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- Anestesia em sela;
- Alterações urinárias;
Hipótese Diagnóstica
- Dor noturna;
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- Uso de drogas injetáveis; Adendos
- Mais de 50 anos de idade; Anatomia do nervo ciático:
O nervo ciático, também conhecido como
- Alterações neurológicas progressivas; nervo isquiático, é o maior nervo do corpo
humano e deriva do plexo sacral. Ele se
- Trauma; origina dos ramos anteriores dos nervos
- Febre; espinais lombares inferiores (L4-L5) e sacrais
superiores (S1, S2, S3). Ele contém fibras das
- Uso de corticosteroides sistêmicos. divisões anterior e posterior desses nervos
espinais.
Conduta
AINEs (cuidado com os pacientes idosos
e com problemas renais).
Relaxante muscular:
Antiespásticos: baclofeno e tizanidina
melhoram a hipertonicidade muscular,
espasticidade e movimentos involuntários.
Antiespasmódicos: ciclobenzaprina e
carisoprodol são indicados para dores
musculoesqueléticas.
Mais usado e pesquisado:
ciclobenzaprina (MIOSAN®).
Tratamento cirúrgico:
Doença degenerativa discal: artrodese
em pacientes com diagnóstico de dor
lombar aguda discogênica. Mas
melhores efeitos em pacientes com dor
crônica, faz mais sentido tentar neles.
O nervo ciático surge da região
Estenose de canal vertebral: geralmente lombossacral. Ele desce através da face
faz a cirurgia, mas há mais posterior da coxa. Antes de entrar na fossa
complicações do que quem não faz, poplítea, o nervo termina dividindo-se em
portanto deve-se atentar a indicação. dois grandes ramos terminais: o nervo tibial
Bolsa de água quente: relaxamento e o nervo fibular (peronial) comum.
muscular.
Nesse caso, a professora pediu para revisar
as marchas:
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1- Ao avaliar um quadro de lombociatalgia E) As alterações estruturais e funcionais no
com hérnia discal não decorrente de membro inferior ocorrem em razão do
traumas entre biblioteconomistas, o médico comprometimento das raízes nervosas.
do trabalho poderá considerar como Nesse nível, os músculos quadríceps femoral,
parâmetro os paradigmas de Krawciw bíceps femoral, semitendinoso,
(2008) e indicar como explicação de causa semimembranoso, tríceps sural e adutores
a do quadril são atingidos.
A) lesão por trauma acumulativo dos discos
e estruturas musculoligamentares por 3- Uma paciente de 38 anos de idade,
trabalhar sentado em boas condições servidora pública estadual, queixa-se de dor
ergonômicas. lombar que vai para a nádega direita há
B) compressão mecânica aumentada por cerca de 15 dias. Segundo relato da paciente,
conta de variação nos torques impostos à a dor apareceu de forma crônica, associada
coluna vertebral se o trabalhador é obeso. à longa jornada de trabalho sentada em má
C) questão biopsicossocial relacionada a posição. Achados do exame físico:
pessoa em litígio nas relações de trabalho ➢ Postura levemente fletida para frente;
pela contração estática e acúmulo de ácido ➢ Dor à palpação na transição lombossacra;
lático. ➢ Diminuição do reflexo patelar e aquileu à
D) lesão aguda dos músculos, fáscias e direita;
apófises articulares na torção muscular em
➢ Teste de força muscular alterado pela dor;
esforços excêntricos e com precaução.
➢ Lasègue +;
E) variação da estrutura funcional da coluna
➢ Teste repetitivo mecânico da coluna:
com desequilíbrio entre a ação dos diversos
flexão do tronco aumenta a dor lombar, que
músculos com sobrecarga assimétrica.
irradia para a nádega direita; extensão do
tronco aumenta a dor lombar, que
2- Paciente com diagnóstico de hérnia discal
centraliza.
protusa posteriormente à direita em L4/L5 e
Achados da ressonância magnética da
L5/S1 apresenta diminuição do trofismo,
coluna lombossacra: protusão discal na
tônus e força muscular no membro inferior
transição L5/S1.
direito. Há incapacidade para elevar o
Com base no caso clínico apresentado e nos
membro inferior em extensão no decúbito
conhecimentos correlatos, assinale a
dorsal, e a deambulação é feita de forma
alternativa correta.
antálgica, com o tronco levemente fletido à
A) Caso a paciente participasse de
frente.
programas de exercícios laborais, não teria
Considerando esse caso clínico e os
desenvolvido a afecção relatada, pois a força
conhecimentos correlatos, assinale a
muscular e flexibilidade desenvolvidas
alternativa correta.
limitariam completamente os efeitos da má
A) O deslocamento da coluna vertebral em
postura ao sentar.
extensão provoca o deslocamento do núcleo
B) Para alívio dos sintomas, além do
pulposo no sentido anterior.
afastamento imediato das atividades
B) A incapacidade de elevar o membro
laborais, a paciente deverá ser submetida a
inferior não possui relação com a coluna,
sessões de acupuntura, massagem,
pois essa ação é exclusiva do músculo reto
alongamentos e fortalecimento abdominal.
femoral.
Ainda assim, os achados da ressonância
C) A posição de pé gera menor sobrecarga
indicam um péssimo prognóstico.
lombar do que o decúbito dorsal.
C) É papel do Fisioterapeuta diagnosticar a
D) No caso desse paciente, exercícios na
patologia da paciente e promover o
posição sentada serão os mais efetivos, pois
afastamento imediato deste das atividades
gerarão menor sobrecarga lombar.
ocupacionais.
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D) Uma estratégia efetiva para a prevenção D) Regulação para internação hospitalar
do aparecimento de sintomas e que pode ser para realização de litotripsia.
indicada à paciente é a utilização de um rolo
lombar para melhorar o posicionamento do 6 - 2020 UFF
segmento, somada à adaptação do Mulher, 60 anos, apresenta dorsalgia
ambiente de trabalho e a exercícios persistente, com sensibilidade à palpação
posturais e laborais. local e progressão para paraparesia.
E) Apesar do relato da paciente, a afecção Ressonância magnética da coluna dorsal
apresentada é uma consequência das revela massa sólida no corpo da 7ª vértebra
alterações posturais encontradas. dorsal com extensão aos pedículos,
determinando compressão medular e sem
4- Secretária com diagnóstico de hérnia evidência de envolvimento discal. O
discal em coluna lombar há dois meses, com diagnóstico principal para esse caso é de
intensa dor, de início súbito. É incomum A) metástase.
A) a hérnia de disco lombar estar associada B) tuberculose.
com dor lombar e ciática aguda e intensa. C) espondilodiscite aguda.
B) o disco herniado evoluir, com o tempo, D) hérnia discal.
para um processo degenerativo. E) fratura vertebral.
C) a dor irradiar-se à região glútea, à parte
posterior da coxa, em direção à raiz poplítea. 7 abe- 2020 PMFI
D) alterações da sensibilidade inexistirem. Homem de 55 anos, com doença
E) espasmos dos músculos paravertebrais degenerativa da coluna vertebral, apresenta
ocorrerem. quadro recorrente de dor lombar intensa,
incapacitante, com irradiação para região
5- 2020 USP - RP posterolateral da coxa e perna direita,
Mulher de 35 anos com quadro de dor associado a déficits sensitivos no hálux e
lombar esquerda aos esforços e com dorso do pé direito, e fraqueza motora
irradiação para a região glútea e membro envolvendo os músculos tibial anterior e
inferior esquerdo há 5 dias. Nega extensor longo do hálux. Foi solicitado exame
antecedente pessoal de litíase urinária e de imagem da coluna vertebral para estudo
refere história familiar (irmão do avô diagnóstico. Diante da história e
paterno). Refere parestesia intermitente. apresentação clínica, qual a opção
Procurou UPA onde solicitaram exame de terapêutica mais apropriada para este
urina e ultrassom. O exame de urina paciente?
evidenciou densidade de 1030, pH de 8,0, A) Instrumentação e artrodese da coluna
leucócitos de 5 por campo, hemácias de 5 lombar.
por campo e presença de cristais. Ultrassom B) Fisioterapia, analgésicos e esteroides por
evidenciou imagem de 0,3 cm no cálice via oral.
inferior, sem sombra acústica posterior, C) Repouso por 4 a 8 semanas, analgésicos e
interrogando cálculo urinário e ausência de relaxante muscular.
dilatação no trato urinário. Após prescrever D) Repouso por 4 semanas, analgésicos e
analgesia adequada, qual a melhor injeção epidural de esteroides.
conduta?
A) Referenciar para ortopedia para 8- Homem de 42 anos de idade com
tratamento da lombalgia. antecedente de hipertensão arterial
B) Referenciar para urologia para apresenta dor lombar crônica há 5 anos,
tratamento da litíase. após levantar peso no ambiente de trabalho.
C) Regulação para realização de No episódio inicial apresentou dor intensa e
ressonância nuclear magnética. súbita associada à limitação de movimentos
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que levou a afastamento do trabalho por um B) O quadro decorre de hérnia discal e deve
período de 10 dias. ser prescrito anti-inflamatório hormonal
Voltou a trabalhar, porém, manteve dor intramuscular associado à fisioterapia.
lombar contínua, de intensidade leve a C) O quadro é de lombalgia mecânica, o
moderada com irradiação para ambas as tratamento precisa de otimização e pode ser
coxas de forma difusa e piora com esforços. radiografada a coluna, sem a necessidade
Vários período de afastamento laboral desde de outras avaliações.
então, sempre com manutenção das D) Deve-se tranquilizar D. Sophia quanto a
queixas. benignidade do quadro, embora de difícil
Há 6 meses refere dor moderada a intensa tratamento, e otimizar o tratamento
com irradiação para ambos os membros conservador na unidade de saúde.
inferiores e grande limitação para atividades E) Deve-se solicitar a radiografia de coluna e
diárias sem qualquer melhora com uso de referenciar a paciente para investigação
anti-inflamatórios ou analgésicos. Faz uso complementar.
eventual de tramadol, porém nega melhora
significativa. 10- A Hérnia de Disco é mais frequente na
Nega febre ou perda de peso. O exame região lombar, embora possa ser uma
clínico é normal exceto por dor à flexão e afecção que pode ocorrer em qualquer lugar
extensão lombar. O exame neurológico é da coluna vertebral. Assinale a incorreta:
normal. Exame de RNM realizado há 2 meses A) A hérnia de Disco é na verdade uma
com desidratação discal L4-L5 e L5- combinação de fatores biomecânicos,
S1.Discretas protusões discais nestes níveis alterações degenerativas do disco e
sem conflito radicular. situações que levam a aumento de pressão
sobre o disco;
Qual é a hipótese diagnóstica? B) O diagnóstico da hérnia discal é feito única
A) Lombalgia mecânica comum e fundamentalmente por imagem e
B) Estenose do canal lombar eletrodiagnóstico;
C) Espondilite anquilosante C) No diagnóstico diferencial devemos incluir
D) Hérnia discal doenças neurológicas e tumores do sistema
nervoso;
D) O quadro clínico varia, dependendo da
9- Sophia tem 55 anos, é mãe de 2 filhos localização da hérnia, compreendendo
adultos e casados, tem 5 netos e é frentista. desde os casos de hérnias laterais com
Iniciou com dor lombar localizada há 5 compressão do nervo intercostal até
meses. Veio à unidade de saúde e foi tratada quadros de hérnias centrais com quadro de
com Ibuprofeno em dose adequada e mielopatia ou hérnias centrolaterais com
fisioterapia. Retorna hoje com persistência e quadro clínico de milopatia e dor radicular.
piora da dor que a acorda de madrugada.
Sente também parestesias em região 11- A dor lombar, ou lombalgia, acompanha
perineal. o homem desde que este assumiu a postura
ereta. A esse respeito assinale a incorreta:
Sobre o caso, assinale a alternativa A) São fatores que contribuem para um
CORRETA quanto à conduta na Atenção aumento na prevalência desse sintoma,
Primária à Saúde. entre eles o estilo de vida urbano sedentário,
a obesidade, as novas exigências do
A) O quadro é de lombalgia mecânica e deve trabalho, o aumento da sobrevida média da
ser prescrito analgésico opioide por via oral, população e as alterações degenerativas;
além de terapias complementares como
acupuntura.
5
B) A dor lombar é uma das queixas mais
comuns da prática clínica, sendo apenas
menos frequente que os problemas
respiratórios como causa de consultas
médicas;
C) Ocorre em apenas 10% dos indivíduos em
algum momento de suas vidas, e estima-se
que 7% da população adulta, irá consultar
por este sintoma no período de um ano;
D) Afeta igualmente homens e mulheres,
sejam eles trabalhadores braçais ou
intelectuais.
1- D
2- A
3- D
4- D
5- A
6- A
7- A
8- A
9- E
10- B
11- C
12- A
6
História Clínica Anti-inflamatórios não esteroidais são o
Josefa da Silva Andrade, 58 anos, chega ao tratamento de primeira linha.
pronto socorro com queixa de dor no peito, Definição
de início há cerca de 5 dias, com piora há 3 A costocondrite é uma inflamação de ≥1
horas. Refere temer estar infartando, porque cartilagens costais. É uma doença
seus pais morreram disso e ela presenciou os autolimitada que tipicamente manifesta-se
sintomas semelhantes. Refere ser hipertensa com início insidioso de dor e sensibilidade em
e diabética em tratamento regular. torno da segunda à quinta articulação
costocondral.
Diagnóstico Diferencial: Infarto
Agudo do Miocárdio Fatores de risco:
Os estudos mostram uma maior prevalência
Solicitar enzimas cardíacas: nas mulheres do que em homens (70%
CK: enzima que consiste em 3 frações. CK- versus 30%). Além do sexo feminino, uma
BB (cérebro), CK-MB (coração) e CK-MM história de microtraumas, etnia hispânica e
(musculoesquelético). idade maior que 40 anos também são
CKMB: fração miocárdica associada ao fatores de risco.
infarto. Pode ser usada para a estimativa do Etiologia:
tamanho do infarto. Começa a aumentar de A causa da costocondrite ainda não está
4 a 6 horas após o infarto, porém não está bem definida. Como descrito anteriormente,
elevada em todos os pacientes até cerca de pequenos traumas repetitivos podem ser a
12 horas. Retornam ao valor basal em 36 a 48 causa mais provável (por exemplo, exercício
horas. extenuante, carregar peso, tosse
Troponina: pode persistir elevada de 10 a 14 persistente). Infecção bacteriana ou fúngica
dias. Fração I mais específica para o pode ser encontrada em
miocárdio. São proteínas reguladoras da pacientes submetidos a cirurgia torácica ou
interação entre a actina e a miosina, usuários de droga endovenosa.
mediada por cálcio. A costocondrite também pode estar
Exame da paciente do caso associada a doenças como artrite
- CK 40 mg/dL;
reumatoide e espodiloartrites. Alguns relatos
- CK-MB 2 mg/dL (até 5); de casos descreveram costocondrite em
paciente com deficiência de vitamina D com
- Troponina 0,01 mg/dL (< 0,01). resolução do quadro após sua reposição.
Logo, NÃO ERA IAM. Diagnóstico diferencial: outras doenças
podem causar dores localizadas na
Hipótese Diagnóstica região anterior do tórax e devem ser
Costocondrite pensadas como diagnóstico diferencial.
Costocondrite Elas incluem:
A costocondrite apresenta-se com início Síndrome de Tietze.
insidioso de dor na parede torácica anterior, Dor miofascial Infarto.
exacerbada por certos movimentos do tórax
Agudo do Miocárdio.
e inspiração profunda.
Pericardite.
Um sinal característico é a dor à palpação Policondrite.
das articulações costocondrais Fibromialgia.
(especialmente da segunda à quinta).
Conduta
Diagnóstico clínico. Apesar da maioria dos casos de
Testes usados para descartar condições costocondrite ser autolimitada, há quase
com apresentação semelhante. sempre a necessidade de tratamento
medicamento para redução da inflamação e
consequente alívio da dor. A droga mais
amplamente utilizada é o anti-inflamatório
7
(por exemplo ibuprofeno, naproxeno e
cetoprofeno).
8
1- Certa idosa de 70 anos de idade é levada rotação do pescoço, inclui-se entre os
ao consultório médico por familiares, com diagnósticos diferenciais da dor torácica.
relato de dor no peito há oito horas. Quanto
a comorbidades, ela apresenta hipertensão 3- Sobre a assistência de enfermagem no
arterial sistêmica e insuficiência cardíaca. cuidado ao paciente com infarto agudo do
Estava em casa assistindo à televisão miocárdio, julgue a assertiva abaixo:
quando sentiu uma dor súbita no peito, de ( ) A dor ou o desconforto torácico podem
moderada intensidade, que piora com a não refletir a isquemia miocárdica. Quando
inspiração profunda, irradiando para o o paciente refere dor torácica, o enfermeiro
dorso, em queimação e associada a faz perguntas para ajudar a distinguir de
palpitações e a falta de ar importante, outros eventos os sintomas torácicos
mesmo em repouso. Nega náuseas e relacionados com o coração. Algumas
sudorese. Não melhora após tomar dipirona. doenças como a pneumonia, embolia
A dor continua da mesma forma, mas o que pulmonar, hérnia de hiato, espasmo ou
levou os familiares a procurarem esofagite por refluxo, ansiedade, distúrbio do
atendimento foi a piora da falta de ar. Faz pânico e costocondrite são exemplos desses
uso de losartana, atenolol, espironolactona, eventos.
AAS e sinvastatina. Nega etilismo e informa
que tinha o hábito de tabagismo, mas parou
há mais de 10 anos. Tem histórico anterior de
cirurgia de artroplastia de quadril há mais de
1- Falso
um ano. Tem ficado muito tempo em
repouso, assistindo à TV, principalmente 2- Falso
depois da pandemia de Covid-19. Ao exame
físico, constatam-se PA = 89 mmHg x 59 3- Verdadeiro
mmHg, FC = 125 bpm, FR = 27 ipm e SatO2 =
Obs: colocamos essas questões só pra não
89% em ar ambiente. A paciente está afebril,
ficar sem nada, pois esse conteúdo é sem pé,
em estado geral regular, lúcida, orientada e
nem cabeça
comunicativa. As auscultas pulmonar e
cardíaca mostram-se sem alterações.
Observam-se abdome inocente, membros
inferiores com cacifo + discreto e simétrico,
panturrilhas livres e pulsos preservados. A
paciente realiza o eletrocardiograma e a
tomografia de tórax, conforme representado
nas imagens a seguir.
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História Clínica Comprometimento de 1°
Raimundo Oliveira Matos, 68 anos, chega ao metatardofalagiana de modo unilateral.
ambulatório de clínica médica, com queixa Comprometimento tarsal unilateral.
de dor em ambos os lados (joelhos) e me Suspeita de presença de tofos.
primeiro pododáctilo à esquerda, que iniciou Hiperuricemia.
há 10 dias com piora há 2 dias. Edema 3+/4+
Edema articular assimétrico visto aos
no pododáctilo com hiperemia.
raios X.
Achados importantes Cistos subcondrais sem erosões vistos
Paciente é etilista. aos raios X.
Quadro muito característico de GOTA. Cultura negativa na vigência de crise.
Solicitada ácido úrico 9,6 (até 7,2).
Hipótese Diagnóstica Conduta
Gota - Aines
Gota Mais usados na artrite gotosa aguda.
Doença articular inflamatória, causada pelo Devem ser usados em dose plena.
depósito de cristais de monourato de sódio
Devem ser mantidos por pelo menos 48
no tecido articular e periarticular, ligada ao
horas.
aumento da concentração sérica de ácido
úrico (hiperuricemia). Depois da crise manter por 5 a 7 dias.
Tem ação na reação inflamatória da
Acomete predominantemente homens de gota.
meia-idade, a partir de 5° década, mas após AAS não indicado. Se o paciente já usar
a 6° década há igualdade entre os sexos. para doenças cardiovasculares, não
Gota aguda intermitente, em que há precisa suspender.
episódio de dor aguda, intensa, com pico
entre 12 e 48 horas, monoarticular (em geral, - Colchicina:
1° metatarsofalangiana – podagra – ou
pequenas articulações de antepé, tornozelo, Tratamento da crise.
calcanhar e joelho), com sintomas gerais Promove alívio da dor em 48 horas.
(febre, calafrios e mal-estar) e eritema Inibe a formação de microtúbulos
cutâneo. envolvidos na quimiotaxia e fagocitose
Diagnóstico dos cristais de ácido úrico pelos
A – encontro de cristais de monourato de neutrófilos.
sódio no líquido sinovial intra-articular na Reduz a produção de IL-6.
vigência de crise aguda. 1,5 mg/d (0,5 mg 8/8h).
B – confirmação da presença de cristais de
monourato de sódio nos tofos. - Corticoides:
Ou presença de ao menos 6 dos 12 critérios Usados em quem há contraindicação a
abaixo: AINEs e colchicina.
A pacientes com monoartrite associada
Inflamação articular súbita (o máximo
a insuficiência renal, a administração
de inflamação desenvolve-se em 1 dia).
intra-articular de corticoides pode ser
Mais de 1 crise de artrite aguda. útil.
Comprometimento monoarticular.
Eritema local.
- Alopurinol:
Comprometimento de 1°
metatarsofalangiana. Usado na profilaxia.
Comprometimento de 1° Inibidor da xantina oxidase, enzima
metatarsofalangiana. envolvida na síntese de ácido úrico.
10
Ao contrário dos agentes uricosúricos,
o alopurinol é um inibidor seletivo das
etapas terminais da biossíntese de ácido
úrico. É eficaz no tratamento
da hiperuricemia primária da gota e
secundária aos distúrbios hematológicos ou
terapia antineoplásica.
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1- Assinale a assertiva que descreve o A) 1ª metacarpofalangeana
elemento do microcristal encontrado no B) 1ª metatarsofalangeana
aspirado por agulha de um paciente com C) Joelho
gota, e seu aspecto à microscopia com luz D) Punho
polarizada. E) Tornozelo
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6- Paciente masculino,54 anos, obeso, hiperuricemia assintomática, mesmo
dislipidêmico, hipertenso, diabético, que persistente e sem desenvolver gota,
apresenta edema, calor, rubor e dor no não apresentam maior risco para
joelho direito, sem história de trauma local. hipertensão arterial e doença arterial
Foi diagnosticado como gota. Qual o exame coronariana.
que justifica tal diagnóstico?
13
9- Letra A
10- Letra A
14
História Clínica Infartos dolorosos ocorrem nos ossos
Francisca da Silva, 13 anos de idade, chega (quadril, ombros e vértebras são
ao PS referindo dores articulares intensas em comumente afetados).
membros inferiores e superiores,
A síndrome mão-pé (dactilite dolorosa
acompanhada de dores pelo corpo. Relata
causada por infartos dos pequenos ossos)
que iniciaram há poucos meses, que
frequentemente é a primeira apresentação
pioraram na última semana e ontem ficaram
da doença e pode causar variação do
muito intensas. Relata estar tratando uma
tamanho dos dedos.
amigdalite febril com amoxicilina.
Hemograma
Hb 9,3 (13-17).
Ht 28% (38-50%).
Leuco 12.000 (5 a 10).
Bastões 2% (até 8%).
Plaquetas 245 mil (150-400).
Síndromes Falcêmicas
Herança da beta-globina S (foicinha).
15
Outros acometimentos são crises
aplásticas, crises hemolíticas e danos a
outros órgãos
Laboratório
Hemoglobina geralmente de 6 a 9 g/dL.
Eritrócitos falciformes (drepanócitos) e
células-alvo ocorrem no sangue.
Aspectos de atrofia esplênica (corpos de
Howell-Jolly) também podem estar
presentes.
Pode ser pedida eletroforese ou
esfregaço sanguíneo.
Tratamento da crise
Repouso, aquecimento, hidratação por
via oral e/ou intravenosa com solução
salina normal (3L em 24 horas) e
antibióticos de houver infecção. Deve ser
administrado tratamento analgésico
adequado.
Paracetamol e opiáceos.
Transfusão apenas em casos de anemia
grave e sintomas óbvios de anemia.
Exsanguineotranfusão pode ser
necessária em casos de sequestro
visceral para diminuir Hb S para 30%.
16
1- 2020 USP – RP 3- 2020 SCMSP
Homem 18 anos, com anemia falciforme, Um paciente de dois anos de idade, com
apresenta diarreia aquosa há 2 dias, sem diagnóstico de anemia falciforme, foi levado
sangue ou muco. Hoje iniciou quadro de dor pela mãe ao pronto‐socorro devido a quadro
em membros inferiores. Nega febre, dispneia de tosse, febre de 39 ºC há dois dias e
ou outras queixas. Exame físico: desidratado taquipneia há um dia. A mãe relata
+/4+, consciente e orientado, ictérico +/4+ FC: antecedente de três internações no último
104 bpm. PA: 120 x 80 mmHg. Ap. ano, tendo recebido transfusão de
respiratório sem alterações, saturação de O₂ concentrado de hemácias nas três ocasiões.
em ar ambiente 93%. Abdome: sem Ao exame: regular estado geral, descorado
alterações. Extremidades: dor à palpação 2+/4, desidratado, taquipneico, afebril,
dos membros inferiores, sem sinais contactuante, com murmúrio vesicular
flogísticos. Exame laboratoriais: Hb: 9,8 g/dL, presente bilateralmente, com estertores
Ht: 30%, bilirrubina total: 4 mg/dL, bilirrubina crepitantes em base direita, frequência
direta: 2,1 mg/dL. Além da hidratação respiratória de 50 ipm, saturação de
endovenosa, qual é a conduta inicial mais oxigênio de 85% em ar ambiente, BRNF em
adequada? dois tempos, com sopro sistólico 2+/6
panfocal, frequência cardíaca de 110 bpm,
A) Morfina. abdome sem alterações e boa perfusão
B) Suplementação de oxigênio. periférica. Radiografia de tórax mostrou
condensação em base de hemitórax direito.
C) Hidroxiureia. Com base nesse caso hipotético, é correto
afirmar que a melhor conduta será
D) Concentrado de hemácias. considerar o diagnóstico de
17
rebordo costal direito e baço palpável a 1 cm B) Recomendar analgesia com um opioide
do rebordo costal esquerdo. Exames potente, como a meperidina, a cada 4 horas
laboratoriais: Hb: 6,5 g/dL, Ht: 19,5%, até obter um controle adequado do quadro
reticulócitos: 9%. Dentre as abaixo, a e prescrever expansão com cristaloides
principal hipótese diagnóstica para esse 20ml/Kg.
caso é
C) Iniciar analgesia com analgésicos comuns
A) anemia ferropriva. em associação com anti-inflamatórios não
hormonais e suplementar O2 com máscara
B) anemia falciforme. de Venturi 50%.
C) esferocitose. D) Prescrever codeína associada à
D) deficiência de G6PD. paracetamol, pelo efeito sinérgico, e um anti-
inflamatório não hormonal, se não houver
E) deficiência de piruvato quinase. contra indicações para seu uso.
5- 2020 PSU - MG
1- A
Menino de sete anos, diagnosticado com
anemia falciforme (SS) pelo teste do pezinho 2- C
é atendido na UBS. Mãe informa que a
3- A
criança já esteve internada por cinco vezes
devido a quadros relacionadas à sua 4- D
doença. Os relatórios médicos indicaram
dois episódios de crise álgica, um episódio de 5- D
síndrome torácica aguda e um episódio de
6- A
priapismo. A medida RECOMENDADA PARA
PREVENIR as situações descritas é
prescrever:
B) antibioticoterapia profilática.
6- 2020 SCMA - SP
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História Clínica Os glicocorticoides para reduzir o edema
José Otávio, 75 anos, admitido com queixa (normalmente dexametasona 10 mg IV)
de dor em região lombo-sacral e perda de podem ser administrados antes dos exames
força e sensibilidade em pé esquerdo. Refere de imagem nos casos de alta suspeita clínica
que a dor lombar começou há 5 anos, mas e continuados com doses mais baixas (4 mg
que piorou nos últimos 2 meses, tipo a cada 6 h VO) até que a radioterapia
queimação na região posterior do quadril (geralmente 30-40 Gy, administrados em 8-
esquerdo e na altura das vértebras L4-S1. 10 frações) e/ou a descompressão cirúrgica
seja concluída.
Sintomas
Os sintomas iniciais de dor cervical ou A cirurgia precoce, seja descompressão por
lombar focal podem evoluir durante dias a laminectomia ou ressecção de corpo
semanas, sendo seguidos por combinações vertebral, seguida por radioterapia é mais
de parestesias, perda sensorial, fraqueza efetiva que a radioterapia de forma isolada
muscular e disfunção de esfíncteres que para pacientes com uma única área de
progridem ao longo de horas a vários dias. compressão medular por tumor extradural.
Tratamento
19
1- Na Síndrome de Compressão Medular A) síndrome da polirradiculoneuropatia:
relacionada à malignidade, podemos análise do líquido cefalorraquidiano
encontrar, EXCETO:
B) síndrome do choque medular;
A) dor na área afetada. ressonância magnética de crânio
A) hidrocefalia. 3- E
B) colículo superior
C) síndrome de Guillain-Barre
20
Caso Clínico constatar se o déficit de força é global, distal
Manoel José, 74 anos, deu entrada no OS (característico de lesões piramidais ou de
com quadro de dor na região cervical e nervos periféricos) ou proximal (indicativo
torácica há 8 meses, de caráter progressivo, de miopatia). Em déficits distais,
associado a redução da força muscular dos primeiramente as mãos (nas manobras do
MMII. membro superior) e os pés (nas manobras
do membro inferior) é que sofrem queda,
Exame físico sendo seguidas pelas partes mais proximais;
FORÇA já nas miopatias há, primeiro, a queda dos
Solicite ao paciente que aperte com cada segmentos proximais.
uma de suas mãos os dedos indicador e
As avaliações de resistência permitem a
médio do examinador e observe a força e o
quantificação da força muscular (detecção
grau de dificuldade de retirar os dedos.
de paresia, plegia).
Faça a avaliação das Manobras
MANOBRAS
Deficitárias:
Kernig.
Manobra dos Braços Estendidos: Solicite ao Sinal de Kernig: melhor avaliado em
paciente que levante um pouco ambos os crianças. Eleva-se a coxa em extensão,
membros superiores e os sustente no ar por fletindo-o sobre o quadril; depois realizar
cerca de 1 minuto com os olhos fechados e uma extensão do joelho e da perna. Nos
observe. Faça primeiro com as mãos viradas pacientes com meningismo esta manobra
para cima e depois com mãos fletidas para provocará muita dor e também elevação do
cima. pescoço.
21
Lasègue (ver acima). miótomo associada ou não a alteração nos
Babinski. reflexos profundos tendinosos.
Na prática, você deve utilizar um objeto
As espondiloartropatias degenerativas são
levemente pontiagudo, por exemplo, uma
as principais causas da SRL e a sua
caneta, e direcioná-lo no sentido latero-
prevalência aumenta com a idade dos
medial, como que em direção ao dedão do
indivíduos. A lista de patologias associadas à
pé. Em indivíduos normais, ocorre flexão
progressão para radiculopatia lombossacral
plantar, isto é, o hálux é “fletido para frente”,
é ampla e inclui neoplasias, infecções e
enquanto em indivíduos com lesão do trato
doenças inflamatórias.
corticoespinhal, ocorre a flexão dorsal –
extensão do hálux. As polirradiculopatias lombossacrais e
síndrome da cauda equina não são
incomuns. As primeiras estão associadas ao
comprometimento de múltiplas raízes
nervosas por mecanismos compressivos,
quer no canal vertebral ou no forame neural,
também, mas menos frequente por
processos inflamatórios infiltrativos das
meninges.
22
possíveis diagnósticos diferenciais e no grau
de comprometimento neural.
Epidemiologia
Homens são mais propensos a desenvolver
sintomas a partir dos 40 anos de idade,
enquanto as mulheres são afetadas mais
comumente entre 50 e 60 anos.
Conduta
Aliviar a dor, por meio de antinflamatórios e
opiáceos.
Adendos
A professora pediu para revisarmos o trato
da sensibilidade e da dor.
23
3- Sobre a síndrome de compressão
1- A síndrome de compressão medular medular, é CORRETO afirmar que
(SCM) pode ser definida como a
“compressão do saco dural e seu conteúdo A) Sintomas intestinais e urinários não são
(medula espinhal e/ou cauda equina) por comuns nessa síndrome, e o diagnóstico
massa tumoral extradural”. A maioria dos diferencial deve ser feito, caso esses
casos de SCM é secundária a metástases sintomas estejam presentes.
hematogênicas para os corpos vertebrais
B) Caracteriza-se como uma emergência
(especialmente a parte posterior mais
oncológica, que acomete cerca de 5% a 10%
vascularizada) e consequente compressão
dos pacientes que têm câncer.
da parte anterior da medula espinhal. A
incidência varia com o tipo de tumor C) Os sintomas neurológicos ocorrem
primário, entretanto, aproximadamente concomitantes ao início da dor, no processo
2,5% dos pacientes com câncer irão de compressão medular, independente da
apresentar SCM nos últimos 5 anos de sua causa, do tipo de tumor e da apresentação
evolução. Quais tumores primários são as das lesões.
causas mais comuns de SCM?
D) A descompressão cirúrgica da medula
A) Tumores do fígado, mama e renais. espinhal é o tratamento de escolha, mesmo
naqueles pacientes com paraplegia já
B) Tumores de pulmão, fígado e renais.
estabelecida.
C) Tumores de pulmão, mama e fígado.
E) A dor é um sintoma mais tardio no curso
D) Tumores de pulmão, mama e próstata. dessa complicação e está mais relacionada
a alterações degenerativas na coluna, sem
E) Tumores de mama, fígado e mieloma necessariamente haver metástases
múltiplo relacionadas na coluna.
24
Caso clínico Devido à gravidade potencial da infecção, o
José de Arimateia, 68 anos de idade, chega tratamento antiviral deve ser iniciado
ao ambulatório referindo dor torácica empiricamente, até que o diagnóstico seja
intensa. Relata que iniciaram há 4 meses, confirmado ou seja estabelecido um
quando tece um “cobreiro”. Houve melhora, diagnóstico alternativo.
mas que voltou a piorar novamente e
A meningite por HSV, a qual é vista
permanece há 4 meses, aumentando a
geralmente em associação com infecção
intensidade nos últimos dias.
genital primária por HSV, é uma doença
Manifestações Clínicas aguda autolimitada que se manifesta por
cefaleia, febre e fotofobia leve, durando de 2
Infecções orofaciais
a 7 dias.
A infecção primária pelo HSV-1 resulta em
gengivoestomatite, faringite e um período de –Entre os casos de meningite asséptica, 3 a
até 2 semanas de febre, mal-estar, mialgia, 15% são causados pelo HSV.
incapacidade de alimentar-se e adenopatia
cervical, com lesões no palato, gengivas, –O HSV constitui a causa mais comum de
língua, lábios, rosto, parte posterior da meningite linfocítica recorrente (meningite
faringe e/ou pilares amigdalianos e de Mollaret).
ocasionalmente faringite exsudativa.
A disfunção do sistema nervoso autônomo
Infecções genitais causada pelo HSV ou VZV acomete mais a
O primeiro episódio de herpes genital região sacral, resultando em dormência,
primário caracteriza-se por febre, cefaleia, formigamento nas nádegas ou área perineal,
mal-estar e mialgias. Dor, prurido, disúria, retenção urinária, constipação e impotência.
corrimento vaginal e uretral e linfadenopatia
–Os sintomas levam dias a semanas para
inguinal dolorosa são os sintomas locais
regredir.
predominantes.
–Em raras situações, a infecção pelo HSV é
Panarício Herpético
seguida de mielite transversa ou síndrome
Na infecção dos dedos das mãos pelo HSV,
de Guillain-Barré.
os pacientes apresentam início abrupto de
edema, eritema, dor e lesões vesiculares ou Infeccções viscerais
pustulares nas pontas dos dedos, Infecções neonatais
frequentemente confundidas com as lesões Diagnóstico
da infecção bacteriana piogênica. São
A PCR é recomendada para o diagnóstico de
comuns febre, linfadenite e linfadenopatia
HSV. A avaliação microscópica, a cultura
epitroclear e axilar.
viral (se houver necessidade de testes de
Herpes do Gladiador sensibilidade viral) e a sorologia também são
Pode ocorrer infecção pelo HSV em qualquer clinicamente úteis para o diagnóstico de
parte do corpo causada por traumatismo da infecção pelo HSV, mas esses testes têm
pele durante a prática de luta livre, apesar baixa sensibilidade.
de acometer comumente tórax, orelhas,
rosto e mãos. Tratamento
–Todos os agentes antivirais licenciados para
Infecções oculares uso contra o HSV inibem a DNA polimerase
O HSV constitui a causa mais frequente da viral.
cegueira por lesão da córnea nos
–O aciclovir pode formar cristais no
Infecções dos sistemas nervosos central parênquima renal, causando insuficiência
e periférico renal transitória; esse fármaco deve ser
Os pacientes apresentam febre de início administrado ao longo de 1 h em paciente
agudo, bem como sinais e sintomas bem hidratado.
neurológicos focais, em especial do lobo
temporal. Em casos graves, podem ser –Cepas do HSV resistentes ao aciclovir são
encontradas hemácias no LCS como raras, mas foram identificadas
resultado de necrose hemorrágica. primariamente em pacientes
imunocomprometidos. Em geral, esses
isolados também são resistentes ao
25
valaciclovir e fanciclovir, que têm
mecanismo de ação semelhantes.
26
1- Em relação ao Herpes Zóster, é incorreto D) simples tipo 1 provoca infecção primária
afirmar que: normalmente em crianças e adolescentes,
causando a estomatite ulcerativa primária,
A) Após a primo infecção, fica latente no que afeta a mucosa oral e a região perioral.
gânglio espinal dorsal.
E) varicela zoster causa, em fase primária,
B) A doença se manifesta quando os níveis uma infecção denominada varicela ou
de anticorpos diminuem. catapora, podendo ser reativado e provocar,
C) É causado pelo mesmo vírus que provoca em fase secundária, a herpes zoster.
a doença varicela.
D) rubéola.
5- Sobre o herpes-zoster, é CORRETO
E) caxumba. afirmar:
27
designações. A localização mais frequente é
a facial. Acompanhando as manifestações
cutâneas e neurológicas pode ocorrer febre
pouco elevada e gânglios regionais
enfartados pouco dolorosos.
1- D
2- A
3- E
4- B
5- B
28
Caso Clínico conhecimento de patologias prévias, mas
Carlos Andrade, 14 anos, procura o relata enfraquecimento nos últimos meses.
ambulatório de clínica médica, com história
clínica de dor e formigamento em membros Abordagem do paciente com
inferiores, com edema associado. Relata que acometimento neurológico
sua urina está diferente. Mãe nega
29
30
1- 2020 SCMA – SP possibilitando a intervenção precoce,
podemos apenas concordar com o item:
As neuropatias diabéticas são as
complicações crônicas mais prevalentes do A) Prevenção não é o componente-chave no
diabetes mellitus (DM). O reconhecimento cuidado com o DM devido à falta de
precoce e o manejo apropriado da tratamentos que se direcionem ao dano
neuropatia no paciente com diabetes são neural subjacente.
importantes, sendo correto o item:
B) Prevenção é o componente-chave no
A) Esse grupo homogêneo de condições cuidado com o DM devido à falta de
afeta diferentes partes do sistema nervoso e tratamentos que se direcionem ao dano
apresenta diversas manifestações clínicas. neural subjacente.
5- 2020 INTO
31
hipoestesia em diversos pontos avaliados B) A presença de retinopatia ou nefropatia
pelo teste de Semmens-Weinstein 5.07 em não pressagia um risco aumentado para
pés e mãos. Sobre o caso acima, marque a neuropatia diabética.
opção correta:
C) Esta é a causa mais comum de neuropatia
A) A história clínica e o resultado do teste de periférica nos países desenvolvidos.
Semmens-Weinstein confirmam o
diagnóstico de Hanseníase neste caso. D) Um controle rigoroso da glicose reverterá
sua neuropatia.
B) A história clínica e o resultado do teste de
Semmens-Weinstein confirmam o E) Nenhuma das alternativas acima é
diagnóstico de neuropatia diabética, para a verdadeira.
qual não existe qualquer opção de
tratamento.
7 - 2020 SCMC - MT
C) A história clínica e o resultado do teste de
Semmens-Weinstein confirmam o A perda dessa sensibilidade indica a
diagnóstico de neuropatia diabética e o presença de polineuropatia distal simétrica
paciente deverá ser tratado com PNDS e é fator de risco para a ulceração nos
amitriptilina. pés em pessoas com diabetes. O item
correto é:
D) A história clínica e o resultado do teste de
Semmens-Weinstein indicam o diagnóstico A) O envolvimento de fibras finas pode
de doença neuropática de origem central, causar dormência, formigamento e perda da
sendo indicada tomografia sensibilidade protetora.
computadorizada de crânio para
investigação diagnóstica. B) O envolvimento de fibras grossas não
pode causar dormência, formigamento e
E) A história clínica e os dados apresentados perda da sensibilidade protetora.
são insuficientes para a condução do caso.
Exames complementares como ressonância C) O envolvimento de fibras grossas pode
nuclear magnética e eletroneuromiografia causar dormência, formigamento e nunca a
são obrigatórios para melhor definição do perda da sensibilidade protetora.
caso. D) O envolvimento de fibras grossas pode
causar dormência, formigamento e perda da
sensibilidade protetora.
6 - 2020 HSL - RJ
32
D) Dores em queimação e formigamento em Entre as condutas listadas abaixo assinale
ambos os pés e, ocasionalmente, também, qual seria a mais adequada:
nas mãos.
A) Prescrever anti-inflamatórios não
E) Adormecimento e prurido nas mãos esteróides.
10 – C
10 - 2020 IPSEMG
33
História Clínica Depressão ou ansiedade
Larissa Alves, 68 anos, sexo feminino, obesa, Condições que podem estar associadas
chega ao serviço de emergência referindo
Síndrome do cólon irritável
dores articulares intensas em membros
inferiores e superiores acompanhados de Cefaleia (enxaqueca ou tensional)
dores pelo corpo há vários meses, que Parestesias
pioraram nas últimas 2 semanas. Relata Sintomas Raynaud símiles
fadiga e sonolência associada. Dor torácica
Sintomas de cistite
Anamnese
Costureira, mora com 3 filhos (10, 6 e 3 anos) Dor perineal
e cuida deles sozinha, separou-se do marido Olho seco
há 6 meses. Dor articular há 6 meses, difusa, Palpitações
que dura o dia inteiro, de intensidade 8/10, Intolerância ortostática
mas que varia de acordo com o estado Exame físico
emocional. Dorme e acorda com dor, É importante lembrar que a paciente em
descreve que a dor pinica, queima e lateja. questão não tem significativa característica
Dipirona e paracetamol aliviam a dor de artrite e sinovite, fraqueza muscular,
temporariamente. alterações no exame neurológico.
Exame Físico - Tender points
Tender points Dolores a palpação 18/18
Para realizar esse exame é necessário
primeiramente fazer uma pressão correta.
Fibromialgia Para tanto, é preciso que façamos uma
Manifestações clínicas pressão digital a ponto de a ponta distal do
Dor musculoesquelética dedo utilizado ficar esbranquiçada.
generalizada
Para a localização dos tender points é
Podem ser mialgias, que aparecem acima e
necessário que façamos a pressão
abaixo da linha da cintura.
adequada nas regiões certas. No total são 18
Pontos dolorosos ao exame físico regiões em 9 localizações diferentes. Veja
(tender points) abaixo:
Não são áreas inflamadas, mas são áreas
consideravelmente mais sensíveis.
Distúrbios do sono
Pode ser uma dificuldade de iniciar ou
manter o sono, mas ambas se direcionam
para uma paciente que não tem um sono
reparador. Alguns pacientes podem Laboratório
apresentar alterações no exame do sono. Para avaliação do quadro devemos solicitar
Disfunção cognitiva uma série de exames, que, se confirmado
Atenção, velocidade de raciocínio, dentre fibromialgia, deverão vir todos normais, pois
outras. a fibromialgia não tem padrão de alterações
nos marcadores inflamatórios.
34
Hemograma
VHS
PTN-C
TSH
FAN Como a dor precisa estar localizada em pelo
menos 4 áreas de acordo com a revisão de
FR
2016, o critério anterior para diagnóstico,
Anti-CCP
WPI de 3-6 e pontuação da escala SS ≥9 foi
CPK alterado para WPI de 4-6 e pontuação da
Anti-SSA e Anti-SSB escala SS ≥9.
Avaliação radiológica
Todos esses exames devem ser solicitados a Diagnóstico
fim de afastarmos os outros diagnósticos 1- IDG maior ou igual a 7 e ESS maior ou igual
diferenciais possíveis. a 5 OU IDG entre 3-6 e ESS maior que 9
36
- Gabapentina (Neurontin):
anticonvulsivante
- Milnaciprano (Ixel)
Tramadol (Opiode)
O tramadol tem múltiplos efeitos
analgésicos, uma vez que inibe a recaptação
de norepinefrina e serotonina, e seu principal
metabólito liga-se fracamente aos
receptores opióides.
37
1 - 2021 HPEV 3 - 2021 UDI
38
B) Costumam estar presentes além da dor,
fadiga, alterações do sono e do humor e
edema articular presente no exame físico.
1. B
2. D
3. B
4. C
5. E
39
História Clínica Ou fotofobia ou fonofobia ou náusea
Antônio Alberto, 28 anos, admitido com leve
queixa de cefaleia em pontada, Intensidade
hemicraniana esquerda, de forte intensidade Leve a moderada
(8/10). Refere hiperemia conjuntival, Para caracterizar esse tipo de cefaleia,
sudorese na face e rinorreia ipsilateral. podemos perguntar para o paciente se este
Paciente refere ser o quinto episódio nesta tem interferência na atividade diária.
semana. Fez o uso de paracetamol e
dipirona, mas sem melhora. Duração
Algumas horas ou até poucos dias
Exame Físico Desencadeante
Dor em intensidade 9/10, lacrimejamento
Stress
constante e rinorreia ipsilateral (esquerda).
Melhora a dor parcialmente com Tratamento
movimentos pendulares, foto e fonofobia. Agudo
“Quer bater a cabeça e sair avoado”. - Analgésico
Classificação - AINE
Cefaleia primária Profilática
Tipo tensão ou tensional Se essa condição é apresentada como
Migrânea crônica, ou seja, com mais de 15 dias de
eventos de cefaleia por mês por 3 meses.
Trigeminoautonômicas
- Em salvas Outra forma de avaliar a cronicidade é
avaliar se o paciente teve mais de 180 dias
- Hemicraniana Paroxística
de cefaleia no ano.
Cefaleia Secundária
Se o paciente apresenta cefaleia do tipo
HIC Benigna crônica, é indicado um tratamento
Diagnóstico profilático, que consiste:
Na imensa maioria das vezes, é feito com a
anamnese, mas pode ser feito com uma - Amitriptilina: 10mg ao deitar-se
neuroimagem.
Tratamento não farmacológico
As indicações de neuroimagem são Banho quente
indicadas em sinais de alarme, que são: Técnicas de relaxamento
Após 50-55 anos (Nunca
apresentou antes) Migrânea ou enxaqueca
Inívio súbito, intenso (Hemorragia 1- Enxaqueca sem aura
subaracnóidea) Epidemiologia
Progressiva (Frequência, História familiar Positiva
intensidade e refratariedade) Mulheres de 25 a 45 anos
Mudança da característica Iniciou-se na infância ou na
Alterações neurológicas adolescência
Sinais de infecção, neoplasia ou HIV+ Dor
Recorrente em menores de 6 anos Pulsátil, unilateral
Obs: Em crianças é preferível solicitar Aqui temos Fotofobia e Fonofobia,
ressonância magnética. Náuseas e/ou vômitos, que pioram com
o movimento
Cefaleia do tipo tensão
Epidemiologia
Mulher
Dor
Opressiva, Bilateral (Capacete)
40
Diagnóstico doces e mal-estar, dentre outros podem
Ocorrência de pelo menos 5 preceder a dor em até dois dias
episódios de cefaleia com duração de 4
2- Aura*
a 72 horas e que apresentem outras
características 3- Dor
Cefaleia com pelo menos duas das
seguintes características: 4- Sintomas associados
- Unilateral 5- Pósdromo: fase de exaustão. Os pacientes
- Pulsátil podem ficar horas ou dias cansados e
astênicos, precisando de um período de
- Intensidade moderada a severa repouso para seu completo
reestabelecimento.
- Piora com a atividade física diária
Obs: em crianças, as crises de enxaqueca
Presença de náusea, vômitos, são frequentemente associadas à dor
fotofobia ou fonofobia abdominal e vômitos, podendo ainda ter
História e exame físico não febre. Além disso, a enxaqueca em crianças
sugestivos de outras doenças orgânicas e adolescentes é mais frequentemente
que possam causar cefaleia bilateral do que nos adultos.
Intensidade
Moderada a grave 2- Migrânea com aura ou enxaqueca
Aqui é interessante diferenciar com a cefalia clássica
do tipo tensão, pois os pacientes desse tipo Aqui temos tudo o que uma cefaleia tem,
de cefaleia não conseguem desempenhar mas acrescido da aura.
suas atividades diárias adequadamente.
Aura: complexo de sintomas neurológicos
Duração que ocorre habitualmente antes da cefaleia,
Menos de 6 horas, mas pode variar mas pode começar depois que a fase de
de 4 a 72 horas cefaleia teve início, ou continuar durante
essa fase.
Desencadeantes
Não existe um desencadeante fixo, Aura mais clássicas
mas em cada paciente deve-se avaliar Visuais (90%)
quais são os fatores que podem Sensoriais com parestesias
desencadear o quadro, podendo ser
café, chocolate, dentre outros
Fisiopatolgia Outros tipos de aura
A fisiopatologia da enxaqueca não é muito Hemiplégica familiar
bem esclarecida, mas o que se sabe é que o Tronco cerebral ou basilar
encéfalo do paciente é hiperexcitável e (Bickerstaff)
possui fatores desencadeantes diversos. - Diplopia, Disartria, vertigem, hipoacusia
O que é interessante também é que a Tratamento
serotonina e a dopamina estão envolvidas
nesse processo. Crise aguda
Analgésico simples
O peptídeo relacionado ao gene da Triptano (Principal)
calcitonina também parece estar
Metoclopramida (paciente
relacionado a patogênese da enxaqueca.
nauseado)
Obs: a enxaqueca hemiplégica familiar está Profilaxia (Crônico)
ligada a mutações nos canais de sódio e Betabloqueador (Propanolol)
potássio. Amitriptilina
Clínica Anticonvulsivante (Topiramato ou
1- Pródromo: irritação, fadiga, dificuldade de Valproato)
concentração, sonoo agitado, avidez por
41
Bloqueador do canal de cálcio
(Flunarizina)
Trigeminoautonômicas
Tratamento
Crise aguda
- Oxigênio
- Sumatriptano
- Zolmitriptano
Profilaxia
- Bloqueador do canal de cálcio (verapamil)
42
História Clínica Sinais neurológicos irritativos ou
João Pinheiro, 68 anos, chega ao PS com deficitários.
queixa de “dor de cabeça que não para”, de Papiledema.
início há cerca de 5 dias, com náuseas. Rigidez de nuca, febre ou alteração da
Apresentando piora progressiva. Nega consciência.
hipertensão, diabetes e outras patologias Mudança significativa no padrão de
dor/piora progressiva.
Anamnese
Dor de cabeça holocroniana constante e com Alterações endócrinas concomitantes.
piora progressiva náuseas constantes, Macroprolactinomas podem causar
previamente hígido, distúrbios visuais cefaleia, alteração visual e
momentâneos, PA 130x110 mmHg, bulhas hipopituitarismo relacionados a efeito de
rítmicas normofonéticas sem sopros sinais massa do tumor.
meníngeos negativos.
Hemicrania Paroxística Crônica
Galactorreia
Epidemiologia
FSH normal e prolactina aumentada. Mulheres, predominantemente
Tramal, plasil, alprazolam, fluoxetina, Dor
clorpromazina, atenolol, morfina, Unilateral, fronto orbitária
estrogenioterapia foram os medicamentos Intensidade
utilizados. No caso, como o paciente tem Muito grave: acorda o paciente
prolactinoma que se confirma com os Duração
exames laboratoriais, poderiam ser usados
2 a 30 minutos mais de 5x/dia (1 a 40
os agonistas de dopamina bromocriptina e
vezes/dia)
cabergolina.
Sintomas associados
Esse é um caso de prolactinoma, causando Lacrimejamento
cefaleia secundária, ou seja, aquela que é Edema orbitário
causa por outra doença que não a cefaleia
Miose
em si.
Ptose palpebral
Cefaleia Secundária Congestão nasal
As cefaleias secundárias são consequência Tratamento
de uma agressão ao organismo, de ordem Crise aguda
geral ou neurológica. Geralmente o paciente chega geralmente
A doença primária pode estar relacionada a sem dor, de modo que fica difícil de
várias etiológicas: podermos realizar o tratamento da crise
aguda.
Infecciosa.
Mas, esse paciente responde de modo muito
Inflamatória.
mais importante ao tratamento profilático.
Parasitária.
Traumática. Profilaxia
Vascular. - Indometacina: 150 a 225mg/dia
Tumoral (CASO DA PACIENTE).
Metabólica.
43
1- Um homem com 32 anos de idade foi ao regiões frontais. As crises são de intensidade
posto médico com queixa de cefaleia de moderada a forte, duram de 6 a 12 horas,
início súbito, com piora progressiva há 30 acrescidas de náusea, mas sem fotofobia ou
minutos, afetando a região supraorbitária fonofobia. Ela acredita que as dores possam
esquerda, associada a lacrimejamento, estar relacionadas a episódios de sinusite,
rinorreia e obstrução nasal à esquerda. Ele conforme sugerido pelos familiares. Além
referiu que teve o primeiro episódio de disso, a paciente vem investigando a
cefaleia há um mês e que procurou três possibilidade de glaucoma, pois apresentou
vezes o pronto-socorro, pois a dor chegava a uma pressão intraocular ligeiramente
ser insuportável. Segundo ele, as crises de elevada. Em relação ao caso clínico descrito,
dor sempre acometem a região assinale a alternatina INCORRETA:
supraorbitária esquerda.
A) O topiramato ou a nortriptilina poderiam
Tendo em vista o quadro clínico acima, ser utilizados neste caso, tendo em vista
assinale a opção correta. tratar-se de migrânea sem aura.
B) A sinusopatia é o diagnóstico possível
A) O quadro de cefaleia unilateral de forte para esta paciente, já que nesta
intensidade apresentado pelo paciente condição a presença de cefaleia na
em apreço é característico de região frontal pode ser indicativa da
enxaqueca clássica sem aura. doença sinusal.
B) A profilaxia das crises com verapamil ou C) Trata-se de um caso de migrânea sem
topiramato não é preconizada para esse aura, portanto, a avaliação neurológica
tipo de cefaleia. está indicada.
C) O diagnóstico diferencial da cefaleia D) A ausência de foto e fonofobia não
pode ser feito com o uso de excluem o diagnóstico de migrânea sem
sumatriptano. Se houver alívio da dor aura.
com esse fármaco, o diagnóstico será de E) Neste caso, a profilaxia estaria indicada,
enxaqueca. sendo o propranolol uma das primeiras
D) a cefaleia apresentada pelo paciente em opções de tratamento
questão acomete principalmente
homens (85%) e seu aparecimento é
mais frequente entre a terceira e a
quinta década de vida. 4. Qual das opções abaixo melhor
E) O tipo de cefaleia descrito tem caráter caracteriza a cefaleia em salvas?
notadamente familiar. Mais de 70% dos A) Dor de forte intensidade, de curta
pacientes com quadro semelhante ao duração, sempre bilateral.
descrito têm pelo menos um familiar B) Dor bilateral, de forte intensidade,
direto acometido. acompanhada por sinais autonômicos.
C) Cefaleia bilateral, pulsátil,
acompanhada por náuseas e fotofobia.
2. Qual dos seguintes é o melhor D) Dor intensa, unilateral, durando de 15 a
tratamento agudo para crise de cefaleia em 180 minutos, com sinais autonômicos do
salvas? mesmo lado.
E) Cefaleia em aperto, holocrania,
A) Morfina 10mg por injeção intramuscular acompanhada de náusea e vômitos.
(IM).
B) Inalação com ar úmido em máscara, a
10 litros/min, durante 10 minutos.
C) Ergotamina 2mg por via oral (VO). 5. São considerados fatores deflagadores de
D) Sumatriptano 6mg por injeção crises de salvas:
subcutânea. A) Café, stress e odores.
E) Lidocaína “spray” nasal B) Álcool, medicamentos vasodilatadores,
histamina.
C) Álcool, café, alimentos condimentados.
3. Uma mulher de 50 anos de idade D) Café, alimentos gordurosos e doces.
refere cefaleia episódica (quatro vezes por
mês) de caráter latejante e localizada nas E) Café, chocolate e vinho.
44
6 São indicações de exame complementar B) A cefaleia tensional atinge 40-70% da
em cefaleia, EXCETO: população. É bilateral, holocraniana,
opressiva, de intensidade leve a
A) Paciente com primeira ou pior cefaleia. moderada. O tratamento de escolha das
B) Cefaleia que acorda o paciente durante crises é feito com triptanos.
a noite. C) O paciente típico da hemicrania
C) Cefaleia progressiva. paroxística é uma mulher adulta, com
D) Cefaleia em paciente com sinal focal. dor unilateral, periorbital e sintomas de
E) Cefaleia associada a abuso de lacrimejamento ocular, hiperemia
analgésicos. conjuntival, congestão nasal e sudorese
facial. A melhor droga para tratamento
das crises são triptanos com oxigênio.
7. Não é parte do arsenal de medicações D) A enxaqueca corresponde a uma
para tratamento sintomático da migrânea: cefaleia frontotemporal unilateral,
pulsátil, de intensidade moderada a
A) Dipirona. forte com duração de 4 a 72 horas. O
B) Paracetamol. tratamento profilático é indicado
C) Sumaptriptana. quando as crises ultrapassam 3 a 5
D) Anti-inflamatório. episódios por mês e as drogas de
E) Codeína escolha são os anticonvulsivantes.
A) Valproato de sódio. 1. D
B) Topiramato.
C) Betabloqueador. 2. D
D) Antidepressivo tricíclico.
3. C
E) Antidepressivo inibidor da recaptação
de serotonina 4. D
5. B
9. São opções de tratamento não 6. E
medicamentoso da cefaleia tensional com
evidência favorável na literatura: 7. E
A) Acupuntura. 8. D
B) Bloqueio de nervo occipital maior.
9. E
C) Fisioterapia com reforço muscular.
D) Biofeedback. 10. A
E) “c” e “d” são corretos
10 IDECAN
45
História Clínica De 5 a 7: risco alto de hemorragia.
Maria Aparecida, 36 anos, admitida com De 7 a 10: baixo risco de hemorragia.
história de cefaleia de início súbito,
associada à fraqueza no hemicorpo direito,
há 2 dias. Paciente trazida pelo esposo. Solicitar também:
Hemograma.
Anamnese
Paciente possuía histórico de uso de Glicemia.
anticoncepcional, portanto maior risco de Coagulograma,
trombose, que levou ao AVC isquêmico. Eletrólitos.
Marcadores de necrose miocárdica.
A pressão estava alta, portanto foi solicitada
a administração de hidralazina. RX de tórax.
ECG.
O melhor exame para mostrar os vasos seria Nas primeiras horas, a TC pode estar normal
a angiografia ou angiorressonância. ou ter alterações muito sutis, então vai ser
útil principalmente para excluir
Como no caso havia trombose envolvida,
sangramento e outras contraindicações à
deve-se administrar heparina.
tombólise.
Acidente Vascular Isquêmico Algumas “escalas” podem ser úteis para o
É secundário à oclusão de uma artéria, AVCi:
levando a uma redução do fluxo sanguíneo e
infarto do tecido. Stroke mimics: são situações que muitas
vezes podem se assemelhar bastante,
Suspeita-se de AVC quando a história é de clinicamente, a um AVC, mas que tem suas
um déficit neurológico súbito. especificidades e devem ser diagnosticadas
e tratadas de forma correta.
Com a suspeita de AVCi precisamos agir
com rapidez para realizar a reperfusão do Hipoglicemia.
tecido em sofrimento e, quanto mais rápido, Epilepsia: após uma crise epiléptica, o
melhor o desfecho. paciente pode ter paralisia ou
Fatores de Risco dormência, alteração visual ou
dificuldade de fala que evoluem com
Hipertensão arterial.
melhora progressiva.
Tabagismo atual.
Enxaqueca: algumas auras da
Obesidade abdominal (relação cintura- enxaqueca cursam com hemiparesia,
quadril). dormência, alteração visual ou
Dieta pobre em vegetais e grãos e rica dificuldade de fala.
em carnes, ovos e frituras. Encefalopatia metabólica/intoxicação:
Inatividade física. em geral o paciente tem rebaixamento
Diabetes melitus. do nível de consciência, confusão,
Uso de álcool. alteração de fala, mas não apresenta
Estresse psicossocial e depressão. um déficit focal.
Doenças cardíacas. Síncope: dificilmente em AVC vai causar
síncope, sem outros déficits.
Níveis elevados de apolipoproteína.
Paralisia de Bell: paciente terá fraqueza
tanto do andar superior quanto do
Exames andar inferior da hemiface acometida.
O exame de escolha, em geral, é a
NIHSS (national institutes of health stroke
tomografia. Pode haver perda dos sulcos,
scale) – avalia a gravidade previamente
hipodensidade, perda da diferenciação da
à reperfusão.
massa branca da massa cinzenta.
Conduta
Escore ASPECTS (utilizado para padronizar e ABCDE do trauma, uma vez que é uma
simplificar os territórios acometidos na TC de emergência.
crânio).
46
Monitorização contínua nas primeiras 48 Contraindicações relativas:
horas. AVC minor ou em melhora (avaliar o
caso).
O uso de anti-hipertensivo intravenoso será
necessário se: AVCi nos últimos 3 meses.
Sangramento do trato geniturinário ou
PA > 220 x 120 em paciente não elegível gastrointestinal nos últimos 21 dias.
para trombólise. Cirurgia grande ou trauma nos últimos
PA > 185 x 110 se paciente elegível para 14 dias.
trombólise e durante a infusão do Crise epiléptica no início dos sintomas.
trombolítico manter PA < 180 x 105.
Punção arterial em local não
Se emergência hipertensiva. compreensível ou punção lombar nos
Trombólise endovenosa: últimos 7 dias.
O rt-PA (ALTEPLASE) é o trombolítico usado IAM nos últimos 3 meses.
para restaurar o fluxo cerebral na fase
Glicemia < 50 ou > 400 – corrigir
aguda do AVCi. A janela terapêutica é de 4,5
glicemia. Déficit pode ser secundário a
horas do início dos sintomas. No entanto,
alteração metabólica.
quanto mais rápido, menos morte tecidual,
melhor desfecho. Hemorragia ocular.
Dissecção arterial intracraniana.
Indicação de trombólise: Gravidez.
≥ 18 anos. Contraindicação adicional para a janela
Déficit neurológico que cause impacto na estendida (3-4,5h).
qualidade de vida. AVC extenso, NIHSS > 25 ou
Início dos sintomas ≤ 4,5 horas. acometimento de mais de 1/3 da artéria
cerebral média.
Contraindicação:
Administração da ALTEPLASE:
Evidência de sangramento na TC de
crânio. Dose 0,9 mgkg (máximo 90 mg) 10% em
bolus e 90% em 1 hora de bomba de
PA > 185 x 110.
infusão (BIC).
Hemorragia interna.
Se o paciente apresentar piora do déficit,
Uso de heparina 48h e PTT aumentado. cefaleia intensa, pico hipertensivo,
Uso de inibidores diretos da trombina ou suspender infusão da alteplase e realizar
inibidores do fator Xa (apixabana, TC de crânio urgente.
rivarozabana, dabigatrana) nas últimas Aferia s PA e realizar NIHSS a cada 15
48 horas. minutos durante a infusão de alteplase e
Plaquetas < 100.000, INR > 1,7 (não após 2 horas em seguida a cada 30
atrasar a trombólise caso não tenha minutos por 6 horas, e após a cada hora
suspeita de trombocitopenia ou durante 24h.
coagulopatia). Se PA > 180105, administrar anti-
Diátese sanguínea. hipertensivo IV.
Suspeita de dissecção de aorta. Evitar procedimentos invasivos, como
Suspeita de endocardite infecciosa. passagem de sonda vesical ou
Suspeita de hemorragia subaracnóidea. nasoenteral nas primeiras 24 horas.
Neurocirurgia ou TCE grave nos últimos Obter TC crânio ou RM após 24 horas e
3 meses. antes iniciar
Neoplasia intracraniana, malformação antiplaquetário/anticoagulante.
arteriovenosa ou aneurisma com risco Trombectomia mecânica: procedimento
de sangramento. que usa hoje um stent retriever. É feita
Hemorragia intraparenquimatosa uma punção arterial em femoral e o
prévia – cuidado. cateter vai até o local de obstrução. Em
seguida, o stent é aberto, “agarra” o
Área de hipodensidade grande na
trombo.
tomografia (1/3 da artéria cerebral
média) ou com efeito de massa.
47
Critérios para trombectomia:
AVCi causado por oclusão da a.carótida
interna ou a.cerebral média M1 (visto em
angioTC ou angioRM).
Até 6 horas do início dos déficits.
NIHSS maior ou igual a 6.
ASPECTS maior ou igual a 6.
Maior ou igual a 18 anos.
mRS prévio 0-1 (escala Ramkin).
6-24 horas do início dos déficits caso o
paciente preencha critérios de inclusão
do estudo DAWN/DEFUSE.
48
3) (SUS-SP 2019) Paralisia de nervos braquial (face e braço > perna);
cranianos, diplopia, tontura, náusea, negligência hemiespacial contralateral.
vômitos, disartria, disfagia, soluços, ataxia D) Déficit sensorial e/ou motor ipsilateral,
de marcha. Um quadro de acidente vascular com predomínio facial e braquial (face e
encefálico isquêmico com tais braço > perna); afasia.
características clínicas provavelmente
ocorreria em território vascular de artéria:
A) Cerebral anterior.
B) Vértebro-basilar.
1. C
C) Cerebral média.
2. B
D) Cerebral posterior.
3. B
E) Carótida interna.
4. C
5. B
4 Homem, 75 anos, procura Pronto Socorro
por fraqueza e dificuldade de fala há duas
horas, após ter ingerido cerca de 4 litros de
cachaça. Antecedentes: hipertensão arterial
e diabetes em tratamento irregular, etilista
de uma garrafa destilado/dia há 40 anos.
Exame físico: FC 140bpm; PA 150/92mmHg.
Ausculta cardíaca: bulhas arrítmicas,
taquicárdicas, normofonéticas, sem sopros.
Exame neurológico: disártrico; hemiparesia e
hemihipoestesia à esquerda;
heminegligente. Tomografia
computadorizada de crânio sem alterações.
49
História Clínica
Joana Machado de Souza, 62 anos, chega ao
PS referindo dor lombar à esquerda, intensa,
irradiando para a região abdominal, perineal
e membro inferior esquerdo. Relata que
iniciaram há 2 meses, com piora progressiva,
esntando há 3 dias sem dormir, devido a
intensidade da dor. Na manhã de hoje,
percebeu disfunção dos esfíncteres anal e
vesical.
Anamnese
Esse é um caso de metástase óssea, já que
durante a história a paciente referiu que teve Compressão metastática da medula
um CA de mama, com linfonodo sentinela espinhal
ativo e que não deu seguimento ao É uma emergência oncológica.
tratamento depois da mastectomia.
A dor pode ser local (dor nas costas ou no
No caso, a metástase óssea formou um pescoço), radicular ou ambas.
tumor que comprimia as raízes nervosas,
portanto mais um caso de radiculopatia. Pacientes com déficits neurológicos
Assim, não vamos repetir tudo o que já foi estabelecidos têm prognóstico ruim para
dito nos outros casos, mas completaremos recuperação.
com as particularidades desse tipo de
metástase. Os esteroides devem ser administrados
imediatamente quando o diagnóstico clínico
Metástase e radiológico de mSCC foi confirmado
Cascata de invasão e metástase: Dexametasona é a droga mais utilizada.
Perdem a adesão célula-célula.
Invadem localmente a matriz A cirurgia é bem indicada em pacientes com
extracelular. instabilidade da colune vertebral.
Migram ativamente pelo estroma. RT é o tto de primeira linha para a maioria
Invadem a membrana basal. dos pacientes com mSCC, proporciona alívio
Intravasam o endotélio dos vasos da dor nas costas.
sanguíneos.
O diagnóstico precoce e a terapia
Sobrevivem ao rigoroso ambiente da imediata são preditores poderosos de
circulação. resultado no mSCC.
Extravasam pelo endotélio vascular. A maioria dos pacientes com mSCC
Sobrevivem no parênquima do órgão- deve receber RT isoladamente, mas a
alvo, primeiramente em forma de cirurgia deve ser considerada para
micrometástase. casos selecionados.
Reiniciam seus programas proliferativos Regimes de HFRT, incluindo uma dose
no sítio metastático e geram única de 8 Gy, podem ser considerados
crescimento de neoplasias detectáveis o esquema de escolha, enquanto
clinicamente. regimes de RT mais prolongados podem
ser usados em pacientes selecionados
com CECm com uma expectativa de
vida mais longa.
A dexametasona deve ser prescrita em
pacientes com mSCC na dose de 8-16
mg por dia.
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1. Quando um câncer se espalha para 4. No caso de câncer de cólon, o maior
além do local de surgimento, dizemos que número de metástases pulmonares indica
ocorreu um (a): uma maior chance de recidiva do tumor no
sítio primário.
A) reação tumoral.
B) metástase. ( ) Certo
C) translocação.
D) neoplasia. ( ) Errado
E) carcinoma.
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