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PROCEDIMENTO PARA TRABALHO EM ALTURA

EMPRESA: XPTO

SUMÁRIO.
I. OBJETIVO.
II. LEGISLAÇÃO PERTINENTE.
III. DETALHAMENTO.
1. Campo de Aplicação.
2. Definições.
3. Procedimentos.
4. Responsabilidades.
5. Recomendações Gerais de Segurança.
IV. ANEXO.
1. Lista de Comprovação de Entrega de EPIs.
I. OBJETIVO.
Estabelecer os procedimentos necessários para a realização de trabalhos em altura, visando
garantir a segurança e integridade física dos colaboradores internos ou de terceiros que
realizaram este tipo de trabalho e a proteção dos que transitam nas áreas próximas.
II. LEGISLAÇÃO PERTINENTE.
Artigo 157 CLT.
Normas Regulamentadoras: NR 01 – Disposições Gerais.
NR 06 – Equipamento de Proteção Individual.
NR 18 – Obras de Construção, Demolição e Reparos.
NR 35 – Trabalho em Altura
III. DETALHAMENTO.
1. CAMPO DE APLICAÇÃO.
Aplica-se o disposto neste Procedimento de Segurança do Trabalho, a todos os serviços em
altura, realizados por colaboradores internos ou terceiros, especialmente naqueles relativos às
operações de:
Manutenção em telhados (telhas, rufos, chaminés, exaustores etc);
Troca de telhas;
Pintura, limpeza, lavagem e serviços de alvenaria nas fachadas e estruturas;
Instalação e manutenção elétrica;
Manutenção de redes hidráulicas aéreas.
2. DEFINIÇÕES.
Andaime - plataforma elevada sustentada por meio de estruturas provisórias ou outros
dispositivos de sustentação com os acessos necessários para execução de serviços de elevação
que sustentam o trabalhador e os materiais necessários na execução do serviço.
Andaime em Balanço - andaime fixo, suportado por vigamento e balanço, cuja segurança é
garantida, seja por engastamento ou por qualquer outro sistema de amarração no interior de
equipamentos, edifícios ou estruturas.
Andaime Simples ou Apoiado - andaime cuja estrutura trabalha simplesmente apoiada
podendo ser fixa ou deslocar-se no sentido horizontal sobre rodízios.
Andaime Suspenso - plataforma elevada de trabalho dotada de guarda-corpo suspensa por
cabos de aço em guinchos ou suportada por estrutura metálica tubular, de quadros ou de
madeira destinada a execução de serviços de construção, manutenção e pintura.
Argola do peito (conexão frontal): é usada para içamento (baixar ou subir), resgate ou
posicionamento.
Argola nas costas (conexão nas costas): é usada para retenção de queda e, eventualmente,
para movimento restritivo e resgate.
Argola da cintura (conexão nas laterais): é usada para posicionamento e, em alguns casos, para
movimento restritivo.

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Chave de Andaime (Chave Catraca 3/4”) - ferramenta utilizada na montagem e desmontagem


de andaime tubular convencional, fabricada em aço cromo-vanádio com boca acoplada no cabo
para operação em locais de difícil acesso.

Cinto de Segurança Tipo Pára-quedista - é o que possui tiras de tórax e pernas com ajuste,
argolas e mosquetões de aço forjado, ilhoses e presilhas de material não ferroso e fivela de aço
forjado ou material similar. As argolas são para a colocação do cabo de segurança ou talabarte.
Conector de Ancoragem - acessório confeccionado em nylon ou material de resistência
equivalente, destinado a prender-se à estruturas, visando a fixação do talabarte do cinto de
segurança, onde este não possa ser preso diretamente.
Escada de Andaime - peça montada nos andaimes com a finalidade de formar degraus
seqüenciados e com espaçamentos de 280 a 300mm dentre degraus de modo a facilitar o
acesso seguro dos usuários à plataforma.
Escada Portátil ou de Mão - são equipamentos confeccionados em madeira, aço, alumínio ou
fibra de vidro, constituído de montantes, degraus e bases antiderrapantes, destinado para
acessar o local em nível diferente.
Guarda-corpo - peças horizontais paralelas ligadas aos postes que circundam a plataforma,
destinadas à proteção contra queda das pessoas que utilizam o andaime.
Linha de vida - são pontos de conexão para talabartes, capazes de suportar uma força de
impacto de 2.268kgf. Podem ser de dois tipos:
Linha de Vida Horizontal (ou cabo guia) - cabo de aço (3/8”) tendo suas extremidades
ancoradas à estrutura da edificação por meio de material de aço inoxidável ou outro material de
resistência equivalente. Utilizado para os trabalhos onde o executante necessite se deslocar
horizontalmente com segurança sobre pisos elevados (exemplo: telhados). Deve ser instalado de
modo a não permitir deflexões e estar posicionado à altura da cintura do executante ou acima.
Linha de Vida Vertical – cabo vertical (aço ou nylon -  3/8” ), tendo umas de suas
extremidades conectada a um ponto de ancoragem ou trava-quedas retrátil, e a outra
extremidade, conectada ao talabarte, argola “D” do cinto de segurança ou trava-quedas
deslizante. Utilizado para os trabalhos onde o executante necessite se deslocar verticalmente,
subida ou descida com segurança até uma superfície de trabalho exemplo: descida no interior de
tanques, subidas em andaimes, deslocamentos sobre estruturas metálicas, quedas de níveis,
etc.
Mosquetão – é um conector com um corpo e fecho seguro, o qual pode ser aberto para receber
um objeto e, quando se solta, ele fecha automaticamente para prender o objeto. Os mosquetões
são utilizados para unir as peças de um sistema individual de proteção contra quedas.
Plataforma de Trabalho - conjunto de pranchas, justapostas, que compõe o piso do andaime e
que suporta as cargas admissíveis, considerando trabalhadores, ferramentas, equipamentos e
materiais de trabalho. Feitas geralmente de madeira podendo ser também metálicas ou em outro
material resistente a flexão.
Pranchas - são peças de madeira de pinho, cambará, pau-d'arco ou similares utilizadas como
plataforma de trabalho em andaimes, com as seguintes dimensões: 30cm de largura, 2,5cm de
espessura e comprimento variável.
Rodapé - peça de madeira ou tubos, com altura de 20cm, instalados no perímetro inferior de
plataforma, destinadas à proteção contra queda de pessoas, ferramentas, materiais e
equipamentos portáteis.
Rodízio - roda de aço fundido de 2" de largura e 6" de diâmetro, pivotada e com carga
admissível de 2.000Kg, pesando aproximadamente 7Kg cada, utilizada para deslocamento de
estrutura suportada.
Talabarte - dispositivo em corda de nylon de alta resistência com diâmetro de 5/8” (polegadas)
ou de 1/2’’. Pode ser também tipo correia de polyester com 1” de largura. Possuem mosquetões

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de aço forjado e o comprimento máximo é 1,80 metro. A finalidade do talabarte é fixar o cinto de
segurança à estrutura.
Trava-queda – dispositivo automático de travamento destinado à ligação do cinto de segurança
à linha de vida.
Trabalho em Local Elevado - qualquer trabalho que requeira que os pés do funcionário estejam
acima de uma superfície primária de trabalho. Exemplos: trabalhos em andaimes, escadas,
máquinas plataforma-elevatória, sobre caminhões, telhados, bordas de plataformas, escavações
e gaiolas de elevação.
3. PROCEDIMENTOS.
O trabalhador deverá possuir Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), constando exame de
Eletroencefalograma, emitido pelo médico coordenador do PCMSO acusando que o trabalhador
esteja apto para executar trabalhos em altura.
Poderão ser necessários outros exames a critério do médico.
A validade do ASO para trabalho em altura será de 6 meses. A data do vencimento do ASO e
anotação de “apto” para altura deverá constar no crachá do funcionário.
O trabalhador deverá possuir idade entre 21 e 45 anos e biotipo adequado.
Ser especializado no trabalho em que for executar, bem como estar familiarizado com os
equipamentos inerentes ao serviço.
Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, conforme disposto na NR 6 e NR 18 da
Portaria n.º 3.214/78 do Ministério do Trabalho, vigente e os indicados pela Segurança do
Trabalho.
Os trabalhos em altura só poderão ser executados por pessoas devidamente treinadas e
orientadas pelas chefias responsáveis pelo serviço.
Todos os trabalhadores em serviço em altura devem utilizar-se de capacete com jugular.
Utilizar roupas adequadas ao trabalho executado, não sendo permitido o uso de sandálias e
chinelo.
Não é permitido brincadeiras, ou jogar ferramentas do local elevado.
Utilizar o cinto porta-ferramentas ou bolsa própria para guardar e transportar ferramentas
manuais.
Antes do início da realização de qualquer trabalho em altura deverá ser feita previamente,
rigorosa inspeção pelo encarregado do setor onde vão ser realizados os trabalhos, pelo
responsável dos trabalhos e pela Segurança Industrial.
O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e ser feito um isolamento para
prevenir acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam trabalhando em baixo. Ex:
Cuidado Homens Trabalhando Acima Desta Área.
É obrigatório o uso do cinto de segurança tipo pára-quedista, para trabalhos em altura superior
a 2 (dois) metros.
O transporte de materiais para cima ou para baixo, deverá ser feito preferencialmente com a
utilização de cordas em cestos especiais ou de forma mais adequada.
Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho
sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, para evitar acidentes com pessoas
que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas.
As ferramentas não podem ser transportadas em bolsos; utilizar sacolas especiais ou cintos
apropriados.
Instalações elétricas provisórias só devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas
autorizados.
Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pela Segurança Industrial através
da emissão de Permissão de Trabalho.
Somente poderão trabalhar em alturas os empregados que possuírem a Permissão de
Trabalho.

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3.1. TELHADO

Comunicar ao setor usuário sobre a realização do serviço;


Isolar e sinalizar a área localizada abaixo do local de trabalho;
Não pisar diretamente sobre as telhas, mas sim sempre nas tábuas que devem ser dispostas
como passarelas;
Não sobrecarregar o beiral do telhado, pois esse não foi projetado para suportar peso;
Para içar telhas, deve-se suspendê-las até a altura desejada, uma a uma, devidamente
amarradas, por meio de talhas ou outros meios igualmente seguros;
Nunca armazenar telhas sobre o telhado;
Não deixar sobras de material sobre o telhado após a execução do serviço;
Em dias de chuva ou de muito vento, ou enquanto as telhas estiverem úmidas, não executar
serviços sobre o telhado, mesmo com o uso de passarela de madeira;
O cinto de segurança tipo pára-quedista deverá ser utilizado, providenciando-se previamente os
meios necessários á sua fixação de forma a possibilitar a locomoção do usuário sobre o
telhado.
3.2. ANDAIMES
Os andaimes devem ser dimensionados e montados de modo a suportarem, com segurança,
as cargas de trabalho (pessoas e materiais), a que estarão sujeitos;
Os montantes devem ser apoiados sobre calços ou sapatas, capazes de resistir aos esforços e
ás cargas;
A cada dois lances de cavalete, colocar as travas de reforço no andaime;
Os andaimes devem ser fixados a estruturas rígidas durante sua utilização;
Devem possuir guarda-corpo, com travessas horizontais colocadas respectivamente a 0,45 m e
1,00 m acima do estrado de trabalho, para evitar queda de pessoas;
As pranchas usadas para piso devem fechar toda a área do andaime, de maneira a formar um
piso contínuo;
As pranchas devem ser dotadas de travas nas extremidades, para evitar seu deslocamento
lateral e serem isentas de trincas, emendas, pinturas ou nós;
Os andaimes com altura superior a 1,50 m de altura devem ser providos de escadas de acesso;
Antes de ser instalado qualquer sistema para içamento de materiais, deve ser escolhido o
ponto de aplicação adequada de modo a não comprometer a estabilidade e segurança do
andaime;
Usar o cinto de segurança, mesmo com as proteções laterais instaladas;
Deverão fazer uso do trava quedas de segurança acoplado ao cinto de segurança
independente, para trabalhos realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos
de qualquer tipo.
3.3. ESCADAS
As escadas devem ser inspecionadas sempre antes de serem usadas;
Nunca devem ser de madeira pintada;
As escadas não devem apresentar farpas ou saliências;
As escadas de encosto não devem ter mais de 7 metros (escadas de extensão não devem ter
mais de 12 metros);
As escadas de extensão não devem ter suas partes separadas, para evitar a quebra de polias
e a danificação dos engates;
As escadas de abrir não devem ter mais de 6 metros de extensão, devendo ser abertas até o
fim do seu curso, com o tirante limitador bem encaixado, antes de ser usada;
Todas as escadas portáteis devem ter sapata antiderrapante;

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Para maior estabilidade da escada, é necessário que o ângulo em relação ao piso tenha o valor
aproximado de 75º, podendo variar entre 65º a 80º;

Para subir uma escada deve haver uma pessoa segurando a base desta até que o usuário
amarre o terceiro degrau ( a contar de cima para baixo ) em um suporte fixo e prenda seu cinto
de segurança;
Somente uma pessoa de cada vez deve utilizar a escada para subir ou descer;
É obrigatório o uso de cinto de segurança, preso a estrutura mais próxima, em altura superior a
2 metros do chão. É proibido prender na própria escada;
Sempre se deve subir e descer uma escada de frente para ela;
3.4. CADEIRA SUSPENSA
Todas as atividades em que não seja possível a instalação de andaimes é permitida a
utilização de cadeira suspensa.
Acessórios obrigatórios para utilização:
Cabo de aço para sua sustentação, fixado por meio de dispositivos que impeçam o
deslizamento e desgaste;
Sistema independente de fixação para o cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-
quedas em um cabo-guia;
Antes de sua utilização, o usuário e o supervisor deverão desenrolar o cabo de aço e verificar o
seu comprimento, de modo que:
Não apresente emenda;
Não apresente fios rompidos ou frouxos;
Apresente diâmetro uniforme;
Não esteja lubrificado.
A correta ancoragem e instalação da cadeira suspensa é fundamental para a segurança do
equipamento e do usuário devendo ser elaborada por profissional legalmente habilitado.
Uma vez instalado na obra, o equipamento só poderá ser utilizado com autorização formal do
engenheiro residente ou técnico de segurança ou ainda, de profissional legalmente habilitado.
4. RESPONSABILIDADES
São responsáveis por cumprir todas as etapas deste procedimento.
Supervisores.
São responsáveis por facilitar e incentivar os funcionários a executarem a operação de acordo
com esta instrução e recorrerem a Segurança quando houver dúvidas referentes a operações
que envolvam riscos de acidentes.
Segurança do Trabalho.
É responsável por fazer cumprir esta instrução, avaliando os locais de trabalho, envolvendo
outros níveis de responsabilidades, treinando os envolvidos em trabalhos em altura e fornecendo
a Autorização de Trabalho em Altura.
Solicitante do serviço.
Cabe a área e/ou setores envolvidos na atividade a fiel observância das recomendações
contidas no presente procedimento e outras que vierem a ser adotada, zelando pelo
cumprimento das mesmas junto a seus subordinados e terceiros.
Obs: o não cumprimento deste procedimento implicará em uma advertência para o(s)
trabalhador(es) podendo ser aplicada pelo Técnico de Segurança do Trabalho, por membros da
Cipa, SESMT ou Supervisores.(quando haver)
5. RECOMENDAÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA.
Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço;
Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telhas, ripas etc) andar somente pelas
passarelas montadas;
Usar sempre o cinto de segurança ancorado em local adequado;

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Não amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado;


E proibido arremessar qualquer tipo de material para o solo;
Usar os equipamentos adequados (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e
ferramentas;
Ao descer ou subir escadas, faça com calma e devagar;
Não improvisar;
Cuide de sua segurança e de seus companheiros.

TERMO DE DECLARAÇÃO E ASSINATURA DOS COLABORADORES.


Declaro ter sido treinado, orientado e acompanhado nas funções específicas de trabalho
em altura.
Fico ciente da obrigatoriedade no cumprimento de todas as recomendações de
Segurança do Trabalho, conforme Art. 482, letra “h” da C.L.T.

Observação: as orientações aqui contidas não esgotam o assunto sobre prevenção de


acidentes, devendo ser observadas todas as instruções existentes, ainda que verbais em
especial as normas e regulamentos da empresa.

Nome Função Assinatura

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