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Micobactérias
Objetivos da Aprendizagem
Características gerais
O gênero Mycobacterium é o único da família Mycobacteriaceae, compreende
aproximadamente 172 espécies e 13 sub-espécies.
Apresentam-se como bacilos retos ou levemente curvados,
Morfologia: 1 a 4 μm x 0,3 a 0,6 μm
Algumas vezes, podem apresentar-se na forma cocobacilar
(Mycobacterium avium) ou filamentosa (Mycobacterium xenopi);
São, de maneira geral:
• Bacilos imóveis, não esporulados, aeróbios ou microaerófilos;
• Possui crescimento lento.
• Todas as micobactérias produzem catalase (o que varia é a
quantidade produzida);
• Muitas espécies são saprófitas.
• Sua principal característica: a capacidade de resistir à descoloração
quando tratadas com álcool-ácido.
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Integra a sua parede celular, alto teor de lipídios – cerca de 60%, composta basicamente por uma
membrana citoplasmática recoberta por camada de peptidoglicano, o qual se encontra
covalentemente ligado às cadeias de polissacarídeo que, por sua vez, estão ligadas na sua
extremidade com ácidos graxos de cadeia longa, os ácidos micólicos.
Principais Micobactérias
Tuberculose
História
A tuberculose (TB) é uma das doença infectocontagiosa mais antigas
do mundo;
Há evidencias de TB desde 8.000 a.c. na França, Itália e Alemanha;
Epidemia do HIV;
O surgimento da TB no Brasil.
• Trazida pelos jesuítas que aqui chegavam com o intuito de
colonizar os índios;
• Escravos africanos que também eram trazidos ao Brasil,
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Transmissão
Fala
Espirro
Tosse
Fonte: http://blogdatuberculose.blogspot.com.br/p/conhecendo-tuberculose.html
Fisiopatologia
Fonte: https://www.slideshare.net/diogogoncalves391/tuberculose-72514905
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Fisiopatologia
Fonte: https://www.slideshare.net/diogogoncalves391/tuberculose-72514905
Primoinfecção tuberculosa
Os bacilos estão no corpo, mas os SI está mantendo os sob controle.
Pode ocorrer que a carga bacilar seja muito alta, ou haja falta de imunidade e a
primoinfecção não é contida.
Ocorre em 5% dos casos, evoluindo para Tuberculose primária.
Tuberculose primária
A doença se desenvolve logo após a infecção, podendo ser:
Ganglionar
Pulmonar
Miliar (comprometem, além dos pulmões, rins, meninges, ossos)
Resultado da disseminação linfo-hematogênica.
Aspectos Clínicos:
• Apresentam variações de acordo com o estado do hospedeiro;
• Início da infecção: sintomas inespecíficos
• Evolução lenta: surge febre vespertina, perca de peso, fadiga mal estar, tosse
com ou sem expectoração.
• Agravações (Bronquiesctasias, Atelectasias e infecções respiratórias);
• Portadores de HIV;
• Forma extrapulmonar (Sintomat. Esofágica, insuficiência renal, abcesso retal,
obstrução da veia cava, conjuntivites entre outras).
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Formas Extrapulmonares
A TB miliar, devido a sua característica de disseminação pode acometer órgãos
como fígado, baço, entre outros.
DIAGNÓSTICO
Resultado positivo:
nódulo endurecido >= 5mm em 48-72h
Baciloscopia
Coleta de escarro por expectoração
Obtido após esforço de tosse, volume ideal é de 5
a 10 mL.
Recipiente: Estéril, identificado com todos os
dados do paciente. Identificação SEMPRE no
corpo do frasco e nunca somente na tampa.
Vantagens
Diagnóstico Laboratorial
• Baciloscopia
Fonte: http://www.funed.mg.gov.br/wp-content/uploads/2014/06/Apresenta%C3%A7%C3%A3o4_TMR-
TB_Nova_Tecnologia_3Jun14_Dr-Josu%C3%A9.pdf
Diagnóstico Laboratorial
• Exame radiológico
• Radiografia de Tórax;
• Método Auxiliar;
• Exclui outras suspeitas.
Raio-X do tórax, com Nódulo tuberculínico.
Fonte: http://medicosnamidia.com.br/?m=201008
Diagnóstico Laboratorial
• Cultura
• Padrão ouro;
• Confirmatório;
• Tempo de crescimento: 4-8 semanas.
Diagnóstico Laboratorial
Tratamento
Básico:
1ª fase: 2 meses (Rifampicina, Isoniazida, pirazinamida)
2ª fase: 4 meses (Rifampicina, Isoniazida)
Reforçado:
1ª fase: 2 meses (Rifampicina, Isoniazida, pirazinamida,
etambutol)
2ª fase: 4 meses (Rifampicina, Isoniazida, etambutol)
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Mecanismos de Resistências
Hanseníase
A hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma
doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e
investigação obrigatória em todo território nacional.
Clínica
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou
amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda
ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio),
tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente
nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas
orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
Classificação
Hanseníase indeterminada: Estágio inicial da doença (crianças), apenas 25% dos
casos evoluem para outras formas.
Hanseníase tuberculoide: Forma mais leve da doença. A pessoa tem apenas uma
ou poucas manchas pálidas na pele, é paucibacilar, não contagiosa. Alterações
nos nervos próximos à lesão, podem causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico,
realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico
para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de
sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos,
com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.
Diagnóstico
Coleta
Diagnóstico Laboratorial
Coloração do Esfregaço pelo Método de Ziehl-Neelsen a Frio
O método de coloração a frio é o recomendado por preservar as condições morfotintoriais do
bacilo. Além disso, evita que os vapores tóxicos de fenol, presentes na fucsina e que são
eliminados durante o aquecimento, sejam inalados pelo profissional, acarretando risco para sua
saúde.
Índice Dactiloscópico
O Índice Baciloscópico (IB), proposto por Ridley em 1962, baseia-se em uma
escala logarítmica com variação entre 0 a 6.
É o método de avaliação quantitativo mais correto e utilizado na leitura da
baciloscopia em hanseníase.
Tratamento