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PREPARO DA UNIDADE

CIRÚRGICA
ENSINO CLINICO V – CIRURGICO
PROF. FABIANA MARINHO DE MIRANDA
PREPAÇÃO DA SALA DE PRÉ-OPERATÓRIA

• Limpar todos os metais.


• Esvaziar todos os baldes e aspiradores.
• Lavar o chão.
• Tirar todas as soluções.
• Selecionar o lixo em: cortantes, contaminados e
controlados.
PREPAÇÃO DA SALA DE PRÉ-OPERATÓRIA

• Manter o numero limitado de admissão de pessoas e


sempre vestidas apropriadamente.

• O número de conversa deve ser reduzido no mínimo,


na preparação da sala e no momento da cirurgia.
PARAMENTAÇÃO CIRURGICA
PARAMENTAÇÃO CIRUGICA

• Uso do uniforme privativo nas dependências do


centro cirúrgico, destinados à proteção do
paciente e equipe cirúrgica: calças, jaleco, gorro,
máscara, Propé.

• Além do uniforme privativo, as roupas incluem


lençol móvel, lençol para cobertura do paciente,
triângulo, cobertura da mesa cirúrgica.
PARAMENTAÇÃO CIRUGICA

• Quanto a necessidade de esterilização as roupas podem ser:

• Limpas: aquelas que necessitam apenas do processo de


lavagem e desinfecção;

• Assépticas: necessitam, para o seu uso, de serem


submetidas a processos de esterilização. São aventais,
campos cirúrgicos, cobertura para mesa de instrumental e
“opas” (proteção para costas dos membros das equipes).
PARAMENTAÇÃO CIRUGICA

• O tipo de pano pode ser de algodão resistente, malha de


algodão, sintético ou algodão leve.

• O uso de roupas descartável na atualidade destaca-se pela


praticidade de individualização.

• Para aquisição de tecidos para a confecção de roupas do


C.C. devem ser observados permeabilidade a vapor, boa
durabilidade, resistência, baixo custo e cor firme.
PARAMENTAÇÃO CIRUGICA

• Vestir avental esterilizado:


• A finalidade do uso do avental esterilizado é servir de
barreira protetora, que contribui para a manutenção da
condição de assepsia e proteção do paciente.

• Calçar luvas esterilizadas:


• O uso das luvas esterilizadas tem por finalidade
completar a barreira protetora, visando manter a
assepsia cirúrgica.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS

• Assepsia hospitalar:
• A assepsia é o processo de eliminar ou matar os
microorganismos patogênicos de uma determinada
superfície. Com o objetivo de conduzir o ato cirúrgico
dentro dos padrões de segurança, evitando infecções,
lançamos mão de recursos de assepsia, antissepsia e
de conceitos para elucidar as diversas terminologias.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS

• Assepsia:
• Conjunto de meios usados para impedir a penetração de
germes em local que não contenha (uso de luvas, campos
operatórios e instrumentos estéreis).

• Antissepsia:
• Método usado para impedir a proliferação de
microorganismos em tecidos vivos com o uso de substâncias
químicas (escovação das mãos com sabões antissépticos).
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS

• Degermação:
• Remoção ou redução das bactérias da pele, por meio
de limpeza mecânica (sabões, degermantes e
escavagens) ou por agentes químicos.
• A degermação é aplicada sobre tecidos vivos.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS

• Consiste na remoção de maior quantidade de bactérias,


detritos e impurezas depositadas sobre a pele.

• A pele normalmente possui bactérias resistentes e transitórias,


sendo que as transitórias podem ser eliminadas facilmente com
a lavagem das mãos com água e sabão durante 7 a 8 minutos.

• As bactérias resistentes são de difícil remoção por estarem


fortemente aderidas a superfície cutânea.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS

• A degermação das mãos e antebraços podem ser


realizados pelos métodos:

• Mecânicos: escova estéril + água corrente + sabão

• Químicos: uso de antisséptico degermante +


escova estéril + água corrente
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS

• De acordo com as soluções preconizadas pelo


Ministério da Saúde à base de PVPI ou clorexidine, em
média 15 fricções num tempo de 10 minutos podem
atingir 95% de grau de confiança.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS

• A degermação é importante pelas seguintes razões:


• As luvas podem apresentar-se furadas ao final da
cirurgia;
• Elas podem apresentar defeito de fabricação
imperceptível ao olho nu;
• As bactérias tendem a se multiplicar com o suor
das mãos e calor desta sobre as luvas;
• As luvas sofrem constantes traumas por agulhas,
unhas e outros.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Fatores que determinam o posicionamento:


• Abordagem cirúrgica;
• Tipo de anestesia;
• Idade, altura e peso do paciente.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Itens que influenciam na segurança do


posicionamento:
• Manutenção da boa função respiratória;
• Manutenção da boa circulação;
• Prevenção da pressão sobre músculos e nervos;
• Boa exposição e acesso para o campo cirúrgico;
• Bom acesso para a administração de anestésicos.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Acessórios necessários para o posicionamento:


• Braçadeiras;
• Travesseiros;
• Coxins;
• Saco de areia;
• Perneiras;
• Suporte para ombros;
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Suporte para ombros;


• Esparadrapo;
• Extensão para mesa;
• Suporte para cabeça;
• Suporte para os pés;
• Cobertores.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição de litotomia:
• O paciente fica em decúbito
dorsal, na qual se elevam os MMII,
que ficam elevados em suportes
especiais, denominados perneiras
e fixados.
• Usada para abordagem perineal.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição de prona:
• O paciente fica em decúbito ventral.
• Usada para cirurgia na parte posterior
do corpo.
• Obs.: necessidade de expansão
pulmonar – liberação das mamas no
sexo feminino – uso de coxins e
travesseiros; cabeça lateralizada e
braços no suporte.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição lateral:
• O paciente fica deitado sobre um dos lados, para obter
seu equilíbrio pela flexão da perna inferiormente
colocada a extensão da superior, fixando-o
transversalmente pelo quadril a mesa operatória.
• Usada para cirurgia de rins, pulmões e quadril.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição lateral:
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição de Fowler:
• O paciente é colocado em posição dorsal com o
tórax elevado e os ombros são mantidos eretos.
Usado para neurocirurgia.

• Posição de Fowler Modificada:


• O paciente fica na posição sentada propriamente
dita, isto é, em ângulo de 90º.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição Fowler:
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição supina ou dorsal:


• O paciente fica deitado sobre o dorso com seus
brações em posição anatômica e as pernas
levemente afastadas. Usada para indução de
anestesia geral e acesso a cavidades maiores do
corpo.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição de Tredelenmburg:
• O paciente fica em posição dorsal, com a pelve e membros
inferiores elevados. Usada para cirurgia de abdome inferior e
algumas cirurgias de extremidades inferiores. Essa posição
pode, às vezes, interferir na respiração, porque o peso
adicional dos órgãos internos comprime o diafragma do
paciente.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição de Tredelenmburg Reversa:


• O paciente estará em decúbito dorsal com elevação da
cabeça e tórax e abaixamento do MMII.
• Usada frequentemente para oferecer acesso a cabeça e
pescoço para facilitar que a força de gravidade desloque a
víscera para adiante do diafragma e na direção dos pés.
Indicada para manter as alças intestinais na parte inferior
do abdome e reduzir a pressão sanguínea.
• Quando esta posição é usada para cirurgia da tireoide, o
pescoço pode ser hiperestendido pela elevação dos ombros
do paciente.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição de Tredelenmburg Reversa:


POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Posição Canivete (Kraske):


• É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax
e MMSS são abaixados de forma que o corpo fique
fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a ser
operada em plano mais elevado.
• Utilizada para cirurgias da região proctológicas e
coluna lombar.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• OBSERVAR:
• O corpo do paciente está bem alinhado;
• Os pés não estão cruzados;
• A cinta da coxa está passada corretamente;
• Os braços estão posicionados anatomicamente;
• As braçadeiras estão segurando os braços
apropriadamente pelo meio do braço até o punho;
POSICIONAMENTO DO PACIENTE

• Os cotovelos estão protegidos da pressão


excessiva;
• Os coxins foram colocados adequadamente;
• Conferir a posição da cabeça;
• Se o paciente está bem fixado na mesa.
INSTRUMENTAL CIRURGICO
INSTRUMENTAL CIRURGICO

• A palavra cirurgia significa operação manual, pois


deriva do grego cheir (mão) e ergon (trabalho).

• Um ato cirúrgico requer instrumentos para


aumentar a destreza do operador e possibilitar a
realização de manobras impossíveis de serem
executadas apenas com as mãos.
INSTRUMENTAL CIRURGICO

• Usamos os termos instrumento para denominar


cada peça, em particular; e instrumental para o
conjunto destas peças.

• O instrumental cirúrgico pode ser classificado e


dividido em especial e comum.
INSTRUMENTAL CIRURGICO

• O número de instrumentos cirúrgicos é


incontável; ao longo dos tempos os cirurgiões vêm
criando e modificando novos elementos, que vão
se incorporados aos já existentes.
INSTRUMENTAL COMUM

• Seus nomes correspondem, em geral ao nome do


autor que o descreveu.

• Podem ser agrupados da seguinte maneira:


• Diérese, hemostasia, preensão, separação, síntese e
especiais.
• Seringas, agulhas, drenos de borracha ou plástico, gaze,
compressa e campos.
INSTRUMENTAL CIRURGICO

• Especiais são aqueles usados em alguns tempos de


determinadas cirurgias.

• Comuns constituem o instrumental básico de qualquer tipo


de intervenção cirúrgica em seus tempos fundamentais:
• Diérese
• Exérese
• Hemostasia
• Síntese
ORGANIZAÇÃO DA MESA INSTRUMENTAL

• A montagem da mesa cirúrgica tem o objetivo de


facilitar e organizar o trabalho do cirurgião.

• Dependendo da posição do cirurgião perante o


paciente, a mesa será montada.
ORGANIZAÇÃO DA MESA INSTRUMENTAL

• A organização da mesa é feita da direita para a esquerda,


dividindo em doze partes ou áreas.

• Área 1: coloca-se o bisturi com a lamina para baixo e


esquerda.

• Área 2: coloca-se as tesouras curvas e delicadas


(metzenbaum) e forte (mayo) com as pontas viradas para
a Instrumentadora e curvatura para baixo, contra a mesa.
ORGANIZAÇÃO DA MESA INSTRUMENTAL

• Área 3: coloca-se as pinças homostáticas tipo


Kelly do mesmo modo que as tesouras.

• Área 4: denominada da áreas de uso versátil;


coloca-se instrumentos do tipo Misxter e
Moynihan e outros tipos hemostáticos, conforme
a cirurgia.

• Área 5: será colocada a Kocher.


ORGANIZAÇÃO DA MESA INSTRUMENTAL

• Área 6: coloca-se pinças com ou sem dentes.

• Área 7: coloca-se os porta-agulhas.

• Área 8: coloca-se pinças de preensão de tipo


Babcock, Allis e Durval.

• Área 9: coloca-se pinças de campo Bakhaus.


ORGANIZAÇÃO DA MESA INSTRUMENTAL

• Área 10: coloca-se pinças, tesouras e porta-


agulhas, longos.

• Área 11: coloca-se compressas dobradas, que


seguram fio pré-cortadas como seda ou algodão.

• Área 12: uso versátil.


INSTRUMENTAL CIRURGICO

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Cabo de bisturi
Tesoura íris Tesoura
metzenbaum
INSTRUMENTAL COMUM

• Nos hemostáticos agrupam-se aqueles destinados


ao pinçamento de vasos sangrentos.
INSTRUMENTAL COMUM

Pinça kelly Pinça rochester


INSTRUMENTAL CIRURGICO

Pinça haksted
Pinça moynihan
INSTRUMENTAL CIRURGICO

• No de preensão agrupam-se todos aqueles


destinado a prender e segura vísceras e órgãos
como as pinças Babcock, Allis, Collin, Durval, etc.
INSTRUMENTAL CIRURGICO

Pinça babcokc Pinça Allis


INSTRUMENTAL CIRURGICO

Pinça Duval Pinça Collin


INSTRUMENTAL CIRURGICO

• No grupo dos instrumentos de separação


encontram-se todos os tipos de afastadores como
Gosset, Finochietto, Farabeuf, etc.
INSTRUMENTAL CIRURGICO

Finochietto Gosset
INSTRUMENTAL CIRURGICO

Farabeuf
INSTRUMENTAL CIRURGICO

• No grupo dos instrumentos para síntese são


basicamente grupados os porta-agulhas e os
vários tipos de agulha.
INSTRUMENTAL CIRURGICO

Porta agulha de hegar Porta agulha mathieu


INSTRUMENTAL CIRURGICO

• O bisturi, é um instrumental de corte, que tem


vários tamanhos e formas de laminas.

• Os cabos são classificados em n.3 e n.4.


• N. 3 para cirurgias delicadas.
• N.4 ato de cirurgia geral.
INSTRUMENTAL CIRURGICO

• Pinças de Foerter e • Porta agulha mathieu


Clique no ícone para
Cheron, são longas,
usadas adicionar uma imagem
como
transportadoras de gases
para curativos em
profundidade.
• Cheron é muito usada na
antissepsia da pele do
doente
INSTRUMENTAL CIRURGICO

• Porta agulha mathieu

Pinças de Abadie são


usadas nas operações
do estomago
FIOS DE SUTURA

• Os fios são uma porção de material sintético ou


derivado de fibras vegetais ou estruturas
orgânicas, flexíveis, secção circular.

• São utilizados para aproximar tecidos incisivas


cirurgicamente ou lacerados em traumatismo e
para ligar vasos sanguíneos.
FIOS DE SUTURA

• As suturas favorecem a cicatrização de


ferimentos ou incisões.

• Os fios pode, ser absorvíveis e não absorvíveis.

• O fio deve ser de alta resistência à ruptura


permitindo o uso de fios de calibre menores.
FIOS DE SUTURA

• O fios devem ser:


• De fácil manuseio.
• De boa segurança do nó.
• Adequada resistência tênsil.
• Boa visualização.
• Baixa reação tecidual.
• Não ser cancenogênico
• Não favorecer inicio ou manutenção de infecção.
• Baixo custo.
FIOS DE SUTURA

• Escolher o fio ideal:


• Tipo de tecido a ser suturado.
• Localização da sutura.
• Espessura do tecido.
• Tamanho da incisão.
• Tempo necessário de cicatrização.
• Condições clinicas e características do paciente
• Preferencia do cirurgião
FIOS DE SUTURA
CLASSIICAÇÃO

• OS FIOS TAMBEM SE DIVIDE EM DOIS TIPOS:


• Monofilamentar: cada fio é composto de um único
filamento compacto.
• Multifilamentar: cada fio é composto por vários filamentos
trançados ou torcido entre si.
FIOS DE SUTURA – DIAMETRO DOS FIOS

• O diâmetro do fio é determinado em milímetros e expresso


em zeros. Quanto menor o calibre do fio, maior o número de
zeros.

• Usam-se fios mais finos em tecidos mais delicados e em


locais sem tensão e fios mais grossos em tecidos mais
grosseiros ou em tecidos com mais tensão.
FIOS DE SUTURA – FORÇA TÊNSIL

• A força pênsil é determinada dividindo-se a força necessária para romper o fio


pelo seu diâmetro.
• A força pênsil depende do calibre do fio e do material com o qual ele é
fabricado.
• O diâmetro do fio varia de acordo com o material que o forma, a
determinação desse número é dada pela resistência pênsil do fio.
• Quanto maior o calibre do fio, maior sua resistência.
• Quando se compara fios de mesmo calibre, porém de materiais diferentes a
força pênsil varia.
FIOS DE SUTURA – ABSORÇÃO DE FLUIDOS

• É a capacidade que o fio tem de absorver fluidos ao ser totalmente


imerso.
• Os multifilamentares como a seda e o algodão têm maior
capilaridade e absorção de fluídos.
• Os monofilamentares tem muito pouca capacidade de absorver
fluidos.
• Os fios multifilamentares, por mecanismo de capilaridade, ao
absorverem fluidos, também favorecem a migração de
microrganismos através de suas tramas, por isso não são indicados
para suturas na pele.
FIOS DE SUTURA – ELASTICIDADE

• É a capacidade que o fio tem de retornar à sua forma e


tamanho originais após tração.
• Quando se comparam fios de mesmo material os mais
finos são mais elásticos.
FIOS DE SUTURA

• PLASTICIDADE - É a capacidade de manter-se sob nova


forma após tracionado.

• COEFICIENTE DE ATRITO - Fios com alto coeficiente de


atrito tendem a não deslizar nos tecidos, mas também é
mais difícil de desatar o nó cirúrgico espontaneamente.
FIOS DE SUTURA
CLASSIICAÇÃO

• CAPACIDADE DE ABSORÇÃO:
• ABSORVÍVEIS: o fio é absorvido com o passar do
tempo, por fagócitos ou hidrólise.
• Origem animal: Categute (catgut) simples e
cromado.
• Origem sintética: ácido poliglicólico (dexon),
poligliconato (maxon), poliglactina (vicryl),
poliglecaprona 25 (monocryl) polidioxanona
(PDS).
FIOS DE SUTURA
CLASSIICAÇÃO

• CAPACIDADE DE ABSORÇÃO:
• INABSORVÍVEIS: o fio não se modifica ou se modifica
muito pouco com o tempo.
• Origem orgânica ou biológica: seda.
• Origem vegetal: algodão.
• Origem sintética: poliamida (nylon), poliéster
(ethibond, mersilene), polipropileno (prolene).
• Origem metálica: prata, cobre, aço, agrafes ou
clips de Michel.
FIOS DE SUTURA

• ABSORVÍVEIS DE ORIGEM ANIMAL:


• CATEGUTE (CATGUT) SIMPLES OU CROMADO.
• Feito de fios de colágeno da submucosa do intestino delgado de
carneiro ou da serosa do gado.
• Simples: mantem a força pênsil por 7 dias e absorção em 10-14
dias por fagocitose.
• Cromado: força tensil por 14 dias (max 21 dias) e absorção em
90 dias
• Indicado para suturas gastrointestinais, amarraduras de vasos,
na tela subcutânea, sutura ginecológica e urológicas.
FIOS DE SUTURA

• ABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA:


• ACIDO POLIGLICÓLICO (DEXON)
• Obtido pela polimerização do ácido Glicólico;
• Possui resistência maior que o categute;
• A absorção ocorre por hidrólise entre 60 a 90 dias após sua utilização;
• Resistência pênsil perdida em torno da terceira semana;
• Muito usado em suturas de músculos, fáscias, tecido celular
subcutâneo; Ocasiona pouca reação inflamatória;
• Multifilamentar.
FIOS DE SUTURA

• ABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA:


• Poligliconato (Maxon):
• Monofilamentar;
• Possui uma absorção lenta com manutenção da resistência
pênsil por longo período (a mais duradoura dos fios
absorvíveis);
• Indicado para suturas de tendões, cápsulas articulares e
fechamento da parece abdominal.
• Fio de alto custo.
FIOS DE SUTURA

• ABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA:


• Poliglactina Vicryl rapide: parcialmente hidrolisado esterilizado com
raios gama. Em 5 dias, 50% da força pênsil . Absorção em 7- 14 dias.
• Vicryl Plus : envolvido com uma camada de triclosan efetivo contra S.
aureus, S. epidermis.
• Hidrolisa-se e é completamente absorvido em torno de 60 a 90 dias por
hidrólise.
• Cor violeta e branca.
• Cirurgias gastrointestinais, urológicas, ginecológicas, oftalmológicas e na
aproximação de tecido celular subcutâneo.
FIOS DE SUTURA

• ABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA:


• Poliglecaprona 25 (Monocryl):
• 30-40% da força pênsil em 2 semanas 0% em 21 dias.
• Tempo de absorção estimado entre 90 a 120 dias por
hidrólise.
• Indicado para aproximação e/ou ligação de tecidos lisos em
geral, mas não é indicado para uso em tecidos
cardiovasculares ou neurológicos, microcirurgia ou cirurgia
oftálmica.
FIOS DE SUTURA

• ABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA:


•  Polidioxanona (PDS):
• 70% da resistência pênsil em 14 dias, 50% em 28 e 25% em 42
dias.
• Absorção em 180 dias por hidrólise.
• Difícil manuseio.
FIOS DE SUTURA

• INABSORVÍVEIS DE ORIGEM ORGANICA OU BIOLOGICA:


•  Seda:
• Provém do casulo do bicho-da-seda de onde o fio é processado limpo
e esterilizado.
• Apesar de ser classificado como absorvível, experimentos mostram
que perde quase que totalmente sua força em um ano e que após
dois anos não é mais possível detectá-lo no tecido.
• Produzem pouca reação tecidual.
• Multifilamentar.
• Uso em cirurgia oftálmica.
FIOS DE SUTURA

• INABSORVÍVEIS DE ORIGEM VEGETAL:


• Algodão:
• Possui fibras naturalmente torcidas.
• Melhor segurança nos nós que a seda, perda lenta da tensão de estiramento (50% em 6
meses e 70% em dois anos);
• Provoca uma reação tecidual semelhante à da seda, potencializa infecções;
• Multifilamentar;
• É utilizado em praticamente qualquer estrutura;
• Fácil manuseio, nós seguros, pode ser reesterilizado em autoclave e acondicionado em
embalagem comum.
FIOS DE SUTURA

• INABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA:


• Poliamida (Nylon)
• Derivado das poliaminas
• Elástico e resistente à água;
• Mono ou multifilamentar;
• Pouca reação tecidual;
• Difícil manipulação, duro e corrediço, não produz nó firme;
• Perde resistência pênsil ao longo do tempo, podendo ser degradado e absorvido ao
longo de dois anos.
• Os monofilamentares, negros ou incolores, são preferíveis para sutura de pele.
FIOS DE SUTURA

• INABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA:


• Poliéster (Ethibond, Mersilene):
• Multifilamentar;
• Resistentes e de grande durabilidade;
• Excelentes para suturas de aponeuroses, tendões e vasos; Sem
cobertura (Mersilene, Surgilene);
• Cobertos por polibitilato (Ethibond) ou teflon (Tevdek);
• Requerem, no mínimo, cinco nós para um fixação segura;
• Causam pouca reação tecidual.
FIOS DE SUTURA

• INABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA:


• Polipropileno (Prolene):
• Monofilamentar;
• Pouca reação tecidual; Incolor ou azul;
• Mantém sua resistência pênsil vários anos após sua utilização;
• Muito usado em sutura vascular;
• Facilmente removível, é ideal para sutura intradérmica.
FIOS DE SUTURA

• INABSORVÍVEIS DE ORIGEM METÁLICA:


• Aço:
• Composto por ferro, cromo, níquel e molibdênio.
• Não promove reação inflamatória nos tecidos, possui maior tensão de
estiramento de todos os materiais quando implantado nos tecidos, possui a
maior segurança nos nós de todos os materiais, pode ser autoclavado, e é
recomendado para tecidos com cicatrização lenta.
• A forma monofilamentar pode ser usada em feridas contaminadas e infectadas
Tendência a cortar os tecidos, manuseio pobre (principalmente para atar os
nós), quebra quando torcido muitas vezes no mesmo ponto e promove necrose
tecidual pelo movimento dos tecidos contra as pontas não flexíveis.
FIOS DE SUTURA
CLASSIICAÇÃO

• OS FIOS TAMBEM SE DIVIDE EM DOIS TIPOS:


• Monofilamentar: cada fio é composto de um único
filamento compacto.
• Multifilamentar: cada fio é composto por vários filamentos
trançados ou torcido entre si.
FIOS DE SUTURA
FIOS DE SUTURA
FIOS DE SUTURA
OBRIGADA

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