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Esc.

036-01

C u r s o d e Té c n i c o
Auxiliar de Reabilitação e Fisioterapia

Módulo III
“Cuidados e Procedimentos durante a prática
clínica em Fisioterapia”

26 de Janeiro de 2023

www.escoladosaber.pt
▪ Conteúdos programáticos
▪ Objetivos
▪ Úlceras de Pressão
▪ Posicionamentos

ÍN DICE ▪ Pegas
▪ Transporte
▪ Transferências
▪ Auxiliares de Marcha
▪ Mecânica Corporal
▪ Vestir e despir o doente
Conteúdos programáticos

1. Posicionamentos

2. Transferências

3. Auxiliares de marcha

4. Subir e descer escadas

5. Vestir e despir o utente

Conteúdos Programáticos 02
Objetivo

◦ Autonomia e mobilidade, são as palavras chave

◦ Reabilitar após cirurgia ( levante)

◦ Idosos, portadores de deficiência, doença crónica e


vida sedentária são os principais alvos de intervenção

◦ Todo o tratamento deverá ser sempre com o total


conhecimento e consentimento da pessoa,
respeitando o estado de saúde e as demais
referências obtidas ao longo do tratamento de forma
discreta

Objetivo 04
Úlceras de pressão
Úlceras de Pressão

◦ As úlceras de pressão são lesões

cutâneas que se produzem em

consequência de uma falta de

irrigação sanguínea e de irritação

da pele que reveste uma saliência

óssea, nas zonas em que esta foi

pressionada , durante um período

prolongado.

6
Classificação das úlceras de pressão
Classificação das úlceras de pressão

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Grau I: Eritema não branqueável

• Pele intacta com rubor não branqueável;


a pele pode estar dolorosa, com
temperatura diferente em comparação
ao tecido adjacente.
• Pode ser difícil de identificar em
indivíduos com tons de pele escuros.

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Grau II: Perda parcial da espessura da pele

• Perda parcial da espessura da derme,


que se apresenta como uma ferida
superficial com leito vermelho-rosa
sem tecido desvitalizado.
• Pode também apresentar-se como
uma flitena fechada ou aberta.

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Grau III: Perda total da espessura da pele

• Perda total da espessura dos tecidos.


• O tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas
os ossos, tendões ou músculos não estão expostos.

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Grau IV: Perda total da espessura dos tecidos

• Perda total da espessura dos tecidos com exposição


óssea, dos tendões ou dos músculos.
• Em algumas partes do leito da ferida pode aparecer
tecido desvitalizado ou necrose.

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Úlceras Pressão
- População de risco -

◦ Utentes paralisadas;

◦ Utentes muito debilitadas/acamadas;

◦ Utentes com alterações da sensibilidade,

o que pode levar a diminuição da

sensação de dor ou incómodo;

◦ Utentes desnutridas, pois não possuem a

camada de gordura protetora das

extremidades ósseas.

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Áreas preferenciais para o seu aparecimento:

◦ Região occipital

◦ Região escapular

◦ Olecrâneo

◦ Bordo lateral do acrómio

◦ Região sacrococcígea

◦ Região trocanteriana/crista ilíaca

◦ Região isquiática

◦ Côndilos femurais

◦ Calcâneos e região maleolar.

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Úlceras de Pressão
- Sinais e Sintomas -

◦ Dor
◦ Prurido
◦ Rubor
◦ Desconforto

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Úlceras de Pressão
- Prevenção -

A prevenção das zonas de pressão


depende, do trabalho conjunto de vários
profissionais onde se inclui o Profissional de
Saúde. Esta prevenção é feita através de:

◦ Mudanças frequentes de decúbitos/


posição (2 em 2 horas);

◦ POSICIONAMENTOS;

◦ Mobilização passiva ou ativa;

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Úlceras de Pressão
- Prevenção -

◦ Camas articuladas;

◦ Uso de material anti-escaras;

◦ Alimentação adequada;

◦ Higiene adequada;

◦ Cuidados com a roupa.

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Centros Formação Talento - Ft Gisela Araújo
Almofada em espuma viscoelástica

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Almofadas com células de ar

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Medidas de Conforto, Higiene e Hidratação Cutânea

◦ Hidratar a pele de um doente acamada de forma a prevenir o seu aparecimento

◦ Verificar a pele a cada 2/3h, mudando de posição

◦ Encorajar a mobilização do paciente o mais precocemente possível: andar pelo menos


2x/dia e sentar-se numa cadeira/banco 2x/dia

◦ Nunca massajar a pele ruborizada

20
Medidas de Conforto, Higiene e Hidratação Cutânea

◦ Nunca usar lâmpadas de calor sobre uma úlcera de pressão

◦ Fazer a limpeza das úlceras de pressão com água morna sem esfregar. Nunca utilizar álcool

◦ Usar sabões não irritantes e hidratantes

◦ Secar bem a pele, sem esfregar, com tecidos lisos e suaves

◦ Não usar pensos oclusivos em feridas infetadas

21
Posicionamentos
Posicionamentos

◦ É a postura correta , inativa ou de repouso, que permite um correto alinhamento


dos diferentes segmentos do corpo, de forma a garantir a integridade e o equilíbrio
do sistema musculo- esquelético, com o mínimo de dispêndio de energia

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Posicionamentos
Posicionamentos

◦ Assegurar a segurança do doente;

◦ Proporcionar conforto ao doente e procurar uma posição antiálgica;

◦ Evitar o desenvolvimento de deformidades e úlceras de decúbito;

◦ Proporcionar o posicionamento apropriado para determinados procedimentos do


tratamento;

◦ Promover a função eficiente dos sistemas orgânicos do paciente;

◦ Estimular a circulação e a respiração;

◦ Prevenir atrofias musculares;

◦ Alternar o campo visual.

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Posicionamentos

▪ O posicionamento do paciente deve ser considerado antes, durante e depois do


tratamento;
▪ A escolha do decúbito deve ser feita mediante a condição clínica do paciente;
▪ Existe maior pressão sobre tecidos que cobrem as proeminências ósseas;
▪ A mudança de posição deve ser executada de 2 em 2 horas (depende de cada
doente);
▪ Na posição de sentado, o paciente deve aliviar a pressão sobre as nádegas e o
sacro no máximo a cada 10 minutos (pequenas elevações do corpo na cadeira);

Posicionamento: Normas Gerais 26


Posicionamentos
Posicionamentos

Posicionamento 28
Posicionamentos - Decúbito Dorsal

◦ Deve posicionar-se a pessoa de forma que fique centrada na cama e colocar almofada para apoio da cabeça e da
cintura escapular para apoio de toda a região cervical, evitando tensão e flexão da região cervical.

Posicionamento: Decúbito Dorsal 29


Posicionamentos - Decúbito Dorsal

Membros superiores:

◦ Posicionados ao longo do corpo com os cotovelos em extensão, antebraço em


pronação e ligeira dorsiflexão do punho;

Ou:

• Escapulo-umeral em abdução e rotação externa, dorso da mão apoiado em


almofada.

Posicionamento: Decúbito Dorsal 30


Posicionamentos - Decúbito Dorsal
Membros inferiores:

◦ Coxofemoral em extensão; poderá ser colocada almofada sob a região trocantérica para prevenir a rotação externa do membro;

◦ Colocação de uma pequena almofada na região poplítea para relaxar os músculos abdominais;

◦ Se necessário, poderão colocar-se pequenas almofadas nas regiões aquilianas de forma que os calcâneos se encontrem elevados e sem pressão;

◦ Posicionar o pé em ângulo reto com o auxílio de almofadas.

Posicionamento: Decúbito Dorsal 31


Posicionamentos

Membros superiores:

◦ Do lado do decúbito posiciona-se em ligeira abdução e rotação interna da escapulo-umeral, a mão apoiada na cama ou flexão do cotovelo, antebraço em
supinação e mão em extensão apoiada em almofada;

◦ Do lado oposto ao decúbito posiciona-se a escapulo-umeral em ligeira abdução, cotovelo em ligeira flexão, punho em posição neutra, dedos em extensão,
todo o membro apoiado na almofada.

Posicionamentos: Semi-Decúbito Dorsal 34


Posicionamentos

Membros inferiores:

◦ Do lado do decúbito posiciona-se na base da cama, com coxofemoral e joelho em ligeira flexão e tibiotársica em posição neutra;

◦ Do lado contrário ao decúbito, o membro inferior está todo apoiado na almofada. Posiciona-se a coxofemoral e o joelho em extensão ou ligeira flexão
apoiado na almofada; tibiotársica em posição neutra.

Posicionamentos: Semi-Decúbito Dorsal 35


Posicionamentos
Posicionamentos

◦ Devemos instruir sobre o procedimento e solicitar a colaboração da pessoa de acordo com as suas capacidades.

◦ A cabeça fica lateralizada com ou sem almofada baixa.

◦ Se necessário, colocar almofada sob a região abdominal para diminuir a pressão sobre a região mamária e genital (no caso dos homens).

Posicionamentos: Decúbito Ventral 36


Posicionamentos

Membros superiores:

◦ Podem ser posicionados em extensão e adução ou com abdução e rotação externa de escapulo-umeral.

Posicionamentos: Decúbito Ventral 37


Posicionamentos

Membros inferiores:

◦ Posicionam-se com extensão e ligeira abdução da coxofemoral, flexão do joelho, pés apoiados em almofada, de forma a que os dedos não fiquem a tocar
na base da cama.

◦ Observar o alinhamento de todos os segmentos do corpo e verificar se todas as articulações estão em posição neutra e/ou funcional.

Posicionamentos: Decúbito Ventral 38


Posicionamentos

◦ Cabeça rodada para um dos lados (caso não haja orifício para apoio)

◦ Membro superior abduzido entre 30º a 90º com cotovelo em pronação e ligeira flexão

◦ Membro superior contra lateral em extensão e cotovelo em supinação com ligeira flexão

◦ Membro inferior com anca em flexão ligeira, evitando pé pendente

◦ Membro inferior contra lateral em extensão, tendo cuidado com o pé

Posicionamentos: Decúbito Ventral 39


Posicionamentos

◦ Devemos instruir sobre o procedimento e solicitar a colaboração da pessoa de acordo com as suas capacidades.

◦ A cabeça posiciona-se para o lado oposto ao decúbito, com ou sem almofada.

Posicionamentos: Decúbito Semiventral 40


Posicionamentos

Membros superiores:

◦ Do lado do decúbito: extensão da escapulo-umeral, cotovelo, punho e dedos em extensão apoiados na cama;

◦ Do lado contrário ao decúbito: abdução da escapulo-umeral e flexão do cotovelo, extensão do punho e dedos.

◦ Colocar almofada desde a escapulo-umeral até à crista ilíaca.

Posicionamentos: Decúbito Semiventral 41


Posicionamentos

Membros inferiores:

◦ Do lado do decúbito: extensão da coxofemoral e joelho, apoiado na base da cama;

◦ Do lado contrário ao decúbito: membro inferior apoiado em almofada com coxofemoral a 45º, flexão do joelho, tibiotársica em posição neutra.

Posicionamentos: Decúbito Semiventral 42


Posicionamentos

◦ Observar o alinhamento de todos os segmentos do corpo e verificar se todas as articulações estão em posição neutra ou funcional

Posicionamentos: Decúbito Semiventral 43


Posicionamentos
Posicionamentos - Decúbito Lateral

◦ Devemos instruir sobre o procedimento e solicitar a colaboração da pessoa de acordo com as suas capacidades.

◦ Posicionar a pessoa de forma que fique centrada na cama e posicionar a cabeça sobre a almofada, que deve ter a mesma altura que a distância do ombro
ao pescoço.

Posicionamentos: Decúbito Lateral 44


Posicionamentos

Membros superiores:

◦ O membro superior do lado do decúbito posiciona-se com a escapulo-umeral e cotovelo em flexão;

◦ Antebraço apoiado na cama ou com uma almofada pequena se necessário (evitar a retração da escapulo umeral);

◦ O membro superior do lado contrário ao decúbito: flexão da escapulo-umeral fazendo um ângulo de aproximadamente 90o. Membro apoiado em
almofada com pronação do antebraço, punho e dedos em extensão.

Posicionamentos: Decúbito Lateral 45


Posicionamentos
Membros inferiores:

◦ Colocar almofada de comprimento igual ou superior à dimensão da perna do lado para onde se vai virar a pessoa. Verificar se a altura da almofada é
adequada para não colocar o membro em adução ou abdução;

◦ Posicionar o membro inferior do lado contrário ao decúbito sobre almofada; a articulação coxofemoral e joelho formam um ângulo de 90º;

◦ A tibiotársica deve estar em posição neutra, de forma a que o trocânter, joelho e maléolo externo se encontrem no mesmo plano, apoiados em almofada;

◦ O membro inferior do lado do decúbito fica apoiado na cama com ligeira flexão do joelho e a tibiotársica em posição neutra.

Posicionamentos: Decúbito Lateral 46


Posicionamentos

◦ Observar o alinhamento de todos os segmentos do corpo e verificar se todas as articulações estão em posição neutra e/ou funcional.

Posicionamentos: Decúbito Lateral 47


Posicionamentos
Posicionamentos

◦ Segmento cervical suportado para evitar deformações

◦ Membro superior(MS) assente em extensão e, entre a 30º e 90º de flexão do cotovelo com o ombro ligeiramente à frente do tronco

◦ MS contra lateral devidamente posicionado em semi-flexão, de forma a não estar em contacto com o outro membro

◦ Membro inferior(MI) assente no colchão, com anca em extensão, Tibiotársica bem posicionada

◦ MI contra lateral com anca fletida, de forma a não entrar em contacto com o outro membro. Joelho ligeiramente fletido e evitar pé pendente

Posicionamentos: Decúbito Lateral 48


Posicionamentos

◦ Devemos instruir sobre o procedimento e solicitar a colaboração da pessoa de acordo com as suas capacidades.

◦ Partindo do decúbito dorsal elevar a cabeceira do leito entre 30º e 60º.

◦ Este posicionamento pode ser adaptado a cada pessoa de acordo com a sua condição física (sensibilidade, força e equilíbrio).

◦ O uso de maior ou menor número de almofadas obedece ao grau de dependência da pessoa.

P o s i c i o n a m e n t o s : Fo w l e r 49
Posicionamentos

Membros superiores:

◦ Ligeira flexão da escapulo-umeral, flexão do cotovelo, pronação e extensão do punho (a colocação de almofada
nos membros superiores é facultativa).

P o s i c i o n a m e n t o s : Fo w l e r 50
Posicionamentos
Membros inferiores:

◦ Coxofemoral em flexão e ligeira abdução, joelhos em flexão (a colocação da almofada nos joelhos e tibiotársica é facultativa).

◦ Observar o alinhamento de todos os segmentos do corpo e verificar se todas as articulações estão em posição neutra e/ou funcional.

P o s i c i o n a m e n t o s : Fo w l e r 51
Posicionamentos
Posicionamentos
Posicionamentos

◦ Cabeça direita com o olhar em frente;

◦ Membros superiores suportados pelos braços da cadeira ou antebraços assentes sobre as coxas;

◦ Tronco direito, mantendo a cifose dorsal e a lordose lombar;

◦ Membros inferiores com ancas, joelhos e tibio-társicas 90º;

◦ As coxas devem estar em contacto com o assento da cadeira até á região poplítea, exclusive;

◦ Pés pousados no chão.

Posicionamentos: Sentado 52
Posicionamentos

Independentemente do posicionamento é importante:

◦ Verificar a pele a cada 2/3h, mudando de posição;

◦ Encorajar a mobilização do paciente o mais precocemente possível: andar pelo menos 2x/dia e sentar-se numa cadeira/banco 2x/dia.

Posicionamentos: Conclusão 53
Posicionamentos

◦ O posicionamento deve ser sempre adaptado a cada paciente.

◦ O que foi exposto anteriormente são linhas de orientação, pois na prática profissional lidamos com pessoas com características únicas e muitas vezes
especiais.

◦ É necessário que adaptar o nosso conhecimento diariamente e a cada pessoa, pois cada uma delas tem necessidades diferentes.

Posicionamento: Conclusão 54
Pegas
Pegas

Tratam-se de um meio de facilitar o profissional de saúde a ajudar/facilitar o doente na realização de algumas atividades simples como:

- Levantar/sentar/ajustar na cadeira

- Auxiliar e facilitar a marcha

- Transferir peso

- Auxiliar no posicionamento

- Se o objetivo for corrigir a postura de um doente em cadeira de rodas recorre-se á pega axilar. A prega cotovelo/mão pode ser utilizada como auxiliar e
assim manter a posição de pé e até, eventualmente facilitar a marcha

Pegas: Conceito 56
Pegas

Existem vária pegas consoante o grau de dependência

Para os casos de maior dependência devem ser utilizadas as pregas:

-Pega pélvica
-Pega antebraço
-Pega do cotovelo
-Pega cotovelo/mão
-Pega do punho
-Pega de dedos

Pegas: Tipos de pegas 57


Pegas

◦ A pega cotovelo/mão
é utilizada
sobretudo para
o auxilio na marcha
e manter a posição de pé

Pegas: Pega cotovelo/mão 58


Pegas

Pegas: Tipos 59
Transporte
Transportes

◦ Meio através do qual se transporta o doente de um local para outro, como de uma marquesa para outra, para uma cadeira, cama, entre outros.

◦ A escolha e o tipo de técnica a utilizar em cada caso, pressupões conhecimento da pessoa em questão ( historial clinico)

Tr a n s p o r t e s : C o n c e i t o 61
Transportes

Utilizado em situações de grande dependência como LVM ou seja lesões vertebrais medulares, comas, entre outras)

◦ 1º Transportador (chefe equipa): suporte ao nível da região cervical. Uma mão na base do occipital e antebraço a estabilizar omoplatas

◦ 2º Transportador (mais força): suporte ao nível da região pélvica. Uma mão na região lombar e outra no 1/3 proximal das ancas

◦ 3º Transportador: suporte dos Membros inferiores. Uma mão no 1/3 distal da coxa e outra no 1/3 distal da perna

Tr a n s p o r t e c o m 3 o u 4 t r a n s p o r t a d o r e s 62
Transportes

Execução:

1. Chegar o utente para o bordo da marquesa/cama

2. Movimento sincronizado (chefe de equipa) para levantar o utente

3. Rolar o utente para os transportadores

4. ATENÇÃO -> Trajeto a realizar; Destino

5. Pousar o utente e de seguida desenrolar

Tr a n s p o r t e s : 3 o u 4 t r a n s p o r t a d o r e s 63
Transportes

1) Espaldar

1º Transportador: Suporte ao nível do 1/3 distal das coxas e suporte ao nível das costas do paciente cruzando com o outro transportador

2º Transportador: No lado oposto ao 1º Transportador; suporte ao nível do 1/3 distal das coxas e suporte ao nível das costas do paciente cruzando com o outro
transportador

Nota: A realização da marcha é lateral e a altura dos transportadores deverá ser semelhante

Tr a n s p o r t e s : T i p o “ c a d e i r i n h a ” 64
Transportes

2) Braços

1º Transportador: Suporte ao nível do 1/3 distal das coxas e suporte ao nível do ombro do mesmo lado

2º Transportador: No lado oposto ao 1º Transportador; suporte ao nível do 1/3 distal das coxas e suporte ao nível do ombro do mesmo lado
Nota: A realização da marcha é lateral e a altura dos transportadores deverá ser semelhante.

Tr a n s p o r t e s : T i p o “ c a d e i r i n h a ” 65
Transportes

3) Banco

Os transportadores agarram o seu cotovelo, ficando a outra mão livre que irá agarrar no antebraço do outro transportador, de forma a proporcionar um banco
para o utente.

Nota: A marcha é realizada de frente e os transportadores deverão ter alturas semelhantes

Tr a n s p o r t e s : T i p o “ c a d e i r i n h a ” 66
Transportes

◦ Transporte efetuado de uma cadeira para outra, da cadeira para a cama, entre outros

◦ Inicialmente tem que se escolher um ângulo e uma distância entre dois planos (diagonal)

◦ Informa-se a pessoa daquilo que se pretende, devendo este ficar o mais próximo do assento

◦ Os pés devem ser colocados numa posição intermédia

Tr a n s p o r t e s : C o m 1 t r a n s p o r t a d o r 67
Transportes

Procedimento:

1. Pedir ao doente para se inclinar ligeiramente para a frente

2. O transportador está de frente para o doente, com os membros inferiores ligeiramente fletidos, trancando os joelhos do doente (face lateral)

3. O doente coloca a cabeça no ombro contra lateral (ao sentido do transporte) do transportador

4. O transportador realiza uma pega pélvica e transporta o utente para o local desejado

Tr a n s p o r t e s : C o m u m t r a n s p o r t a d o r 68
Transporte

◦ Não remover a vítima a menos que seja absolutamente necessário

◦ Não deixar que a sua própria segurança seja ameaçada

◦ Explicar à vítima o que está a ser feito, para que ela possa cooperar se for necessário

◦ Nunca remover a vítima sozinho se puder ter ajuda

◦ Quando várias pessoas estão a transportar uma vítima, apenas uma delas comanda verbalmente a operação

◦ É fundamental proteger a coluna vertebral ao erguer ou transportar uma vítima, devendo sempre utilizar uma técnica apropriada

Tr a n s p o r t e s : Té c n i c a s e s p e c i a i s 69
Método “Muleta Humana”
Método “Berço”
Método “Carregar nas costas”
Método “Costas”
Transferências
Transferências

◦ Transferência é um padrão de movimento pelo qual se move uma pessoa de uma superfície para outra

◦ A pessoa pode transferir-se, entre outras, da cama para a cadeira, da cadeira para a cama, etc.

◦ As transferências devem ser executadas pelo profissional podendo haver apoio do auxiliar ou outros prestadores de cuidados.

◦ A técnica a utilizar depende da colaboração que a pessoa pode dar.

Tr a n s f e r ê n c i a s : C o n c e i t o 71
Transferências

◦ A técnica de transferência deve garantir segurança, tanto do profissional como da pessoa a transferir, pelo que é
fundamental avaliar as necessidades e capacidades da mesma relativa à sua dependência, tamanho e peso,
capacidade em compreender e vontade em colaborar.

◦ A escolha do método de transferência tem ainda que estar de acordo com as suas condições clínicas.

Transferências: Conceito 72
Transferências

O processo de levante deve iniciar-se logo que a situação clínica o permita. O levante tem como objetivos:

◦ Prevenir complicações da imobilidade;


◦ Incentivar o auto-cuidado;
◦ Treinar o equilíbrio;
◦ Preparar para o treino de marcha.

Tr a n s f e r ê n c i a s : O b j e c t i v o s 73
Hipotensão Ortostática

◦ Ser claro e compreensivo

◦ Avaliar a tensão arterial

◦ Antes do levante adotar a posição de Fowler por 30’

◦ Evoluir para a posição de sentado no leito

◦ Avaliar a sintomatologia do paciente

Transferências 74
Mobilidade no leito
Transferências

◦ Deve ser feito, preferencialmente, por dois profissionais em movimentos sincronizados e usando,

◦ Quando possível, auxiliares como, por exemplo, o resguardo (A).

◦ Este deve ser enrolado junto ao corpo para garantir firmeza na preensão e melhor controlar o movimento (B).

◦ Com o auxílio do resguardo pode mover-se a pessoa em qualquer direção.

Tr a n s f e r ê n c i a s : M o b i l i d a d e n o l e i t o 75
Transferências

◦ Não utilizando o resguardo ou outro auxiliar, quando se requer mover a pessoa

dependente no sentido da largura do leito (para a direita ou para a esquerda)

os profissionais devem colocar-se ambos do lado para o qual vai ser mobilizada

a pessoa (C).

◦ Quando o movimento for executado no sentido ascendente ou descendente devem

colocar-se um de cada lado do leito (D).

Transferências: Mobilidade no leito 76


Transferências- Mobilidade no leito
Transferências

Em qualquer das situações, e quando não se usa resguardo, deve fazer-se deslizar o corpo da pessoa sobre o leito, colocando os antebraços sob o corpo nos
seguintes locais:

◦ Cintura escapular - a mão do profissional deve apoiar o ombro do lado oposto;

◦ Região dorsal - entre a cintura escapular e a região lombar;

◦ Cintura pélvica – ao nível da segunda vértebra sagrada;

◦ Cavado poplíteo.

Tr a n s f e r ê n c i a s : M o b i l i d a d e n o l e i t o 77
Transferências

◦ Todos os movimentos devem ser executados em bloco pelo que se exige que os profissionais combinem entre si
quem dá a ordem para o início da execução.

◦ A sincronização de movimentos é essencial, não só para o sucesso da técnica, mas também para a minimização do
esforço e do risco de lesão para os profissionais e para a pessoa.

Tr a n s f e r ê n c i a s : M o b i l i d a d e n o l e i t o 78
Transferências

◦ Quando a técnica for executada apenas por um profissional, este deve utilizar os mesmos princípios já descritos, verificando se a força a exercer é
compatível com a que pode despender.

◦ Após a avaliação ergonómica da técnica, deve proceder deslocando em primeiro lugar a parte superior do corpo (cintura escapular e região dorsal) e, em
seguida, a parte inferior (cintura pélvica e membros inferiores);

Tr a n s f e r ê n c i a s : M o b i l i d a d e n o l e i t o 79
Transferências- Mobilidade no leito
Transferências

◦ A instrução da pessoa relativamente à técnica a utilizar é fundamental para o sucesso da mesma e para a minimização do risco de lesão.

◦ A assistência à pessoa dependerá do grau de dependência mas deverão ser seguidos os seguintes passos na transferência da cama para a cadeira:

Tr a n s f e r ê n c i a s : P e s s o a d e p e n d e n t e d a c a m a p a r a a c a d e i r a 80
Transferências

◦ A. Providenciar o material necessário (ex. cadeira de rodas ou cadeirão, cintos de segurança, tábuas ou outros dispositivos, elevadores mecânicos);

◦ B. Preparar a cadeira de rodas (travar as rodas, elevar ou retirar o apoio de braço mais próximo do leito e afastar os pedais) ou cadeirão e colocar a cadeira
de rodas ou cadeirão paralelo à cama

Transferências: Pessoa dependente da cama para a cadeira 81


Transferências

1) Partindo do decúbito dorsal, a pessoa deve fletir e/ou ser ajudada a fletir os joelhos (1)

2) Colocar uma mão ao nível da região escapulo-umeral e outra nos joelhos e rodar a pessoa (2)

3) Assistir na elevação do tronco com uma mão e simultaneamente fazer pressão nos membros Inferiores na direção do chão, ajudando-a a sentar-se com
um movimento coordenado (3,4)

Tr a n s f e r ê n c i a s : P e s s o a d e p e n d e n t e d a c a m a p a r a a c a d e i r a 82
Transferências

4) Com a pessoa sentada na beira do leito, avaliar sinais e sintomas de hipotensão ortostática (5)
5) Descer a base do leito de forma a que os pés fiquem assentes no chão e assegurar-se de que a pessoa está calçada ou usa meias antiderrapantes (6)

6) Efetuar o transporte tipo com 1 transportador (ver nos tipos de transporte) (6,7,8)

Transferências: Pessoa dependente da cama para a cadeira 83


Transferências- Pessoa dependente da cama para a cadeira
Transferências- Pessoa dependente da cama para a cadeira
Transferência da cama para a cadeira
Da cama para a cadeira com elevador
Transferências- Pessoa dependente da cadeira para o
elevador
Transferências- Pessoa dependente da cadeira para o elevador
Transferências

◦ O correto posicionamento na cadeira/cadeirão é fundamental para manter o conforto da pessoa e, principalmente, para a prevenção de quedas.

◦ Para corrigir o posicionamento na cadeira/cadeirão, se a pessoa tem grau de dependência baixo ou moderado, o procedimento pode ser realizado da
seguinte forma:

Tr a n s f e r ê n c i a s : C o r r i g i r p o s i c i o n a m e n t o n a c a d e i r a / c a d e i r ã o 84
Corrigir posicionamento na cadeira/cadeirão
Corrigir posicionamento na cadeira/cadeirão
Corrigir posicionamento na cadeira/cadeirão
A u x i l i a re s d e M a rc h a
Auxiliares de Marcha

◦ A preparação para a marcha e deambulação deve ser efetuada através da manutenção da amplitude de movimentos articulares, posicionamentos
adequados no leito e levante precoce, seguindo todas as indicações descritas anteriormente.

◦ Atividades como virar na cama e outras relacionadas com o desempenho das atividades da vida diária (AVD’s) têm um efeito benéfico na manutenção de
funções que irão posteriormente facilitar a marcha e deambulação.

Auxiliares de Marcha: Conceito 86


Auxiliares de Marcha

Alguns conceitos…

◦ Plegia e paralisia são termos sinónimos, ou seja, têm o mesmo sentido. Os dois indicam a ausência do movimento
voluntário. Ou seja, a incapacidade de realizar movimentos em um ou mais membros.

Auxiliares de Marcha: Conceito 87


Auxiliares de Marcha
As definições abaixo indicam de que maneira ocorre a plegia/paralisia:

◦ Monoplegia: paralisia de um membro

◦ Diplegia: paralisia de dois membros simétricos ( associa-se este termo a paralisias faciais)

◦ Paraplegia: paralisia dos membros inferiores

◦ Triplegia: paralisia de três membros

◦ Tetraplegia: paralisia dos quatro membros

◦ Hemiplegia: paralisia dos membros de um lado do corpo (por exemplo, braço e perna do lado direito)

◦ Já paresia é o termo utilizado para indicar a restrição/diminuição do movimento. Nestes casos, não há perda total, mas uma limitação do exercício dos
membros; uma fraqueza muscular; paralisia parcial.

Auxiliares de Marcha: Conceito 88


Auxiliares de Marcha
Os termos para definir os diferentes tipos de paresia são semelhantes aos mencionados acima, mudando o sufixo e sentido das palavras:

◦ Monoparesia: paralisia parcial de um membro;

◦ Diparesia: paralisia parcial de dois membros simétricos;

◦ Paraparesia: paralisia parcial dos membros inferiores;

◦ Triparesia: paralisia parcial de três membros;

◦ Tetraparesia: paralisia parcial dos quatro membros;

◦ Hemiparesia: paralisia parcial dos membros de um lado do corpo (por exemplo, braço e perna do lado direito).

Auxiliares de Marcha: Conceito 89


Auxiliares de Marcha

◦ Existem diversas causas que levam tanto à paresia como à plegia/paralisia, como AVC, infecções, doenças neurológicas, acidentes traumáticos ou uma
doença adquirida no momento do nascimento, por exemplo.

Auxiliares de Marcha: Conceito 90


Auxiliares de Marcha

◦ A finalidade do uso de auxiliares de marcha é reduzir a carga na parte inferior

do corpo, pelo que devem ser avaliadas a mobilidade e força muscular da parte

superior e, caso seja necessário, efetuar fortalecimento muscular da parte superior

do corpo (tronco e membros superiores) para permitir o uso eficaz e seguro dos

auxiliares de marcha.

Auxiliares de Marcha: Finalidade 91


Auxiliares de Marcha
Existem vários equipamentos que podem ajudar a pessoa a deambular, devem ser selecionados com base na situação clínica, na idade e no
grau de dependência.

◦ Os tipos de auxiliares de marcha, também designados «produtos de apoio», mais comuns são:

◦ muleta (axilar e canadiana),

◦ bengala,

◦ pirâmide (tripé e quadripé),

◦ andarilho

◦ cadeira de rodas.

Auxiliares de Marcha: Tipos 92


Auxiliares de Marcha

◦ Nota: ANTES DE INICIAR a deambulação é imprescindível que sejam definidas metas realistas, a segurança do ambiente seja avaliada (eliminando
possíveis obstáculos), definir pontos de repouso, em caso de necessidade.

◦ Se a pessoa usar auxiliares de marcha devemos garantir que as borrachas estão intactas, a pessoa deve usar calçado fechado com bom apoio e solas
antiderrapantes.

◦ Se for necessário, deve ser utilizado cinto de transferência para apoio e maior segurança.

Auxiliares de Marcha: Tipos 93


Auxiliares de Marcha

◦ Muletas axilares; Canadianas; Canadianas para artríticos; Bengalas; Tripés; Quadripés e Andarilhos, são exemplos
de auxiliares de marcha.

A escolha de um auxiliar de marcha requer um conjunto de cuidados:

◦ Tipo de patologia
◦ Grau de dependência
◦ Avaliação da funcionalidade muscular

É importante um bom tónus muscular, pois vai permitir ao utente confiança e destreza no uso dos auxiliares

Auxiliares de Marcha: Tipos 94


Auxiliares de Marcha

◦ As muletas podem ter vários formatos.

◦ Os mais utilizados, axilares e canadianas, diferem apenas nos pontos de apoio dos membros superiores e das
mãos, pelo que devem ser utilizadas por pessoas com força suficiente nos membros superiores.

Estão indicadas para:

◦ Diminuir a carga sobre os membros inferiores

◦ Melhorar o equilíbrio.

Auxiliares de Marcha: Muleta auxiliar ou canadiana 95


Auxiliares de Marcha: Muleta Auxiliar ou canadiana
Auxiliares de Marcha

◦ Por esta via, obtém-se diminuição da dor e facilitação de processos de cicatrização e consolidação óssea.

◦ As muletas axilares são menos utilizadas do que as canadianas devido ao risco de lesão do nervo radial por compressão prolongada na região axilar.

Auxiliares de Marcha: Muleta auxiliar ou canadianas 96


Auxiliares de Marcha

◦ Podem utilizar-se em casos de fratura, paresia dos membros inferiores, amputação e mesmo paraplegia.

◦ O peso do corpo é transmitido ao chão através do tronco, dos membros superiores e das muletas, dependendo do
tipo de carga no(s) membro(s) inferior(es) que a pessoa pode efetuar.

Auxiliares de Marcha: Muleta auxiliar ou canadianas 97


Auxiliares de Marcha

◦ Carga total – A pessoa pode fazer carga sobre o(s) membro(s) afetado(s);

◦ Carga parcial – A pessoa pode fazer carga parcial do peso do seu corpo sobre o(s) membro(s) afetado(s);

◦ Sem carga ou descarga do membro – A pessoa não pode fazer qualquer carga sobre o membro afetado, com ou sem contacto do pé com o solo.

Auxiliares de Marcha: Muleta auxiliar ou canadianas 98


Auxiliares de Marcha

◦ Para uma correta deambulação com muletas, a pessoa deve partir de uma posição em que tem os pés paralelos e ligeiramente afastados e o apoio das
muletas a cerca de 15cm à frente e ao lado dos pés (posição de tripé).

◦ Esta posição promove o equilíbrio porque aumenta a base de sustentação.

◦ A postura do utente na posição de tripé é usada antes da marcha e inclui a cabeça e o pescoço eretos alinhados com a coluna vertebral, com a anca e os
joelhos em extensão.

Auxiliares de Marcha: Muleta auxiliar ou canadianas 99


Auxiliares de Marcha

Canadianas

◦ Este tipo de apoio é bastante usual, no entanto requer treino

◦ A braçadeira deve estar (+/-) 5 cm abaixo da articulação do cotovelo

◦ A prega de preensão deve estar no grande trocânter

◦ A ponteira deve ficar 10 a 15 cm para diante e fora da “biqueira” do sapato

Auxiliares de Marcha: Canadianas 100


Auxiliares de Marcha

◦ O ajuste das muletas ao tamanho da pessoa é de extrema importância para que o apoio seja efetivo.

◦ Assim, a altura da muleta deve ser ajustada de forma a que, quando a mão segura a pega, o cotovelo efetue 30º
de flexão.

◦ As axilas não devem suportar qualquer peso.

Auxiliares de Marcha: Canadianas 101


Auxiliares de Marcha

◦ Quando o utente sobe as escadas geralmente usa uma marcha de três pontos modificada.

◦ O utente coloca-se no fim das escadas e transfere o peso do corpo para as muletas.

◦ O membro inferior não afetado avança entre as muletas para as escadas.

◦ O doente transfere então o peso das muletas para o membro inferior não afetado. Por fim são alinhadas ambas as muletas no chão.

◦ Esta sequência é repetida até o utente chegar ao cimo das escadas.

Auxiliares de Marcha: Subir e descer escadas com muletas 102


Auxiliares de Marcha

◦ Para descer as escadas também se usa a sequência de três fases.

◦ O doente transfere o peso do corpo para o membro inferior não afetado.

◦ As muletas são colocadas sobre as escadas e o doente começa a transferir o peso do corpo para as muletas, movimentando o membro inferior afetado
para a frente.

◦ Por fim, o membro inferior não afetado movimenta-se para a escada com as muletas.

◦ O doente repete novamente a sequência até chegar ao cimo da escada.

Auxiliares de Marcha: subir e descer escadas 103


Subir e descer escadas com muletas
Auxiliares de Marcha

◦ Inicialmente o utente posiciona-se no meio, em frente à cadeira com a face posterior dos membros inferiores a tocar na cadeira.

◦ Em seguida o utente segura ambas as muletas com a mão oposta ao membro inferior afetado.

◦ Com ambas as muletas numa mão, o doente suporta o peso do corpo no membro inferior não afetado e nas muletas.

◦ Enquanto as segura, o utente agarra o braço da cadeira com a outra mão e desce o corpo até à cadeira.

◦ Para se por em pé, o processo é realizado ao contrário e o utente quando totalmente ereto deve assumir a posição de tripé antes de iniciar a marcha.

Auxiliares de Marcha: Sentar numa cadeira com muletas 104


Auxiliares de Marcha

◦ Quando colocar alguma carga no membro afetado utilizam-se igualmente dois auxiliares de marcha, mas desta feita avançam os dois em simultâneo
seguidos do membro afetado e, por último, o membro são.

◦ Sendo possível colocar mais de 50% de carga no membro afetado passa a utilizar-se somente uma canadiana.

◦ O auxiliar de marcha do lado oposto ao membro afetado é utilizado, principalmente, para retirarmos carga do lado afetado quando avança o membro são.
Caso contrário quando se avançasse o lado são toda a carga ficaria do lado afetado.

Auxiliares de Marcha: Tipos de deambulação com canadianas 107


Auxiliares de Marcha

Marcha a 2 pontos Shuffle (arrastada)

Este tipo de marcha é muito seguro uma vez que os pés estão sempre em contacto com o solo.

Muitas vezes utiliza-se este tipo de marcha para começar a marcha com canadianas.

Instruções

1. Canadiana/Muletas

2. Pés (arrastar)

Auxiliares de Marcha: Tipos de Marcha 110


Auxiliares de Marcha

Marcha a 2 pontos Swing-througt (pendular)

É a marcha mais rápida. Requer bastante força e coordenação.

Instruções

1. Canadiana/Muletas

2. Saltar (além do alinhamento das mãos)

Auxiliares de Marcha: Tipos de Marcha 111


Auxiliares de Marcha: tipos de
deambulação com canadianas
Auxiliares de Marcha

Bengala:

◦ Apenas um ponto de contacto com o chão


◦ Utilizada do lado oposto ao comprometido

Auxiliares de Marcha: Bengala, pirâmide e andarilho 112


Auxiliares de Marcha

Bengalas

◦ A bengala tem por objetivo dar estabilidade ao utente, e aliviar o peso corporal do membro afetado

◦ A pega deve situar-se ao nível do grande trocânter e a bengala tem de ser medida de acordo com o utente

◦ Procedimento: perna lesionada á frente juntamente com a bengala posicionada lateralmente, por último a perna boa

Auxiliares de Marcha: Bengalas 113


Auxiliares de Marcha

Pirâmide:

◦ Tripé e quadripé têm de base de apoio mais larga

◦ Utilizada do lado oposto ao comprometido

Auxiliares de Marcha: Pirâmide, tripé e quadripé 114


Auxiliares de Marcha

Tripés e Quadripés

◦ A concavidade da preensão fica sempre virada para o utente.

◦ Este auxiliar é usado pelos utentes que têm maior incapacidade na marcha, nomeadamente os hemiplégicos

A u x i l i a r e s d e M a r c h a : Tr i p é s e q u a d r i p é s 115
Auxiliares de Marcha

Andarilho:

◦ Maior estabilidade
◦ Vários formatos
◦ Utilizado em casos de fraqueza generalizada dos membros superiores e inferiores

Auxiliares de Marcha: Andarilho 116


Auxiliares de Marcha

Andarilhos

◦ Auxiliar fornecido para pessoas com grande incapacidade na marcha

◦ Normalmente têm base de sustentação quadrangular e os seus apoios podem ter rodas e/ou ponteiras de borracha

◦ Procedimento idêntico, ou seja, andarilho á frente, dar um passo com o membro afetado e a seguir outro passo com o membro saudável

Auxiliares de Marcha: Andarilho 117


Auxiliares de Marcha

Estes auxiliares de marcha estão indicadas para:

◦ Reduzir a carga sobre estruturas traumatizadas ou inflamadas;

◦ Melhorar o equilíbrio;

◦ Reduzir a dor.

Auxiliares de Marcha: indicações 118


Auxiliares de Marcha

◦ A escolha do auxiliar de marcha deve obedecer a critérios clínicos e ao grau de colaboração que a pessoa pode dar.

◦ Devem ser ajustados em altura, de forma a que quando se seguram as pegas os cotovelos façam um ângulo de 25º a 30º de flexão.

◦ Deve haver uma correta instrução e um bom treino da técnica a executar, bem como assistir e supervisionar o procedimento, garantindo a segurança e a
prevenção de acidentes.

Auxiliares de Marcha: indicações 119


Auxiliares de Marcha

Após avaliação do utente, este auxiliar, deve ter em conta:

◦ Incapacidade do utente (paraplegia, hemiplegia, amputado)

◦ Local de uso

◦ Técnicas de condução

◦ Tipo de pneus

◦ Braços da cadeira

◦ Pedais

Auxiliares de Marcha: Cadeira de rodas 120


Auxiliares de Marcha

◦ A cadeira de rodas deve ser selecionada de acordo com as necessidades do utente (incapacidades, arquiteturas, obstáculos, etc).

◦ Como qualquer outro material semelhante devem ser lavadas, lubrificadas e limpas.

◦ No que concerne à composição, esta possui 4 rodas, 2 atrás com cerca de 60cm e 2 à frente com cerca de 20cm de diâmetro.

◦ Os pedais devem ser colocados de forma correta, com intuito de proporcionar uma distribuição uniforme do peso sobre a região lombosagrada e glúteos.

Auxiliares de Marcha: Cadeira de rodas 121


Auxiliares de Marcha

◦ A altura dos braços da cadeira de rodas deve ser calculada para que o utente mantenha o tronco estabilizado e os seus cotovelos fletidos.

◦ Devem existir 2 travões sendo um para cada roda traseira e ser de fácil acesso.

Auxiliares de Marcha: Cadeira de rodas 122


Auxiliares de Marcha

◦ O treino na CR é indicado, sendo possível executar uma panóplia de exercícios, desde treino de equilíbrio, motricidade grossa e fina, transferências a push-
ups (Os push-ups são treinos de força de tronco e membro superior que vão aumentar a mobilidade dos membros superiores para executar transferências

Auxiliares de Marcha: Cadeira de rodas 128


Auxiliares de Marcha: Cadeira de rodas
Mecânica corporal
Mecânica corporal

◦ Na prática diária, todos os profissionais de saúde devem adotar medidas de proteção


articular a conservação de energia de modo a prevenirem lesões e fadiga precoce
associados ao trabalho físico com os utentes.

◦ Assim, devem ter-se em atenção os seguintes princípios de mecânica corporal:

Mecânica corporal: Conceito


Mecânica corporal

◦ Usar roupa confortável e suficientemente larga para permitir toda a amplitude de movimentos

◦ Usar calçado fechado para diminuir o risco de lesão nas mudanças de direção

◦ Deve ser feita uma avaliação ergonómica da tarefa:

◦ Existência de um espaço físico suficiente

◦ Piso com condições de segurança

◦ Cada profissional não deve levantar mais de 35% do seu peso corporal

◦ Planear e repartir os movimentos

Mecânica corporal: Conceito 131


Mecânica corporal

◦ Usar roupa confortável e suficientemente larga para permitir toda a amplitude de movimentos

◦ Usar calçado fechado para diminuir o risco de lesão nas mudanças de direção

Deve ser feita uma avaliação ergonómica da tarefa:

◦ Existência de um espaço físico suficiente - recomenda-se uma área de 2,5m livres desde o centro da
cama
◦ Piso com condições de segurança - não deve ser escorregadio, desnivelado e com obstáculos

Mecânica corporal: Conceito 132


Mecânica corporal

◦ Utilizar equipamento regulável em altura, ajustando-o de acordo com o profissional e o tipo de procedimento

◦ Sempre que possível, recorrer a auxiliares mecânicos

◦ Na execução de esforços, manter a região dorso-lombar direita, fletir os joelhos evitando a inclinação anterior do
tronco a um ângulo superior a 10º e colocar a força nos músculos dos membros inferiores

◦ Evitar movimentos de rotação e flexão da coluna, manter o alinhamento corporal, a postura do tronco e a posição dos
pés na direção do movimento a realizar

Mecânica corporal: Conceito 133


Mecânica corporal

◦ Puxar, empurrar, deslizar ou girar em vez de elevar, usando, sempre que


possível, o próprio peso para facilitar o movimento

◦ Ao levantar a pessoa, ou objetos, colocá-los o mais próximo possível do


corpo, mantendo os membros superiores junto ao tronco

◦ Não colocar objetos a alturas que impliquem estiramento para os alcançar

◦ Realizar contrações isométricas dos músculos abdominais durante a


realização do esforço, mudando de posição nas tarefas mais demoradas
para alternar os grupos musculares e articulações utilizados

◦ Realizar exercícios de alongamento e relaxamento entre tarefas de maior


sobrecarga e/ou repetitivas e no final, para reduzir a tensão no sistema
músculo-esquelético

Mecânica corporal: Conceito 134


Ve s t i r e d e s p i r u m d o e n t e
VESTIR E DESPIR O DOENTE

• O vestuário bem arranjado e vestido proporciona segurança e autoconfiança.

• Devemos sempre manter a privacidade do doente enquanto o estiver a vestir/


despir

Vestir e despir o doente:Objetivo 136


VESTIR E DESPIR O DOENTE

Assim o vestuário deve ser:

• Confortável

• Largo (que não aperte)

• De algodão

• Sem fechos

• Sem botões (fechar com velcro)

• Os fatos de treino são uma boa opção visto serem confortáveis, práticos e quentes

• Em doentes acamados as camisas devem ser abertas de preferência nas costas

Vestir e despir o doente: Características do vestuário 137


VESTIR E DESPIR O DOENTE

Se o seu familiar/doente puder ajudar, oriente-o nos procedimentos. Parte de cima:

• Colocamos o doente de lado, virando para nós;


• Despimos a manga do membro que se encontra por cima;
• Enrolamos a roupa nas costas;
• Viramos o doente para a parte oposta e retiramos a outra manga.

Vestir e despir o doente: Técnica 138


VESTIR E DESPIR O DOENTE

Para retirar as calças:

• Desapertamos os botões;
• Fletimos as pernas do doente;
• Colocamos um braço por baixo do joelho;
• Elevamos o joelho e com a outra mão puxamos as calças

V e s t i r e d e s p i r o d o e n t e : Té c n i c a 139
VESTIR E DESPIR O DOENTE

• Sempre que o doente apresentar um dos lados paralisado devemos começar a despir pelo membro que ajuda.

V e s t i r e d e s p i r o d o e n t e : Té c n i c a 140
VESTIR E DESPIR O DOENTE

• Repetem-se na mesma ordem os passos anteriores.

• Se um dos lados do corpo estiver paralisado, devemos começar a vestir pelo membro que não ajuda.

• Só depois se veste o lado são. Verificamos sempre se a roupa fica bem esticada, para evitar originar zonas de
pressão.

Vestir e despir o doente: Técnica 141


VESTIR E DESPIR O DOENTE

Peça de roupa aberta atrás:

• Colocamos a roupa no lado mais afastado da cama com a abertura para cima;
• Vestimos o braço desse lado;
• Colocamos a pessoa de lado, puxando a roupa e enfiando a outra manga;
• Colocamos novamente a pessoa de costas e deixamos as costas livres, para não a marcar

V e s t i r e d e s p i r o d o e n t e : Té c n i c a 142
VESTIR E DESPIR O DOENTE

Peça de roupa aberta à frente:

• Colocamos a roupa no sentido do comprimento no lado mais afastado da cama com a abertura para cima ;
• Vestimos o braço desse lado:
• Colocamos a pessoa em lateral e enrolar a roupa nas costas;
• Voltamos a pessoa de costas para nós , puxamos a roupa e enfiamos a outra manga;
• Colocamos novamente a pessoa de costas , endireitamos a roupa e apertamos.

V e s t i r e d e s p i r o d o e n t e : Té c n i c a 143
VESTIR E DESPIR O DOENTE

• Camisa de dormir - Pede-se ao doente para dobrar os joelhos , levantar as nádegas e sobe-se a saia até á cintura.

• Calças do pijama - Desapertar , pedindo ao doente para dobrar os joelhos e levantar as nádegas enquanto descemos a roupa até
aos joelhos e de seguida é só puxar as calças até baixo e retirar.

V e s t i r e d e s p i r o d o e n t e : Té c n i c a 144
VESTIR E DESPIR O DOENTE

Calçar as meias e vestir o roupão:

• Meias - Enrolar a perna da meia e calçar primeiro o pé mais afastado e em seguida o mais próximo.

• Roupão - Sentar a pessoa na beira da cama e vestir o roupão.

Vestir e despir o doente: Técnica 145


VESTIR E DESPIR O DOENTE
VESTIR E DESPIR O DOENTE

Vestir:

• Vestir-se pode ser uma tarefa complexa e avassaladora devido ao número de etapas envolvidas.

• Ajudar uma pessoa com Demência a vestir-se pode exigir bastante tempo e ser emocionalmente esgotante, sobretudo se a
pessoa não está a cooperar.

• Cada pessoa afectada por Demência reage de maneira diferente, sendo por isso necessária uma abordagem que seja
adequada, tanto para nós como para o doente.

Vestir e despir o doente: Alzheimer 146


VESTIR E DESPIR O DOENTE

O que podemos fazer:

•Uma ajuda cuidadosa e rápida ou lembretes podem ajudar a pessoa a vestir-se com independência;

•Tente dividir a tarefa. Dividir o processo em passos mais pequenos e mais simples e tentar fazer uma etapa de cada vez. Poderemos ter de
relembrar a pessoa a cada passo do que deve fazer ou realizar várias das etapas em lugar da pessoa;

•Confortar a pessoa, fazê-la sentir-se segura e louvores a cada passo bem sucedido tornarão a tarefa mais agradável para ambos;

Vestir e despir o doente: Alzheimer 147


VESTIR E DESPIR O DOENTE
O que podemos fazer:

•Certificarmo-nos de que a divisão está a uma temperatura agradável para a pessoa com Demência;

•Fornecer iluminação adequada.

•Fechar a porta e as cortinas para criar um sentimento de privacidade;

•Se a pessoa é capaz de desempenhar a maioria das tarefas, é mais adequado dar-lhe liberdade, intervindo apenas quando necessário;

Vestir e despir o doente: Alzheimer 148


VESTIR E DESPIR O DOENTE

• Simplificar o número de escolhas, disponibilizando no máximo duas opções, por exemplo uma t-shirt azul e outra branca;

• Dispor as peças de roupa em sequência, em cima da cama. As peças devem estar ordenadas de acordo com etapa em que devem ser
vestidas;

• Tentar contrastar roupas de cores ligeiramente vivas colocando-as sobre uma colcha escura. Para alguém com problemas de visão, o
contraste pode ajudar a ver o relevo das cores vivas a partir do fundo escuro;

Vestir e despir o doente: Alzheimer 149


VESTIR E DESPIR O DOENTE

•A capacidade de distinguir as sensações de calor e frio são seriamente afetadas nas pessoas com Demência. Se o excesso de camadas de
roupa não causa desconforto à pessoa, procure não interferir.

•Manter a individualidade e o estilo de roupa da pessoa é muito importante. Introduzir roupa que seja muito diferente do estilo habitual
pode causar mais problemas do que propriamente resolvê-los;

Vestir e despir o doente: Alzheimer 150


VESTIR E DESPIR O DOENTE

•Para algumas pessoas, botões, fechos, ganchos e fivelas do cinto podem ser demasiado difíceis de utilizar, pelo que podem ser facilmente
substituídas por fechos de velcro;

•Padrões complexos, confusos ou cores vivas podem causar distração. Escolha roupas com padrões simples e com contrastes acentuados
porque são mais fáceis de discernir para muitas pessoas;

•Colocar sapatos fáceis de ajustar em vez de calçado com muitos atacadores e atilhos. Certificar de que as solas são antiderrapantes

Vestir e despir o doente: Alzheimer 151


VESTIR E DESPIR O DOENTE

Alguns Conselhos:

• Antigamente, as pessoas não mudavam de roupa tão frequentemente como hoje em dia. É importante não tentar impor a nossa
opinião acerca da frequência da mudança de roupa diária.

• Ser lembrado de que se deve mudar de roupa pode ser uma experiência humilhante e embaraçosa. É importante lembrar-se de
que estes sentimentos podem ocorrer.

Vestir e despir o doente: Alzheimer 152


VESTIR E DESPIR O DOENTE

Alguns Conselhos:
Todo o tempo gasto na manutenção de independência não é tempo perdido. Ser capaz de se vestir a si próprio ajuda a
pessoa a sentir-se mais independente e sedimenta sentimentos de orgulho e autoestima.

Algumas pessoas com Demência têm tendência a despir-se com frequência e sem motivo aparente. Este
comportamento pode ser embaraçoso, mas lembrem-se que elas já não têm noção daquilo que é apropriado.

• Temos de perceber o motivo desse comportamento (por exemplo: pode estar com calor ou não reconhecer a roupa
que está a vestir como sendo sua), por forma a prevenir situações futuras.

Vestir e despir o doente: Alzheimer 153


VESTIR E DESPIR O DOENTE

• Os tremores, os movimentos lentos e rígidos, assim como a perda de equilíbrio são sintomas da doença de Parkinson que afetam o
doente em vários aspetos do seu quotidiano, incluindo a hora de vestir.

• É importante manter um doente com Parkinson ativo e autossuficiente na medida do possível, por isso, devemos deixar que a pessoa
se vista sozinha ou pelo menos que faça o máximo que puder sem o auxílio de ninguém.

Vestir e despir o doente: Parkinson 154


VESTIR E DESPIR O DOENTE

• Devemos começar apenas por ajudar a pessoa a escolher o que vai vestir, dispondo o vestuário sobre a cama ou próximo do local onde
se veste, colocando-a na ordem em que a pessoa se costuma vestir – manter uma rotina é sempre mais fácil para o doente com
Parkinson.

Vestir e despir o doente: Parkinson 155


VESTIR E DESPIR O DOENTE

1.Os doentes com Parkinson demoram muito tempo a executar qualquer tarefa, mesmo aquela que possa parecer a mais simples, por isso,
certifique-se que a pessoa tenha tempo suficiente na hora de se vestir. Apressar uma pessoa com Parkinson vai apenas agitá-la, tornando
os seus movimentos ainda mais rígidos e lentos, o que vai acabar por atrasar todo o processo.

2.Regra geral, é mais fácil vestir um doente com Parkinson se a pessoa estiver sentada, uma vez que os braços e as pernas estão apoiados.
Esta é também uma boa posição para o doente com Parkinson se vestir a si próprio mais facilmente, nomeadamente no caso de apertar os
botões de uma camisa ou casaco.

Vestir e despir o doente: Parkinson 156


VESTIR E DESPIR O DOENTE

3.O vestuário de um doente com Parkinson deve ser o mais prático e fácil de vestir possível – vestidos, camisolas sem botões, t-
shirts, calças, calções e saias com cintura elástica.

4.Devem ser evitadas todas as peças de roupa com padrões muito vistosos, uma vez que o doente com Parkinson pode ter uma
dificuldade acrescida na localização dos botões e fechos.

Vestir e despir o doente: Parkinson 157


VESTIR E DESPIR O DOENTE

5.Evitar vestuário com fechos e outras aberturas na parte de trás – toda a roupa deve ser possível vestir e despir pela parte da
frente, incluindo os soutiens que devem ter uma abertura frontal.

6. O vestuário não deve ser muito apertado, o que dificulta vestir e despir um doente com Parkinson.

7. As míni-meias, ou seja, aquelas que chegam até ao tornozelo são mais fáceis de calçar do que as meias mais altas.

Vestir e despir o doente: Parkinson 158


VESTIR E DESPIR O DOENTE

8.Em termos de calçado, os atacadores devem ser evitados ao máximo; optando-se antes para calçado largo, em que o pé
entra e sai facilmente ou então sapatos com aplicações em velcro.

9.Existem, no mercado, vários objetos que auxiliam o ato de vestir – desde o apertar de botões, ao subir das meias, passando
pela tradicional calçadeira – alguns dos quais podem ser úteis para os doentes com Parkinson.

Vestir e despir o doente: Parkinson 159


VESTIR E DESPIR O DOENTE

• Orientar como as atividades diárias podem ser feitas de forma segura e entender como realizá-las é um processo
obrigatório quando lidamos com uma condição de saúde na qual a mobilidade está comprometida.

• A série de imagens abaixo pode ser usada por terapeutas, familiares e acompanhantes que estão a viver este
processo junto a pessoas pós-AVC com hemiplegia (ou hemiparesia – o parético ainda tem certa mobilidade), que
tem a mobilidade de todo um lado do corpo comprometida, ou pessoas com paraplegia, que tem não tem
mobilidade nos membros inferiores.

Vestir e despir o doente: A.V.C. 160


VESTIR E DESPIR O DOENTE – A.V.C.
Vestir o sutiã na hemiplegia
VESTIR E DESPIR O DOENTE – A.V.C.
Vestir a calça hemiplegia (e também serve para a meia)
VESTIR E DESPIR O DOENTE – A.V.C.
Vestir a blusa na hemiplegia
VESTIR E DESPIR O DOENTE – A.V.C.
Despir a blusa na hemiplegia
VESTIR E DESPIR O DOENTE – A.V.C.
Vestir a calça na paraplegia
VESTIR E DESPIR O DOENTE – A.V.C.
Vestir na Hemiplegia
VESTIR E DESPIR O DOENTE – A.V.C.
Despir a calçar na Hemiplegia
VESTIR E DESPIR O DOENTE

• O doente com limitações físicas que permaneça muito tempo na mesma posição tem um risco aumentado de feridas e
problemas de circulação.

Para diminuir este risco:

• Assegurar que o doente permanece alternadamente entre a cama e a cadeira;


• Mudar a posição do doente na cama com frequência (idealmente de 2 em 2 horas), posicionando-o sobre o lado esquerdo e o
direito e de costas;
• Contactar a equipa de saúde/família se verificarmos que a pele do doente tem zonas avermelhadas;
• Recomendar a utilização de um colchão ou almofadas que evitem a pressão.

Mobilização 161
VESTIR E DESPIR O DOENTE

É muito importante:

- Deslocar o doente na cama sem o arrastar


- Manter os lençóis da cama secos e sem rugas
- Movimentar regularmente o doente mesmo que ele sinta algum desconforto

Mobilização 162
VESTIR E DESPIR O DOENTE

Como movimentar o doente acamado?

• Sempre que mobilizamos o doente devemos ter em atenção a sua coluna .

• Quando deslocamos ou levantamos um doente devemos reduzir o esforço exercido sobre as costas dobrando os joelhos para
evitar inclinarmo-nos para a frente ou para trás.

Mobilização 163
VESTIR E DESPIR O DOENTE

E para levantar o doente acamado?

Mobilização 164
VESTIR E DESPIR O DOENTE

Aspetos a ter em conta no levante:

• Verificar se todos os obstáculos e barreiras foram retirados do caminho;

• Antes do levante, sentar o doente na beira da cama e verifique se apresenta tonturas;

• Dar indicação para onde se vai mobilizar o doente para que os movimentos sejam iguais;

• Contar até três para que todos se mexam ao mesmo tempo;

Mobilização 165
VESTIR E DESPIR O DOENTE

Aspetos a ter em conta no levante:

• Ao rodar para fazer a mobilização do doente, rodamos os seus pés ao mesmo tempo que o corpo, de modo a prevenir lesões na coluna
e joelhos;

• Se o doente começar a cair não resista à queda. Acompanhe-o suavemente e proteja-se a si e ao doente para não se magoar. Proteja a
cabeça do doente para que não bata no chão.

Mobilização 166
VESTIR E DESPIR O DOENTE

Os posicionamentos permitem:

• Promover o conforto e bem-estar;


• Estimular a circulação, respiração, regular o trânsito intestinal e exercício;
• Prevenir a perda muscular;
• Facilitar a mobilidade das secreções;
• Prevenir posições viciosas;
• Prevenir lesões na pele (úlceras de pressão). Quando o doente se encontra numa posição confortável existe a tentação de não se
querer mobilizar. Temos que insistir para que mude de posição.

Indicações 167
VESTIR E DESPIR O DOENTE

• Se o doente ajudar devemos pedir a sua colaboração;

• Baixar a cabeceira da cama se possível;

• Respeitar o alinhamento do corpo;

• Aproveitar este momento para observar o estado da pele nas zonas de pressão;

• Fazer massagem, com creme hidratante, para ativar a circulação e prevenir úlceras de pressão;

• Utilizar almofadas para apoiar o corpo nos posicionamentos;

• Proteger as zonas avermelhadas com almofadas, protetores de cotovelos e calcanhares;

• Manter os lençóis bem esticados.

Aspectos a ter em conta ao vestir o doente 168


VESTIR E DESPIR O DOENTE

Nota:

-Dar preferência (quando possível), a roupas largas sem botões, as roupas abertas á frente ou
atrás facilitam o vestir e despir;

-Ao vestir uma peca de roupa começar pelo lado doente e só depois o bom;

-Pedir para cruzar as pernas e colocar a perna doente em cima da boa.

Aspectos a ter ao vestir o doente 169

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