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Úlceras de pressão

Prevenção
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Avaliação do Risco

• Consideram-se em risco para úlcera


todas as pessoas restritas ao leito ou
cadeira de rodas, ou aquelas cuja
capacidade de se reposicionarem está
debilitada;

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Avaliação do Risco
• Existem factores individuais de risco
como:
– diminuição do estado mental,
– humidade,
– incontinência,
– deficiências nutricionais.

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CAUSAS PREDISPONENTES

- Anemia
- Avitaminose
- Desidratação
- Diabetes
- Edemas generalizados
- Febre prolongada
- Má circulação
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CAUSAS PREDISPONENTES

- Obesidade
- Estado debilitado, grande dependência
física
- Paralisias
- Pouca vitalidade
- Incontinência de fezes ou urina

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CAUSAS IMEDIATAS

- Pressão (peso, longas


horas na mesma posição)

- Fricção (rugas ou
migalhas na roupa de
cama, defeitos do
colchão).

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CAUSAS IMEDIATAS

- Humidade (doente
muito tempo molhado por
suor, urina ou fezes)
- Falta de higiene
- Aplicação imprópria de
aparelhos de gesso
- Excesso de calor ou
frio.

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MEDIDAS PREVENTIVAS
• Sentar o doente fora do leito, com frequência, sempre o
seu estado permitir.
• Incentivar o levante precoce.
• Abolir qualquer pressão exagerada sobre qualquer ponto
do corpo, principalmente nas proeminências ósseas. Evitar
sobreposição dos membros.
• Mudar periodicamente de posição.
• Manter a cama limpa, seca e os lençóis bem esticados.
Retirar imediatamente qualquer roupa húmida.

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MEDIDAS PREVENTIVAS
• Proteger a pele com algodão, nas partes onde houver
contacto com os aparelhos gessados.
• Zelar pela higiene pessoal.
• Executar movimentos passivos dos membros. Permite
uma irrigação muito melhor nas zonas afectadas e
aumento de resistência.
• Cuidar do estado geral do doente, oferecendo-lhe
alimentos ricos em proteínas, sais minerais e vitaminas

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Efeitos adversos devido à imobilidade

• No sistema músculo-esquelético:

Atrofia muscular
Osteoporose
Deterioração articular
Osteomielite
Deformidades

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Efeitos adversos devido à imobilidade
• No sistema respiratório

· Perda de força da musculatura da ventilação.

· Diminuição de volumes e capacidades pulmonares.

· Estase de muco em áreas mal ventiladas.

· Dificuldade para tossir.

Infecções respiratórias

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Efeitos adversos devido à imobilidade
• No sistema cardiovascular

· Alteração no volume de distribuição


dos fluidos corporais
· Hipotensão ortostática
· Trombose venosa profunda
· Tromboembolismo pulmonar

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Efeitos adversos devido à imobilidade
• No sistema urinário

· Estase da urina
· Cálculos renais
· Infecções
· Incontinência

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Efeitos adversos devido à imobilidade

• No sistema gastrointestinal

· Perda de apetite
· Incontinência fecal
· Fecaloma
·Obstrução

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Zonas de maior pressão

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Zonas de maior pressão

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Zonas de maior pressão

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Zonas de maior pressão

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Evolução de uma úlcera de pressão

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Locais comuns das úlceras de
pressão

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Úlcera de pressão

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Úlcera de pressão

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Úlcera de pressão

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Úlcera de pressão

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Úlcera de pressão

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As áreas com pouco
tecido adiposo e musculo
sobre proeminências
ósseas são locais onde
aparecem as úlceras de
pressão
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Úlceras de Pressão
Prevenção:
• Cuidados com a pele

• Utilização de superfícies de suporte e alívio da carga


mecânica

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Cuidados com a pele

• A frequência de limpeza da pele deve ser


individualizada de acordo com a
necessidade ou preferência do doente.

• A pele deverá ser limpa no momento que


se sujar.

• Evitar água quente e fricção excessiva.

• Usar um agente de limpeza suave.

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Cuidados com a pele
• Diminuir os factores ambientais que levam ao
ressecamento da pele como: humidade baixa (menos
que quarenta por cento) e exposição ao frio.

• A pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes.

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Cuidados com a pele

• Evitar massagens nas proeminências


ósseas. Antigamente acreditava-se que a
massagem auxiliavam a melhorar o fluxo
sanguíneo. As evidências actuais
sugerem que massagem pode causar
mais danos.
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Cuidados com a pele
• Minimizar a exposição da pele à humidade devido a
incontinência urinária, transpiração ou drenagem de
feridas.

• Quando essas fontes de humidade não podem ser


controladas deve-se usar fraldas descartáveis que
absorvam a humidade e que mantenham seca a
superfície em contacto com a pele.

• Agentes tópicos que agem como barreira para humidade


como cremes, películas protectoras também podem ser
usados.

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Utilização de superfícies de
suporte e alívio da carga
mecânica

Objectivo:
Proteger contra os efeitos adversos
de forças mecânicas externas como
pressão e fricção.

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Cuidados com a pele
• As lesões da pele devido à fricção devem ser
minimizadas através de um posicionamento
adequado e uso de técnicas correctas para
transferência e mudança de decúbito.

• Os danos causados pela fricção podem ser


reduzidos pelo uso de películas protectoras:
– pensos transparentes e selantes para a pele
– pensos protectores (hidrocolóides extra-finos).

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MOBILIDADE
e
POSICIONAMENTOS

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Alterações da Mobilidade em
termos físicos:

Sempre que identificamos uma alteração


temos que saber:
• Qual o tipo de alteração;
• Qual o grau de dependência;

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Duas formas de intervenção:

Posicionamentos
• Estática

• Dinâmica Mobilizações

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Mobilizações
Activa

Activa assistida

Passiva

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Objectivos da Mobilização:
• Manter ou aumentar a força muscular;

• Manter ou aumentar a resistência e a


tolerância ao esforço;

• Manter ou aumentar a amplitude articular;

• Aumentar a amplitude respiratória;


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Objectivos da Mobilização:
• Diminuir a tensão psíquica e muscular;

• Incentivar o auto-cuidado;

• Prevenir complicações da imobilidade;

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Princípios para a execução de
mobilizações:
1) Respeitar a anatomia e a fisiologia das
articulações;
2) Mobilizar as articulações em toda a
amplitude do movimento;
3) Se a mobilização provocar dor, não se
executa;

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Princípios para a execução de
mobilizações:

4) Se a articulação tiver sinais


inflamatórios, não se mobiliza;

5) Pedir sempre a colaboração do utente;

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Tipos de Mobilizações
• Movimentos do pescoço;

• Movimentos do tronco;

• Movimentos dos membros superiores;

• Movimentos do cotovelo;

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Tipos de Mobilizações
• Movimentos do antebraço;

• Movimentos do punho;

• Movimentos da mão;

• Movimentos dos membros inferiores;

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Tipos de Mobilizações
• Movimentos do joelho;

• Movimentos da articulação tibio-társica;

• Movimentos da bacia;

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O que é?

• São posturas em que se colocam as


pessoas, utente/doente, quando estas não
têm capacidade para mudar de decúbito
sozinhas e/ou quando a sua situação
clínica não o permite;

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Decúbito

• Entende-se a posição do corpo, apoiando-


se sobre um plano horizontal.

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Objectivos:
Promover o conforto;

Prevenir posições viciosas;

Prevenir lesões cutâneas;

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Material utilizado:
• Almofadas de vários tamanhos;
• Lençóis
• Cobertores
• Rolos de vários tamanhos;
• Material de prevenção de úlceras de
pressão;
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O posicionamento correcto visa:

• Manter o correcto alinhamento corporal;

• Repartir as pressões por uma maior


superfície possível;
• Promover o conforto;

• Prevenir e/ou corrigir deformidades;

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Procedimento:

• Posicionar as pessoas restritas ao leito pelo


menos de duas em duas horas.
• Pessoas restritas à cadeira a cada hora.
• Usar uma escala de horário de
reposicionamento por escrito.

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Procedimento:
• Colocar as pessoas em risco, em colchões ou
almofadas que reduzam a pressão.
• Considerar o alinhamento postural, a
distribuição do peso, a estabilidade e a
capacidade para o alívio da pressão quando
posicionar pessoas em cadeiras ou cadeiras de
rodas.

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• Usar materiais como
travesseiros e
almofadas de espuma
que aliviam a pressão e
previnem o contacto
directo entre as
proeminências ósseas:

– nos calcâneos

– nos joelhos

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• Evitar posicionar o doente
directamente sobre o trocanter.

• Quando se usar o decúbito


lateral deve-se lateralizar o
doente num ângulo de 30 graus.

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Posicionamentos/Utente
Acamado
Decúbito dorsal

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Posicionamentos/Utente Acamado

Decúbito dorsal
• Semelhante à postura de pé;
• Apoio dos pés em superfície firme a 90º, com
calcanhar aliviado;
• Prevenção de rotação externa dos membros
inferiores colocando almofada nos trocanteres;

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Posicionamentos/Utente Acamado

Decúbito dorsal
• Braço em rotação externa junto ao corpo;
• Protecção dos cotovelos;
• Joelhos e coxo-fémural em extensão. Pode-se
colocar uma pequena almofada sobre o joelho

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Posicionamentos/Utente Acamado

Decúbito semi dorsal direito e esquerdo

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Posicionamentos/Utente
Acamado
Decúbito lateral
direito e
esquerdo

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Posicionamentos/Utente Acamado
Decúbito lateral direito e esquerdo
• Almofada sob a cabeça;
• Costas apoiadas por almofadas;
• Joelhos flectidos;
• O membro inferior que fica por cima deve
estar apoiado em almofadas;

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Posicionamentos/Utente Acamado

Decúbito lateral direito e esquerdo


• O braço livre é mantido à altura do ombro, em
flexão apoiado na almofada;
• Braço inferior fica flectido com a mão na altura
do rosto, deve ser vigiado o fluxo sanguíneo;
• Ombro inferior em ligeira protação;

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Posicionamentos/Utente Acamado

Decúbito semi lateral direito e esquerdo

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Posicionamentos/Utente
Acamado
Decúbito ventral

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Posicionamentos/Utente Acamado

Decúbito ventral
• Pés fora do colchão ou então usam-se
almofadas para que não seja exercida pressão
sobre os dedos do pé;
• Almofada da cabeça deve ser muito pequena,
de preferência não deve ser usada;
• Rosto voltado para um dos lados;

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Posicionamentos/Utente Acamado

Decúbito ventral
• Braços em abdução e flexão do antebraço;
• Pequenas almofadas sob os ombros;
• Se tiver abdómen ou seios grandes colocar
outras almofadas, aliviando as zonas
proeminentes;
• A avaliação da respiração deve ser criteriosa;

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Posicionamentos/Utente Acamado

Decúbito semi ventral direito e esquerdo

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A periodicidade das mudanças
varia com:

• Estado geral

• Gravidade da doença

• Capacidade de mobilidade

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Os doentes não
devem ser
"arrastados"
durante a
movimentação
mas "erguidos"
utilizando-se um
lençol móvel.

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• Para doentes que
podem auxiliar na
movimentação deve-
se facultar
equipamentos
auxiliares como o
trapézio.

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Ensinar as pessoas em cadeira e que
são capazes, a mudar a posição para
aliviar o seu peso a cada 15 minutos.

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Posicionar para prevenir

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• Manter as úlceras já existentes livres de
pressão: evitar posicionar o doente
sobre as feridas.

• Usar materiais de reposicionamento como


almofadas para manter a Úlcera de
Pressão afastada das superfícies de
suporte.

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• Não usar almofadas tipo argolas ou com
buraco no meio que são mais prováveis
de causar Úlcera de Pressão do que evitá-
las.

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• Limitar a quantidade de tempo que a
cabeceira da cama do doente esteja
elevada.

• A força gerada quando o indivíduo


escorrega na cama, contribui para
isquemia e necrose do tecido da região
sagrada e piora as úlceras já existentes.

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• Manter a cabeceira da
cama no grau de
elevação mais baixo
possível, consistente
com a posição do
doente e outras
restrições.

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Equipamentos de
alivio de pressão

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Colchões de pressão alternada

• Vantagens – fácil de
limpar, desinsuflação
rápida em casos de
emergência.

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• Desvantagens – necessita ser montado antes
do uso;
– a sensação de insuflação e desinsuflação
pode incomodar o doente;
– requer uso de electricidade;
– o ruído do motor pode incomodar;
– a movimentação pode perturbar o sono do
doente
– a pressão irá alternar-se dependendo do ciclo
de escolhido;
– o leito fica mais elevado.
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Colchão de espuma

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Colchão de espuma
• Vantagens
– Fácil de instalar;
– não necessita de energia eléctrica;
– é leve;
– disponível em várias espessuras, não precisa
de manutenção.

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• Desvantagens :
– Pode ser quente e absorver a transpiração;
– tem vida limitada;
– necessita de cobertura plástica para doentes
com incontinência;
– eleva a altura do leito;
– não tem firmeza nos bordos, podendo causar
insegurança ao doente ao entrar e sair do
leito.
– Espumas de baixa qualidade ou baixa
densidade e finas não irão reduzir a pressão.

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Colchões de água

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Colchões de água
Vantagens
• pode ser utilizada em camas regulares no domicílio, fácil de
limpar

Desvantagens

• a movimentação pode dificultar a realização de certos


procedimentos;
• a transferência pode ser difícil; a perfuração é comum com
objectos perfurantes;
• é pesado;
• a temperatura da água pode arrefecer o doente , sendo necessário
aquecedor ou protecção com cobertores;
• a cabeceira da cama não pode ser elevada;
• precisa ser mantido o nível correcto.

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Colchão de Ar (estático)

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Colchão de Ar (estático)
Vantagens:
– fácil de limpar;
– baixa manutenção;
– boa duração;
– pode ser remendado se for perfurado;
– fácil de ser insuflado com bomba de ar.

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Desvantagens:
– O leito fica mais elevado, não tem firmeza nos
bordos;
– Pode ser danificado por objectos perfurantes;
– Precisa ser avaliado diariamente para
observar se não há vazamentos e se está
funcionando de forma apropriada.

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