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LOMBALGIA

Alunos: Ana Clara Gomes, Camila Borges,


Fernada Oiano, Gabriella Lara, Giovana
Botelho, Lívia Dias
LOMBALGIA
• A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior.
• A lombociatalgia é a dor lombar que se irradia para uma ou ambas as nádegas e/ou para as
pernas na distribuição do nervo ciático. Pode ser aguda (duração menor que 4 semanas),
subaguda ou crônica (duração maior que 3 meses).
• A maioria das dores lombares é causada por entorses e distensões, esforços repetitivos, excesso
de peso, pequenos traumas, condicionamento físico inadequado, erro postural, posição não
ergonômica no trabalho e osteoartrose da coluna (com o passar do tempo, as estruturas da
coluna vão se desgastando, podendo levar à degeneração dos discos intervertebrais e
articulações).
• Outras causas incluem doenças inflamatórias como a espondilite anquilosante, infecções,
tumores, etc.
01

TIPOS DE
LOMBALGIA
LOMBALGIA AGUDA
LOMBALGIA CRÔNICA
ESTENOSE DE CANAL
SINAIS DE ALARME

Fraqueza em
01 Dormência 02 uma ou nas
03 Dificuldade para
urinar ou defecar
duas pernas

04 Febre 05 Trauma 06 Perda de peso

Sensação de
Dor intensa
07 na barriga 08 Idade 09 desmaio iminente ou
desmaio
ABORDAGEM DE LOMBALGIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
• Como conduzir a queixa de lombalgia na atenção primária?
Procurar algo que indique a existência de uma doença sistêmica grave.
Se há comprometimento neurológico e/ou algum substrato psicossocial que possa favorecer a
cronificação desse quadro de lombalgia.
• Após a coleta dessas informações procura-se saber:
Cronologia da dor
Natureza da dor, se ela irradia ou não. E qual é o fator desencadeante pra ela
RED FLAGS que acusem alguma causa específica ou urgência (vermelho)
Sinais de alerta que acusem um prognóstico ruim (amarelo)
ABORDAGEM DE LOMBALGIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
• EXAME FÍSICO: o qual deve localizar com mais precisão a dor e sua possível irradiação.
Inspeção para observar se não há abaulamento, sinais de trauma, hiperemia, edema e equimoses.
Flexão do dorso para avaliar limitação e funcionalidade.
Palpação das apófises e da região dolorida para avaliar extensão da dor e possibilidade de patologia
localizada e específica
Diagnóstico
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico das lombalgias é predominantemente clínico.
• Exames de imagem em geral não são solicitados em lombalgias agudas, apenas nos casos em
que são observados alguns sinais de alerta como febre, perda de peso, déficit neurológico, idade
acima de 50 anos e trauma.
• Em casos de dúvida, o primeiro exame solicitado é uma radiografia simples.
TRATAMENTO
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TRATAMENTO
• O objetivo inicial do tratamento é o alívio da dor.
• Podem ser usadas várias medicações incluindo analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides,
miorrelaxantes, corticóides e opióides, sempre após avaliação do risco-benefício de cada uma delas.
• O repouso, embora recomendado na fase aguda, deve limitar-se a um curto período uma vez que
seu prolongamento retarda a recuperação e favorece a cronificação do processo, sobretudo por
facilitar a perda de força muscular.
• Na lombalgia crônica nenhuma terapia isolada é eficiente. Os mesmos medicamentos da fase aguda
podem ser usados e em alguns casos há benefícios importantes com o uso de algumas classes de
antidepressivos em baixas doses para controle da dor.
TRATAMENTO
• A reabilitação com exercícios de alongamento e fortalecimento muscular além da reeducação
postural são fundamentais para reduzir os sintomas e prevenir o retorno das dores.
• Outras intervenções incluem TENS (estimulação elétrica transcutânea), acupuntura, terapia
cognitivo-comportamental e infiltração. Os coletes e cintas só devem ser usados na crise aguda ou
quando há instabilidade da coluna.
• O uso contínuo pode levar à hipotrofia muscular gerando um círculo vicioso de dor.
• Apenas 1 a 2 % dos pacientes necessitam de cirurgia.
• A necessidade da mudança de hábitos de vida, seja em relação à atividade física, vícios posturais
ou atitude passiva em relação à dor deve sempre ser orientada.
CASO CLÍNICO
Paciente, R.S.F, 45 anos , Dona de casa

QP: dor nos rins

HMA: Dor constante na região lombar baixa há sete dias, no


momento de média intensidade (nota seis em uma escala de zero a
dez), bilateral, mais intensa à direita, sem irradiação, que se agrava
com mudanças de posição e à deambulação. Esforços como os
afazeres domésticos (passar roupa, lavar louça, varrer a casa)
também pioram a dor. Não sabe precisar a data de início da dor, mas
percebe que as crises de dor estão se tornando mais frequentes e
duradouras. Percebe que se dorme com mais de um travesseiro, já
acorda com a dor. Sente-se incomodada, por vezes irritada, com a
presença da dor, especialmente nos momentos de descanso. Quando
está nos seus afazeres, por vezes precisa interromper por minutos a
atividade pela piora da dor, mas não necessita parar. Nega febre e
traumas locais.
REVISÃO DE SISTEMAS:
Sintomas gerais: sem outras queixas
Sistema endócrino: acha que seu peso é um problema. Engordou cerca de 20
Kg na última gestação os quais não conseguiu perder até hoje. Já fez várias
tentativas para emagrecer, inclusive com nutricionista, não conseguindo perder
uma grama; ao contrário, a cada ano que passa está com mais peso. Há 1 ano
pesava 80 Kg. Pensa que deve ter problema na glândula tireoide e gostaria de
fazer exame de sangue para investigar.
Sistema cardiovascular: nega dispneia e/ou dor precordial.
Coluna vertebral e extremidades (sistema locomotor): nega traumas de coluna
Sistema nervoso: nega dor irradiada da região lombar para membros inferiores e
nega parestesias.
EXAME FÍSICO:
Referiu dor leve à palpação da musculatura
BEG, corada, afebril.
paraespinhal da região lombar direita e esquerda,
Tireoide: não palpável.
percebendo-se maior tensão muscular à direita.
Peso atual: 88 Kg
Sem dor à palpação de processos espinhosos e
Altura: 1,60
articulação sacroilíaca e a compressão da região
PA: 118/76 mmHg Ausência de sopro cardíaco,
lombar não desencadeia dor no trajeto do nervo
cervical ou abdominal.
ciático (Sinal da Campainha negativo). Ausência
Ausência de dor à punho-percussão da região
de alteração da posição dos órgãos pélvicos.
lombar (GIORDANO NEGATIVO).
Reflexo patelar e aquileu sem alterações. Força
Exame musculoesquelético: coluna vertebral sem
muscular de membros inferiores e sensibilidade
evidências de desvios e amplitude do movimento
dos membros inferiores preservadas. Lasègue
preservada (Teste de Schober sem alterações).
negativo e Patrick negativo. Exame motor através
Apresenta leve dor a movimentação da coluna
da manobra de caminhar sobre os calcanhares e
lombar, principalmente a flexão anterior, mas não
ponta dos pés sem alterações.
há evidência de limitação funcional.
QUESTÃO 1:
Como se classifica o tipo de lombar da paciente?

A) Dor lombar provavelmente de origem visceral


B) Dor lombar devido à condição de doença grave
C) Dor lombar provavelmente por condição não mecânica
D) Dor lombar provavelmente de origem mecânica
QUESTÃO 1:
Como se classifica de lombar da paciente?
A) Dor lombar provavelmente de origem visceral
B) Dor lombar devido à condição de doença grave
C) Dor lombar provavelmente por condição não mecânica
D) Dor lombar provavelmente de origem mecânica

Justificativa: A resposta correta é dor lombar provavelmente de origem mecânica, por se trata de
uma paciente jovem, a ausência de sinais de alerta na anamnese e de alterações à inspeção e
palpação da coluna, quadril e membros inferiores e da avaliação músculo esquelética.
A paciente não apresenta sinais e/ou sintomas e exame físico que sugiram dor lombar
provavelmente de origem visceral.
Também, a paciente não apresenta sinais e/ou sintomas e exame físico que sugiram dor lombar
devido à condição de doença grave, ou seja, não apresenta sinais de alerta também conhecidos
como “bandeiras vermelhas”.
QUESTÃO 2

O diagnostico diferencial de dor lombar pode ser realizado com quais problemas?

• Depressão
• Aneurisma de aorta abdominal
• Somatização
• Fraturas
• Síndrome de causa equina
• Câncer
• Infecção
• Hernia de disco significativa
• Medo
QUESTÃO 2

O diagnostico diferencial de dor lombar


pode ser realizado com quais
problemas?

• Depressão
• Aneurisma de aorta abdominal
• Somatização
• Fraturas
• Síndrome de causa equina
• Câncer
• Infecção
• Hernia de disco significativa
• Medo
QUESTÃO 3:
No caso apresentado deve ser solicitado exame complementar? Se
sim, qual?

A) Sim, Ressonância magnética


B) Sim, Tomografia
C) Não, neste caso não é necessário exame complementar
D) Sim, raio-x de coluna lombossacra em PA e perfil
QUESTÃO 3:
No caso apresentado deve ser solicitado exame complementar? Se sim, qual?
A) Sim. Ressonância magnética
B) Sim. Tomografia
C) Não, neste caso não é necessário exame complementar
D) Sim, raio-x de coluna lombossacra em PA e perfil

Justificativa: Inicialmente não é necessário solicitar exames complementares para a paciente, pois os
dados da anamneses e do exame físico foram suficientes para descartar patologia mais séria. O Raio
X de coluna lombossacra em PA e perfil deve ser solicitado quando houver a suspeita de tumor,
trauma ou infecção, ou idade < 20 anos ou > 50 anos ou se a dor estiver presente por mais de dois
meses sem melhora com o tratamento clínico. Exames como Tomografia Computadorizada e
Ressonância Nuclear Magnética, geralmente não são necessárias na avaliação primária. Ainda
poderiam ser solicitados hemograma, bioquímica, urocultura, de acordo com a suspeita específica,
mas não é o caso dessa paciente
QUESTÃO 4:

Quais os planos terapêuticos para a paciente?

A) Orientar repouso em leito


B) Prescrever analgésico opioide como a codeína 30 mg de 6/6 horas
C) Orientar repouso relativo por alguns dias
D) Orientar exercícios físicos nesta fase para reabilitação
E) Prescrever relaxante muscular como a ciclobenzapina 10 mg de 8/8 horas
F) Prescrever analgésicos com paracetamol 500 mg de 4/4 horas
QUESTÃO 4:

Quais os planos terapêuticos para a paciente?

A) Orientar repouso em leito


B) Prescrever analgésico opioide como a codeína 30 mg de 6/6 horas
C) Orientar repouso relativo por alguns dias
D) Orientar exercícios físicos nesta fase para reabilitação
E) Prescrever relaxante muscular como a ciclobenzapina 10 mg de 8/8 horas
F) Prescrever analgésicos como paracetamol 500 mg 4/4 horas
Justificativa: Os objetivos do tratamento são:
-Melhora/controle da dor.
-Medicamentos no controle da dor: analgésicos, AINES (anti-inflamatórios não esteroides) e analgésicos
opióides.
-Repouso geralmente apenas por alguns dias.
-Restauração dos movimentos e atividades diárias. Para a maioria dos pacientes, a melhor recomendação é
um retorno lento e gradual as suas atividades normais, sem repouso no leito ou exercícios na fase aguda.
Essa orientação acelera a recuperação, mas se deve respeitar a tolerância de cada indivíduo.
-Prevenção de recorrências de novas crises através da correção de postura inadequada.

Obs: limitar o uso de


opioides apenas para a
fase aguda
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA?
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA?
LOMBALGIA AGUDA
TRATAMENTO?
TRATAMENTO?
Analgésico: paracetamol – 500mg, 4-4h ou 750mg, 6-6h.
AINES: Ibuprofeno 200-600mg, 4/4h – 6/6h, dose máxima
de 1.200mg.
Relaxantes musculares: Diazepam – 5mg, 12-12h.
Se refratária, utilizar opióides fracos (Codeína)
CONCLUSÃO
Enfatizar a importância da semiologia
na avaliação da queixa de dor lombar
para diferenciar casos simples de
graves, abordar a pertinência da
solicitação de exames complementares
e o tratamento da dor lombar.
OBRIGADA
REFERÊNCIAS
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-
musculoesquelético/dor-cervical-e-lombar/avaliação-de-dores-cervical-e-lombar#v908247_pt

https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/

https://textura.emnuvens.com.br/textura/article/view/342/288

https://www.sanarmed.com/pos-graduacao-endocrinologia-metabologia-2-posmfc

https://ppuview.unasus.gov.br/recurso/9d3b4e73-d20e-4b06-8fc0-
ccac3e922ac9/dca3085b5d6b353387e3d398c174aa28

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