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Enfermagem Materno Infantil e

do Idoso
Orientador (a): João Vitor
Tema:
Saúde do Idoso
SAÚDE DO IDOSO
INTRODUÇÃO:
• REDUÇÃO DA MORTALIDADE;

•MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA;

•CONTROLE PARCIAL DAS


DOENÇAS EVITÁVEIS, SOBRETUDO
PELAS VACINAS;

• AUMENTO NA EXPECTATIVA DE VIDA.


Diz a constituição, no artigo 229:

“ os pais têm o dever de assistir, criar e educar os

seus filhos menores, e os filhos maiores têm o

dever de ajudar a família e amparar os pais na

velhice, carência ou enfermidade”.


E o artigo 230 determina que:

“a família, a sociedade e o estado têm o dever de

amparar as pessoas idosas, assegurando sua

participação na comunidade, defendendo sua

dignidade e bem-estar garantindo-lhes o direito

á vida”.
O Envelhecimento da Mulher:

• Viuvez;

• Viver sozinha;

• Enfrentamento com as perdas do


companheiro;

• Dificuldade em encontrar outra


companhia na vida;
O Envelhecimento do Homem:

Os homens têm um ciclo de vida mais


curto, as viúvas superam os viúvos em
número de 5 para 1.

Os homens que ficam viúvos enfrentam


problemas similares aos das mulheres
que perdem seus maridos.
Aspectos Cognitivos do Envelhecimento:

Comprometimento sensorial, a saúde


psicológica, o ambiente e as influências
psicossociais.

Os idosos podem experimentar alterações


temporárias na função cognitiva quando
hospitalizado ou admitidos em instituições
asilares especializados.
O QUE É DOR:
A dor é sensação desagradável que
possui aspectos físicos e emocionais e envolve
o organismo todo.

A sensação dolorosa deve-se a estimulação das


terminações nervosas, por substâncias que
provocam dor.

Ao ocorrer um corte, uma inflamação


ou pancada, as células lesadas liberam
essas substâncias.
TIPOS DE DOR:

A DOR AGUDA:

Que parece como resposta de defesa do


organismo a uma agressão (pancada, corte),
varia sua intensidade e costuma ser mais
bem tolerada, pois existe uma expectativa
de que com a resolução do problema ela
acabe, podendo ser constante ou
intermitente.
AS DORES CRONICAS, são aquelas

com mais de seis meses de duração, de

controle difícil, e acarreta grandes

desgastes físicos, psicológicos e

alterações sociais ao individuo.


INTERFERÊNCIA DA DOR NA VIDA DO IDOSO

A dor, principalmente a crônica, interfere na


vida do individuo.

A dor tira-lhes o prazer ou impossibilita suas


atividades sociais, dificultando ou impedindo o
caminhar.

A dor provoca distúrbios no sono, acarreta


depressão e ansiedade.
ALIVIO DA DOR COM MEDICAMENTOS

Muitas dores são adequadas


e controladas com analgésicos.

No entanto, podem apresentar efeitos

colaterais, e conhecê-los pode ajudar a

prevenir complicações e auxiliar no


tratamento.
ALIVIO DA DOR SEM A UTILIZAÇÃO
DE MEDICAMENTOS

A utilização de técnicas de relaxamento


pode favorecer a diminuição de estresse físico
e mental, da contração muscular e proporcionar alívio
da dor.

O uso de medidas físicas, incluindo calor, frio e


massagens, é muito útil para o tratamento da dor.

Estas medidas promovem relaxamento muscular,


melhoram a circulação sanguínea
na região e aliviam a dor.
O USO DOS MEDICAMENTOS – CAUTELAS
COM IDOSOS

Medicamentos é toda substância que,


introduzida no organismo, terá como
finalidade à prevenção e a cura de doenças, e
o alivio de alguns sintomas.

Os idosos frequentemente
apresentam estados variados de doença
crônica, que exigem tratamento com
medicamentos em longo prazo.
Não são raros os erros que podem ocorrer na

auto-administração, podendo resultar em

quantidades erradas ou excesso de dosagem.

Idosos que são independentes necessitam

apenas de orientações nas dosagens e


horários
Idosos parcialmente dependentes necessitam

de intervenção para lembrá-los e/ou ajudá-los

no momento em que devam tomar o remédio.

Idosos dependentes necessitam de um

cuidador para que administre o remédio e

verifique possíveis reações.


ALGUMAS RECOMENDAÇÕES ÚTEIS A FIM
DE FACILITAR O TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO E EVITAR
COMPLICAÇÕES.

O idoso deve ser estimulado a assumir e


responsabilizar-se pelo tratamento, tomando
os medicamento sozinho ou sob orientação;

Caso haja mais de um cuidador, será


conveniente marcá-los em um papel
diariamente e riscá-los, conforme forem sendo
ministrados;
Os medicamentos destinados a mais de uma

pessoa no lar devem ser separados;

Caso o medicamento se apresente na forma

sólida, dissolvê-los, antes de administrá-los.

Deve-se observar o prazo de validade dos


remédios;

Caso haja dificuldade econômica para adquiri

os remédios, avisar no sentido de se


encontrarem alternativas;
Devem-se colocar rótulos com letras legíveis
para visualização do nome dos remédios;

O idoso deve manter consultas médicas


periódicas, informando o tratamento
utilizado;

Devem-se utilizar somente remédios


recomendados por médicos;

As doses recomendadas devem ser


seguidas rigorosamente;
É importante procurar saber e informar o idoso

sobre o que é e para o que serve cada remédio


utilizado;

Devem-se observar possíveis alterações ou

efeitos colaterais, e comunicar o médico;

Não se pode deixar o idoso esquecer de tomar


os remédios.
Programe o horário dos remédios com atividade
do dia (café da manhã, almoço e jantar).

Coloque-os em local visível.

Telefone para o idoso para lembrá-lo dos


remédios se necessário.

Ofereço o medicamento com líquidos facilitando


a deglutição do mesmo.

Respeite a dosagem.
CUIDADOS COM A PELE E AS MUCOSAS

Introdução
A pele é o órgão mais externo, recobre o
corpo e auto-renova.

Funções:
Receptor sensorial;
Regulador da temperatura corporal;
Barreira defensiva
Três camadas: EPIDERME, DERME E
HIPODERME.

HIGIENE CORPORAL

Cuidados da pele, limpeza e hidratação


em idosos doentes são realizados na
cama.
CUIDADES COM A BOCA
Lavar a boca após cada refeição. Se estiver
incapacitado, o profissional realiza a limpeza, do
seguinte modo:

•Misturar em um copo o anti-séptico oral e água,


em partes iguais;

•Montar uma espátula com gaze, que será


embebida na solução;
Limpar a língua movendo a espátula de um
lado para o outro para não provocar náuseas.

Depois, limpar o palato, a parte inferior e as


laterais da boca e, finalmente, as gengivas;

Se o paciente tem prótese dentária, esta


deverá ser lavada com água, anti-séptico e
escova;

Hidratar os lábios com vaselina ou manteiga


de cacau.
CUIDADOS COM OS OLHOS

Limpam-se com gazes esterilizadas


embebidas em soro fisiológico, do ângulo
externo do olho para o ângulo lacrimal (uma
gaze para cada olho).

Pacientes comatosos permanecer com os


olhos fechados.

Colocar, sobre as pálpebras, uma gaze


embebida em soro fisiológico
CUIDADOS COM OS PÉS

• Podem apresentar problemas devido a alterações


circulatórias, deformidades ósseas e diabetes:

• Levá-los com água e sabão; Secar cuidadosamente,


sobretudo entre os dedos;

• Hidratar com cremes ou óleos. Aplicar óleo de girassol nos


calcanhares e em locais de calosidade;

• Tratar as unhas;

• Vigiar o aparecimento de lesões cutâneas.


HIGIENE DO CABELO

→ Deve ser lavado, pelo menos, uma vez


por semana:

Decúbito dorsal, manter a cabeça livre, colocar


o travesseiro em baixo dos ombros;

Cobrir a cama para que não se molhe e colocar


uma bacia debaixo da cabeça;
HIGIENE GENITOANAL

→ Depois de evacuar, depois de fazer um


enema, antes de colocar uma sonda vesical,
a cada vez que se muda uma fralda em
pacientes incontinentes.

→ No homem

• Colocar o paciente em decúbito dorsal;


• Lavar com água e sabão o pênis e os testículos;
• Lavar a glande com uma compressa;
No homem
Enxaguar com água, com anti-séptico e secar
suavemente;

Baixar o prepúcio, para evitar que se produza


edema da glande.

→ Região anal
Colocar o paciente em decúbito lateral;

Lavar a região com esponja e água com sabão da


frente para trás;

Enxaguar com água e secar.


Região Genital
→ Na mulher
Colocar a paciente em decúbito
dorsal, com as pernas flexionadas;

Lavar com água e sabão, e uma gaze,


os grandes e os pequenos lábios, e o
meato urinário, da frente para trás;

Enxaguar com água e irrigar com um anti-


séptico de mucosas;

Secar cuidadosamente, insistindo nas pregas.


ÚLCERAS DE DECÚBITOS

Definição:

Lesões produzidas na pele e em partes


moles, quando se mantêm comprimidas durante
tempo prolongado, entre uma proeminência
óssea e uma superfície dura.
Importância

As úlceras podem ser causa de dor,


infecções e aumento da imobilidade.

Podem prolongar as estadias


hospitalares e, em muitos casos,
contribuem para apresentar a morte.
Fatores de Risco

Imobilidade é o principal fator de risco devido a


tromboses, fraturas, demências;

Alteração da sensibilidade;

Deficiências do estado nutricional


(emagrecimento, desidratação, anemia,
hipoproteinemia, obesidade);
Causas

Pressão – é a mais importante.

Atua diretamente sobre as proeminências

ósseas, produzindo oclusão dos vasos

sanguíneos e linfáticos, provocando diminuição

da irrigação sangüínea (isquemia) e, finalmente,

morte dos tecidos (necrose).


Pressões Leves – aplicadas durante longos

períodos são mais lesivas que pressões fortes

aplicadas em períodos curtos.

Fricção – é uma força repetida sobre

proeminências ósseas vulneráveis pode

produzir erosões, isquemias e lacerações.


Pinçamento – produzem-se quando duas

superfícies adjacentes se tocam,

provocando angulação dos vasos, favorecendo a

isquemia.

Umidade – a umidade aumenta o grau de fricção,

produz maceração da pele, predispondo-se a

úlceras.
Classificação

GRAU I
Afeta, apenas, a derme, eritema,
intumescimento e dor. A integridade cutânea se
mantém.
GRAU II
Perda parcial da epiderme ou da derme.
Aparecem erosões ou flictenas.
GRAU III

Perda de todas as camadas da


pele, afetando o tecido subcutâneo. Apresenta-
se como uma escara.
GRAU IV

A lesão pode afetar o músculo, o osso e


as articulações.
Avaliação

A identificação dos pacientes com risco de


desenvolver úlceras de decúbito, facilita as
tarefas de prevenção.

Prevenção

Inicia-se plano de cuidados específicos,


orientados para a prevenção.
→ Cuidados com a Pele

A pele dos idosos é extremamente frágil. Deve-se

mantê-la limpa seca e hidratada. A hora do banho

um bom momento para observar a sua

integridade, cor, textura, vascularização e

hidratação.
TRATAMENTO:

A avaliação da ferida deve incluir:

a) Tamanho (largura e comprimento) em


centímetros.
Profundidade em centímetros.
Presençade túneis,fístulas –
medir em
centímetros.
Localização
Drenagem (exsudato) – cor,
odor, quantidade.
Presença de
tecido necrótico.
DEBRIDAMENTO

É a remoção do tecido desvitalizado


presente na ferida. Atualmente os métodos
utilizados na prática clínica são o autolítico,
enzimático, mecânico e cirúrgico.

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