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OBJETIVOS:
Fonte: Programa Instrutor Competente – PIC NR35. Ilustração do sistema “trabalhadores em altura” – HW SAFETY
Quando se pensava em trabalhadores em altura antigamente, logo vinha na “cabeça”: “OK, ele está utilizando cinto e talabarte
e está protegido”. Atualmente com o advento da NR35, das normas técnicas e novas tecnologias, não podemos mais pensar de
forma simples e sim ter certeza de que quando se trata de trabalhadores em altura temos que pensar como um “sistema”
complexo e que pode ser tornar muito mais perigoso se mal selecionado.
Ao fazer uma análise de risco para atividades que serão realizadas em altura temos que considerar: Meio de acesso, Sistema de
Proteção Individual Contra Quedas (quando aplicável) e os outros EPIs necessários para execução da tarefa em locais com
diferença de nível onde haja o risco de queda.
MEIOS DE ACESSO
Para se realizar atividades em altura o primeiro passo a se considerar é: qual será o meio de acesso a ser utilizado, pois sempre
poderá existir um meio de acesso mais correto e mais seguro, conforme o local onde será realizado a atividade, entre os
principais meios de acesso podemos considerar:
• Escada Portátil
o A tarefa pode ser realizada com segurança a partir de uma escada ou deve ser utilizado outro meio?
o Qual o tipo de escada e suas características são adequados ao acesso ou à tarefa que será realizada?
• Escada Vertical
o Existe outro meio de acesso mais seguro? Exemplo escada de degraus com ângulo de 45 graus
• PEMT
o Sempre uma excelente opção, uma das mais seguras, se a atividade e utilização forem bem planejadas.
o Os trabalhadores estão capacitados para utilizar esse meio de acesso?
• Andaime
o O número de quedas e fatalidades utilizando esse meio de acesso são muito menores do que utilizando uma
escada portátil, mas a tarefa pode ser realizada com segurança a partir de um andaime ou deve ser utilizado
outro meio?
o Os montadores de andaime estão capacitados e existe um responsável técnico por esse equipamento?
• Acesso por corda
o A tarefa pode ser realizada com segurança através de cordas para progressão, juntamente com outros
equipamentos para ascender, descender ou se deslocar horizontalmente, assim como para posicionamento
no local de trabalho ou deve ser utilizado outro meio de acesso mais seguro?
o As atividades com acesso por cordas poderão ser executadas de acordo com procedimentos em conformidade
com as normas técnicas nacionais vigentes, por trabalhadores certificados em conformidade com normas
técnicas nacionais vigentes de certificação de pessoas e por equipe constituída de pelo menos dois
trabalhadores, sendo um deles o supervisor?
• Outros meios de acesso
o Entre outros meios de acesso mais comum podemos considerar: Andaime suspenso, balancim individual
(cadeira suspensa), cesto aéreo, escada plataforma, trabalho sobre veículos, maquinas e equipamentos,
trabalho em telhados, acesso diretamente pela estrutura, poda de arvore, talude, entre outros diversos meios
de acesso.
o Para cada meio de acesso sempre deve-se analisar se esse é o meio de acesso mais seguro ou se o trabalho
pode ser feito com mais segurança.
Sistemas de proteção coletiva contra quedas requerem pouco, ou mesmo quase nenhum envolvimento do operário. Esses
sistemas oferecem uma segurança simples e segura. Entretanto, nem sempre é prático ou eficiente em termos de custo o uso
de tais sistemas, sendo necessário o uso do Sistema de Proteção Individual Contra Quedas.
Sistema de Proteção Individual Contra Quedas - SPIQ são muito mais complexos e requerem que o usuário final receba
treinamento mais detalhado. Para usar sistemas pessoais de retenção de queda é necessário conhecer completamente todos
os componentes envolvidos para que funcione com segurança.
o Queda livre
o Obstruções / pêndulo
o Absorção de energia
o Resgate
35.5.11 A Análise de Risco prevista nesta norma deve considerar para o sistema de proteção contra quedas minimamente os
seguintes aspectos:
a. que o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o período de exposição ao risco de
queda;
c. o fator de queda;
a. quando aplicável, acima da altura do elemento de engate para retenção de quedas do equipamento de
proteção individual;
b. de modo a restringir a distância de queda livre;
c. de forma a assegurar que em caso de ocorrência de queda o trabalhador não colida com estrutura inferior.
Força de impacto: força dinâmica gerada pela frenagem de um trabalhador durante a retenção de uma queda.
Um absorvedor de energia é usado para dissipar a energia e para reduzir as forças sobre o operário em queda e na ancoragem.
A maior parte dos Absorvedores de Energia dissipa a energia de uma queda estendendo, arrebentando as fibras, e/ou
produzindo calor (através do atrito) ao invés de uma grande força de impacto normalmente esperada em uma queda.
A extensão de um Absorvedor de Energia deve ser adicionada aos cálculos da distância total para se assegurar de que o operário
não atinja o chão ou outros obstáculos abaixo dele. Ao usar talabartes com Absorvedores de Energia o absorvedor deve ser
conectado o mais perto possível do cinturão de segurança.
Todos os Absorvedores de Energia devem ter uma etiqueta de uso, ou indicador de impacto que mostre visualmente que eles
sofreram uma carga ou foram usados numa situação de retenção de queda. Uma vez que um Absorvedor de Energia tenha sido
usado, ele deve ser imediatamente retirado de uso. Existem diferentes tipos de Absorvedores de Energia, todos operando
ligeiramente diferente um do outro, mas sempre reduzindo as forças de uma queda a abaixo de 6kN / 600 kgf.
De acordo com a norma técnica, ao ser submetido ao ensaio de desempenho dinâmico (retenção de uma massa de 100 kg
caindo de uma altura igual ao dobro do comprimento do talabarte – fator de queda 2), o absorvedor de energia deve limitar a
força de frenagem a um máximo de 6 kN (seis quilo Newton, aproximadamente 600 kgf). O projeto de um SPIQ de retenção de
quedas deve incorporar meios de garantir que a força de retenção máxima no trabalhador não ultrapasse esse valor.
Uma das formas de absorvedor de energia usado em EPI é o de ruptura têxtil. Outras são baseadas em atrito. Alguns trava-
quedas retráteis possuem uma “embreagem interna” para dissipar energia.
Força máxima de impacto: Maior força que pode ser aplicada em um elemento de um sistema de ancoragem
Zona Livre de Queda é distância segura entre a ancoragem e a obstrução mais próxima. O cálculo de ZLQ é vital. Por exemplo,
se a distância total da queda é maior do que o espaço livre, o problema é óbvio. Sendo assim, a ABNT recomenda que o cálculo
de ZLQ seja pelo menos 1 metro maior do que a distância total da queda. É importante também se lembrar de considerar todas
as obstruções que se projetam debaixo de operário ou as máquinas que possam estar no chão. Isto irá diminuir o vão livre para
o operário.
Queda Livre: é a distância total percorrida até o início da retenção de queda. A queda livre máxima permitida no Brasil é de 4
metros (Talabarte de 2 metros em um fator de queda 2)
Distância de Desaceleração: é a distância atribuída a desaceleração do absorvedor de energia, não podendo ser maior que 1,75
metro no Brasil.
Fator de Segurança: é o total da distância entre os pés dos operários e o nível abaixo quando a queda é retida. Esta distância
deve ser de no mínimo 1 metro, incluso neste valor o estiramento do cinto.
Distância Total da Queda: é a soma calculada das distâncias da queda livre e da desaceleração. Esta é a distância máxima que o
operário poderá cair. Ainda que este cálculo por si só pouco, represente em termos da instalação do sistema, ele fornece o
cálculo necessário para a consideração final - o vão livre.
Cálculo do vão livre abaixo dos pés: distância da área de trabalho até o chão ou a obstrução logo abaixo. O cálculo do espaço
livre é vital. Por exemplo, se a distância total da queda é maior do que o espaço livre o trabalhador irá atingi o chão ou obstrução
mais próxima. Assim, recomendamos que o cálculo do vão livre seja pelo menos 1 metro maior do que a distância total da queda.
É importante também se lembrar de considerar todas as obstruções que se projetam debaixo do operário ou as máquinas que
possam estar no chão. Isto irá diminuir o vão livre para o operário.
Fator de Queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-
lo.
QUEDA EM PÊNDULO
É o tipo de queda com pêndulo que pode ocorrer quando o ponto de ancoragem não está
localizado diretamente acima da cabeça do operário. Ainda que a queda pendular não seja
perigosa por si só, o perigo existe se durante o balanço o operário entra em
contato com alguma obstrução. Os ferimentos que podem ocorrer em uma queda pendular
podem ser tão sérios quanto os causados por uma queda na mesma distância diretamente ao
chão. Além disto, a ação cortante de uma superfície afiada pode ser multiplicada quando o
talabarte balança ao longo dela.
NOTA: Uma queda pendular é minimizada quando uma ancoragem está localizada diretamente acima da cabeça do trabalhador.
REGRA GERAL – TALABARTE – CONECTADO EM PONTO FIXO OU LINHA DE VIDA HORIZONTAL RÍGIDA
• A – Distancia Total de Queda: Comprimento do talabarte (1) mais o comprimento do absorvedor de energia totalmente
estendido (2), conforme indicado nas informações do fabricante;
1. Comprimento máximo do talabarte no Brasil é de 2,00 metros e esse comprimento irá variar de fabricante
para fabricante.
• B – Altura entre a argola e o pé do trabalhador: Distância entre o elemento de engate de retenção de queda do cinturão
e os pés do usuário, sendo que a distância padronizada pela ABNT é de 1,5 metro
• C – Fator de Segurança: Distância de segurança de 1 metro, sendo que nessa distância segura está incluso a deformação
do cinturão de segurança (que não pode ser superior a 30 cm)
• Fator de queda menor que 01: Ponto de ancoragem acima do elemento de ligação do cinto fornece a menor queda
livre, sendo o mais seguro e a opção preferida;
Fonte: NBR 16489, figura 50. Ilustração de distância de queda livre e de cálculo do fator de queda no caso de talabarte em
ponto de ancoragem fixo.
• Fator de queda igual a 01: Ponto de ancoragem no mesmo nível do elemento de ligação do cinto, fornece uma queda
livre maior e convém que seja usado somente como uma segunda escolha
Fonte: NBR 16489, figura 50. Ilustração de distância de queda livre e de cálculo do fator de queda no caso de talabarte em
ponto de ancoragem fixo.
• Fator de queda maior que 01:Ponto de ancoragem abaixo do elemento de ligação do cinto, fornece uma queda livre
muito maior e convém que seja evitado, quando possível.
Fonte: NBR 16489, figura 50. Ilustração de distância de queda livre e de cálculo do fator de queda no caso de talabarte em
ponto de ancoragem fixo.
No caso de talabarte em ponto de ancoragem fixo, o fator de queda varia de 0 a 2. Em outros casos, pode ser até maior do que
2. Se, antes da queda, o trabalhador estiver na postura agachada ou deitada, será necessário acrescentar a variação da altura
do elemento de ligação entre a postura antes e depois da queda.
Diversos pontos são importantes quando vamos realizar a análise de risco e a seleção do SPIQ. E uma delas é considerar a
distância entre o ponto de ancoragem e a obstrução mais próxima na atividade, verificando se ela é compatível com a ZLQ do
talabarte selecionado.
Vamos relembrar que a ZLQ do talabarte é a soma entre o comprimento do talabarte, distancia de desaceleração (abertura do
absorvedor), altura entre a argola de conexão e o pé do usuário e o fator de segurança.
Com isso em mente e conhecendo o equipamento que estamos utilizando, temos certeza que a altura entre o elemento de
conexão e o pé do usuário é de 1,5 metro, o fator de segurança é de 1 metro e podemos medir o comprimento do talabarte
com uma trena para saber o seu comprimento que normalmente está variando de 90 cm a 150 cm aqui no Brasil.
A informação que não é dada pelo fabricante é o quanto o absorvedor irá abrir após uma queda, sendo que o máximo é 1,75
metro (Lembrando que os testes são feitos com o fator de queda 2, pior cenário possível).
O que sabemos: Comprimento do talabarte, altura entre a argola e o pé do usuário, fator de segurança e a ZLQ indicada pelo
fabricante. E o que não sabemos é a distância de desaceleração, exemplo na tabela abaixo.
ZLQ = Zona Livre de Queda (indicada pelo fabricante*) 5,00 metros
CT= Comprimento do talabarte** 1,50 metro
AT = Altura entre a argola e o pé do trabalhador*** 1,50 metro
FS = Fator de Segurança 1,00 metro
ABS = Abertura do absorvedor (distância de desaceleração) ?????
* Nesse caso não estamos utilizando nenhum fabricante ou modelo de equipamento especifico
** Nesse exemplo utilizamos um talabarte de 1,40 metro
*** NBR utiliza como padrão a distância de 1,5 metro
Sendo assim temos que fazer uma conta simples de matemática que é a seguinte: ZLQ-CL-AU-FS e o resultado será o ABS (5,00
- 1,50 - 1,50 - 1,00 = 1,00) ou seja, no exemplo acima, na pior situação (fator de queda 2), o absorvedor vai abrir no máximo 1,00
metro.
A pergunta que fica é: “Como considerar a ZLQ e assegurar que em caso de ocorrência de queda o trabalhador não colida com
estrutura inferior em um fator de queda, por exemplo, igual a 1 ou menor que 1?”. Pois sabemos que quanto menor o fator de
queda e menor a massa, menor será a força de impacto e consequentemente menor a distância de desaceleração.
Para responder essa pergunta, alguns fabricantes, como por exemplo a Athenas, disponibilizam aos seus clientes uma tabela
que fornece em porcentagem a abertura média do absorvedor de acordo com o modelo do talabarte, massa aplicada e fator de
queda. Por exemplo se você utilizar um talabarte modelo AT Y FE ABS 707 com um trabalhador de 80 kg em um fator de queda
menor que 1, o absorvedor de impacto deste equipamento irá abrir até 50% do seu comprimento total que é de 1,5 metro, ou
seja ela irá ter uma distância de desaceleração de até 75 cm. Ter essa informação em mãos ajudará muito a considerar a ZLQ na
análise de risco e assegurar que em caso de ocorrência de queda o trabalhador não colida com estrutura inferior.
Então lembre-se, caso você não tenha a ZLQ necessária, siga as seguintes recomendações:
2. Altere o seu ponto de ancoragem para o lado oposto da queda, de modo a restringir a queda livre, nessa situação
considerar também “bordas afiadas / quina viva” para que no caso de uma queda o talabarte não sofra danos ou cortes;
REGRA GERAL – TRAVA QUEDAS RETRÁTIL – CONECTADO EM PONTO FIXO OU LINHA DE VIDA HORIZONTAL RÍGIDA
No caso de trava quedas retrátil não se deve considerar a ZLQ, e sim a distância entre o nível de trabalho e a obstrução mais
próxima – espaço / vão livre abaixo dos pés.
O espaço mínimo por baixo dos pés do usuário, tem como objetivo evitar choques com a estrutura ou com o solo depois de uma
queda. Deve-se, para isso, ter em conta o deslocamento de queda, a deformação do cinturão de segurança e um comprimento
adicional de 1 m como distância de segurança;
NOTA: Utilizando um trava-quedas retrátil acima da cabeça, a distância de queda livre é consideravelmente menor do que com
um talabarte de segurança com absorvedor de energia.
• A – Distância Total de Queda: Distância de queda livre (1) mais a distância de operação do freio ou desaceleração
máxima (2), conforme indicado nas informações do fabricante, no Brasil a distância total de queda não pode ser
superior a 1,40 metro
2. Distância máxima de desaceleração do absorvedor de energia e que pode variar de fabricante para fabricante,
de acordo com a tecnologia de absorção utilizada
• B – Deformação do Cinto e Espaço de segurança: Deformação do cinturão de segurança (que não pode ser superior a
30 cm) e um comprimento adicional de 1 metro como distância de segurança
Fonte: NBR 16489, figura 33. Ilustração de requisitos mínimos de ZLQ quando usar um sistema de retenção de queda baseado
em um trava-queda retrátil.
Lembrando que estas são as distancias máximas permitidas no Brasil. Consulte seu fabricante para ter as informações do
equipamento que você estará utilizando.
Considerações quanto a análise de risco e ao vão livre abaixo dos pés – TRAVA QUEDAS RETRÁTIL
Recomenda-se identificar com o fabricante a medida a ser acrescentada abaixo dos pés, gerada pela relação entre a quantidade
de linha retrátil fora da carcaça e o ângulo formado pela linha no ponto de ancoragem com relação ao eixo vertical devido ao
afastamento horizontal do trabalhador (queda em pêndulo)
Fonte NBR 16489: Figura F.2 – Exemplo ilustrativo do afastamento horizontal do trabalhador.
Caso o trabalhador esteja atuando abaixado/ajoelhado ou deitado sobre a plataforma de trabalho, recomenda-se que seja
somada uma medida de 0,5 metro para quando abaixado ou ajoelhado e 1,5 metro para quando deitado.
Fonte NBR 16489: Figura F.1 – Exemplo ilustrativo com o trabalhador abaixado/ajoelhado ou deitado.
REGRA GERAL – TRAVA QUEDAS DESLIZANTE GUIADO EM LINHA DE ANCORAGEM VERTICAL RÍGIDA
No caso de trava quedas deslizante guiado em linha de ancoragem vertical rígida deve-se considerar a ZLQ, que é o somatório
do deslocamento da queda (máximo 1 metro), da distância entre a fixação do cinturão e o pé do usuário (aproximadamente 1,5
metro) e a distância mínima de imobilização do usuário acima do solo (1 metro)
Fonte NBR 16489: Figura 34 – Sistema com uma linha de ancoragem vertical rígida.
Considerações quanto a análise de risco e ZLQ – TRAVA QUEDAS DESLIZANTE GUIADO LINHA RÍGIDA
Ao fazer o deslocamento pela escada vertical é recomendável manter o trava quedas deslizante guiado sempre posicionado o
mais acima possível da argola de conexão do cinto para desta forma, diminuir a queda livre e consequentemente o deslocamento
da queda.
Lembrando que estas, são as distancias utilizadas somente como exemplo, consulte seu fabricante para ter as informações do
equipamento que você está utilizando.
REGRA GERAL – TRAVA QUEDAS DESLIZANTE GUIADO EM LINHA DE ANCORAGEM VERTICAL FLEXÍVEL
No caso de trava quedas deslizante guiado em linha de ancoragem vertical flexível, deve-se considerar o espaço mínimo abaixo
dos pés, com o objetivo de evitar choques com a estrutura ou com o solo após a queda.
Deve-se para isso levar em conta o deslocamento da queda, o alongamento da linha de ancoragem, a deformação do cinturão
de segurança e um comprimento adicional de segurança de 1 metro.
a) Deslocamento da queda: Distância de queda livre (no máximo de 2 metros*), mais a distância de bloqueio do trava-
queda, mais o comprimento do absorvedor de energia (se o sistema possuir), mais a distância da extensão da linha de
ancoragem;
* o teste é feito com fator de queda 2 e o comprimento máximo do extensor é de 1 metro
b) Distância de segurança de 1 metro.
Fonte NBR 16489: Figura 35 – Ilustração de requisitos mínimos de espaço livre abaixo dos pés quando se utiliza um sistema de
retenção de quedas baseado em uma linha de vida vertical flexível.
Considerações quanto a análise de risco e ao vão livre abaixo dos pés – TRAVA QUEDAS DESLIZANTE GUIADO LINHA FLEXÍVEL.
Caso o trabalhador esteja atuando abaixado/ajoelhado ou deitado sobre a plataforma de trabalho, recomenda-se que seja
somada uma medida de 0,5 metro para quando abaixado ou ajoelhado e 1,5 metro para quando deitado.
Exemplo de vão livre abaixo dos pés de um trava quedas com extensor de 0,20 metro (sem absorvedor de impacto), distância
de bloqueio do trava quedas de 0,50 metro e elasticidade da corda de 0,60 metro
QL = Comprimento do extensor x 2 0,40 metro
DT = Distância de bloqueio 0,50 metro
Elasticidade da corda* 0,60 metro
Deformação do cinto de segurança*** 0,30 metro
FS = Fator de Segurança**** 1,00 metro
Espaço necessário abaixo dos pés (nesse exemplo) 2,80 metros
* O deslocamento da queda irá variar de fabricante para fabricante e de acordo com a posição do trava quedas durante o
deslocamento na escada
** Se aplica somente para o sistema com linha de ancoragem flexível em corda sintética, esta medida está relacionada com a
elasticidade da corda e a quantidade de metros entre o trabalhador e o ponto de ancoragem. Por exemplo, 20 m de corda entre
o trabalhador e o ponto de ancoragem, sendo que uma corda com 3 % de elasticidade vai gerar um total de 0,6 metro a ser
somados no vão livre abaixo dos pés.
*** NBR utiliza como padrão a deformação máxima de 0,30 metro
**** NBR utiliza como padrão a distância de 1,0 metro
Ao fazer o deslocamento vertical é recomendável manter o trava quedas deslizante guiado sempre posicionado o mais acima
possível da argola de conexão do cinto, para desta forma diminuir a queda livre e consequentemente o deslocamento da queda.
Lembrando que estas são as distancias utilizadas somente como exemplo, consulte seu fabricante para ter as informações do
equipamento que você estará utilizando.
SOBRE O AUTOR:
Fabio Luiz Cruz – Pessoa Competente em Proteção Contra Quedas – Instrutor PIC
FONTES:
• OSHA 1910 Occupational Safety and Health Standards for General Industry
• OSHA 1915 Occupational Safety and Health Standards for Shipyard Employment
• ANSI/ASSE Z359.0 – Definitions and Nomenclature Used for Fall Protection and Fall Arrest