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TECNOMULTI EMPREENDIMENTOS

LTDA
CNPJ: 04.122.477/0002-81

PROCEDIMENTO OPERACIONAL E
EMERGÊNCIAL TRABALHO EM ALTURA
Conceito de trabalho em altura
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois
metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
A NR 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho
em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente
com esta atividade.

NR-1 – DISPOSIÇÕES GERAIS


1.1. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho,
são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT.

1.2. Cabe ao empregador:


a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança
e medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência
aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos;
c) informar aos trabalhadores:
• Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
• Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela
empresa;
• Os resultados dos exames médicos e de exames complementares de
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
• Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.

1.3 Cabe ao empregado:


Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho,
inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto
no item anterior;
O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas
na legislação pertinente.
2 - Principais áreas com grande risco de queda:

3 - As medidas de proteção devem ser adotadas antes de iniciar o trabalho em altura


Todo trabalho em altura será planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado.
Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo
estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa
atividade e que possua anuência formal da empresa. Ou seja, é necessário cumprir três
requisitos para que o trabalhador possa planejar ou executar o trabalho em altura:
• Que ele seja capacitado (submetido e aprovado em treinamentos inicial, periódico e
eventual).
• Que seja considerado apto (após ser submetido aos exames médicos e considerado
apto para executar suas atividades profissionais em altura)
• Que seja autorizado pelo empregador para executar aquela atividade em altura
(esse requisito é formal depois de cumpridos os anteriores).
Após autorizados os trabalhadores, a empresa deve manter cadastro atualizado que
permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em
altura. Este cadastro poderá ser em forma de documento impresso, crachá, cartaz, ou
registro eletrônico etc., que evidencie o limite da sua autorização para trabalho em
altura. Esses limites da autorização estão vinculados aos treinamentos realizados e a
aptidão.
Dentro das empresas podem existir diversos cenários de trabalho em altura com diversos
riscos que exigem um nível de conhecimento distinto com distintos procedimentos. Uma
atividade de manutenção em telhado é diferente do trabalho de montagem de andaimes.
Neste o empregado deverá conhecer técnicas de escalada, de posicionamento e de fixação de
EPI na própria estrutura que está sendo montada. Como são trabalhos distintos a capacitação
exigida para cada trabalho pode ser diferente, bem como o protocolo de exames para a sua
aptidão. Por consequência, as autorizações também poderão ter limites diferentes.

4 - Todo trabalho em altura deve ser precedido por análise de risco.


Os riscos de quedas existem em vários ramos de atividades e em diversos tipos
de tarefas. Faz-se necessário, portanto, uma intervenção nestas atuações de grave e
iminente risco, regularizando o processo, de forma a tornar estes trabalhos seguros.
4.1 O trabalho em altura NÃO deverá ser realizado nos seguintes casos:
• Trabalhador não possuir a devida anuência para realizar trabalho em altura
• Trabalhador sem a devida qualificação para o trabalho em altura (treinado)
• Trabalhador sem condições físicas, mentais e psicossociais (ASO)
• Ausência de sistema e pontos de ancoragem adequados
• Ausência da AR – Análise de Risco, Procedimento operacional, e/ou PT –
Permissão de Trabalho
• Ausência de supervisão
• Ausência de EPI adequado
• Falta de inspeção rotineira do EPI e do sistema de ancoragem
• Ausência de isolamento e sinalização no entorno da área de trabalho
• Condições meteorológicas adversas (ventos fortes, chuva, calor excessivo)
• Não observância a riscos adicionais e/ou às demais normas de segurança

5 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA


No planejamento do trabalho devem ser adotadas as medidas, de acordo com a seguinte
hierarquia:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de
execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de


execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não


puder ser eliminado.
5.1 PRIORIDADES NO CONTROLE DE RISCO

Eliminar o risco;

Neutralizar / isolar o risco, através do uso de Equipamento de Proteção Coletiva;

Proteger o trabalhador através do uso de Equipamentos de Proteção Individual.


6 - EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA TRABALHO EM ALTURA

. Cinturão de segurança tipo paraquedista

O cinturão de segurança tipo paraquedista fornece segurança quanto a possíveis quedas e,


posição de trabalho ergonômico.

É essencial o ajuste do cinturão ao corpo do empregado para garantir a correta distribuição


da força de impacto e minimizar os efeitos da suspensão inerte.
. Talabarte de Segurança
Equipamento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda no
posicionamento e movimentação nos trabalhos em altura, sendo utilizado em
conjunto com cinturão de segurança tipo paraquedista.

. Trava-quedas
É um dispositivo de segurança utilizado para proteção do empregado contra quedas
em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com
cinturão de segurança tipo paraquedista.
.

Demais EPI necessários à atividade

• CAPACETE
• ÓCULOS DE SEGURANÇA
• LUVAS
• CINTO DE SEGURANÇA
• PROTETOR AUDITIVO
• UNIFORME
• BOTA DE SEGURANÇA

7. Fator de quedas
Relação entre a altura da queda e o comprimento do talabarte.
Quanto mais alto for a ancoragem menor será o fator de queda.
FQ = distância da queda / comprimento do talabarte
O trabalhador deve permanecer conectado ao
sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.

O talabarte e o dispositivo trava quedas


devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a
restringir a altura de queda.

8. PERMISSÃO DE TRABALHO – PT
• A PT é uma permissão, por escrito, que autoriza o início do trabalho, tendo sido
avaliados os riscos envolvidos na atividade, com a devida proposição de medidas
de segurança aplicáveis;
• A PT deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final,
encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade;
• A Permissão de Trabalho deve conter:
a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações;
• A PT deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas
situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na
equipe de trabalho.
9. Emergência e Salvamento
9.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para
trabalho em altura. As equipes deverão estar preparadas e aptas a realizar as condutas
mais adequadas para os possíveis cenários de situações de emergência em suas atividades.

9.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que
executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.

9.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as
respostas a emergências.

9.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem


constar do plano de emergência da empresa.

9.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de

salvamento devem estar capacitados a executar o resgate,

prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental

compatível com a atividade a desempenhar.

10. CONDUTAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

O plano de ação de emergência deverá ser de conhecimento de todos os


envolvidos.
Todo acidente deve ser imediatamente comunicado ao SESMT.
O atendimento ao acidentado será realizado no local, por pessoal treinado.
Quando o trabalhador cair em função da perda da consciência, e ficar
dependurado, estando ele equipado com um sistema de segurança, ficará
suspenso pelo cinturão de segurança até o momento do socorro.

Resgate

Podemos considerar um bom sistema de resgate aquele que necessita de um menor


número de equipamentos para sua aplicação, tornando com isso um ato simplificado.

É essencial que todos os trabalhadores tenham curso de técnicas de resgate em estruturas


elevadas bem como noções básicas de Primeiros Socorros.

Estudos comprovam que a suspensão inerte, mesmo em períodos curtos de tempo, podem
desencadear transtornos fisiológicos graves, em função da compressão dos vasos
sanguíneos e problemas de circulação. Estes transtornos podem levar a morte se o resgate
não for realizado rapidamente.

Um bom socorrista se preocupa primeiro com a sua segurança e depois com a da vítima,
parece um sentimento egoísta, mas não é. Em várias ocasiões de resgate o socorrista se
tornou outra vítima ou veio falecer devido a imprudências pelo seu desespero.

Outro fator importante é o exercício periódico do treinamento de resgate, pois ao longo


do tempo vários conceitos são esquecidos.
RESPONSABILIDADES

Cleytson Cordeiro da Silva


Técnico de Segurança do Trabalho
Registro MTE/6184

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