salvamento.

Um ponto de ancoragem ideal deve possuir as seguintes características:

 ser robusto e resistente (geralmente parte estrutural em alvenaria, metal, madeira, árvores
sadias ou pontos criados pelo homem, chumbados em rocha ou concreto);
 ser fixo e imóvel (não faz sentido se ancorar em um ponto que possa se movimentar); no
caso da utilização de veículos, cuidados adicionais devem ser tomados tais como: calçar no
mínimo duas rodas, manter freio estacionário acionado, deixar marcha contrária à direção
da carga acionada, condutor deve entregar a chave para outra pessoa (geralmente o
comandante da emergência) e escolher pontos estruturais (rodas, chassi, engates e
longarinas);
 ser envolvido com proteções para cantos-vivos (evitando desgaste prematuro ou danos
irreparáveis nas cordas e fitas);
 estar alinhado com a direção da carga, evitando o efeito pêndulo caso ocorra queda;
 ser avaliado e inspecionado por pessoa experiente;
 ser isolado, evitando o transito de pessoas não envolvidas com os
trabalhos. Os alpinistas industriais chamam isso de “Zona de Exclusão”. Alguém
deverá ficar de vigia permanentemente, pois tudo o que acontecer ao redor do PA
pode influenciar de maneira direta ou indireta sua segurança (ex: vazamento de
vapores corrosivos nas proximidades, funcionamento de equipamentos que emanam caloria ou
projetam materiais particulados, trânsito de pessoas, quedas de rocha, etc).

Os pontos de ancoragem podem ser classificados em Estruturais, Naturais e Artificiais.

Ancoragem Estrutural: Como o nome sugere, são os mais robustos e resistentes e devem ser
nossa principal opção quando disponíveis. Eles formam estruturas dimensionadas para suportar
grandes cargas, como vigas e colunas de telhados, construções pré-montadas, etc. É conhecido
também como Ponto Bomba (alusão ao termo “à prova de bomba”).

Ancoragem Natural: Rochas grandes, maciças, sem fissuras ou trincas ou ainda árvores grandes e
sadias, localizadas em solo firme e estável. A base do tronco
deve ser preferencialmente o ponto escolhido por ser o mais
resistente. CUIDADO! Nem sempre a árvore que parece
sadia está sadia… pode estar oca por dentro devido a ação
de doenças, cupins, brocas, etc.

Ancoragem Artificial: Muito comum em escalada e


alpinismo industrial, são instaladas em estruturas metálicas,
rochas ou concreto, utilizando pinos “P”,
chapeletas, olhais, parabolt´s ou spit´s.
Devem ser utilizadas no mínimo em
pares, através da técnica de equalização
ou auto-equalização. PARE DE SER
MIJÃO e confie nesse tipo de
ancoragem! Desde que instalada
corretamente em um local bem avaliado,
a carga de ruptura varia entre 15kN e
22kN. Caso ela esteja em área industrial,
é obrigatório que o dimensionamento
tenha sido feito por um Engenheiro
(para uso por uma ou mais pessoas).
Recomendo a visita ao site abaixo para ter acesso a maiores informações sobre a
forma de instalação, carga de ruptura e outras dicas importantes sobre esse tipo de
ancoragens:
http://ancora.com.br/site/portfolio/chumbador-pba/
Considere sempre o efeito alavanca, pois pode potencializar as forças atuantes no PA:
Ancoragem na base e no topo e o efeito alavanca:

Como pode ver, vigas, colunas, rochas grandes e estáveis, árvores grandes e sadias entre outros,
podem nos servir como excelentes pontos de ancoragem. Para esses casos basta instalar cada corda
através de fita ou um nó próprio diretamente na ancoragem (sempre usar proteção para cantos
vivos). O PA não exige backup, mas as cordas sim.

Mas, o que é backup?

Damos esse nome a uma ancoragem adicional que entrará em função de forma automática caso a
ancoragem principal falhe, qualquer que seja o motivo. É EXTREMAMENTE IMPORTANTE QUALQUER
SISTEMA DE ANCORAGEM SEGURO (S.A.S) POSSUIR REDUNDÂNCIA, OU SEJA, UM PONTO
ADICIONAL (BACKUP) CASO O PRINCIPAL FALHE. Por mais bem avaliado que seja o PA, fatores
externos (muitas vezes imprevisíveis) podem afetar a segurança, portanto garanta sempre “uma
segunda chance” montando um SAS.

ATENÇÃO:

Em um resgate real, após a análise sistemática de vários fatores (gravidade dos ferimentos da
vítima, logística, local de difícil acesso, etc…) a corda de segurança pode ser eliminada, o que
resultará em um resgate mais rápido. Porém, tenha em mente que caso ela falhe, não haverá
segunda chance…

Para compreender essas regras com mais clareza, vamos ilustrar:

Se o ponto de ancoragem (PA) for estrutural (PB ex: vigas e colunas em concreto ou aço), então não
faz sentido você fazer backup da ancoragem, pois é improvável que ela falhe ainda que seja uma
operação de resgate em altura, com grandes forças envolvidas. Nesse caso o interesse maior serão
as cordas e fitas de ancoragem, que deverão ser duplas (linha principal e linha de segurança ou
backup). A linha principal é a que sustenta o socorrista, sendo controlada por um freio,
preferencialmente de bloqueio automático; a linha de segurança entrará em uso caso a principal
falhe, estando ancorada ao socorrista através de um trava quedas ou outro freio automático (nesse
caso controlado pela equipe de apoio). Esse é o padrão que considero o mais seguro, utilizado por
alpinistas industriais e equipes de resgate técnico.
rapel com corda principal e corda de segurança

E se não houver ponto de ancoragem estrutural disponível?

Exemplo: capotamento de veículo em ribanceira com inclinação de 70º. Não existe ponto de
ancoragem estrutural, apenas árvores de médio porte. E agora? Ferrou? Não, não, não. Deveremos
redundar além das cordas, os pontos de ancoragem pois quem inspecionou os PA´s entendeu que
não são confiáveis caso sejam utilizados isoladamente. Portanto pelo menos duas árvores deverão
ser utilizadas, através de uma das seguintes técnicas: Ancoragem Equalizada, Auto-Equalizadas ou
em Série.

Ancoragem Equalizada: é quando a corda está ancorada à dois PA´s ao mesmo tempo, tendo o peso
da carga dividido por igual entre eles. Desvantagem: a corda deverá estar alinhada perfeitamente
para que ocorra essa divisão por igual; caso o eixo mude um pouco a direita ou à esquerda, um dos
pontos ficará sobrecarregado e outro ficará sem carga. Na ilustração utilizamos o Nó Orelha de
Coelho.

Obs: as ilustrações dos Nós são


meramente instrutivas. Para saber
como fazer o nó corretamente
clique sobre o nome do mesmo.

Ancoragem EQUALIZADA com Nó


Coelho.
Observações:

 Para efeitos didáticos essa ilustração mostra apenas a corda principal. A corda
de segurança poderá ser instalada utilizando os mesmos critérios e pontos de
ancoragem;
 O ângulo formado pela equalização deve ser o menor possível, do contrário haverá sobrecarga
nos pontos e não a divisão como esperado, conforme abaixo:

0º = não há divisão de carga

15° = 50% para cada ponto

90º = 70% para cada ponto

120º = 100% para cada ponto, ou seja,

NÃO FAZ SENTIDO, POIS NÃO ESTARÁ EQUALIZANDO!

Acima de 120% possibilidade de sobrecarga e falência do SAS.

Ancoragem Auto-Equalizadas: como o próprio nome diz, funcionará como acima, porém a divisão
da carga entre os pontos de ancoragem ocorrerá de forma automática. É o mais recomendado, pois
funciona independente da mudança do eixo de tração da corda. Note que é utilizado o mesmo nó,
porém ao invés das alças serem instaladas diretamente aos pontos de ancoragem, passamos
unicamente uma das alças (a maior) e utilizamos a menor com um mosquetão para backup e auto-
equalização.

Ancoragem AUTO EQUALIZADA com nó coelho


Também é possível montar uma ancoragem auto-equalizada utilizando fitas, porém é
obrigatório fazer a alça de segurança, pois ela funcionará como um backup caso um
dos pontos falhe:

Ancoragem em Série: O ponto de ancoragem principal pode estar acima ou abaixo do backup,
porém é obrigatório ambos estarem alinhados entre si para evitar o efeito pêndulo caso ocorra falha
no ponto principal aumentando
drasticamente o fator de queda. É
evidente que o backup deverá ser mais
resistente que o ponto principal, pois se
este falhar o backup deverá suportar o
peso da carga e o pequeno fator de
queda resultante. Na ilustração da
esquerda o ponto principal é o inferior e
o backup está acima; na direita o
principal está acima e o backup está
abaixo, utilizando um nó Borboleta (nó
indicado para esse caso, pois não
encavala quando tracionado em
direções opostas).
Uma questão importante: e se as vítimas estiverem mais à direita ou à esquerda do
sentido de descida, poderá haver dificuldade em acessá-las. Para resolver esse
pequeno contra-tempo você precisará utilizar um Desvio.

A principal função de um Desvio é deixar a corda alinhada com o sentido de descida quando o SAS
(sistema de ancoragem seguro) está em outro ponto, ou ainda desviar a corda de enroscos ou
cantos-vivos.

Lembre-se que quanto menor for o ângulo formado no desvio mais carga será transferida para ele;
quanto maior for esse ângulo, menos carga. O ideal é que se forme ângulo de 120º ou maior,
conforme ilustração acima.

Muito bem! Vamos acrescentar mais um item na ocorrência utilizada como exemplo: considerando
que a ribanceira possui risco de queda, todos os socorristas que trabalharem próximo de sua borda
deverão estar ancorados em uma linha de vida. Observe a ilustração abaixo:
São três socorristas para a mesma linha de vida. Caso um deles caia, os demais serão puxados
devido ao deslocamento da corda para baixo. Problema? Sim. Mas temos a solução! O
Fracionamento!

Fracionamento é quando uma corda já ancorada em um SAS necessita ser “re-ancorada” para
individualizar partes para cada pessoa, aliviar o peso da corda quando o vão livre é muito alto ou
ainda para evitar que tenha contato com cantos-vivos. É uma técnica muito utilizada por equipes de
alpinismo industrial, resgate técnico e espeleologia. Veja como ficaria a linha de vida correta:

Para fazer os fracionamentos utilizamos o Nó Borboleta, pois não encavala quando tracionado em
direções opostas; o Nó Oito Duplo funcionaria
também, porém perderia a simetria pois iria
torcer se submetido a cargas em direções
opostas. Perceba a diferença: cada socorrista
utiliza uma parte da linha de vida de forma
individual, e, caso sofra queda, não irá
interferir nos demais. Em espeleologia o uso
está mais associado à necessidade de livrar a
corda de cantos vivos e também permitir que
mais de um espeleólogo possa descer na
mesma corda, evitando a sobrecarga no SAS
principal:

Algumas equipes de resgate têm o costume


de utilizar um cordelete com o nó Prussik em
ancoragens, tendo duas principais funções:
aliviar a carga do nó de ancoragem
(geralmente um nó Oito Duplo) e servir como
um “fusível”, avisando a ocorrência de
sobrecargas no SAS antes que esse falhe.
Deverá haver uma folga entre o Nó Prussik e o Nó Oito Duplo, de forma que toda a
carga seja distribuída entre os cordeletes, mas deve ser mínima, pois caso o
cordelete falhe, resultará um Fator de Queda baixo. Essa técnica é conhecida como
Ancoragem Simples.

( http://doisdezindustrial.blogspot.com.br/2015/09/entenda-nbr-16325.html )

Fator de Queda – entenda o que é

Caros amigos e futuros instrutores, entender o que é e como funciona o Fator de Queda (FQ) é tão
importante para o universo da verticalidade quanto a combustão é para um mecânico; tudo o que
realizarmos em altura deverá ter uma avaliação
sistemática dos fatores de queda e do que será
feito para manter um nível de segurança aceitável,
ou seja, FATOR DE QUEDA ZERO (condição ideal),
FATOR DE QUEDA 1 (condição aceitável) e FATOR
DE QUEDA 2 (condição extrema que deve ser
evitada). Daremos mais ênfase para esse tema
tendo em vista o foco desse artigo, porém uma
boa avaliação de riscos deve considerar vários
aspectos.

Quando não houver a possibilidade de realizar o


trabalho com FQ inferior a 2, medidas adicionais de
segurança devem ser tomadas, por exemplo: uso
de absorvedor de impacto nos sistemas de proteção contra quedas, planejamento de resgate rápido
e eficiente, limitar acesso a áreas com risco de queda, etc. Acredite, o assunto merece atenção e
geralmente as pessoas só se importam em “terminar o trampo logo”, aí quando um trabalhador cai e
fica pendurado ou ocorre falha no sistema de proteção contra quedas, começa a correria… gente
gritando, correndo com kit de primeiros socorros… Alguns dos senhores já devem ter atendido
alguma ocorrência de queda de telhado ou andaime e sabem do que estou falando.
Voltando ao assunto… como calcular o fator de queda?
Simples!

Fator de Queda (FQ) é a divisão da distância da queda (DQ) pelo comprimento do


talabarte (CT) ou comprimento da corda que suportou essa queda. Portando, em condições normais
de trabalho, esse valor vai variar entre 0 e 2.

Fator de queda zero

A linha amarela representa o comprimento do


talabarte duplo (um metro para nosso exemplo,
mas que pode variar dependendo do fabricante) e
a linha vermelha representa a altura da queda
(trinta centímetros), portanto teremos:

FQ = DQ/CT = 0,3 / 1 = 0,3 resultado: Fator de Queda zero

Fator de queda 1

A linha amarela representa o comprimento do


talabarte duplo (um metro) e a linha vermelha
representa a altura da queda (um metro),
portanto teremos:

FQ = DQ/CT = 1/1=1 = resultado, Fator de Queda 1 e:


Fator de queda 2

O último exemplo ilustra a


pior condição possível, que
deve ser evitada a qualquer custo: o FQ 2.
Considerando os números já expostos
ficaria assim:

FQ = DQ/CT = 2/1=2 =
resultado, Fator de Queda 2

Estudos indicam que o corpo humano


suporta um impacto limite de 1200 kg.
Acima disso existe a possibilidade de
ocorrer lesões graves ou o pior,
rompimento de órgãos resultando em
hemorragia interna. Sua gestão e
planejamento podem transformar uma
“quedinha” corriqueira em um grave
acidente, por isso insisto: avalie sempre os
riscos, mantendo o fator de queda próximo
de zero.

Agora vamos ver qual a força de impacto é gerada por uma queda. Vou tentar dar uma explicação
simples, até porque sou péssimo em exatas… então… tenha paciência!

Quando um corpo sobe ele acumula energia potencial; essa energia se desprenderá transformando-
se em energia cinética quando o corpo estiver em movimento (no caso, a queda), movido pela força
da gravidade. Isso é mostrado pela seguinte fórmula: Epg = m.g.h, onde:

Epg = energia potencial gravitacional

m = massa, dada em quilograma (para nosso exemplo utilizaremos o peso médio de um adulto, 80
kg)

g = aceleração da gravidade, dada em m/s² (o valor padrão ao nível do mar é 9,81 m/s², mas
arredondaremos para 10, facilitando o cálculo)

h = altura, dada em metros

Obs: outras variáveis são levadas em conta, mas para facilitar a compreensão, deixamos a fórmula
“curta e grossa”.

Para o FQ zero teremos:


80.10.0,3 = 240 kg – OK, sem problemas, só um susto.

Para o FQ 1 teremos:
80.10.1 = 800 kg – Achou muito? Sabe de nada inocente! Você vai no FQ 2!

Para o FQ 2 teremos:
80.10.2 = 1600 kg – Provavelmente haverão lesões graves (trauma) e possível hemorragia
interna.
Mas existe uma luz no fim do túnel! Utilizar absorvedores de impacto ou cordas
dinâmicas!
Talabarte duplo com absorvedor de impacto e corda dinâmica

As normas que versam sobre trabalhados em altura deixam claro a obrigatoriedade do uso dos
absorvedores de impacto (também chamados de SDE – Sistema Dissipador de Energia) quando
existir o risco de queda fator 1 ou mais. Os absorvedores de impacto começam a romper suas
costuras com aproximadamente 300 kg. O uso de equipamentos com absorvedor de impacto requer
uma avaliação da Zona Livre de Queda (ZLQ) para seu correto funcionamento.

A ZLQ corresponde a soma das distâncias A


(comprimento do talabarte), B
(comprimento do absorvedor de impacto
aberto), C (distância do ponto de conexão
no cinto até os pés – aproximadamente 1,5
m) e D (distância mínima de segurança do
chão ou qualquer ponto de impacto). Fator
de Queda e Zona Livre de Queda estão
intimamente ligados, pois um trabalho com
FQ 1 acionará o absorvedor e fará com que
o trabalhador desça um pouco mais a ponto
de colidir com alguma estrutura! As
distâncias tanto do absorvedor aberto
quanto dos talabartes podem variar
dependendo do fabricante, portanto eles
devem sinalizar de forma indelével qual a
ZLQ mínima requerida.

Zona Livre de Queda = soma das distâncias A, B, C e D.


Quando falamos de atividades esportivas, como a escalada, o uso de cordas
dinâmicas também é obrigatório – elas têm função semelhante ao SDE, ou seja:
transferir para o nosso corpo uma força de impacto máxima de 600 kg. Agora sim!
os valores apresentados nos cálculos simples que efetuamos acima serão reduzidos
graças ao mecanismo desses “santos” acessórios!

Use e abuse dos absorvedores de impacto e das cordas dinâmicas; lembrando que esse tipo de
cordas também podem ser utilizadas em trabalhos em altura (auto-seguros, linhas de vida…) e em
resgate (progressão em torres e telhados, escalada…) servindo como acessório adicional para
minimizar os amargos efeitos que uma queda mal avaliada pode produzir.

Para encerrar gostaria que visitasse um excelente artigo que facilita ainda mais o entendimento
sobre o Fator de Queda, de um colega que respeito muito, o Luiz Spinelli, notável instrutor de
técnicas verticais: http://www.spinelli.blog.br/informativo_spinelli_6.pdf

Dicas Macetosas – como utilizar um Trava Quedas

Se você já utilizou nós bloqueadores – tais como o Prussik ou Marchard – e achou os resultados
surpreendentes, saiba que os bloqueadores mecânicos podem facilitar ainda mais sua vida, nos
trabalhos em altura e grande parte de missões de resgate e salvamento. É evidente que os nós têm
algumas aplicações nas quais atendem melhor que os bloqueadores mecânicos e vice-versa,
portanto, caberá a você conhecer bem cada equipamento e técnica, para tomar decisões com
chances mínimas de erro.

Trata-se de um equipamento utilizado de forma mais ampla em trabalhos em altura e em acesso por
cordas, tendo em vista sua vasta aplicação em ambientes industriais. É um equipamento de Proteção
Contra Quedas, ou seja, deve ser utilizado individualmente, ancorado ao olhal peitoral ou dorsal de
um cinto paraquedista completo (ou cadeirinha classe 3, conforme norma NFPA). É aceito seu uso no
olhal abdominal (cintura), somente se o cinto ou cadeirinha não possuir peitoral, pois no caso de
uma queda importante, é quase certeza que o trabalhador ficará de cabeça para baixo em posição
pós-queda. É também uma boa opção como Captura de Progresso em sistemas de vantagem
mecânica.

Podemos classificar os trava quedas em dois grupos: os dinâmicos e os estáticos.

Os trava quedas dinâmicos recebem esse nome pois se deslocam de forma automática tanto subindo
quanto descendo, independente da ação do usuário. Efetuam o bloqueio da corda automaticamente
caso a velocidade de descida aumente muito rápido (ou uma
queda). Um bom exemplo é o trava quedas ASAP Lock da
Petzl, indicado para usuários técnicos, ou seja, que tenham
treinamento específico em manobras de acesso por cordas.
Ele efetua o bloqueio caso a velocidade de descida supere 2
metros/segundo. Para desbloquear, basta aliviar o peso e
movimentá-lo para cima.

ASAP Lock da Petzl – exemplo de Trava quedas Dinâmico para uso técnico.
Os trava quedas retráteis (também dinâmicos), oferecem uma facilidade ainda
maior, pois funcionam automaticamente independe de qualquer ação do usuário,
sendo recomendado para trabalhos mais simples como carregamento de caminhões,
deslocamento em linhas de vida flexíveis, escadas em caixas de água e silos,
entradas em espaços confinados (como sistema de backup), etc.

Como funciona: um cabo de aço ou fita integra um mecanismo semelhante ao cinto de segurança
automotivo: se for puxado lentamente é liberado, retornando automaticamente para a câmara; se
houver tração brusca trava imediatamente, sendo liberado quando a carga é aliviada.

A grande vantagem para Trava Quedas Retráteis é que o Fator


de Queda será sempre zero. A maioria dos modelos possui
absorvedor de impacto no mecanismo interno e um indicador
de queda no gancho que é ancorado ao trabalhador.

Indicador de queda do Trava


Quedas retrátil VERDE=OK,
VERMELHO= ENVIAR AO
FABRICANTE.

ATENÇÃO PARA O ÂNGULO MÁXIMO DE INCLINAÇÃO, EVITANDO O EFEITO “PÊNDULO” EM CASO


DE QUEDA!

Ângulo máximo de inclinação para Trava Quedas Retráteis


Os trava quedas estáticos, com funcionamento semelhante (porém mecanismo bem
mais simples), dependem da ação do trabalhador para um melhor posicionamento,
ou seja, em condições normais de uso (e para a maioria dos modelos) ele subirá
junto com trabalhador, porém no caso de descida controlada permanecerá
bloqueado, exigindo sua abertura de forma manual.

Trava Quedas com Absorvedor de Impacto

Trava Quedas sem Absorvedor de Impacto (fita prolongadora


simples)

Ainda que para alguns tipos de trabalho não seja obrigatório o


uso de absorvedores de impacto, recomenda-se sempre seu
uso! Caso o seu não possua, fique atento com o Fator de Queda (clique aqui para saber o que é
isso).

ATENÇÃO: LEIA O MANUAL DO FABRICANTE PARA UM USO SEGURO E CORRETO!

Existem casos em que outros equipamentos de proteção contra quedas são melhor opção (talabarte
duplo por exemplo), outros em que o trava quedas é a “bola da vez” e ainda trabalhos onde ambos
são necessários (alpinismo industrial, progressão em telhados industriais com linhas de vida, etc).
Treine sempre e conheça as aplicações corretas e limitações de uso, pois cada modelo possui
particularidades que serão conhecidas e entendidas somente com um bom treinamento e leitura do
manual do fabricante.

Faça cursos com quem sabe ensinar.


Linhas de vida móveis:
NBR 16325

As linhas de vida móveis, são kits formulados para profissionais que já detém algum
conhecimento de trabalho em altura, e podem utilizar este sistema para criar meios de ancoragem
provisórios, fixados a pontos de ancoragem certificados, ou pontos de ancoragem naturais como
pilares, colunas, vigas ou outros componentes estruturais de construções.

O kit é fornecido com 15m, 20m ou 30m de corda semi-estática para trabalho em altura, dois laços
de ancoragem em cabo de aço com proteção, três mosquetões para conexão da corda as ancoragens
e conexão do trabalhador à linha de vida, um descensor blocante que pode ser utilizado para
tensionamento da corda para formação da linha de vida, ou como descensor comum para uma
pessoa, e até como meio de simples resgate operado por uma segunda pessoa quando tensionado
em uma linha de vida. Tudo isso dentro de uma bolsa de lona impermeável de alta resistência.
Acompanha o sistema, um manual do usuário de onze páginas com diversas possibilidades de
utilização do sistema assim como suas limitações de uso.

Linha de vida móvel e transportável de fácil


instalação.

Conta com exclusivo sistema de tensionamento


da corda.

Em situação de queda, o resgate é facilitado


pelo acionamento de apenas uma alavanca.

Corda com carga de ruptura de 3800Kgf;

Acompanham dois laços de ancoragem com


proteção para cantos vivos.

Acompanha bolsa em lona plástica


impermeável, com alças tipo mochila.

Pode ser fixado a diversas estruturas como colunas, viga e pilares.

O sistema de linha de vida móvel é indicado para executar trabalhos em telhados, pontes rolantes,
marquises, plataformas, pontes, construções, entre outros;

Apresenta praticidade na instalação;

Proporciona maior mobilidade e alta segurança;

Possui baixo custo de implementação;

A linha de vida temporária pode ser tensionada através de um descensor auto-blocante (este item
pode não acompanhar o kit dependendo do modelo da PrevQ Flex escolhido). O equipamento facilita
operações de resgate. Basta acionar a alavanca do descensor para baixar a vítima;

O kit está disponível com 15 metros, 20 metros e 30 metros. Outras medidas, sob consulta;
Notas Técnicas divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego:

Visualize as Notas Técnicas clicando nos links abaixo:

 Nota Técnica n° 283 de 18.10.2016 (MTb)


 Nota Técnica n° 176 de 18.07.2016 (Validade x Vida Útil do EPI)
 Nota Técnica n° 150 de 23.06.2016 (Esclarece questões relacionadas à Segurança e Saúde no
Trabalho de pessoas com deficiência em especial sobre a adaptação de EPI)
 Nota Técnica n° 195 de 30.09.15 (Esclarecimentos sobre a utilização de EPI para a realização de
trabalho em altura por trabalhadores com mais de 100 Kg.)
 Nota Técnica n° 146 de 10.07.15 (Esclarece questões relacionadas à validade de EPI e à validade
do Certificado de Aprovação de EPI)
 Nota Técnica n° 363 de 27.10.10 (Óculos de Segurança com Lentes Graduadas)
 Nota Técnica n° 158 de 25.08.10 (Validade das informações via internet)
 Nota Técnica n° 81 de 10.08.10 (Utilização de "clip" em óculos de segurança)
 Nota Técnica n° 282 de 09.08.10 (Óculos de Segurança com Lentes Graduadas)
 Nota Técnica n° 241 de 12.07.10 (Recuperação / Lavagem / Higienização de EPI)
 Nota Técnica n° 229 de 01.07.10 (Inclusão do Protetor Facial para Proteção contra Radiação
provocadas por ondas eletromágnéticas de alta intensidade do tipo arco elétrico no Anexo I da
NR-6)
 Nota Técnica n° 174 de 26.05.10 (Normas Técnicas Aplicáveis aos EPIs contra os Efeitos
Térmicos do Arco Elétrico e/ou Fogo Repentino)
 Nota Técnica n°. 88 de 31.03.10 (Solicitação de exclusão da alínea “g” do item 3.5, da portaria
145 de 28.01.10)
 Nota Técnica n° 96 de 23.03.11 (Abrangência do termo Fabricante contido na NR-6
Equipamentos de Proteção Individual - EPI)

Agradecimentos:

Resgate Vertical;
Acesso Vertical;
Planeta Vertical;
Salvamento Brasil;
Liga Rapel;
Task Brasil;
UBRAC – União Brasileira de Resgate e Acesso em Cordas;
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;
Potência Soluções em Ancoragens;
RM Equipamentos de Proteção Contra Quedas.

PREVESEG-ES Cursos e Treinamentos


13.574.529/0001-60
Apostila de uso exclusivo da empresa e não é permitida a cópia, alteração ou adulteração da mesma.

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