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TUBERCULOSE

INFANTIL
COMO SURGIU A TUBERCULOSE?

• A tuberculose tem se originado


há cerca de 15.000 anos e vem
acometendo a humanidade há
mais de 5.000 anos. Nas múmias
do Egito (3.400 a. C.) e nas
múmias do Peru (900 d.C.)
foram demonstrado o
comprometimento humano com  Khepeshett, encontrada em Assiut.
a tuberculose.  
TUBERCULOSE NO BRASIL E NO MUNDO
• A tuberculose, apesar de ser uma doença evitável e curável, continua a ser um grave problema
de saúde pública, sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma
emergência mundial
O QUE É A TUBERCULOSE?

• A tuberculose infantil é uma doença


infecto contagiosa causada por uma
bactéria conhecida como bacilo de
Kock, que afeta principalmente os
pulmões (tuberculose pulmonar),
embora possa acometer outros órgãos e
sistemas (tuberculose extrapulmonar).
• As crianças apresentam uma
grande fragilidade diante do
contágio com a tuberculose. A
maior incidência dos casos de
tuberculose em crianças é a
pulmonar.

• Em recém-nascidos, cuja
propensão a infecção fica muito
maior sem a vacinação com
BCG a doença se torna fatal
EPIDEMIOLOGIA

No ano de 2016, as crianças representaram


cerca de 6,9% de todos os casos novos de
tuberculose no mundo.
• 550.000 meninos
• 490.000 meninas

• Sudeste Asiático (Filipinas, Indonésia,


Tailândia)
• África
• Pacífico Ocidental (Austrália, Nova
Zelândia)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Fadiga • Tosse
• Perda de apetite • Palidez
• Perda de peso • Linfadenopatia
• Sudorese noturna • Hepatoesplenomegalia
• Fraqueza • Eritema nodoso
• Febre • Ceratoconjuntivite
• Dor torácica • Dor articular
• Hemoptise
DIAGNÓSTICO DA TB EM CRIANÇAS

As características clinicas, radiológicas


e epidemiológicas são as mais
indicativas de tuberculose ativa na
infância;

• História clínica cuidadosa


• Exame clínico completo
• Resultado da PT
• Achados da radiografia
• Confirmação bacteriológica
• Investigação do órgão envolvido
• Fase I - inicia-se 3 a 8 semanas após a primo-infecção. Ao final do período inicial
assintomático, o paciente pode apresentar reações de hipersensibilidade;

• Fase II - inicia-se 1-3 meses após a primo-infecção, em seguida à disseminação


hematogênica oculta que ocorre durante a incubação.

• Fase III - inicia-se 3-7 meses após a primo-infecção. Durante essa fase, pode haver
derrame pleural em crianças com mais de 5 anos de idade e doença brônquica em
crianças com menos de 5 anos de idade.

• Fase IV - dura do final da fase 3 até a calcificação do complexo primário, que ocorre
1-3 anos após a primo-infecção.

• Fase V - inicia-se após a conclusão da calcificação, mais de 3 anos após a primo-


infecção.

PROGRESSÃO NATURAL DA
TUBERCULOSE EM
CRIANÇAS
  CASO CLÍNICO

Paciente feminina, 5 anos, foi levada por sua mãe ao consultório de pediatra com relato de febre, até 38,8 ºC há
4 dias. Responsável pela paciente relata ter feito uso de azitromicina nos últimos 3 dias, sem modificação da
curva térmica. Além disso, a paciente apresentava tosse discreta intermitente e se encontrava em bom estado
geral. Realizado exame físico, onde se observou redução do murmúrio vesicular em hemitórax direito à ausculta
pulmonar, sem sinais de esforço respiratório ou hipoxemia. Foi solicitada radiografia de tórax, o qual foi realizado
dois dias após. Na história médica pregressa, a paciente apresentava retardo no desenvolvimento
neuropsicomotor, possivelmente associado a crises convulsivas de início precoce e hipoglicemia neonatal.
Nasceu a termo; peso de nascimento de 4.200 g. Imunizada com BCG neonatal, com cicatriz presente.
Apresentava internações prévias por crises convulsivas e por infecção de trato urinário, porém nenhuma
recente. Faz uso de dieta pastosa, por dificuldade de deglutição, porém negava pneumonias de repetição.
Apresenta desnutrição crônica grave, realizava fonoterapia e fisioterapia motora em centro de atendimento a
crianças com necessidades especiais. Medicamentos de uso contínuo: carbamazepina, divalproato de sódio e
fluoxetina. Após visualização do RX de tórax com opacidade associada a extenso DP em hemitórax direito,
optou-se por hospitalização da paciente e troca do antibiótico para cefuroxima endovenoso, EF semelhante ao
previamente descrito. Realizada ecografia torácica que apresentava volumoso DP à direita com vários septos e
volume estimado de 350 a 400 mL, com pouca área de consolidação. Paciente permanece em
acompanhamento ambulatorial com sua médica pediatra, tendo resultados de ADA no LP de 405 U/L e 407 U/L
respectivamente e cultura para microbactéria positiva (M. tuberculosis). Descrição do controle radiológico:
pequeno espessamento seio costofrênico à direita; demais, sem evidência de alterações. Não foi identificado o
contato bacilífero transmissor da doença.
DIAGNÓSTICO
CINÉTICO FUNCIONAL

• Redução do murmúrio vesicular em


hemitórax direito;
• Retardo no desenvolvimento
neuropsicomotor;
• Fraqueza muscular causada pela
desnutrição grave;
• Derrame pleural em hemitórax
direito;
OBJETIVOS
FISIOTERAPÊUTICOS
• Melhorar oxigenação e ventilação;
• Fortalecer musculatura respiratória;
• Otimizar tolerância ao exercício;
• Estimular psicomotricidade;
CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA

Produzir conjunto de técnicas manuais como, compressão


torácica associada a vibração torácica e drenagem postural
para a higienização brônquica, eliminação de secreções
produzidas pela doença e prevenção de complicações.
Além de orientações para o estímulo da tosse.
CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA

Realizar teste de manovacuometria afim de analisar nível de força


muscular de PI MÁX e PE MÁX, realizar exercícios lúdicos de
forma divertida, para um trabalho muscular ativo, gerando
fortalecimento da musculatura respiratória, tornando a tosse mais
eficaz e melhorando a respiração como um todo.
CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA

Cinesioterapia através de alongamentos e mobilizações


passiva/ativa conforme estado atual da paciente, para
prevenção de atrofias e contraturas. Estímulo para mudança
de decúbito deitado/sentado, sentado/de pé. Deambulação nas
comodidades próximas.
CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA

Além de uma abordagem multidisciplinar, com atuação motora e


psíquica, que envolvem postura, percepção corporal e motricidade
expressiva. A psicomotricidade será estimulada por meio de
atividades que contemplam aspectos de tonicidade, equilíbrio,
noções do corpo, praxia global e lateralização, privilegiando o
domínio cognitivo, afetivo e motor.
EQUIP
E:
• Bruna Camilla
• Fernando Aguiar
• Grazielle Souza
• Maria Catarina
• Millena Barros

Fisioterapia Pediátrica e Neonatológica


Profª.: Tainá Vidal

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