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FISIOTERAPIA MANIPULATIVA

E RACIOCÍNIO CLÍNICO NAS


LESÕES ORTOPÉDICAS

Dr. Michel Castro


Dr. Michel Castro
Fisioterapeuta
CREFITO 10 111240/F
Doutorando em Ciências Biomédicas (ARG)
Autor da Primeira Pós-Graduação em Cadeias Musculares e Articulares
Fisioterapeuta e Coordenador – VITA – Ortopedia e Fisioterapia SP
Pós-Graduações em:
Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica e Desportiva com Ênfase em Terapias Manuais;
Quiropraxia
Pós- Graduando em Osteopatia
Formação no Método R.P.G.
Formação no Método G.D.S.
Formação em Quiropraxia Clínica
Formação em Reabilitação Vestibular
Formação em Reabilitação Ocular
Formação em Bases Osteopáticas no Tratamento da Coluna Vertebral
Formação em Terapia Manual Visceral e Relações Musculoesqueléticas
Diversas Outras Formações Complementares
Professor e Coordenador de Pós-Graduação (Faculdade Inspirar)
Coordenador e Professor Internacional (INSTEMA – ESP)
Professor FISIOTEM e UNIFAN
Raciocínio Clínico

O Raciocínio Clínico se refere ao proceso


cognitivo, através do qual, o Fisioterapeuta ou
qualquer outro Profissional da Saúde é capaz de
estabelecer o diagnóstico correto e propor uma
conduta correta frente a um problema clínico
encontrado.

Peixoto, JM; Souza, SME; Faria, RMD (2018)


Experiência Dolorosa

• O que é a dor?
• A dor é boa ou é ruim?
• Diferença entre Dor Aguda e Crônica?
• Classificação da dor?
• Tipos de Dor?
• Intensidade da Dor?
• Qual a Relação dos Aspectos Biopsicossocias com a
dor?
• Educação em Dor para pacientes com dor Crônica?
• Como funciona o manejo do paciente com dor?
Definindo a Dor
• Uma experiencia sensorial e emocional
desagradável associada ou semelhante à
associada a uma lesão tecidual real ou
potencial (International Association for
the Study of Pain - IASP, 2020).
• A dor é uma experiencia individual, que é
modificada pelo conhecimento anterior
de um dano existente ou presumido, ou
seja, só quem consegue referir e
descrever a dor é o próprio paciente
(Cardoso, 2009).
Dor Aguda
• A dor aguda é a consciência da sinalização
nociva do tecido danificado recentemente,
complicada pela sensibilização na periferia e
dentro do sistema nervoso central (SNC);
• A resposta inflamatória à lesão tecidual aguda
sensibiliza os nociceptores próximos a lesão,
assim como as vias do SNC que processam os
sinais nocivos.

International Association for the Study of Pain


(1986)
O tratamento da dor aguda é principalmente focado em
suas causas, enquanto a da dor crônica é destinado a
reabilitação funcional e social do paciente.

SMITH; HOPTON; CHAMBERS (1999)


Quais as consequências de uma dor aguda
mal tratada?

• Reflexo Miotático/Scherington;
• Transmissão de tensão miofascial;
• Desordens Posturais;
• Anamnese;
• Importância da Avaliação Global nestes pacientes.
Dor Crônica

A dor crônica é meramente definida como


apresentando um significado biológico
menos aparente, persistindo além do
tempo de cicatrização normal do tecido
(isto é, depois da resolução da causa),
usualmente tomado como sendo três
meses (IASP, 2003).
Enfrentamento da Dor

Os indivíduos variam de forma notável na


intensidade da dor em resposta a um
procedimento idêntico, lesão ou condição
nociva.

International Association for the Study of Pain (1986)


• Fatores psicológicos, como depressão, ansiedade e/ou medo
podem exacerbar a intensidade e duração da dor.
Aspectos Psicossociais
• Crenças pessoais e o significado individual da condição ou
evento doloroso podem exacerbar a dor;

• Pacientes que exageram os aspectos negativos ou o impacto de


suas lesões ou situação ("catastrofização") podem
experimentar dores mais severas do que outros;

• O contexto ou experiência cultural também podem afetar a


intensidade e expressão da dor.

International Association for the Study of Pain (1986)


Riscos Identificados! O que fazer?
• Fornecer expectativas positivas;
• Verificar o progresso frequentemente;
• Manter as atividades de trabalho;
• Reconhecer as dificuldades;
• “Techno-fixes” (Evitar);
• Estimular auto-cuidado e auto-responsabilidade;
• Estar preparado para pedir segunda opinião;
• Cuidado com “a dor é emocional”;
• Encorajar o manejo e controle da dor.
(1 a 4 dias) (5 a 20 dias) (Pode durar varios meses)

Fases da
Cicatrização
Restauração da Homeostase pelo Movimento

LESÃO AGUDA

1) Fase Inflamatória:
Respeitar a fase inflamatória;
Optar por Técnicas Manuais/Instrumentais Indiretas;
Ou, eletrotermoterapia direta.

2) Fase Regenerativa:
Importante fase para aplicação de técnicas manuais e
instrumentais diretas brandas para orientação dos
sentidos das fibras no depósito de colágeno e otimização
da força tensiva do tecido;
Início precoce das mobilizações passivas e exercícios
isométricos.
3) Remodelamento:
Progressão nos exercícios mobilizações ativas, exercícios
isotônicos e proprioceptivos.

Restauração LESÃO CRÔNICA

da Técnicas que visem a reagudização do quadro e início de


Homeostase todas as fases de cicatrização para melhora do quadro.

pelo Obs.: Aplicação da força durante as técnicas manuais deve


Movimento respeitar o limiar de dor do paciente segunda a EVA – Dor
Moderada no máximo 4.
CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PACIENTE
DOR SISTÊMICA / METABÓLICA
• Início recente, súbito com progressão dos síntomas;
• Dor incômoda e profunda (tipo faca de dentro para fora);
• Intensidade de leve a severa sem relação com ansiedade;
• Constante, sem alteração;
• Pode acordar durante a noite;
• Piora com a alimentação;

Posição pode aliviar a dor: vesícula (flexão do tronco) e rim (lateroflexão do tronco);

Sintomas associados: febre, sudorese noturna, cefaleia, tontura, fraqueza muscular sem
dor, plenitude gástrica, síntomas bilaterais, dispneia durante o repouso.
DOR MECÂNICA (MÚSCULO ESQUELÉTICA)
• Início pode ser súbito ou gradual, e geralmente associado a um evento
traumático;
• Sensibilidade local a pressão e pode ficar rígido após o repouso. Nível de
dor diminui e é geralmente Unilateral;
• Intensidade Leve a Severa e é dependente de níveis de ansiedade. Na
maioria das vezes é intermitente. Dependente da atividade ou posição;
• Sintomas aliviam ao repouso ou mudança de posição. Alongamentos, frio
ou calor podem promover melhora da condição;
• Sem sinais e sintomas associados;
• Estímulos sobre pontos gatilhos podem repercutir em distúrbios
autonômicos.
DOR DE ORDEM POSTURAL

• Paciente crônico com recidivas e assimetrias do sistema tônico


postural;

• É confirmado o paciente Postural quando o paciente apresentar


melhora do desequilibrio através da modificação/inibição da entrada
sensorial relacionada.
Captores Podais
CARACTERÍSTICAS DA DOR DA ENTRADA
SENSORIAL PODAL

• Dor na manutenção da postura, em pé;


• Dor associados a movimentos em bipedestação;
• Paciente pode ou não referir dor no pés.
Teste de Convergência Podal – Entrada Podal
• Fisioterapeuta sustenta com suas mãos
o calcâneo do paciente e testa a
mobilidade dos MMII para a Rotação
Interna de Coxofemoral e observa qual
converge menos.
• Para o segundo passo, o Fisioterapeuta
realiza um estímulo cutâneo-plantar na
região do 1° metatarso, aonde será
repercutido em um aumento do tônus
dos rotadores externos e quando se
realiza um estímulo sobre a região do
5° metatarso haverá uma diminuição do
tônus dos rotadores externos.
• Se o paciente apresentar melhora do
lado inicialmente restrito. Teste positivo
para o Captor Podal com interferência
desta entrada sensorial no Sistema
Tônico Postural.
Captor Dento-Oclusal
Respostas Sensoriais e Mecânicas das
Cicatrizes

• Barral – Pioneiro em pesquisas sobre a


má formação cicatricial versus influência
mecânica sobre o corpo.

• Cicatriz – aderências/restrições
mecânicas, alterações sensoriais
exteroceptivas/interoceptivas/proprioce
ptivas (Orgãos de Ruffini e Discos de
Merkel).
Influência das Cicatrizes no
Sistema Tônico Postural - Testes

• Teste de Convergência Podal


+ Lift Cicatricial;

• Teste de Pulsologia de Nogier

• Teste de Cinesiologia Aplicada


Conceituando as Principais
Lesões Ortopédicas
Tendinopatia
Doenças que acometem o Tendão:

• Tenosinotive;
• Tendinite (Dias a 2 semanas) -
Inflamação;
• Tendinose (6 a 10 semanas) –
hipovascularização, degeneração do
tendão;
• Entesite.
Principais Técnicas Manuais
Impregradas nas Tendinopatias
• Tendinopatia Aguda:
Técnicas que reorganizem a dinâmica concêntrico/excêntrico,
que elimitem o espamo reativo, que otimizem a circulação
sanguínea e condução neural do músculo que esteja com o
seu tendão lesionado e de drenagem do acúmulo de líquido
extracelular no local da lesão.
• Tendinopatia Crônica:
Técnicas que promovam a reagudização da lesão e aplicar as
mesmas técnicas e princípios da fase aguda. Reagudização
fundamental para dar o sentido/direção das fibras, diminuindo
o risco de recidivas e favorecendo os eixos de força e tensão
que agem sobre o tendão.
Possíveis Causas das
Tendinopatias

• Disfunções Biomecânicas – Tensões Concêntricas e


Excêntricas;
• Variações Anatômicas (Bigliani);
• Esforços de Repetição*;
• Traumática.
EXEMPLO TENSÃO CONCÊNTRICA
Encurtamento do Tríceps Sural, Bloqueio Curto ou Tensão Concêntrica:

• Dificuldade na Dorsiflexão;
• Marcha com antecipação da elevação do Calcâneo (da transição do
apoio para a propulsão);
• Aumento do estresse por sobrecarga do tendão do calcâneo.
EXEMPLO TENSÃO EXCÊNTRICA
Não há encurtamento do Triceps Sural, mas há Bloqueio Longo ou
Tensão Excêntrica:

• Aumento da Dorsiflexão, fechamento do ângulo tibiotársico;


• Marcha com atraso na elevação do Calcâneo (da transição do apoio
para a propulsão);
• Aumento do estresse por sobrecarga em estiramento do tendão do
calcâneo.
OUTRO EXEMPLO DA RELAÇÃO CONCÊNTRICA –
EXCÊNTRICA SOBRE O TENDÃO DO CALCÂNEO

• Pronação – promove carga concêntrica sobre o tendão do calcâneo


lateral e excêntrica medial;
• Supinação – promove carga concêntrica sobre o tendão do calcâneo
medial e excêntrica lateral.

Co-relacionar achados com a queixa do paciente para observar a


relação da causa x síntomas.
Condropatia

Doença que acomete a cartilagem


(Graus Radiológicos de Osteoartrose de Kellgren):

0 – Normal;
I – Estreitamento duvidoso do espaço articular, possível desenvolvimento de
osteófitos;
II – Osteófitos definitivos, estreitamento ausente ou questionável do espaço
articular;
III – Osteófitos moderados, estreitamento definitivo, alguma esclerose,
possível deformidade articular;
IV – Osteófitos de grandes dimensões, estreitamento marcado, esclerose
grave, deformidade articular estabelecida.
Técnicas que visem o Reequilíbrio
Tônico e Reorganização das
Principais Incongruências Articulares para
Técnicas reduzir as sobrecargas tensionais
impostas sobre as articulações;
Manuais
Empregadas
nas Técnicas Descompressivas que
Condropatias diminuam o atrito ósseo e
favoreçam a nutrição cartilagínea.
Alterações Decorrentes da Imobilização
Colágeno: depósito aleatório do colágeno com
consequente redução da força tensiva do
tecido;
Ligamento: atrofia, redução da força e
elasticidade;
Tendão: atrofia, degradação das propriedades
mecânicas e obliteração/aderência entre a
bainha sinovial e o tendão;
Músculo: atrofia de maior magnitude com
extensão redução de força e elasticidade;
Articulação: atrofia capsular e redução da
lubrificação cartilagínea.
- Contração Contínua e Involuntária de um
Músculo ou de apenas algumas fibras dele.

Contratura Principais Técnicas Manuais Empregadas nas


Contraturas/Espamos/Pontos de Tensão:
Muscular
Técnicas que visem otimizar a circulação
sanguínea do músculo e promovam a inibição da
contratura/tônus.
Fisiologia do
Tensionamento
Muscular
SISTEMA DE PROTEÇÃO (Mecanorreceptores)

• OTG (Tendão) – Inibição Autogênica (6”);


• Fuso Neuromuscular (Músculo) – N.
Anuloespiralado – SNC – Neurônios Motoros Alfa –
Fibras Musculares – Espasmo Muscular.

Reflexo Postural de Sherrington (1906) – Arco Reflexo


Discinese Escapular
O paciente realiza o Movimento, porém com padrões anormais de movimentação da
escápula.
Teste Flexão e Extensão 45 ° - Lata Cheia
60% das dores no ombro e cervical estão associadas a Discinese Escapular.
Artigo: www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25205410
RACIOCÍNIO EM FISIOTERAPIA
MANIPULATIVA
EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DA
MANIPULAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL
COMPLEXO DE SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL

• HIPOMOBILIDADE X HIPERMOBILIDADE;
• BARREIRAS CORPORAIS E RESTRITIVAS
(barreira elástica / faixa parafisiológica / barreira anatômica).
BARREIRAS CORPORAIS
TRÍADE METAMÉRICA
• Tuberculose Óssea;
• Osteoporose Grave;
• Osteomielite;

• Osteoporose Grave;
• Rupturas Ligamentares;
• Artrite Aguda.
LEIS DE STILL

• ESTRUTURA X FUNÇÃO;
• AUTO CURA;
• O CORPO É UMA UNIDADE;
• LEI DA ARTÉRIA.
LEIS DE FRYETTE
1° LEI DE FRYETTE - NSR
• Quando uma vértebra ou um
grupo delas encontram-se em
posição neutra. Realizam
inclinação lateral e rotação para o
lado oposto.

• N – Posição Neutra;
• S – Side-bend (Inclinação Lateral);
• R – Rotação.
2° LEI DE FRYETTE – ERS / FRS
• Quando uma vértebra ou grupo
delas encontra-se em flexão ou
extensão, realizam o movimento
de inclinação lateral acompanhado
de rotação para o mesmo lado.

• F – Flexão;
• E – Extensão;
• R – Rotação;
• S – Side-Bend (Inclinação Lateral).
AVALIAÇÃO

• ESTÁTICA;
• DINÂMICA – FLEXÃO, EXTENSÃO, INCLINAÇÃO LATERAL E ROTAÇÃO;
• MOTION PALPATION – QUICK SCANNING;
• TRÍADE METAMÉRICA.
AJUSTE CERVICAL

• CERVICAL ALTA – ATLAS / AXIS;


• CERVICAL BAIXA.
AJUSTES COLUNA TORÁCICA
• AJUSTES INESPECÍFICOS EM PÉ E SENTADO;
• AJUSTES DEITADO – DOG EM FLEXÃO E EXTENSÃO;
• AJUSTES DEITADO – ROTAÇÕES (PISIFORMES CRUZADOS) E PA
(ESPECÍFICO E INESPECÍFICO);
• AJUSTES PARA ANTERIORIDADE E POSTERIODADE;
• AJUSTES 1° E 2° COSTELAS;
• AJUSTES COSTAIS.
AJUSTES LOMBAR E PÉLVICO

• LUMBAR ROLL - INESPECÍFICO E ESPECÍFICO – FLEXÃO E EXTENSÃO;


• AJUSTE ILÍACO EM POSTERIORIDADE E ANTERIORIDADE;
• AJUSTE SACRAL.
RACIOCÍNIO EM FISIOTERAPIA
MANIPULATIVA
CADEIAS MUSCULARES
• Captor Ocular;
• Captor Dento-oclusal;
• Captor Podal;
• Disfunção Vestibular;
• Disfunção Auditiva;
• Cicatriz;
• Trauma Físico;
• Aspectos Psico-orgânicos;
• Disfunções Viscerais.
3) EFEITOS DA TERAPIA MANUAL SOBRE O
TECIDO CONJUNTIVO
ALTERAÇÃO DAS PROPRIEDADES VISCOELÁSTICAS E PIEZOELÉTRICAS

1) Piezoletrecidade é
Produzida por Pressão
Mecânica em materiais
• Aumento da Concentração
Mineralizados e Não
de Fibroblastos após a
Mineralizados;
Aplicação de Técnicas de
2) Deformação Tecidual Liberação Miofascial e
por Pressão – Demanda Redução de sua Apoptose.
para Remodelação.
3) EFEITOS DA TERAPIA MANUAL SOBRE O
TECIDO CONJUNTIVO
MECANOTRANSDUÇÃO

1) Canais Mecanossensíveis: • Respostas as Forças de


Tração;
• Adesões Focais.
• Feixe de Actina do Músculo
Alfa Liso – Célula. • Exigem força intensa/quase
bruta para atingir o limiar de
estímulo para desencadear a
reação.
3) EFEITOS DA TERAPIA MANUAL SOBRE O
TECIDO CONJUNTIVO
MECANOTRANSDUÇÃO

DESCOBERTA MAIS RECENTE; • CISALHAMENTO DE FLUÍDO;


POSSÍVEL ELEMENTO MAIS • TRANSMISSÃO DA MENSAGEM
IMPORTANTE; HIDRÍCA PARA O INTERIOR DA
CÉLULA.
OS “CÍLIOS”
• FORÇAS IMPULSIVAS ‘SUAVES’
(DA MEMBRANA CELULAR PARA SÃO SUFICIENTE PARA A
A SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL) MUDANÇA!!!
2016

MANIPULAÇÃO E
MOBILIZAÇÃO MIOFASCIAL?
TERAPIA MANUAL –
SIST. OPIÓIDE E CANNABINÓIDE
DEPOIS DA TERAPIA MANUAL:

• MUDANÇAS NOS NÍVEIS DE β-ENDORFINA, ANANDAMIDA, N-


PALMITOILETANOLAMIDA, SEROTONINA (DEGENHARDT et a., 2007);
• CANNABINÓIDE ENDÓGENO (McPARTLAND et al., 2005) ATIVAM OS
RECEPTORES:
CB1 (ação central e periférica);
CB2 (Dor Crônica e Imunológica).
• BIALOSKY (2009) SUGERE MECANISMOS ESPINHAIS E SUPRA
ESPINHAIS PARA O ALÍVIO DA DOR ATRAVÉS DA TM.
Aplicabilidade da Terapia
Manual nos Tecidos Moles
Objetiva:

Obter respostas fisiológicas


sobre diferentes tecidos ao ser
submetida a estímulos
impostos manualmente.

Objetivos em Vários Níveis:

• Tecidual Local;
• Neurológica;
• Psicofisiológica;
Terapia Manual • Vascular.
Aplicação Manual para
Estímulo de Fibras
Sensitivas:

Termorreceptores e
Mecanorreceptores

Terapias Manuais no
Alívio da Dor
Bloqueio Sensorial: Estímulo
concomitante, aonde a
percepção não é abolida mas é
Terapia Manual
no Alívio da Dor: reduzida.
Condução Neural
e Respostas
Neurofisiológicas Descompressões Articulares e
Miofasciais na diminuição da
hiperexcitabilidade neural.
Terapia Manual
Melhora das Relações Articulares
no Alívio da (Congruência Articular)
Dor:
Otimização os
Líquidos
Intersticiais Liberdade entre Tecidos Fasciais e
Grupos Musculares (Liberdade de
(Sinovial e Movimento = Redução das
Lacunar) Compensações Indesejadas)
Terapia Manipulativa na
Reorganização Muscular e
Esquelética
Técnicas Pompage
Técnica de
Muscular e
Energia Muscular
Principais Articular

Técnicas de
Terapias Técnicas de
Liberação
Desativação de
Manuais no Miofascial
Trigger Points
Reequilíbrio
Postural Técnicas para o Alongamento
Reequilíbrio Transverso –
Tóraco Abdominal Stretching
Técnicas de:
Terapias
Manuais nos Vibrocompressão
Técnica de Jones
Trigger Points
Terapias Manuais – Vibração Compressão

Vibração com compressão leve a


moderada sobre o trigger point –
desativa ponto gatilho, estimula os
mecanoceptores (inibição da dor)
e estímulação da circulação
sanguínea local.

Psoas
Terapias Manuais –
Técnica de Jones
Posicionar a polpa do dedo sobre o
Trigger Point e fazer simultâneamente
a aproximação da origem e inserção
do músculo estimulado até encontrar
o silêncio neurológico – desativa o
ponto gatilho, otimiza circulação
sanguínea pós pressão e faz o
bloqueio sensorial.
Terapias Manuais: Pompage
Muscular e Articular

Age sobre o tecidos miofasciais e


exerce também função articular.

Otimiza a circulação lacunar.


Terapias Manuais: Pompage
Muscular e Articular

Marcel Bienfait

Técnica de tensionamento e não


tracionamento.

Tensionamento Lento e Gradual – evita-se


desta forma o reflexo miotático.
O Sistema Músculo Aponevrótico e Sistema
Capsulo Ligamentar apresentam muitas vezes
retrações, nestas regiões existem milhões de
receptores sensitivos que emitem o sinal de dor.
Terapias
Manuais: Geralmente não são insuportáveis porém ao se
tornarem frequentes, recidivantes e
Pompage persistentes, passam a ser intoleráveis.
Muscular e
Articular A pompage pode favorecer o restabelecimento
da função dos tecidos envolvidos.
Terapias Manuais –
Pompage Muscular e
Articular
Terapias Manuais: Técnica de Pompage
Resumindo:
Ação sobre os tecidos elásticos – restabelecendo comprimento ideal, aumento do
espaço nas interlinhas articulares, otimizando a circulação de fluídos no local e a
nutrição cartilagínea.
Técnica realizada em 3 (Três) tempos:

Tensionamento do Segmento: lento, regular


e progressivamente.

Técnica de Manutenção da Tensão: em torno de 20 e 30”.


Pompage
Tempo de Retorno: o mais lento possível, a
fáscia traciona a mão do fisioterapeuta que
permite pouco a pouco o seu retorno. Evita-se o
reflexo miotático.
Terapias Manuais –
Energia Muscular
Fred Mitchell (1958)
Karel Lewit – Relaxamento
Pós Isométrico
Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva
(FNP)
Antagonistas: Inibição Recíproca (IR)
Paciente deve manter-se relaxado
durante a aplicação da técnica, assim
como, deve manter o tempo de
Terapias contração dentro do tempo estipulado.
Manuais –
Energia
Muscular

Técnicas de Lewit e Janda.


Sensação leve de
Alongamento

Contração muscular resistida


com 10 à 20 % de força
Energia muscular (Fase Inspiratória)
Muscular -
Levar o músculo até a
LEWIT sensação anterior de
alongamento (sensação leve)

Repete-se a partir da nova


posição (2 a 3 vezes)
Posição em meia amplitude
de alongamento

Contração máxima contra


resistência (5 à 10 seg.)

Energia
Muscular - Manter alongamento por
10 segundos

JANDA
Relaxamento por 20
segundos

Repete-se de 3 à 5 vezes
Terapias Manuais –
Stretching Transverso
Terapias Manuais – Stretching Transverso
Alongamento no sentido transversal ao músculo, com a mão do fisioterapeuta posicionado sobre o
ventre muscular, associa-se movimentos rítmicos e lentos.

Aumenta a distância da origem e inserção do músculo pelo seu deslocamento no eixo transverso as
fibras.

Favorece o distensionamento miofascial, flexibilidade, ganho de ADM, aumento da circulação


sanguínea local e redução da dor.
Liberação Miofascial
MANIPULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DOS
TECIDOS MIOFASCIAIS
MANIPULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DOS
TECIDOS MIOFASCIAIS
MANIPULAÇÃO E
MOBILIZAÇÃO DOS
TECIDOS MIOFASCIAIS
CADEIAS MUSCULARES
Alterações Fisiológicas e Patológicas?

Curvaturas Acentuadas ou Diminuídas?

Mobilidade Preservada ou Restrita?

Parâmetros Descritos na Literatura?


Lei do Equílibrio
3 Leis
Fundamentais
para uma boa Lei do Conforto
Função
Corporal
Lei da Economia
Biotensegridade e
Tensegridade
Propriedade presente em objetos cujos
componentes usam a tração e a compressão de
forma combinada, o que proporciona estabilidade e
resistência, assegurando sua integridade global.

Estes sistemas, independentes, têm elementos


rígidos e elásticos que nunca se tocam e que se
adaptam às forças compressivas e tensionais a que
estão sujeitos. Assim, tensegridade é definida pela
arquitetura pelo equilíbrio das tensões.

Uma alteração será refletida no todo já que as forças


serão transferidas e distribuídas a toda estrutura.
Tensões Miofasciais

Tensões
Bloqueios Aonde
Concêntricas e
Curto e Longo intervir?
Excêntricas
Avaliando a Flexibilidade
da Cadeia Posterior

TESTE DE FLEXÃO EM PÉ
(TFP) – deve haver uma boa
supressão da lombar, a coluna
deve manter-se por toda a
extensão com boa mobilidade e o
ângulo tibiotársico próximo aos
90 graus.

Analisar as alterações para este


posicionamento.
Avaliando a Flexibilidade da Cadeia Posterior
Hiperextensão dos Joelhos ou Flexo

Tornozelo: abertura do ângulo tibio társico –


Posteriorização da Tíbia
Avaliando a Retificação Torácica
Flexibilidade
da Cadeia Não Suprime Lordose Lombar

Posterior
Tensão Cervical

Verificar distância dedo médio chão.


TESTE DE EXTENSÃO EM PÉ (TEP)
Fisioterapeuta suporta o dorso do paciente,
ao mesmo tempo em que solicita para o
paciente ir estendendo o seu tronco até o
seu limite de funcionalidade.

Avaliando a Observa-se:
Tensão Músculos Supra e Infra-Hioideos, e
Flexibilidade da ECOM;

C.S.A. Ventilação de Pequena Amplitude (Redução


da Mobilidade Costal)
Afundamento do Esterno
Retificação Abdominal (Supra e/ou Infra
Umbilical)
Perda do Contato dos Pododactilos
Testes Viscerais

TFP + e Relação
Preensões Supra TFP e TEP + Lifting
com a Mobilidade
e Infra Umbilicais Vísceral
Visceral
Paciente em DD, com membros inferiores em flexão. Terapeuta
a direita do paciente, coloca a mão em cima da cicatriz
umbilical e realiza movimentos leves e lentos no sentido
horário.

Manipulações
Viscerais A segunda manobra se dá nas fossas ilíacas direita e esquerda
Fazemos uma manobra em abertura das fossas ilíacas
Globais liberando as tensões das fáscias neste região.

Terceira manobra é o deslocamento global das vísceras e


órgãos do lado direito do abdomen para o lado esquerdo e
vice versa.
Cadeia Braquial
Anterior
Peitoral Menor
Fáscia Clavipeitoral
Bíceps Braquial
Pronador Redondo
Supinador
Periósteo Radial (Borda Ant.)
Ligam. Colateral Radial
Músc. Tenares
Cadeia Ântero
Interna do Ombro

Peitoral Maior
Latíssimo do Dorso
Septo Intermuscular Medial
Grupo Flexor
Túnel do Carpo
Cadeia Profunda
Posterior do MS
Rombóides
Elevador da Escápula
Músculos do Manguito Rotador:
Infraespinhoso
Supraespinhoso
Redondo Menor
Cadeia Profunda do
MS

Rombóides
Elevador da Escápulo
Músculos do Manguito Rotador:
Infraespinhoso
Supraespinhoso
Redondo Menor
Cadeia
profunda do
MS

Tríceps Braquial
Periósteo Ulnar
Lig Colaterais Ulnares
Músculos Hipotênares
Contato
Celular/WhatsApp: (48) 98469-0262
E-mail: drmichelcastro@gmail.com
Instagram: @prof.michelcastro
@cadeiasmusculares
Referências Bibliográficas
CAMPIGNION, P. Cadeias Posteromedianas: cadeias musculares e articulares - método G.D.S. São Paulo: Summus, 2015.

CAMPIGNION, P. Cadeias Anteromedianas: cadeias musculares e articulares - método G.D.S. São Paulo: Summus, 2010.

CAMPIGNION, P. Les Chaînes Musculaires Et Articuires - méthode G.D.S.: Les Chaînes de la personnalité - Les chaînes postéro-antérieures et
antéro-postérieures (PA-AP). Espagne: Such Serra, 2016.

CAMPIGNION, P. Respir-Ações. SUMMUS. São Paulo, 1998.

CHAITOW, Leon. Técnicas neuromusculares posicionais de alívio da dor: aplicação no tratamento da fibromialgia e da Síndrome da dor
miofascial. MANOLE. Baurueri, 2001.

CINTAS, Janaina. Avaliação Postural: a premissa do sucesso para seu atendimento. SARVIER. São Paulo, 2019.

KELEMAN, Stanley. Anatomia Emocional. SUMMUS. 3 ed. São Paulo, 1992.

MAIGNE, Robert. Medicina Ortopédica – Manipulações Vertebrais: Princípios, Indicações, Contra-Indicações e Técnicas. REVINTER.

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