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1.

Demonstrar como realizar curativos para ferimentos leves e como tratar


ferimentos de corpos estranhos nos olhos e extremidades.

Procedimento : → acalmar a vítima, saber como se feriu e se tem em dia a vacina do tétano; →
expor a zona da ferida para se poder observar cuidadosamente; → nunca falar, tossir ou
espirrar para cima de uma ferida ou penso; → ter unhas cortadas e mãos lavadas com água e
sabão; → lavar/ desinfetar a ferida com água corrente e sabão e solução anticéptica; → colocar
um penso e fixa-lo com ligadura ou adesivo.

Caso o corpo estranho esteja encravado NUNCA se deve remover.

O que se pode então fazer? → apertar os bordos da ferida ao longo do corpo estranho; →
fazer e colocar uma rodinha de gaze ou algodão em volta da ferida, tendo em atenção que o
objeto deve ficar abaixo da rodinha; → fixar a rodinha; → transportar a vítima para o serviço
de urgências e se estiver nos olhos lavar com água corrente limpa e evitar coçar

2. Demonstrar como agir em casos de picadas de insetos, aranhas,


escorpiões, cobras e outros animais peçonhentos
.
Picadas de insetos:

Remova o ferrão. Se a picada for de uma abelha ou vespa, remova o ferrão da pele o mais
rápido possível para evitar a liberação de mais veneno, Limpe a área da picada com água e
sabão, Aplique um produto com efeito analgésico e anti-inflamatório, como uma
pomada ou spray para aliviar a dor e o inchaço, Aplique uma compressa fria na área
afetada para reduzir o inchaço e a dor.

3. Demonstrar como agir em caso de entorse, fratura e luxação.

Fraturas – uma fratura é um osso partido ou estalado, perdendo este a sua continuidade.
Podem classificar-se em fechadas e expostas. Fraturas Fechadas – quando não existe ferida no
foco de fratura Fraturas Expostas – sempre que há ferida e visualização do foco de fratura

Sinais e sintomas

1. dor no local;
2. edema;
3. deformação;
4. encurtamento do membro;
5. perda da mobilidade normal;
6. mobilidade anormal;
7. crepitação óssea.

Procedimento : → expor o local da fratura cortando a roupa que o envolve; → não movimentar
a vitima com suspeita de fratura de coluna; → despistar sinais de dificuldade respiratória ou
hemorragia; → imobilizar a fratura, impedindo todo o movimento na articulação acima e
abaixo do foco da fratura, com a execução de uma tala; → se possível elevar a zona lesionada
depois de imobilizada e colocar a vitima em posição confortável; → promover o transporte da
vitima em segurança ao serviço de urgência.

Procedimento nas Fraturas expostas: → controlar a hemorragia; → nunca tentar reintroduzir o


osso; → colocar rodinhas em volta do ferimento, de forma a não exercer pressão sobre ele; →
colocar compressas, ligaduras e talas necessárias para cada caso; → promover o transporte
para o serviço de urgência.

Procedimento nas Fraturas do tronco: → despistar qualquer sinal ou sintoma de compromisso


respiratório; → colocar a vítima reclinada, com a cabeça e os ombros apoiados e o corpo
inclinado para o lado lesionado (comprime a parte afetada e deixa livre para a expansão
respiratória a parte boa); → imobilizar e suspender o membro do lado lesionado; → se a vitima
estiver inconsciente ou se a ventilação se tornar ruidosa ou difícil colocar em PLS, com o lado
lesionado voltado para cima, transportar serviço de urgência.

Procedimento nas Fraturas pélvicas: → colocar a vitima de costas, com as pernas esticadas, ou
ligeiramente flectidas e apoiadas num cobertor enrolado; → imobilizar os membros inferiores
com ligaduras nos joelhos e nos tornozelos; → promover o transporte para a maca, sempre em
bloco, e depois para o serviço de urgência.

Procedimento nas Fraturas da face: → estar atento à ventilação da vitima, mantendo a via
aérea desobstruída; → sentar a vitima, se estiver consciente, com a cabeça inclinada para a
frente, para permitir a saída de secreções; → se a mandíbula estiver descaída e desalinhada,
colocar uma ligadura em volta e prender no cimo da cabeça; → se a vitima estiver inconsciente
ou com compromisso de funções vitais, recorrer aos procedimentos do SBV; → promover ao
transporte para o serviço de urgência.

Entorses – é uma lesão que ocorre num articulação quando os ligamentos e tecidos que a
circundam são bruscamente torcidos ou rasgados.

Sinais e sintomas:

1. dor forte, no local do acidente que aumenta com o movimento;


edema (inchaço) na região articular;

equimose, em alguns casos.

Procedimento:

→ estabilizar, imobilizar e apoiar a zona lesionada, na posição mais confortável para a vitima;
→ elevar, se for um membro; → aplicar um saco de gelo; → se existirem duvidas, proceder
como se fosse uma fratura.

Luxações – é o deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição normal na


articulação. Ocorre quando uma força violenta atua direta ou indiretamente numa articulação,
empurrando o osso para uma posição anormal.

Sinais e sintomas:

1. dor violenta;
2. impotência funcional;
3. deformação;
4. edema;
Procedimento: → instalar a vitima em posição confortável; Imobilizar sem fazer qualquer
redução; → prevenir/combater o choque; → promover o transporte até ao serviço de
urgência;

4. Realizar a imobilização de coluna cervical e utilização de prancha para


evitar lesões raquimedulares.

Para realizar a imobilização da coluna cervical e evitar lesões raquimedulares, é necessário


primeiramente verificar os sinais vitais e estabilizar a cabeça do paciente com as mãos ou com
um colar cervical. Em seguida, é preciso posicionar a prancha ao lado da vítima e ajustá-la para
evitar movimentos desnecessários

Com o auxílio de mais uma pessoa, é possível realizar a transferência do paciente para a
prancha, mantendo a estabilização da cabeça e alinhando o corpo do paciente com a prancha.
Após a transferência, é importante fixar o paciente à prancha com faixas e cintos para garantir
a imobilização completa da coluna cervical.

Finalmente, é necessário encaminhar imediatamente o paciente para o atendimento médico


especializado, mantendo a estabilização da coluna cervical durante todo o transporte. Esses
procedimentos são fundamentais para evitar lesões raquimedulares e garantir a segurança do
paciente.

5. Demonstrar 4 (quatro) métodos para transportar 1 (um) paciente sem


suspeita de lesão raquimedular.

Maca com bastões: feitos com camisas ou lenços

Transporte nas costas: a pessoa vai esticar os braços sobre os ombros da outra, cruzar os
braços e levantar a pessoa outro método é: a pessoa vai subir nas costas da outra fazendo um
X com os braços e se levantando como se fosse um cavalinho
Segurando pelas extremidades: para esse método é preciso 2 pessoas uma vai segurar as
pernas e a outra irá segurar o tronco dela.

Cadeirinha: para esse método é preciso de 2 pessoas cruzando os braços de acordo com a
imagem e levantando a pessoa.
6. Demonstrar como se aplicam ataduras, tipoias e imobilizações na
cabeça, tórax, abdome, braços e pernas.

Cabeça:

Imobilização da cabeça com colar cervical: consiste em colocar um colar cervical no pescoço do
paciente para imobilizá-lo. Os tamanhos dos colares devem ser selecionados de acordo com o
diâmetro do pescoço do paciente. É colocada uma tala na parte de trás do pescoço e outra na
frente, prendendo a cabeça do paciente.

Tórax:

Atadura de espuma de mão: Esta técnica é usada para imobilizar o tórax em casos de fraturas
de costelas ou lesões musculares. Coloca-se uma atadura em volta do peito do paciente,
segurando uma camada de espuma ou alças, e amarrando a atadura com firmeza para que ele
não se mova.

Abdômen:

Cinto abdominal: Esta técnica é usada para imobilizar o abdômen em casos de lesões do
abdômen, incluindo hérnias. É usado um cinto elástico ajustável em torno do tronco do
paciente. O cinto deve ser ajustado para caber confortavelmente no paciente e manter o
abdômen imobilizado.

Braços:
Tipoia: consiste em pendurar o braço em um suporte usando lenço ou tiras de tecido . A tira é
colocada em volta do pescoço e do ombro do paciente e o braço é apoiado pelo suporte. O
braço é mantido em uma posição confortável e elevada para evitar inchaço e dor.

Pernas:

Tala: consiste em inserir um objeto rígido (como um pedaço de metal ou plástico) na perna
lesionada para imobilizá-la. A perna é colocada em uma posição confortável, e a tala é
colocada ao longo da perna em ambos os lados da lesão. Serão colocadas ataduras para fixá-la
no lugar. A tala deve ser ajustada de forma confortável para o paciente.

7. Demonstrar como aplicar as manobras de desobstrução de vias aéreas.

A manobra Heimlich é classificada como o melhor método pré-hospitalar de desobstrução das


vias aéreas superiores por corpo estranho. É uma técnica de primeiros socorros utilizada em
casos asfixia, provocada por um pedaço de comida ou qualquer tipo de corpo estranho que
fique entalado nas vias respiratórias.

Para colocar ela em pratica é bem simples, a mão esquerda fechada e a direita aberta por cima
da esquerda depois é preciso encontrar o meio do peitoral da pessoa e fazer um movimento
de J com força até a pessoa reagir ou
vomitar.

8. Demonstrar como agir nos casos de hemorragia, desidratação,


intermação e insolação.

Hemorragia externa sem gravidade – são relativamente vulgares e sangram pouco. Apesar de
o sangue poder sair em toalha de todas as partes da ferida, depressa parará por si.
Procedimento: → lavar a ferida com água corrente; → secar cuidadosamente a ferida e a pele;
→ proteger a ferida com uma compressa esterilizada; → colocar penso adesivo; → se a
hemorragia persistir fazer compressão direta.

Insolação e intermação: remover a pessoa para um local fresco, à sombra e ventilado; remover
o máximo de peças de roupa; se estiver consciente, a pessoa deverá ser mantida em repouso e
recostada (cabeça elevada) e também beber água em excesso

Desidratação:
A ingestão de água é geralmente suficiente para resolver a desidratação leve. É melhor ingerir
quantidades pequenas de líquidos (usando uma colher de chá ou até mesmo uma
gaze ...umedecida) do que dar goles grandes de uma vez só. Quando em uma situação de
desidratação, a ingestão de uma grande quantidade de líquidos de uma só vez pode causar
náusea e, assim, mais vômitos, agravando mais ainda a desidratação.

9. Demonstrar como proceder em casos de desmaios e ataques de


epilepsia.

Epilepsia – doença neurológica de causa variada, relacionada com uma alteração de condução
dos estímulos/impulsos nervosos. Existe o pequeno mal epiléptico e o grande mal epiléptico.

Sinais e sintomas:

Pequeno mal epiléptico

1. alterações de comportamento;
2. ausências/alheamento. Vítima inconsciente
3. fase aura;
4. fase tónica;
5. fase clónica;
6. fase pós crítica.

Procedimento:

Pequeno mal epiléptico → acalmar e colocar a vítima em posição confortável; → se necessário,


promover o transporte para o serviço de urgência. Vítima inconsciente → desapertar as roupas
ao nível do pescoço, tórax e abdómen; → prevenir a alteração da função cardio-respiratória
mantendo a via aérea permeável;

→ impedir a auto-mutilação, afastando objetos e protegendo a cabeça e membros superiores;

→ colocar a vítima de acordo com o seu grau de consciência; → vigiar as funções vitais; →
promover o transporte para o serviço de urgência.

Desmaios: Vire a pessoa para cima, com as costas no chão e cabeça de lado, para facilitar a
respiração. Se ela está respirando, restaure o fluxo de sangue para o cérebro elevando as
pernas da pessoa acima do nível do coração (30 centímetros)

Solte cintos, colares ou qualquer acessório que possa apertá-la. Se a pessoa não recuperar a
consciência dentro de um minuto, ligue para um número de emergência

Se a pessoa está ferida, tente controlar qualquer sangramento com pressão direta (como com
pano limpo ou peça de roupa). Se há hematoma na cabeça ou tem alguma chance dela ter
fraturado um osso, evite tocá-la. Em ambos os casos, faça contato com um serviço de
emergência

10. Explicar como tratar casos de intoxicação alimentar e envenenamentos


Envenenamentos

Veneno – Substância que ao entrar no corpo em quantidade suficiente, pode causar lesões
temporárias ou permanentes.

Sinais e sintomas:
1. a vitima pode delirar e ter convulsões;
2. sinais de falta de ar
3. náuseas / vómitos e/ou diarreia
4. queimaduras em volta da boca
5. a dizer coisas sem sentido
6. pode verificar-se inconsciência.

Procedimento: → se a vítima estiver consciente, deve-se perguntar: - qual o veneno? - qual a


quantidade? - há quanto tempo? - como o tomou? - a idade e o peso → procurar manchas ou
odores que possam caracterizas os produtos; → procurar frascos, garrafas, envelopes, frascos
de remédios a fim de identificar o produto que causou o acidente; → lavar a pele, olhos e
regiões que possam estar em contato com o produto, causando maior absorção e
potencializando a intoxicação; → não provocar o vómito em caso de intoxicações por
corrosivos ou hidrocarbonetos (em caso de dúvida não provocar o vómito); → contratar o
serviço de informação e venenos , e entrar em contato com o serviço de urgências; → Se a
vitima ficar inconsciente, seguir o ABC; → transportar a vítima sem demora até ao serviço de
urgência.

Intoxicação alimentar: Podem ser prescritos medicamentos para tratar os sintomas. Além
disso, é indicada a ingestão de líquidos para evitar a desidratação. Em alguns casos, é
necessária a administração de soro via oral (soro caseiro) ou venosa. O consumo de alimentos
leves também é importante nesses casos.

11. Conhecer a posição das principais artérias e saber como parar


hemorragias externas; saber adotar medidas contra o estado de choque.

Para parar hemorragias externas, é importante pressionar a área ferida com um pano ou
curativo limpo e aplicar compressão sobre a região. Se o sangramento não parar, é
recomendável elevar a área lesionada acima do nível do coração e aplicar gelo na região para
ajudar a diminuir o fluxo sanguíneo.

Em relação ao estado de choque, é importante manter a vítima aquecida e confortável,


elevando suas pernas para ajudar a circular o sangue de volta ao coração. Evitar alimentos e
bebidas, exceto água, é importante para evitar náuseas e vômitos. Além disso, é importante
chamar ajuda médica imediatamente para tratar qualquer condição subjacente que tenha
levado ao estado de choque.

12. identificar parada cardiorrespiratória e como realizar reanimação


cardiopulmonar de acordo com o protocolo para leigos mais atual.
A parada cardiorrespiratória pode ser identificada pela ausência de respiração ou pulso em
uma vítima. A reanimação cardiopulmonar deve ser iniciada imediatamente. O protocolo mais
atual para leigos é resumido em cinco passos:

Verifique a segurança do local e o estado da vítima.

Verifique a respiração, chacoalhando gentilmente os ombros da vítima e perguntando se ela


está bem. Caso a vítima não esteja respirando, comece a RCP imediatamente.

Ligue para o serviço de emergência (192) e peça ajuda.

Comece a RCP, fazendo compressões torácicas com as mãos no meio do peito da vítima, em
uma frequência de 100-120 compressões por minuto. A cada 30 compressões, faça duas
ventilações de resgate, inclinando a cabeça da vítima para trás e soprando ar em sua boca.
Mantenha o ritmo de compressões e ventilações até a chegada do socorro ou sinal de
atividade na vítima.

Se houver um desfibrilador externo automático (DEA) próximo, siga as instruções para utilizá-
lo.

É importante lembrar que a RCP deve ser realizada com força suficiente para comprimir cerca
de 5 cm de profundidade no peito da vítima e que a sucção da boca do paciente é essencial
para fornecer oxigênio para o corpo. A RCP deve continuar até que a vítima comece a respirar
por conta própria ou um profissional treinado chegue e tome o controle da situação.

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