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Escola Técnica Raimunda Nonata

Curso Técnico de Enfermagem


Assistência em Situações de Urgência e Emergência

MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DE
ACIDENTADOS EM SITUAÇÕES DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Profº.: Marcos Mendes


Esp. em Enfermagem do Trabalho
MANIPULAÇÃO
• Movimentação justificada de um paciente a fim de evitar mal maior;
• Técnicas de manipulação
✓Rolamento de 90º;
✓Rolamento de 180º;
✓Elevação a cavaleiro;
✓Retirada de capacete;
✓Imobilização de fraturas;
✓Extricação veicular.
ROLAMENTO DE 90º
• Técnica empregada para posicionar o paciente na prancha, quando
este se encontrar em decúbito dorsal;
ROLAMENTO DE 180º
• Técnica empregada para posicionar o paciente na prancha, quando
este encontrar-se em decúbito ventral.
ELEVAÇÃO A CAVALEIRO
• Técnica empregada para posicionar o paciente sobre a prancha,
quando houver impossibilidade de executar o rolamento.
• Durante a sua execução, o socorrista deverá agir cautelosamente
para não produzir novas lesões ou agravar as já existentes.
RETIRADA DE CAPACETE
• Técnica empregada para retirada de capacete, a fim de facilitar a
avaliação e tratamento de possíveis lesões que o paciente possa
apresentar.
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
• O transporte da vítima é um fator determinante para auxiliar na
garantia de sobrevida → riscos de piorar uma fratura ou ferimento
grave.
TRANSPORTE DE
REMOÇÃO
ACIDENTADOS
Retirada de uma pessoa de um
É a atitude tomada
local que lhe oferece perigo →
após o resgate.
um resgate.
As técnicas para remoção e transporte de acidentados visam a
proteção da vítima traumatizada, buscando evitar lesões
secundárias → aquelas causadas após o trauma inicial.
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
• Todas as técnicas de remoção e
transporte de vítimas estão
baseadas na estabilização de toda
a coluna vertebral da vítima
durante todo o procedimento →
tem que ser verificado a situação
de saúde da vítima;
• O socorrista deverá empregar a
técnica de remoção e imobilização
adequada → vítimas graves →
tempo é um fator determinante
de sobrevida.
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
• Cada maneira é compatível com o tipo
de situação em que o acidentado se
encontra e as circunstâncias gerais do
acidente;
• Imobilizar todos os pontos suspeitos de
fraturas → se necessário, antes de
providenciar a remoção da vítima →
manter a respiração → controlar a
hemorragia → evitar ou controlar o
estado de choque;
• A avaliação é a base para todas as
decisões de atendimento e transporte.
CUIDADOS COM FRATURAS E IMOBILIZAÇÕES
ENTORSE LUXAÇÃO FRATURA
CUIDADOS COM FRATURAS E IMOBILIZAÇÕES
ENTORSE
Lesão que ocorre
distensão abrupta
da articulação.
CUIDADOS COM FRATURAS E IMOBILIZAÇÕES
Deformidade e perda de congruência da harmonia de
LUXAÇÃO
movimento da articulação.
CUIDADOS COM FRATURAS E IMOBILIZAÇÕES
FRATURA A rotura total ou parcial do tecido ósseo.

CONDUTAS:

• Avaliar a segurança do local;


• Executar o ABCDE;
• Se for o caso retirar ou cortar a roupa da vítima;
• No caso das fraturas abertas, controlar as hemorragias;
• Imobilizar sempre as fraturas, entorses e luxações visando estabilizar
uma articulação acima e outra abaixo do local lesionado;
CONDUTAS:

• No caso das entorses e luxações, caso possua bolsa de gelo, colocá-


la sobre o local lesionado;
• Preocupar-se sempre em avaliar o pulso do segmento afetado;
• Transportar imediatamente a vítima ao centro de referência.

IMOBILAÇÕES:
• Alívio da dor;
• Prevenção de outras lesões de músculos, nervos e vasos
sanguíneos;
• Manutenção da perfusão no membro.
TÉCNICA DE INSTALAÇÃO DE COLAR CERVICAL
(PACIENTE DEITADO)
• Socorrista 1 posiciona-se atrás da cabeça do paciente (com ambos os
joelhos apoiados no chão), mantendo distância de 1 palmo;
• Com ambas as mãos protegidas por luvas, segura lateralmente a cabeça
do paciente, imobilizando-a e mantendo-a alinhada com a coluna;
• O socorrista 2 posiciona-se ao lado do paciente e mensura o tamanho
adequado do colar cervical de acordo com instruções do fabricante;
• Remova colares e brincos do paciente;
• Posicione o colar aberto por detrás da nuca, apoie à frente do colar
abaixo da mandíbula do paciente, ajuste-o firmemente sem movimentar a
cabeça e feche o velcro de fixação do colar;
• Questione ao paciente se o colar está confortável.
KED (KENDRICK EXTRICATION DEVICE): COLETE DE
IMOBILIZAÇÃO
• Kendrich Extration Device (KED) é um
equipamento de origem americana, criado
para extricação de vítimas de acidentes
automobilísticos e outros;
• É utilizado para imobilizar a coluna vertebral,
proporcionando maior estabilização,
segurança e apoio durante a manipulação de
acidentados;
• Pacientes potencialmente instáveis ou
estáveis: opte pela técnica de remoção com
emprego do colete de imobilização dorsal
(KED).
KED (KENDRICK EXTRICATION DEVICE): COLETE DE
IMOBILIZAÇÃO
O 1º socorrista imobiliza a cabeça do paciente
posicionando os dedos médios de ambas as mãos
na região do zigomático, polegares na nuca e os
dedos mínimos e anulares apoiarão a mandíbula
do paciente durante a estabilização.
O 2º socorrista avalia as regiões: posterior, lateral e
anterior do pescoço, mensura e aplica o colar cervical
no paciente, após avaliar o dorso procurando identificar
hemorragias e deformidades, verifica a necessidade de
reposicionar o paciente para posicionar o KED entre o
paciente e o banco do veículo, ajusta a altura do KED
pela cabeça do paciente.
KED (KENDRICK EXTRICATION DEVICE): COLETE DE
IMOBILIZAÇÃO
KED (KENDRICK EXTRICATION DEVICE): COLETE DE
IMOBILIZAÇÃO
CUIDADOS COM FRATURAS E IMOBILIZAÇÕES
É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma
queda ou esmagamento
FRATURA

FECHADA EXPOSTA
Apesar do choque, deixam a Quando o osso fere e atravessa
pele intacta. a pele.
FRATURA FECHADA
• Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação;
• Incapacidade de movimentar a parte afetada, além do
adormecimento ou formigamento da região;
• Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação
aparente do membro machucado.
FRATURA EXPOSTA
• O osso quebrado rompe os músculos e a pele;
• Ferimento no local da fratura está em contato com o ambiente;
• Podem dar origem a infecções e deficiências.
IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS
• Na suspeita de um caso de fratura óssea, é necessário manter
imobilizada a região fraturada;
• A imobilização deve ser feita no próprio local do acidente;
• Nunca se deve transportar uma vítima com suspeita de fratura sem
imobilizar a região lesada → complicações maiores:
✓Rasgamento ou laceração da pele;
✓Danos a músculos, vasos sanguíneos ou nervos adjacentes →
provocando inclusive paralisias totais ou perdas parciais de
movimento;
✓Uma veia ou artéria podem ser cortadas por uma lasca de osso,
ocasionando séria hemorragia interna.
IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS: COSTELAS
• A vítima sente dor quando respira fundo,
tosse ou espirra;
• Em acidentes graves, pode haver
perfuração do pulmão ou outros órgãos;
• Enfaixar o peito da vítima de modo firme,
mas não apertado a ponto de prejudicar a
respiração → do diafragma para baixo fique
livre;
• Se houver esmagamento do peito, coloque
um travesseiro sobre o tórax, fixando-o com
tiras de esparadrapo. Essa providência
facilita a respiração do acidentado.
IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS: FÊMUR
• Use duas talas ou tábuas: uma, mais curta, será colocada na face
interna do membro, da coxa até o pé;
• Outra, mais comprida, na face externa;
• Fixe-as com ataduras largas em todo o seu comprimento.
IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS: OMBRO
• Dobre um pano (ou um lenço grande e quadrado) para fazer uma
bandagem triangular, que será usada como tipoia;
• Passe outra bandagem em torno do braço ferido, fixando-o ao tórax.
IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS: PELVE
• A vítima sente forte dor no quadril ↑ com o movimento das pernas
ou quando se faz pressão sobre os ossos da bacia;
• Pode resultar em ferimentos na bexiga e outras vísceras;
• Imobilizar a vítima sobre uma padiola → evite trancos bruscos ao
colocar a vítima sobre a padiola que a transportará até o pronto-
socorro;
• Na falta de algo mais apropriado, use uma tábua, uma prancha ou
uma escada acolchoada.
IMOBILIZAÇÃO DE FRATURAS: MÃO/PUNHO
• Enfaixar o punho e transportar a vítima ao pronto-socorro.
REFERÊNCIAS
• Apostila do curso de Socorro básico e resgate do centro de treinamentos de socorrismo da Cruz Vermelha
Brasileira de Minas Gerais.
• BERARDO, J. G. Atendimentos às emergências, Petrobrás.
• BRASIL. Portaria no 2.616/88. Ministério da Saúde. Dispõe sobre normas destinadas ao controle de infecções
hospitalares. 1998.
• BRUNNER/SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994.
• https://inbraep.com.br/publicacoes/tecnicas-para-transporte-de-acidentados/
• https://www.iespe.com.br/blog/como-funciona-o-ked/
• Manual Prático de Urgências e Emergências Clínicas. Editora Sanar, Salvador, 2016.

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