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QUEDAS EM IDOSOS

• Uma queda ocorre quando o centro de


gravidade se move para fora da base de apoio
e oesforço realizado para o recuperar é
ineficiente ou insuficiente.

• Síncope pode ser um evento fugaz


QUEDAS EM IDOSOS

• 65 anos ou mais:

35 - 45%: sofreram1 queda no último ano


50% destes terão uma nova queda

• 80 anos ou mais :

50% : 1 queda no último ano


QUEDAS EM IDOSOS

Incidência de quedas em idosos – instituições

Hospitalizados:

20% caem durante o internamento

Institucionalizados:

Em média ocorrem1,5 quedas do leito


por ano
SÍNDROME PÓS-QUEDA

Medo
Função

Músculo
e
Equilíbrio

Quedas e Institucionalização
SÍNDROME PÓS-QUEDA

80% idosos preferem


morrer do que enfrentar
a perda de
independência e
qualidade de vida.
MECANISMO DE QUEDA

Extrínseco
Ambiental
Tropeço, Quedas, etc

Intrínseco
Cognitivo
Equilíbrio
Mobilidade
Sensório
INTERAÇÕES ENTRE FACTORES INTRÍNSECOS,
AMBIENTAIS E PRECIPITANTES QUE AFECTAM O RISCO
DE QUEDA EM IDOSOS
Características Desafios ao
individuais controlo postural

Medicação

Factor Mediador

QUEDAS
Factores de Risco Significante/ OR-RR
mais comuns total

Fraqueza Muscular 10/11 4.4

História de quedas 12/13 3.0

Distúrbio de marcha 10/12 2.9

Distúrbio de Equilíbrio 8/11 2.9

Uso de dispositivos auxiliares de 8/8 2.6


marcha

Défice Visual 6/12 2.5

Artrite 3/7 2.4

Depressão 3/6 2.2

Distúrbio cognitivo 4/11 1.8

Idade > 80 anos 5/8 1.7


AVALIAÇÃO DE UM IDOSO
COM ALTO RISCO DE QUEDAS
 Hipotensão Postural

A Hipotensão Postural acomete entre 10 - 30% idosos


da comunidade

TONTO
AVALIAÇÃO DE UM IDOSO
COM ALTO RISCO DE QUEDAS
 Acuidade Visual

Sensibildade ao Contraste
Ofuscamento
AVALIAÇÃO DE UM IDOSO
COM ALTO RISCO DE QUEDAS

 Marcha e Equilíbrio

Observação direta na consulta:

 Levantar da cadeira
 Anormalidade assimétricas
 Necessidade de apoio de familiar
 Uso de bengalas
 Fraqueza muscular
AVALIAÇÃO DE UM IDOSO
COM ALTO RISCO DE QUEDAS
 Revisão Medicamentosa
AVALIAÇÃO DE UM IDOSO
COM ALTO RISCO DE QUEDAS
 Funcionalidade e Autonomia

Actividade Básica da Vida Diária Actividade Instrumental da Vida Diária

Tomar banho Usar o telefone


Vestir-se Deslocar-se com transporte
Higiene pessoal Fazer compras
Transfêrencia Preparar refeições
Continência Fazer os trabalhos de casa
Alimentar-se Lavar pequenas roupas
Administrar a sua própria
medicação
Gerir dinheiro
AVALIAÇÃO DE UM IDOSO
COM ALTO RISCO DE QUEDAS

 Funcionalidade Cognitiva

Falhas de julgamento;
Falha na percepção;
Dificuldade na interpretação;
Falha de memória
Todo Idoso uma vez ao ano:
O Sr/Sra sofreu alguma queda ?

Quedas 0 -1
recorrentes queda

Avaliação de Marcha
e Equilíbrio
Alteração ?

Avalição Multifatorial SIM NÃO Sem


de um idoso de alto risco Intervenção
ÚLCERAS DE PRESSÃO

• Lesões causadas por pressão não aliviada, ou


seja, quando determinadas partes do corpo
são sobrecarregadas por um longo período, o
que provoca uma necrose compressiva.

• Acomete indivíduos acamados, com


mobilidade reduzida ou que permanecem
muito tempo sentados ou deitados.
ÚLCERAS DE PRESSÃO -
FORMAÇÃO
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ESTÁGIO I

Eritema da pele intacta

Descoloração, aumento de temperatura ou


endurecimento da pele

Lesão precursora de ulceração


ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ESTÁGIO I
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ESTÁGIO II

Perda da epiderme ou derme

Ulceração superficial

Abrasão

Flictema

Cratera rasa
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ESTÁGIO II
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ESTÁGIO III

Perda total da pele

Necrose do tecido subcutâneo

Cratera profunda

Drenagem de secreções
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ESTÁGIO III
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ESTÁGIO IV

Perda total da pele

Extensa destruição

Necrose de tecido

Dano muscular, ósseo,estruturas de


apoio(tendão, cápsulas de
articulação)
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ESTÁGIO IV
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
ÁREAS MAIS AFECTADAS
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
PONTOS DE MAIOR PRESSÂO

• SENTADO:

Coluna, escápulas, côndilos femurais,


calcanhares e metatarso falangeanas.
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
PONTOS DE MAIOR PRESSÂO

• DECÚBITO DORSAL:

Cabeça, escápulas, coluna, cotovelos, sacro,


calcanhares.
ÚLCERAS DE PRESSÃO –
PONTOS DE MAIOR PRESSÂO

• DECÚBITO LATERAL

Orelhas, ombros, cristas ilíacas, trocânteres,


côndilos femurais, maléolos.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
PREVENÇÃO

Identificar pacientes de risco

Manter e melhorar a tolerância do tecido à


pressão

Evitar pressão, fricção e cisalhamento

Conscientlzação (paciente, familiares, equipa


multidisciplinar)
ÚLCERAS DE PRESSÃO
PLANO DE TRATAMENTO E PREVENÇÃO

• Avaliar a lesão pelo menos uma vez por dia


• Higienização (sempre que necessário)
• Não massajar, não friccionar
• Evitar cisalhamento
• Manter a pele hidratada
• Evitar humidade
• Posicionamento, transferência, mudanças de
decúbito (2 em 2 horas)
• Uso de colchão especial (ar ou água)
ÚLCERAS DE PRESSÃO
PLANO DE TRATAMENTO E PREVENÇÃO

• Usar superfícies redutoras de pressão no


leito e cadeira.
• Se for capaz de andar ou exercitar-se,
auxiliar a pessoa a faze-lo.
• Praticar o protocolo de troca de curativo
conforme orientação do enfermeiro.
• Saber como avaliar a ferida quanto aos sinais
de infecção e cicatrização.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
SUPERFÍCIES DE SUPORTE
ÚLCERAS DE PRESSÃO
AVALIAÇÃO

 DO PACIENTE

• Historial Completo:
Diabetes
Cancro
Imunodeficiência
Insuficiência vascular
• Exame Físico
• Avaliação da dor (analgésicos, curativos)
• Análise psicossocial (emocional, económica)
• Avaliação nutricional
ÚLCERAS DE PRESSÃO
AVALIAÇÃO

 DA LESÃO

• Classificação conforme o nível de


comprometimento tecidual
• Extensão
• Profundidade
• Exsudato
• Epitelização / Granulação
• Necrose
ÚLCERAS DE PRESSÃO
AVALIAÇÃO GLOBAL

Avaliar inicialmente a(s) úlcera(s) de pressão


em termos de localização, grau, tamanho,
leito da ferida, exsudado, dores e estado da
pele circundante. Ter os devidos cuidados
para identificar deslocação de planos de
tecidos e formação de fístulas. Reavaliar as
úlceras de pressão se possível diariamente, ou,
pelo menos semanalmente. Se as condições
do doente ou da ferida se deteriorarem,
reavaliar o plano de tratamento assim que se
observarem os sinais de deterioração.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
COMPLICAÇÕES

Osteomielite

Sépsis

Fístula

Meningite

Infestação
ÚLCERAS DE PRESSÃO
AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES

Avaliação e tratamento nutricional

Assegurar um regime alimentar adequado


para prevenir a desnutrição na medida em que
for compatível com a vontade ou condições
do indivíduo.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES

Avaliação e tratamento da dor

Avaliar todos os doentes no que se refere à


dor relacionada com a úlcera de pressão ou o
seu tratamento e efectuar o respectivo
registo. Tratar a dor eliminando ou
controlando a sua origem (por exemplo:
cobrindo as feridas, ajustando as superfícies
de apoio, reposicionando o doente). Utilizar
fármacos ou outros métodos de alívio da dor
conforme necessário e adequado. Recorrer a
um especialista se necessário.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES

Avaliação e tratamento psicossocial

Avaliar os recursos (por exemplo


disponibilidade e capacidade dos prestadores
de cuidados, situação domiciliária,
equipamento, preferências individuais) dos
doentes com úlceras de pressão tratados no
domicílio.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
GESTÃO DA PRESSÃO SOBRE OS TECIDOS

1) Posicionando o doente manualmente;

2) Recorrendo a equipamento especializado,


devendo abranger as 24 horas do dia quer o
doente esteja acamado, quer sentado numa
cadeira. Os períodos de imobilização na
cadeira devem ser limitados a duas horas no
máximo, de cada vez, a não ser que existam
impedimentos de ordem clínica.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
GESTÃO DA PRESSÃO SOBRE OS TECIDOS

Após a avaliação do doente e da úlcera de


pressão, deve ser criado um plano de cuidados
em conformidade com o objectivo geral de
tratamento. Sempre que possível, evitar
posicionar o doente directamente sobre a
úlcera de pressão ou proeminências ósseas,
excepto se for contraindicado pelos
respectivos objectivos gerais do tratamento.
Neste caso, devem ser utilizados dispositivos
adequados de alívio de pressão (p.ex. de
pressão alternada).
ÚLCERAS DE PRESSÃO
UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS PARA A
PREVENÇÃO

Não existe uma definição aceite dos termos:


alívio - redução - redistribuição da pressão.
Para simplificar, será utilizado o termo
dispositivo de prevenção da úlcera de pressão.
Ao posicionar o doente ou seleccionar o
material, deve entrar-se em conta com
factores como alinhamento postural,
distribuição de peso, equilíbrio, e redução de
risco. Isto é particularmente importante no
caso da posição sentada, tanto na cama como
na cadeira.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS PARA A
PREVENÇÃO

Posicionar ou, se possível, ensinar o doente a


posicionar-se com uma determinada
frequência de forma a redistribuir a pressão.
Existem vários dispositivos para prevenção das
úlceras de pressão que podem ser benéficos
mas são diminutas as informações sobre os
seus resultados e a sua relação
custo/benefício.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
TRATAMENTO DA FERIDA

O desbridamento é definido como a remoção


do tecido desvitalizado da ferida. A
necessidade da sua remoção fundamenta-se
na necessidade de:

- remover um meio favorável à infecção;


- facilitar a cicatrização;
- permitir avaliar a profundidade da ferida.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
TRATAMENTO DA FERIDA

Remover o tecido desvitalizado das úlceras de


pressão quando adequado às condições e de
acordo com os objectivos do doente. Nos
doentes em fase terminal, ter em
consideração a sua qualidade de vida global
ao decidir a necessidade e a forma de
desbridamento. Quando não houver urgência
clínica na drenagem ou remoção do tecido
desvitalizado, podem ser utlizadas técnicas de
desbridamento cirúrgico, enzimático e/ou
autolítico.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
TRATAMENTO DA FERIDA

Se existir uma necessidade urgente de


desbridamento, como é o caso da sépsis ou
celulite progressiva, deve ser feito o
desbridamento cirúrgico. Este deve ser
efectuado por um profissional especializado. Os
métodos de desbridamento incluem o cirúrgico,
enzimático, autolítico, larvas ou uma
combinação destes. O tecido necrótico seco
não precisa de ser desbridado se não houver
edema, eritema, flutuação ou drenagem. Este
tecido pode ser removido com pensos que
criam um ambiente húmido para favorecer a
autólise: é o caso dos hidrogéis ou
hidrocolóides.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
TRATAMENTO DA FERIDA

Estas feridas devem ser avaliadas diariamente


para monitorizar as complicações que possam
tornar necessário o desbridamento.
Deve evitar-se ou tratar-se a dor associada ao
desbridamento cirúrgico.

Os métodos cirúrgicos incluem tanto o


desbridamento com uma tesoura e bisturi
efectuado por um enfermeiro especializado, no
local onde o doente se encontra, como o
desbridamento cirúrgico efectuado por um
cirurgião, no bloco operatório.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
LIMPEZA DA FERIDA

Limpar a ferida com soro fisiológico ou água


corrente potável. Limpar ou irrigar a ferida com
uma força mecânica mínima. O chuveiro será
adequado. A irrigação pode ser útil na limpeza
de feridas com cavidades. Não utilizar anti-
sépticos para limpar as feridas. O seu uso
poderá ser considerado quando for necessário
um controlo da carga bacteriana (após
avaliação clínica). Os anti-sépticos só devem ser
usados durante um período de tempo muito
limitado até a ferida estar limpa e estar
reduzida a inflamação circundante.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
APLICAÇÃO DE PENSOS

Utilizar um penso que mantenha um ambiente


húmido no interface ferida/penso. Determinar
as condições da ferida e estabelecer os
objectivos de tratamento antes de seleccionar o
penso - p.ex. grau, leito da ferida, infecção,
nível de exsudado, dor, pele circundante,
posição e preferências do doente. Os pensos
devem ser mantidos tanto tempo quanto
clinicamente adequado, e de acordo com as
indicações do fabricante. A remoção frequente
pode provocar lesões no leito da ferida. Os
pensos que podem endurecer não devem ser
utilizados pois podem provocar lesões por
pressão.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
APLICAÇÃO DE PENSOS
Os pensos podem ter de ser removidos
diariamente para assegurar que não há
agravamento da ferida devido a um inadequado
alívio de pressão. Se houver extravasamento ou
repassamento do penso verifica-se uma quebra da
barreira contra a contaminação externa, pelo que
o penso deve ser mudado de imediato. Se a
situação se repetir muitas vezes poderá ser
necessário reconsiderar a opção de penso. O uso
de protocolos de tratamento de feridas, baseados
em evidências, evitará mudanças de pensos
desnecessárias. A observação regular demonstrará
a evolução da cicatrização e indicará a
necessidade de alterar os objectivos de
tratamento.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
COLONIZAÇÃO E INFECÇÃO

Para reduzir o risco de infecção e optimizar o


processo de cicatrização da ferida, lavar as
mãos, limpar e desbridar a ferida. Na presença
de material purulento ou odor desagradável
será necessário fazer limpezas mais frequentes
e, possivelmente, desbridamento. Todas as
úlceras de pressão estão colonizadas. Como tal,
não vale a pena fazer, por rotina, colheitas para
estudo bacteriológico. Este só deve ser
efectuado se houver sinais clínicos de infecção.
Procurar o conselho do patologista e/ou
microbiologista.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
COLONIZAÇÃO E INFECÇÃO

Quando houver sinais clínicos de infecção que


não respondem ao tratamento devem ser
efectuados exames radiológicos para excluir
osteomielite ou infecção articular. Instituir,
quando adequado, uma antibioticoterapia
sistémica nos doentes com bacteriémia, sépsis,
celulite progressiva ou osteomielite. Os
antibióticos sistémicos não são necessários no
caso das úlceras de pressão que apresentem
apenas sinais clínicos de infecção local.
Proteger as úlceras de pressão de fontes
exógenas de contaminação (p.ex. fezes).
ÚLCERAS DE PRESSÃO
COLONIZAÇÃO E INFECÇÃO

Controlo de Infecção

Ao tratar as úlceras de pressão cumprir as


precauções para fluídos corporais ou um
sistema equivalente, adequado a situação de
prestação de cuidados e do doente. Utilizar
luvas limpas para cada doente. Ao tratar várias
úlceras no mesmo doente, tratar a úlcera mais
contaminada em último lugar (p.ex. na região
peri-anal). Remover as luvas e lavar as mãos
entre doentes. No desbridamento de úlceras de
pressão, utilizar instrumentos estéreis.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
COLONIZAÇÃO E INFECÇÃO

Terapias associadas

Estas terapias incluem a electroterapia e a


irradiação por laser a baixa potência. Contudo,
até ao momento, não foram concluídos estudos
suficientes para se poder recomendar o ser uso
generalizado.

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