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Espondilite Anquilosante Lombalgias Inespecíficas Lombalgias Inflamatórias

(Biomecânicas)
S Sinais e Dor lombar de caráter Dor e desconforto localizados Dor se exacerba na madrugada ou
Sintomas inflamatório (espondiloartrite entre a margem costal e a pela manhã
axial) prega glútea inferior com Dor melhora ao movimento
Acometimento axial (lombociatalgia, raro) ou sem Acompanhada de dor na
Melhora da dor com exercício dor na perna panturrilha
Perda da mobilidade e Unilateral, na maioria dos Claudicação neurogênica
flexibilidade da coluna casos intermitente (marcha claudicante)
Artrite inflamatória: sacroiliíte, Dor piora ao final do dia Limitação das AVDs
com ou sem irradiação de dor Escoliose antálgica Atitude antálgica
para nádegas, e uveíte Dor miofascial ou referida Escoliose
Osteoporose difusa Lasègue – (lombalgia) Lordose
Rigidez matinal Lasègue + (lombociatalgia) Pontos dolorosos à inspeção
Fadiga Escoliose antálgica Manobra de Valsalva +
Restrição de movimentos Subitamente pela manhã Oppenhein +
Espasmo do músculo Episódio doloroso de duração Babinski +
paraespinhal de 3 – 4 dias Manobra de Bragard +
Flexão axial para frente restrita Lasègue + em dor irradiada (L4 –
Shoeber - S1)
Patrick / Faber + (flexão, Romberg +
abdução e rotação externa) Sinal das pontas (não consegue
Hiporexia (emagrecimento) andar com um dos calcanhares, se
Posição do esquiador: raiz de L5 está comprimida, ou
retificação da coluna e com uma das pontas dos pés, se
acentua a cifose torácica + raiz de S1 está comprimida)
flexão dos joelhos para
deambular (> 10 anos)
C Começo e Curso Início insidioso > 3 meses de Agudas (< 6 semanas); Etiologia: hérnia discal, espondilite
dor nas costas e rigidez subagudas (6 – 12 semanas); anquilosante, osteoma osteoide
Evolução na dor crônica e e crônicas (> 12 semanas) Dor aguda (início súbito < 6
deformidade Etiologia: trauma e protusão semanas), subaguda (6 - 12
Incapacidade nas AVD discal, estenose de canal semanas) ou crônica (> 12
Perda de qualidade de vida vertebral (congênita ou não), semanas)
Minoria dos pacientes: “coluna síndrome do piriforme Evolução persistente, episódica ou
de bambu” (compressão do ciático) e recorrente
Complicações tardias: síndrome pós-laminectomia “Red flags” (enfermidades
síndrome da cauda equina, (dor neuropática crônica) sistêmicas): tumor ou infecção,
fratura osteoporótica,
Aguda e autolimitada, mas com febre, perda de peso e dor
espondilodiscite e doença com possibilidade de com piora noturna e decúbito
pulmonar restritiva cronificação de 40 – 44% dorsal; síndrome da cauda equina
“Red flags”: idade < 20 anos;
trauma maior ou fratura
osteoporótica no idoso;
síndrome da cauda equina
R Relações Adulto jovem (2ª e 3ª década) 80% da população Obesidade
Epidemiológicas Prevalência do sexo masculino Postura incorreta, carga Tabagismo
(2:1), mas sub-reconhecido mecânica e características Direção prolongada
em mulheres ergonômicas Jornada de trabalho
0,2% pop. geral Prática de certos esportes Estresse emocional
2% pop. B27 + Fator de risco: sedentarismo, Tumor ou infecção: > 50 ou < 20
20% pop. B27 + com 1 tabagismo, estresse, anos; HMA de CA
membro da família afetado depressão, modificações
climáticas, modificações de
pressão atmosférica e litígios
trabalhistas
Causa mais prevalente de dor
lombar

I Integração Tecido inflamatório de Depende da etiologia Depende da etiologia


Fisiopatológica granulação no tecido conectivo Doenças do DIV (hérnia discal):
paravertebral na junção do ruptura do ânulo fibroso e
anel fibroso com o osso extravasamento do núcleo pulposo
vertebral por meio do disco
Fibras anulares exteriores Protusão: abaulamento do disco
erodidas e substituídas por sem ruptura ligamentar; extrusão,
osso, formando sindesmófito se há ruptura ligamentar, mas o
Sindesmófito cresce por fragmento permanece em contato
ossificação endocondral e faz com o DIV; e sequestrada, se o
ponte com os corpos fragmento perde o contato com o
vertebrais adjacentes (“coluna DIV
de bambu”)
Formação de vértebras
“quadradas” ou em “barril”
P Prognóstico Depende de diagnóstico e Depende da etiologia e da Depende da etiologia e da
tratamento precoces evolução do acometimento evolução do acometimento
Evolução benigna, na maioria
dos casos
T Tratamento Exercício Dor neuropática: conservador Exercício
Fisioterapia, inclusive (anticonvulsivante, ADT, Conservador (3 - 6 meses) com
respiratória ISRSN, lidocaína local e repouso relativo
Ao dormir: decúbito dorsal com opioides) e cirúrgico
as costas retas (radiculopatia lombar aguda ou Paracetamol, dipirona, AAS e
Cessação do tabagismo crônica com preservação AINEs
AINEs motora) Relaxantes musculares a curto
Anti-TNF-alfa prazo
Uveíte: glicocorticoide + Sempre conservador Infiltrações nas discopatias,
agente midriático denervação
Cirurgias em casos de Laminectomia e discectomia
deformidades de flexão

S Seguimento Achados laboratoriais R-X normal TC; RNM


(Exames inespecíficos (VHS e PCR TC; RNM
complementares aumentados, mas menos que
e Evolução na AR, com a possibilidade de
clínica) estarem normalizados)
Anemia, se condição crônica
IgA aumentado
Autoanticorpo ausente
Gene HLA-B27 + (codifica
antígeno leucocitário: fator
definitivo para diagnóstico)
R-X confirmatório, mas sem
alteração em fase inicial (5
anos para sacroiliíte)
RNM
Critério ASDAS

Lombalgia
Difícil determinação da origem da dor (segmento lombar inervado por difusa e entrelaçada rede nervosa). Pode ter etiologias variadas,
biomecânicas, inflamatórias, neuropáticas, neoplásicas e idiopáticas. No caso de lombalgia inflamatória, inclusive a espondilite anquilosante,
tem-se:

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