Superfície inadequada: tapetes ou objetos soltos
IDOSOS no chão ou com dobras, piso escorregadio ou mal
conservado, degraus isolados entre ambientes, A ocorrência de quedas é uma forma de apresentação degraus altos ou estreitos muito comum das alterações de marcha e equilíbrio no Móveis inadequados: mobília instável ou muito idoso baixa, móveis em áreas de passagem, armários muito altos ou muito baixos A mobilidade depende do bom funcionamento de Iluminação inadequada: pouca iluminação, três esferas: sensorial (propriocepção, sistema interruptores apenas em uma extremidade dos vestibular e visão), integradora (no sistema recintos, ausência de luzes noturnas, luzes nervoso central) e efetora (sistema ofuscantes musculoesquelético) Banheiro não adaptado: vaso sanitário baixo, O envelhecimento normal acarreta apenas ausência de barras de segurança e de piso alterações discretas das funções sensorial e antiderrapante motora Calçado inadequado, roupas muito compridas ou Alterações da marcha e do equilíbrio bastante apertadas significativas geralmente são por causa de Bengalas e andadores inadequados ou com comorbidades e não por conta do envelhecimento manutenção inadequada Escadas sem corrimão ou em mau estado As quedas podem ser decorrentes de problemas primários Objetos ou fios soltos no chão, animais de do sistema osteoarticular e/ou neurológico ou de uma estimação condição clínica adversa que afete secundariamente os Via pública mal conservada com buracos mecanismos do equilíbrio e estabilidade Comportamentos de alto risco (ex: subir em cadeiras durante uma faxina) Dessa forma, podem ser um evento sentinela, sinalizador do início do declínio da capacidade funcional, ou sintoma de uma nova doença CAUSAS DE QUEDAS NO IDOSO
ACIDENTE OU FATOR AMBIENTAL
EPIDEMIOLOGIA Importante causa em idosos saudáveis É o mais sério e frequente acidente doméstico que ocorre com os idosos e a principal etiologia de ALTERAÇÕES DA MARCHA E DO EQUILÍBRIO morte acidental em pessoas acima de 65 anos Os idosos mais saudáveis caem menos, Doença de Parkinson: causa distúrbios de marcha, comparativamente aos asilados postura e equilíbrio Doenças ortopédicas: doenças como espondilose FATORES DE RISCO cervical, que pode provocar tontura e desequilíbrio, e problemas nos pés, como calos, Idade avançada: incidência de quedas aumenta deformidades, úlceras e dor ao caminhar, também com a idade contribuem para a gênese da queda Sexo feminino A osteoartrite do joelho afeta a mobilidade, a História prévia de quedas capacidade de manobrar e passar por cima de Vida restrita ao domicílio objetos e a estabilidade postural devido à Morar sozinho (a) tendência de evitar a sustentação total do peso em Sedentarismo: pode acarretar importante uma articulação dolorida disfunção músculo-esquelética Miopatias e neuropatias periféricas Estado psicológico Deficiência nutricional: relaciona-se a distúrbio da TONTURA / VERTIGEM marcha, perda de força muscular e osteoporose Tontura em idosos geralmente são do tipo Estado funcional: risco de queda aumenta desequilíbrio conforme grau de dependência do indivíduo Os diagnósticos mais comuns em um idoso com Uso de medicamentos psicoativos crises vertiginosas são de causas periféricas: vertigem posicional paroxística benigna, vestibulopatia periférica (labirintite ou neuronite) COMPLICAÇÕES DECORRENTES DE QUEDAS e doença de Meniere Lesões
A maioria das quedas levam a lesões de menor
gravidade, porém podendo também levar a MEDICAÇÕES fraturas Fraturas mais comuns: vertebrais, fêmur, úmero, Os medicamentos ativos do sistema nervoso rádio distal, costelas, quadril central (SNC), como neurolépticos, A reabilitação pós-queda pode ser demorada, e, no benzodiazepínicos e antidepressivos, parecem ser caso de imobilidade prolongada, leva a os medicamentos mais comuns associados a complicações como tromboembolismo venoso, quedas úlceras de pressão e incontinência urinária Outras classes: anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, opioides, relaxantes musculares Medo de quedas Uso de álcool também deve ser investigado O medo de quedas parece ser ao menos tão DOENÇAS AGUDAS prevalente quanto as próprias quedas Esta síndrome também é conhecida pelo termo de Qualquer doença aguda pode ocasionar uma síndrome de ansiedade pós-quedas queda transitória na perfusão cerebral, As quedas podem produzir sintomas de ansiedade aumentando as possibilidades de perda de e depressão, perda de confiança na capacidade de consciência e quedas deambular com segurança aumentar o declínio Ex: insuficiência cardíaca congestiva (ICC), doença funcional, sentimentos de inutilidade e isolamento cerebrovascular, patologias pulmonares social Após a queda, o idoso pode restringir sua atividade CONFUSÃO MENTAL OU DISTÚRBIO DA COGNIÇÃO por temor, pela dor, ou pela própria incapacidade Demências: os pacientes demenciados apresentam funcional vários fatores de risco para quedas, como Pode representar um fator significativo para a distúrbios cognitivos que impedem o transferência da vítima para um ambiente mais reconhecimento do ambiente e distúrbios da limitado e supervisionado, como uma casa de marcha que são prevalentes nessa população. É repouso possível que haja defeitos no controle postural Permanência prolongada no solo após queda como parte da disfunção neurológica Após uma queda, metade dos idosos, mesmo sem HIPOTENSÃO POSTURAL lesões, pode não conseguir levantar sem auxílio Deve ser pesquisada devido à sua alta prevalência Esses indivíduos tendem a ser mais velhos e mais Queda de 20 mmHg ou mais na PA sistólica ou de frágeis que os pacientes que se levantam sem 10 mmHg ou mais na PA diastólica na ajuda transferência da posição supina para ereta Morte BAIXA ACUIDADE VISUAL Quase todas as mortes são consequentes à fratura Alterações da acuidade e do campo visual, bem de colo femoral como, catarata, glaucoma e degeneração macular Após hospitalização por queda, algumas estão correlacionados com aumento do risco de complicações podem culminar com morte, como quedas pneumonia, infarto do miocárdio e tromboembolismo pulmonar SÍNCOPE CARDIOGÊNICA AVALIAÇÃO DO PACIENTE QUE SOFRE QUEDAS Arritmias cardíacas estão associadas a quedas A história clínica deve incluir uma avaliação das EPILEPSIA atividades usuais e o nível funcional do paciente, história prévia de quedas e fraturas e a presença A epilepsia aumenta sua prevalência com a idade e de doenças crônicas se associa, muitas vezes, à perda de consciência Deve-se procurar evidências de maus tratos Mini exame do estado mental Identificar baixa acuidade visual e tratá-la, ou encaminhar ao oftalmologista para avaliação Teste breve de rastreio cognitivo para Rastrear para osteoporose e déficit de vitamina D, identificação de demência. A pontuação máxima é e tratar se necessário. A reposição de vitamina D de 30 pontos, que pode ser influenciada pela está indicada se a dosagem de 25- escolaridade do indivíduo. Os itens avaliados são: hidroxicolecalciferol for menor que 50 nmol/L e, orientação; memória imediata; atenção e cálculo; além de reduzir o risco de fraturas, também memória de evocação e linguagem. Teste aqui. melhora a força muscular e o equilíbrio Indicar o uso de bengalas ou andadores, se Exame físico necessário Especial atenção com os sistemas cardiovascular, Identificar riscos ambientais e eliminá-los neurológico e musculoesquelético CORREÇÃO DE FATORES DE RISCO AMBIENTAIS - Casa A pressão arterial (PA) deve ser aferida nas segura para o idoso posições deitada, sentada e de pé (pesquisa de hipotensão postural) Evitar tapetes soltos O exame neurológico deve incluir a avaliação do Escadas e corredores devem ter corrimão dois estado mental e presença de sintomas lados depressivos, bem como teste de Romberg Utilizar pisos antiderrapantes, instalar barras de O exame dos pés visa à busca de alterações como apoio dentro do boxe e próximo ao vaso sanitário calos, deformidades, joanetes e a adequação dos Usar sapatos fechados com solado de borracha calçados. As mobilidades da coluna vertebral, das Colocar tapete antiderrapante no banheiro articulações e do pescoço devem ser avaliadas Evitar andar em áreas com piso úmido Além do exame físico tradicional, é indicada a Evitar encerar a casa realização do teste “get-up and go” (levante-se e Evitar móveis e objetos espalhados pela casa ande): o paciente sentado em uma cadeira sem Deixar uma luz acesa à noite para o caso de braços deverá levantar-se e caminhar três metros precisar se levantar até uma parede, virar-se sem tocá-la, retornar à Esperar que o ônibus pare completamente para cadeira e sentar-se novamente, à medida que o subir / descer médico observa eventuais problemas de marcha Utilizar sempre a faixa de pedestre e/ou equilíbrio Se necessário, usar bengalas, muletas ou instrumentos de apoio INTERVENÇÕES
Otimização medicamentosa DENSITOMETRIA ÓSSEA
Há uma associação bem estabelecida entre o uso Recomendada para:
de psicoativos e quedas Todas as mulheres com ≥ 65 anos e homens ≥ 70 Os medicamentos em uso devem ser revistos, e Mulheres com mais de 50 anos com FR: história deve-se tentar retirar ou reduzir a dose dos não familiar de osteoporose, baixo índice de massa essenciais corporal, tabagismo, etilismo, sedentarismo, uso Exercício físico de fármacos de alto risco de perda óssea (p. ex., glicocorticóides) A implementação de um programa de exercícios Pacientes (homens e mulheres) em qualquer idade físicos que melhore a força muscular e o equilíbrio, que tiveram alguma fratura de fragilidade orientado de forma individualizada por profissional Pacientes com evidências de diminuição da capacitado, é capaz de reduzir o risco de quedas densidade óssea em exames de imagem ou Esse tipo de intervenção também se revelou eficaz fraturas por compressão vertebral assintomáticas na prevenção de lesões provocadas por quedas em como achados em exames de imagem idosos institucionalizados e em idosos mais frágeis, Pacientes com risco de osteoporose secundária com déficit de força muscular e de equilíbrio Exercícios resistidos (musculação), ginástica para T-score: compara com indivíduos jovens terceira idade e tai chi chuan são boas opções Normalidade: 0 a -1,0 DP Outras Osteopenia:- 1,0 a -2,5 DP Osteoporose: -2,5 ou menos Z-score: compara com mesma idade