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SALVAMENTO

VERTICAL

Organização e Tática de Resgate


Princípios do Resgate
• Para o desenvolvimento do resgate alguns princípios básicos devem ser
seguidos para melhor execução da operação:
• Segurança
• Simplicidade
• Agilidade
• Redundância
• Revisão
• Estar preparado para autorresgate
• Trabalho em equipe
T-E-R-R-A-S-S
Segurança
• Princípio mais importante no resgate vertical, a segurança deve
sempre ser tomada na seguinte ordem:
• segurança do resgatista,
• segurança da equipe e
• segurança da vítima
• Nenhum outro princípio se sobrepõe à segurança
Simplicidade
• Manter o sistema de resgate o mais simples possível é garantia de
segurança.
• Sistemas menos complexos envolvem menos equipamentos,
normalmente são mais praticados pela equipe, reduzindo a
possibilidade de erro.
Agilidade
• Toda atividade envolvendo vítimas se estabelece por este princípio.
• Quanto mais cedo o acesso e a retirada da vítima da situação de
risco, mais cedo será iniciado o tratamento.
• Treinamento constante é garantia de um trabalho seguro e ágil.
Revisão
• A Revisão de todo o sistema antes do início da operação é obrigatória, é o
que se costuma chamar em segurança do trabalho de verificação por
“quatro olhos”, na qual duas pessoas fazem a verificação: quem leva a
cabo o trabalho e um fiscalizador.
• A revisão de todo o processo da operação deve ser feita por uma única
pessoa, com grande experiência e que não deve tomar parte no resgate.
• Este profissional chama-se Inspetor de Segurança.
Redundância
• Redundância implica em possuir dois sistemas, um principal e
outro de segurança, ou mesmo sistemas atuando em conjunto,
mas com igual capacidade de resistir em uma falha.
• Este princípio é aplicável para os equipamentos flexíveis, cordas
e fitas, que possuem maior possibilidade de falhar.
Estar Preparado para Autorresgate

• De nada adianta o resgatista ter todo o conhecimento para realizar


o resgate de uma vítima, se ele próprio não souber sair de uma
situação de risco.
• O autorresgate pode ser necessário se as coisas não saírem como
previsto e não há pior resgatista do que aquele incapaz de salvar a
própria vida.
Trabalho em Equipe
• Não há lugar para super-heróis no resgate, só o trabalho
coordenado de todos os integrantes leva a um salvamento
bem sucedido.
• A equipe de resgate deve ser pensada como um sistema
igual àquele com cordas e mosquetões, onde cada
integrante é um elo e, se um desses elos falha, todo o
restante da equipe falha.
Estrutura de uma equipe
• A equipe deve ser pensada como um mínimo de 04 BMs
atuando.
• Chefe da equipe

• Operadores do resgate

• Operador da segurança

• Inspetor de segurança

• Caso a guarnição não complete esse número, uma


viatura de apoio deve ser acionada.
Estrutura de uma equipe
Comunicação
• Comunicação simples e padrão.
• Radiocomunicadores.
• Apitos.
• Sinais.
Fases Táticas
• Aviso
• Avaliação e Dimensionamento
• Pré-Resgate
• Resgate
• Desmontagem da Operação
Aviso
Fase logo após o acontecimento de um incidente envolvendo altura e que
preza pela coleta de informações sobre o evento:
• Endereço da ocorrência (rua, bairro, montanha, trilha, coordenadas);
• Tipo da ocorrência (Situação da vítima e local)
• Situação da vítima (ferida, suspensa ou em risco de queda e óbito)
• Tipo de Local (edifício, torre, árvore, poço, barranco)
• Altura em que se encontra ou altura da queda;
• Número de vítimas e estado delas;
• Horário provável da ocorrência;
• Contato no local.
Avaliação e Dimensionamento
• Chegada ao local com confirmação das informações anteriores (local, tipo, n° de
vítimas, etc.) e o repasse à central de operações;
• Estabelecer e assumir o posto de comando
• Avaliação 360º com reconhecimento dos riscos envolvidos para garantir a segurança no
local da ocorrência, isolando-o; evitar perigos aos curiosos e fornecer tranquilidade à
equipe;
• Verificar a dimensão da ocorrência e o tipo de resgate a ser realizado e já elaborar um
plano mental de atuação,
• Acionar apoio e mais recursos que se façam necessários;
Pré-Resgate
• Determinar o zoneamento de segurança sendo:
• Zona Quente é a área onde provavelmente está a vítima e com o risco real de
queda;
• Zona Morna é a área de transição, mas também de operações em bases firmes.
• Zona Fria é a área que está livre de riscos, mas, ainda assim, deve ser isolada do
público em geral.
• Se possível, priorizar o atendimento médico (Ação de Oportunidade).
• Dispor de todo o material para a montagem do sistema de resgate (cordas,
mosquetões, ancoragens, EPIs, comunicações, etc.)
Zoneamento de Segurança
Pré-Resgate
• Chefe de equipe fará uma breve explanação sobre o tipo de trabalho que ele deseja,
com a descrição das técnicas e com elenco daquilo que cada integrante irá realizar.
• Operadores devem tirar dúvidas, pontuá-las, inclusive se achar que não está em
condições de executar o serviço;
• Acessar o local para realizar o resgate (escada, elevador, escalar torre ou árvore).
• Montar o SAS – Sistema de Ancoragem Seguro.
• Montagem e/ou disposição da técnica eleita.
• Inspeção de segurança dos itens (revisão) e da comunicação.
Resgate
• Aplicar a técnica eleita para acessar e avaliar o seu estado de saúde, se isso já
não foi feito antes;
• Estabilizar a vítima no triângulo de evacuação ou na maca (horizontal ou
vertical).
• Iniciar a operação de subida ou descida com a vítima estabilizada;
• Com a vítima fora de perigo (risco de queda, etc.), removê-la para o
tratamento médico especializado.
Desmontagem da Operação
• Recolher o material fazendo a recontagem, identificação de cada
equipamento e de possíveis danos;
• Preenchimento de relatório para obter uma estatística dos acidentes em
altura;
• Retornar à central de operações e avaliar o resgate, desempenho da
equipe para aperfeiçoamento, erros e acertos.
Fluxograma de Eleição da Técnica
• Para auxiliar na escolha O local é um
da técnica o seguinte espaço
fluxograma foi confinado?
desenvolvido pela CT de
Salvamento Vertical.
• A primeira pergunta SIM NÃO
verifica se não se trata
de um espaço confinado.
Realizar
procedimentos Qual é a
de E.C. altura?
Fluxograma
• O passo seguinte é sobre Qual a
a altura e definirá se uma
técnica de escada altura?
simples pode ser
empregada.
Maior que Menor que
06 m 06 m

Qual o Técnicas
local?. de Escada
Fluxograma
• O tipo de local vai Qual o local?
definir o acesso até a
vítima
Poste/Torre Árvore Rural
• No meio rural Edifício

(morros, ribanceira,
etc.) a inclinação vai A inclinação é
Subir escadas Escalar até Ascender até maior que 60°
definir o emprego de ou elevador acesso à vítima a vítima
01 ou 02 cordas.
Qual o estado SIM NÃO
da vítima?
Fluxograma – Acesso à Vítima

• Subindo escada • Escalando • Ascensão


Fluxograma
Para o estado da vítima Qual o estado
da vítima?
03 cenários são
considerados:
• Suspensa Remoção por
Risco Iminente
Suspensa
• Risco Iminente de de Queda Ferimento
Queda Remover no
Remover no Remover na
• Ferida próprio cinto Triângulo de
Maca
em t<10min Evacuação

Técnica de
02 cordas
Fluxograma – Estado da Vítima

• Suspensa • Risco de Queda • Ferida


Tabela de Eleição de Técnica
• No POP você também encontrará as tabelas para o tipo de ambiente:
EDIFÍCIO URBANO
Situação da Técnica
H
Vítima Acesso Estabilização Remoção
Suspensa Escada Próprio cinto Escada
<6m Ferida Escada Maca vertical Escada
Risco de Queda Escada Triângulo Escada
Suspensa Elevador Próprio cinto Duas cordas
>6m Ferida Elevador Maca Duas cordas
Risco de Queda Elevador Triângulo Duas cordas

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